Guardiãs da Biodiversidade: as abelhas sem ferrão na Amazônia

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As guardiãs da Biodiversidade: a importância das abelhas sem ferrão na Amazônia

No dia 20 de maio, foi celebrado o Dia Mundial das Abelhas, uma data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância desses polinizadores para o equilíbrio dos ecossistemas e a segurança alimentar. Em meio às preocupações globais com o declínio das populações de abelhas, a Amazônia se destaca por abrigar uma incrível diversidade de abelhas nativas sem ferrão, fundamentais para a manutenção da floresta tropical.

Diferentemente da abelha europeia, as abelhas sem ferrão, são espécies nativas do Brasil e desempenham um papel essencial na polinização de plantas amazônicas, incluindo frutos nativos como o açaí (Euterpe oleracea), o buriti (Mauritia flexuosa)e o bacuri (Platonia insignis). Na Amazônia, estima-se que existam mais de 100 espécies de abelhas sem ferrão, como a Jupará da Amazônia (Melipona interrupta), Mandaguari (Scaptotrigona postica) e a Jandaíra (Melipona subnitida).

A Mestre em Biologia e pesquisadora Iris Andrade explica que esse processo de polinização é fundamental para a reprodução das plantas. “Então, essas abelhas, ao coletar os seus alimentos na natureza — pode ser néctar, o pólen — elas vão visitando várias flores, e isso vai fazendo com que esse pólen, que é o gameta masculino da flor, seja levado até a flor feminina e então depois vai se desenvolver em fruto, aí vai ter a semente”, destaca. Ou seja, sem esse trabalho silencioso e constante das abelhas, a regeneração natural da floresta e a produção de alimentos ficariam gravemente comprometidas.

Esses insetos, além de extremamente importantes para a biodiversidade, também têm valor cultural e econômico para comunidades tradicionais e indígenas, que há séculos praticam a meliponicultura – a criação de abelhas sem ferrão. O mel produzido por elas, é altamente valorizado e utilizado não só na alimentação, mas também na medicina tradicional amazônica.

Nos últimos anos, o interesse popular pela criação de abelhas tem crescido, impulsionado por conteúdos divulgados na internet. A Dra. Gislene Almeida, pesquisadora em ecologia e educação ambiental, ressalta a importância de ter responsabilidade e senso crítico ao lidar com essas informações. “A internet hoje é uma fonte que dá essas informações, e a gente precisa selecionar um pouco melhor, para criar melhor essas informações e não dar um tiro no escuro.” Ela reforça ainda que a educação ambiental voltada para as abelhas sem ferrão é essencial para garantir sua proteção a longo prazo.

Segundo a pesquisadora, instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Instituto Soka Amazônia desempenham um papel fundamental nesse processo, ao promoverem pesquisas científicas, ações educativas e projetos de conservação que aproximam a sociedade da importância desses polinizadores. “Locais como o INPA e o Instituto Soka da Amazônia são fundamentais porque desenvolvem pesquisa e incentivam a educação ambiental. Isso ajuda a formar uma consciência coletiva de cuidado com as abelhas e com a floresta”, enfatiza.

Contudo, as abelhas enfrentam diversas ameaças: desmatamento, uso indiscriminado de agrotóxicos, mudanças climáticas e perda de habitat. A destruição dos ninhos e a urbanização crescente colocam em risco a sobrevivência dessas espécies e de toda a cadeia ecológica que delas depende.

A celebração do Dia Mundial das Abelhas nos lembra da necessidade urgente de preservar esses polinizadores, investir em pesquisa, promover práticas sustentáveis e apoiar iniciativas que valorizem os saberes tradicionais. Proteger as abelhas sem ferrão é proteger também a vida na floresta e o futuro da Amazônia.

Veja em nosso Instagram, vídeo e descubra a importância das abelhas.  

A missão do Instituto Soka Amazônia

Com sede em Manaus (AM), o Instituto Soka da Amazônia se destaca por suas ações em defesa da floresta, com foco na educação ambiental e no engajamento comunitário.

