Seminário pré-COP30 em Ananindeua celebra 25 anos da Carta da Terra e reforça compromisso global com a paz e a democracia
Evento internacional reuniu lideranças e representantes da SGI para debater os valores da Carta da Terra e o papel da educação humanista na construção de um futuro sustentável.
Durante o seminário pré-COP30 em Ananindeua, líderes internacionais celebraram os 25 anos da Carta da Terra e defenderam a educação para a paz, a democracia e a sustentabilidade como bases de um novo pacto global, realizada neste sábado, 8 de novembro, no Teatro Municipal de Ananindeua (PA), o Seminário Internacional: 25 anos da Carta da Terra.
Entre os temas debatidos, o painel “Democracia, Não-Violência e Paz”, quarto princípio da Carta da Terra, contou com a presença de Nobuyuki Asai, diretor de Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Humanitários da Soka Gakkai Internacional (SGI).
O encontro reforçou o legado desse documento que se tornou um marco ético e político global, orientando governos, empresas, escolas e comunidades a transformar consciência em ação — para que toda a vida na Terra possa prosperar. A Carta da Terra articula uma visão de interdependência planetária e responsabilidade compartilhada, oferecendo um chamado à esperança e à ação conjunta pela sustentabilidade.
Com leveza e carisma, Asai abriu sua fala brincando com o próprio nome: “Eu me chamo Asai e sou da Soka Gakkai Internacional. Meu sobrenome é parecido com a palavra ‘açaí’, que está muito popular no Japão e sempre que aparece na TV, me sinto muito bem”, disse, arrancando risos do público.
Em seguida, destacou que o Japão é hoje um dos países mais pacíficos do mundo, com baixo índice de violência armada. “Atualmente, mais pessoas perdem a vida para ursos do que para armas de fogo”, observou, com humor.
O palestrante explicou que o envelhecimento da população japonesa, cuja idade média é de 49,9 anos, também contribui para uma sociedade mais pacífica. “Mesmo tendo 49 anos, ainda sou considerado jovem no Japão”, disse, reforçando que uma população mais idosa tende naturalmente à calma e à redução da violência física.
Mas Asai lembrou que nem sempre o Japão foi símbolo de paz. Há apenas oito décadas, o país vivia sob um regime militarista, quando educação e recursos públicos serviam aos interesses do exército. Foi nesse contexto que o educador Tsunesaburo Makiguchi, fundador da Soka Gakkai, lançou uma ideia revolucionária: “A educação existe para a felicidade das crianças.”
Preso por se opor ao militarismo, Makiguchi morreu na prisão, deixando como legado uma filosofia humanista que inspirou gerações e transformou-se em um movimento global pela paz e pela dignidade da vida.
Asai também destacou a atuação de Daisaku Ikeda, terceiro presidente da Soka Gakkai e fundador do Instituto Soka Amazônia, que expandiu o movimento ao redor do mundo com base na valorização do ser humano e na promoção da educação humanista e, inspirada por essa filosofia, no Brasil o Instituto Soka Amazônia desenvolve programas de educação ambiental e formação de cidadãos globais, fortalecendo o vínculo entre valores humanos e sustentabilidade.
Encerrando sua fala, o diretor reafirmou o compromisso da SGI em cooperar com o povo brasileiro para expandir iniciativas que constroem as bases da paz e da democracia. “Estamos determinados a fortalecer nossas parcerias no Brasil e seguir promovendo a educação para a paz. Só com pessoas sábias e empáticas poderemos transformar a sociedade.”
Nobuyuki Asai, diretor de Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Humanitários da Soka Gakkai Internacional.
De 2013 a 2019, atuou como presidente da Conferência de Paz da Juventude da Soka Gakkai Japão. É membro do Conselho de Líderes da Iniciativa Conjunta de Aprendizagem sobre Fé e Comunidades Locais (JLI-LFC) e um dos principais integrantes da Coalizão Japonesa de OSCs para Redução do Risco de Desastres.
Participou de diversas conferências da ONU, incluindo a Rio+20, a Conferência Mundial sobre Redução de Riscos de Desastres (2015) e as COPs.
Formado em Direito pela Universidade de Tóquio (1999), publicou em 2018 o artigo “Função do capital social embutido em comunidades religiosas em tempos de desastre” no Journal of Disaster Research.
Vídeo 360º do Instituto na pré Cop 30
Durante o evento, os participantes puderam assistir a um vídeo em tecnologia 360º que apresentou as iniciativas do Instituto voltadas à educação ambiental, ao reflorestamento e à preservação da biodiversidade.
A missão do Instituto Soka Amazônia
Com sede em Manaus (AM), o Instituto Soka Amazônia se destaca por suas ações em defesa da floresta, com foco na educação ambiental e no engajamento comunitário.
Entre suas iniciativas estão projetos educativos com estudantes, que promovem o contato direto com a natureza por meio de trilhas ecológicas, oficinas e campanhas de sensibilização. A valorização da cultura amazônica também é central, integrando saberes tradicionais como ferramentas para a preservação ambiental.
O Instituto atua com a convicção de que conhecer a floresta é o primeiro passo para protegê-la, assim como orienta o fundador, Dr. Daisaku Ikeda
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