Instituto Soka Amazônia

pesquisador

Celebrar a esperança que transforma o mundo

Em 8 de julho, o Brasil celebra mais do que uma data no calendário. Comemoramos o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico — uma homenagem aos homens e mulheres que, movidos pela curiosidade, persistência e profundo compromisso com a sociedade, dedicam suas vidas à construção de um país melhor por meio do conhecimento.

Instituída em 2001, a data coincide com o aniversário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundada em 1948, e simboliza a urgência de reconhecermos a ciência como ferramenta essencial para enfrentarmos os desafios sociais, ambientais e econômicos que o Brasil atravessa.

A ciência, quando cultivada com responsabilidade e visão de futuro, gera transformação real. Ela está nos avanços da medicina, nas soluções para a crise climática, nas tecnologias que aproximam pessoas, e na educação que liberta. Cada descoberta é um passo rumo a um futuro mais justo, equilibrado e sustentável.

No coração da Amazônia, em Manaus, centros de excelência como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Fundação de Medicina Tropical, Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) impulsionam a produção científica com foco em biodiversidade e desenvolvimento regional.

Entre esses protagonistas do conhecimento, o Instituto Soka da Amazônia se destaca como um espaço inovador de educação ambiental e produção científica cidadã. Com a Academia Ambiental e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, o Instituto atua na formação de lideranças e no incentivo à pesquisa voltada à preservação da floresta e à valorização da vida.

É nesse contexto que desponta a história de Bruna Kathlen, bióloga e mestre em Zoologia, que une a paixão pela ornitologia à missão de educar e conscientizar. Ela representa uma nova geração de cientistas que enxergam a ciência como uma ponte entre o presente e o futuro: “Minha maior motivação para seguir carreira na pesquisa é poder fornecer melhores soluções para o mundo. No meu caso, na minha área, que é a educação ambiental voltada à ornitologia, é poder contribuir para que as espécies continuem sobrevivendo em seus hábitats, conservá-las e evitar a extinção delas.”

Mas, como muitos pesquisadores no Brasil, Bruna também enfrenta obstáculos diários: “Meu maior desafio, que acredito que também é o da maioria dos cientistas, é a falta de incentivo monetário e muitas vezes a sensação de que você está numa luta sozinho. Não há recursos financeiros para pesquisas, principalmente num país como o Brasil, e muitas vezes somos vistos como pessoas que estão ‘perdendo tempo’ com pesquisa.”

Apesar das barreiras, é o impacto gerado que a mantém firme. Em especial, a inspiração que leva a jovens e crianças por meio de iniciativas como o Projeto Vem Passarinhar Manaus: “Um exemplo pessoal que posso citar é o Projeto Vem Passarinhar Manaus, no qual crianças acabam se encantando pelo mundo da ornitologia e afirmam que vão seguir essa carreira futuramente. […] É como se nós fôssemos uma ponte entre o que fazemos agora no presente e o que eles irão replicar no futuro. E isso tudo é muito gratificante.”

Para quem deseja iniciar nesse caminho, a pesquisadora deixa uma mensagem: “Não desanime. É árduo, é trabalhoso, difícil e até doloroso. Mas os resultados sempre vão compensar. […] Fazer ciência é difícil, mas ao mesmo tempo é uma profissão linda e muito, muito nobre.”

Neste Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, celebramos não apenas o conhecimento — mas também a coragem, a paixão e a esperança que movem cada cientista brasileiro. Pessoas como Bruna, que acreditam que a ciência não é um fim em si, mas o meio para criar um futuro mais consciente, mais justo e mais vivo para todos nós.

Compartilhe: