15 de abril é comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo
por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia
Assim como os cursos d’água e florestas, os solos são recursos naturais cuja conservação e proteção são cruciais para preservação da vida no Planeta. E, ao contrário do que se possa imaginar, a vida humana depende muito da qualidade do solo disponível.
Para a , a precursora da agroecologia no Brasil, Ana Primavesi, “o homem é o que o solo faz dele”. Ela defendia que a restauração das paisagens e do meio ambiente seria fator essencial para se ter uma agricultura saudável que beneficia as populações e o meio ambiente.
Nesse contexto, o dia 15 de abril, Dia Nacional da Conservação do Solo, é uma data importante para reflexão sobre novas formas de conhecimento e preservação deste recurso essencial para a vida, para os ecossistemas e que também relação com às mudanças climáticas e questões socioambientais.
O fundador do Instituto Soka Amazônia, Daisaku Ikeda, ressaltou a conexão entre vida humana e floresta e solos. Em seu livro Diálogo sobre a Juventude: para os protagonistas do século XXI, esclareceu porque o solo seria um grande benefício da floresta.
“Pequenos animais e microrganismos ajudam a transformar raízes e folhas secas em um rico solo. Sem esse solo, não poderíamos cultivar grãos nem legumes. Não teríamos alimento, e a humanidade pereceria”.
Daisaku Ikeda
Com o livro A Vida do Solo, Ana Primavesi, na década de 1960, buscou chamar a atenção pessoas para a microbiologia do solo.
A obra, divertida e de fácil compreensão, foi transformada em desenho animado de longa-metragem que apresentava os fenômenos biológicos, físicos e químicos que ocorrem dentro do solo.
O filme ilustrava a inter-relação entre íons, seres microscópicos, fatores abióticos e o papel de cada um pra manter as culturas sadias dentro de boas práticas agrícolas. Leia mais.
Principais causas da degradação e empobrecimento dos solos:
- erosão (natural ou por efeitos das mudanças climáticas);
- desmatamento
- queimadas e incêndios florestais;
- poluição ambiental;
- atividades intensivas de monocultura, pecuária e mineração.
Solo Amazônico
Apesar da baixa fertilidade natural do solo, na Amazônia é encontrada a Terra-Preta-de-Índio, um tipo de solo extremamente fértil e com altos teores de fósforo, cálcio, zinco e manganês e carbono orgânico. A denominação se deve pela coloração escura e por ter possível origem antrópica, isto é, teria sido criado por populações pré-colombiana que viviam na região, segundo estudos.
Na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) e Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, local sede do Instituto Soka Amazônia, é possível observar exemplares de Terra-Preta-de-Índio.
De acordo com levantamento do Serviço Geológico do Brasil, a unidade de conservação tem grande importância no contexto científico e educacional e está conectada a sítios geológicos de grande relevância na região de Ponta das Lajes e Encontro das Águas,
O Instituto Soka Amazônia promove ações de proteção da natureza, educação ambiental e patrimonial, apoio à pesquisa científica e acolhe estudos e práticas científicas para disseminação de conhecimento de preservação ambiental, ecologia, biodiversidade e formação geológica e histórica da Amazônia.
Por dois anos consecutivos, o Instituto sediou o Workshop Internacional de Ciências Práticas e Educação Ambiental, realizado entre o Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade Soka (Japão), onde Ciências dos Solos e Agroecologia foram objetos de estudos e práticas.
Alunos de escolas públicas do Ensino Fundamental de Manaus também tem a oportunidade descobrir a relevância dos solos amazônicos por meio do programa Academia Ambiental realizado na RPPN Daisaku Ikeda.
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