Há 50 anos, em resposta a primeira conferência promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente e Ação Humana, em Estocolmo, foi realizado encontro da Unesco que resultou a Carta de Belgrado. O documento estabeleceu os princípios básicos para a Educação Ambiental. Ali surgiu também o Dia Mundial da Educação Ambiental.
Desde então, várias iniciativas se somaram ao redor do mundo para tornar a educação ambiental prioritária e a reconhecendo como instrumento de formação de cidadãos para o desenvolvimento sustentável.
Como elemento chave para o alcance da Justiça Climática, a educação ambiental também deve permear os debates em torno da Cúpula do Clima (COP-30), que acontece em novembro em Belém/PA.
Em proposta enviada à ONU, em 2020, o fundador do Instituto Soka Amazônia, Daisaku Ikeda, deixou um apelo à comunidade internacional para que recursos fossem destinados para assegurar a educação durante as emergências.
Essa providência constituirá grande contribuição para criar uma sociedade global sustentável na qual todos poderão viver com dignidade e segurança.
Daisaku Ikeda
Educação ambiental do Instituto Soka
O programa Academia Ambiental do Instituto Soka compartilhará suas experiências no Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, no próximo mês de julho..
Congresso é um evento preparatório para COP-30 e traz como tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”.
O programa do Instituto é inspirado na visão do fundador de que a educação é capaz de fazer as pessoas considerarem os problemas ambientais como questão pessoal e, assim, conduzirem esforços em prol de um futuro comum.
Na proposta enviada para Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), Ikeda enfatizou a importância da educação ambiental nos primeiros anos do currículo escolar:
Nesse estágio de crescimento a sensibilidade, a imaginação e a criatividade das crianças são mais aguçadas e sua vontade de aprender e absorver tudo é maior. [...] Cultivar no coração das crianças o desejo de prezar a natureza e proteger a Terra é um passo importante para garantir seu futuro
Daisaku Ikeda
Para a pesquisadora e Mestranda de Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas, Ana Maria Pinheiro, a educação ambiental tem importância vital diante dos desafios climáticos e sociais atuais.
“Acompanhei as atividades do programa Academia Ambiental e reconheço que Instituto Soka pratica a educação ambiental voltada para sustentabilidade e cidadania global. Percorri as trilhas interpretativas com os alunos das escolas municipais aqui de Manaus, e pude constatar que, por meio da educação ambiental, os alunos conseguem construir valores, transformar hábitos diários, com vista com a preocupação com a sustentabilidade”.
Ana Maria Pinheiro, pesquisadora UEA
Educação ambiental para todos
O Instituto Soka promove a educação ambiental por meio de palestras e oficinas para empresas e por meio de ações socioambientais.
Também realiza palestras de reeducação ambiental em parceria com da Vara Especializada do Meio Ambiente do Amazonas do Tribunal de Justiça do Amazonas.
O que é Academia Ambiental
Metodologia
Trilhas educativas na Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda. Transmissão de conhecimentos sobre a ecologia, biodiversidade, rios e arqueologia amazônica, Carta da Terra e ODS, conectados à realidade
dos estudantes.
Alcance
Ja atendeu mais de 20 mil estudantes, prioritariamente, da rede pública de ensino na cidade de Manaus. Também recebeu Turmas de alunos de necessidades especiais, escolas particulares.
Reconhecimentos
Resultados apresentados na Conferência Internacional da Rede Acadêmica de Educação e Aprendizagem Global da UNESCO, em Paris; e na Conferência Global sobre Educação Ecológica, promovida pela Carta da Terra Internacional (Flórida, EUA). Credenciado como Sala Verde do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Momentos Históricos da Educação Ambiental
1972
Conferência de Estocolmo, que introduziu a questão ambiental no cenário global.
1975
Carta de Belgrado, considerada o marco inicial da Educação Ambiental mundial.
1988
No Brasil, a Constituição Federal estabeleceu no Artigo 225, que a educação ambiental deve ser promovida em todos os níveis de ensino e pela conscientização pública
1992
Conferência Eco-92 (Rio de Janeiro), onde a Educação Ambiental foi reafirmada como estratégia para alcançar o desenvolvimento sustentável.
1999
Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999) é regulamentada no Brasil.
2024
Lei 14.926 entra em vigor a diretriz que determina que temas como mudanças do clima e proteção da biodiversidade entre na grade curricular das escolas brasileiras