Entre suas iniciativas estão projetos educativos com estudantes, que promovem o contato direto com a natureza por meio de trilhas ecológicas, oficinas e campanhas de sensibilização. A valorização da cultura amazônica também é central, integrando saberes tradicionais como ferramentas para a preservação ambiental.

O Instituto atua com a convicção de que conhecer a floresta é o primeiro passo para protegê-la, assim como orienta o fundador, Dr. Daisaku Ikeda

A importância da Carta da Terra

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A importância da Carta da Terra

A Carta da Terra foi lançada no dia 29 de junho de 2000. O evento ocorreu em uma cerimônia no Palácio da Paz em Haia, Holanda. É uma declaração de dezesseis princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Ela é estruturada em quatro grandes tópicos: Respeito e cuidado pela comunidade da vida, integridade ecológica, justiça social e econômica, democracia, não-violência e paz.

Em 1987 a Comissão das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, através do documento “Nosso Futuro Comum”, recomendou a redação de uma nova carta sobre o desenvolvimento sustentável com o objetivo de ajudar a construir no século 21 uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Em 1992, em evento paralelo da Cúpula da Terra – Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, foi elaborada a primeira versão da Carta.

Após oito anos, em um processo participativo envolvendo todos os continentes e com a contribuição de milhares de pessoas de todas as raças, credos, idades e profissões, incluindo especialistas em ciências, filosofia, ética, religiões e leis internacionais, a versão final foi lançada em 29 de junho de 2000. Em 2003 a Unesco reconheceu a Carta da Terra como um instrumento chave para a educação e cultura, e a considerou como um importante marco ético para a humanidade.

A Carta da Terra é também um clamor para a ação, solicitando a cada pessoa que renove seu compromisso de criar um ambiente sustentável, de promover a justiça econômica e social, a não-violência, a democracia e a paz.

Em 2023, ocorreu a afiliação entre o Instituto Soka Amazônia e a Carta da Terra abrindo caminhos para a realização de projetos e iniciativas que buscam fortalecer a consciência de interdependência, a proteção da vida, o planeta para as futuras gerações.

A cerimônia de afiliação à Carta da Terra Internacional ocorreu no Instituto Soka Amazônia, e na mensagem para a ocasião, Dr. Daisaku Ikeda, enfatizou:

“O movimento impulsionado pelos ilustres senhores da Carta da Terra e o nosso movimento pela revolução humana fundamentado no budismo estão ligados em espiritualidade pelos princípios em comum. Nesse sentido também, deposito minha expectativa e tenho plena convicção de que ambas as instituições, juntas, abordando diversos temas e promovendo a atividade educacional com foco na geração jovem, expandirão a coexistência da natureza e do ser humano, a coexistência humana e a alegria em viver com magnânimo coração.”

A cerimônia contou com a participação da diretora executiva da Carta da Terra Internacional, Mirian Vilela. Durante palestra realizada no Instituto Soka, ela reforçou que, antes mesmo de a Carta da Terra ser lançada, a parceria com a Soka Gakkai já era realidade, e compartilhou:

“O momento é de expansão e agora com o Instituto Soka, temos essa visão comum, de colaborar, assim como os di­ferentes rios que margeiam a sede do instituto, que se encontram e formam um rio maior. E é assim que sinto também com essa parceria de hoje, entre o instituto e a Carta da Terra. Devemos trabalhar nossa capacidade de enxergar além do que realmente vemos.”

A missão do Instituto Soka Amazônia

Com sede em Manaus (AM), o Instituto Soka da Amazônia se destaca por suas ações em defesa da floresta, com foco na educação ambiental e no engajamento comunitário.

Entre suas iniciativas estão projetos educativos com estudantes, que promovem o contato direto com a natureza por meio de trilhas ecológicas, oficinas e campanhas de sensibilização. A valorização da cultura amazônica também é central, integrando saberes tradicionais como ferramentas para a preservação ambiental.

O Instituto atua com a convicção de que conhecer a floresta é o primeiro passo para protegê-la, assim como orienta o fundador, Dr. Daisaku Ikeda

“A sustentabilidade deve ser compreendida como um desafio e um compromisso que exige o esforço de todos. Em sua essência, é o trabalho de construção de uma sociedade que conceda prioridade absoluta à dignidade da vida — de todas as gerações e da biosfera que nos sustenta.”

Dia Mundial das Florestas Tropicais reforça a urgência da preservação

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Dia Mundial das Florestas Tropicais reforça a urgência da preservação

No dia 22 de junho celebra-se o Dia Mundial das Florestas Tropicais, uma data criada para destacar a grande importância desses ecossistemas para o planeta. Mais do que um marco no calendário ambiental, esse dia convida à reflexão sobre os impactos da ação humana e a necessidade urgente de fortalecer a preservação das florestas tropicais, que abrigam uma biodiversidade incomparável.

 

O Brasil tem um papel central nesse cenário: é o lar da maior parte da Floresta Amazônica — o maior bioma tropical do mundo — e carrega uma responsabilidade global na conservação ambiental.

O que são florestas tropicais?

As florestas tropicais são ecossistemas localizados entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, caracterizados por clima quente e úmido durante todo o ano. São reconhecidas por sua altíssima biodiversidade, com uma enorme variedade de espécies vegetais, animais e microrganismos que coexistem em equilíbrio. Embora ocupem apenas cerca de 7% da superfície terrestre, concentram uma parte significativa da biodiversidade mundial.

Por que as florestas tropicais são tão importantes?

Esses ecossistemas desempenham um papel essencial no equilíbrio ecológico do planeta. Regulam o clima global ao influenciar padrões de temperatura e precipitação, além de serem fundamentais para o ciclo da água, contribuindo para a formação de chuvas e a manutenção da umidade do ar.

As florestas tropicais abrigam inúmeras espécies — muitas ainda não descritas pela ciência — e guardam um vasto patrimônio de saberes tradicionais e recursos naturais. Sua capacidade de absorver grandes quantidades de dióxido de carbono também é crucial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Proteger essas florestas é, portanto, preservar a vida em todas as suas formas.

Brasil: guardião da maior floresta tropical do mundo

Com cerca de 60% da Floresta Amazônica em seu território, o Brasil é peça-chave na conservação das florestas tropicais. A Amazônia brasileira cobre mais de 4 milhões de km² e abriga cerca de 10% de todas as espécies conhecidas no planeta, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

No entanto, o país enfrenta desafios significativos, como o desmatamento e as queimadas, que ameaçam a integridade da floresta e a vida de seus povos. A luta pela conservação exige o envolvimento ativo da sociedade civil, da ciência e de políticas públicas comprometidas com o futuro.

Educação ambiental como semente de mudança: o papel do Instituto Soka da Amazônia

Com sede em Manaus (AM), o Instituto Soka da Amazônia se destaca por suas ações em defesa da floresta, com foco na educação ambiental e no engajamento comunitário.

Entre suas iniciativas estão projetos educativos com estudantes, que promovem o contato direto com a natureza por meio de trilhas ecológicas, oficinas e campanhas de sensibilização. A valorização da cultura amazônica também é central, integrando saberes tradicionais como ferramentas para a preservação ambiental.

Além disso, o Instituto desenvolve ações para reduzir o uso de plástico, incentiva práticas sustentáveis e realiza atividades de reflorestamento, contribuindo para a recuperação de áreas degradadas. Parcerias com escolas, universidades e organizações sociais ampliam o alcance e o impacto dessas iniciativas.

O Instituto atua com a convicção de que conhecer a floresta é o primeiro passo para protegê-la.

Conscientização e engajamento: o que você pode fazer?

No Dia Mundial das Florestas Tropicais, o chamado é claro: cada pessoa pode fazer a diferença. Apoiar projetos de educação ambiental, consumir de forma consciente, denunciar crimes ambientais e valorizar a ciência são formas concretas de participar dessa missão coletiva.

O Instituto Soka da Amazônia convida a população a conhecer suas ações e se envolver com iniciativas que transformam o cuidado com a floresta em um compromisso diário com o futuro do planeta.

Assim, como o fundador, Dr. Daisaku Ikeda compartilha: “A inter-relação entre os seres humanos e o meio ambiente é um processo histórico no qual ambos se transformaram um ao outro e evoluíram criativamente durante anos…”