Universidade Soka do Japão renova parceria com Instituto Soka Amazônia

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Nesta terça (28/01) o reitor da Universidade Soka do Japão, Masashi Suzuki, conheceu a sede do Instituto Soka e oficializou a renovação do Termo de Parceria com a entidade.

A visita contemplou principais pontos na Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Daisaku Ikeda, como o mirante e monumento Encontro das Águas, viveiro florestal e o Laboratório de Sementes Amazônicas. 

No laboratório, Suzuki conheceu os projetos em andamento no Instituto e curiosidades sobre os achados arqueológicos e espécies florestais nativas encontradas na Reserva.

Ao conhecer a folha da Cocoloba (Coccoloba gigantifolia) – que já foi considerada a maior do arbórea do mundo – Suzuki traçou um paralelo entre o desafio de sobrevivência dessa espécie com os esforços dos pesquisadores que se dedicaram à sua identificação e do Instituto Soka Amazônia, em prol da proteção da biodiversidade amazônica.

 “Esta folha representa a grandiosidade dos desafios e do esforço de vocês”, parabenizou. 

No diálogo entre o reitor e a equipe do Instituto, Luciano Nascimento, diretor presidente do Instituto, agradeceu a visita e relembrou que a Universidade Soka do Japão fez parte do trabalho de restauração florestal iniciado, há mais de 30 anos, na Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Daisaku Ikeda.

Suzuki afirmou estar gratificado por conhecer pessoalmente o Instituto e manifestou expectativa de que os futuros alunos do curso de Tecnologias Verdes, que será lançado nos próximos meses, conhecer também a Amazônia e o Instituto Soka. “Vamos trabalhar para que isso aconteça”, afirmou.

A visita foi concluída com o plantio de um exemplar da árvore Pau-Rosa (Aniba rosaeodora Ducke – Lauraceae) – espécie amazônica classificada como em perigo de extinção na lista vermelha da IUCN e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

O plantio simbólico pela renovação da parceria também foi uma contribuição efetiva ao enriquecimento florestal da RPPN Daisaku Ikeda.

O Instituto Soka tem Acordo de Cooperação Técnica com cinco relevantes universidades da região amazônica – Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Rondonia (UNIR), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) UEA, IFAM, UNIR e INPA – e com as universidades internacionais Soka University of America e Soka University (Japão).

Parcerias para Difusão do Conhecimento sobre a Amazônia

Educação Ambiental: debate necessário na Conferência do Clima (COP-30)

Há 50 anos, em resposta a primeira conferência promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente e Ação Humana, em Estocolmo, foi realizado encontro da Unesco que resultou a Carta de Belgrado. O documento estabeleceu os princípios básicos para a Educação Ambiental. Ali surgiu também o Dia Mundial da Educação Ambiental.

Desde então, várias iniciativas se somaram ao redor do mundo para tornar a educação ambiental prioritária e a reconhecendo como instrumento de formação de cidadãos para o desenvolvimento sustentável.  

Como  elemento chave para o alcance da Justiça Climática, a educação ambiental também deve permear os debates em torno da Cúpula do Clima (COP-30), que acontece em novembro em Belém/PA. 

Emergências climáticas impactam o acesso à educação em comunidades ribeirinhas. Foto na comunidade Catalão durante a estiagem de 2024

Em  proposta enviada à ONU, em 2020, o fundador do Instituto Soka Amazônia, Daisaku Ikeda, deixou um apelo à comunidade internacional para que recursos fossem destinados para assegurar a educação durante as emergências. 

Essa providência constituirá grande contribuição para criar uma sociedade global sustentável na qual todos poderão viver com dignidade e segurança.

Ação solidária e educativa organizada pelo Instituto Soka na comunidade ribeirinha Catalão durante a estiagem de 2024

Educação ambiental do Instituto Soka

O programa Academia Ambiental do Instituto Soka compartilhará suas experiências no Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, no próximo mês de julho.. 

Congresso é um evento preparatório para COP-30 e traz como tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”.

O programa do Instituto é inspirado na visão do fundador de que a educação é capaz de fazer as pessoas considerarem os problemas ambientais como questão pessoal e, assim, conduzirem esforços em prol de um futuro comum.

Na proposta enviada para Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), Ikeda enfatizou a importância da educação ambiental nos primeiros anos do currículo escolar:

Nesse estágio de crescimento a sensibilidade, a imaginação e a criatividade das crianças são mais aguçadas e sua vontade de aprender e absorver tudo é maior. [...] Cultivar no coração das crianças o desejo de prezar a natureza e proteger a Terra é um passo importante para garantir seu futuro

Para a pesquisadora e Mestranda de Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas, Ana Maria Pinheiro, a educação ambiental tem importância vital diante dos desafios climáticos e sociais atuais. 

“Acompanhei as atividades do programa Academia Ambiental e reconheço que Instituto Soka pratica a educação ambiental voltada para sustentabilidade e cidadania global. Percorri as trilhas interpretativas com os alunos das escolas municipais aqui de Manaus, e pude constatar que, por meio da educação ambiental, os alunos conseguem construir valores, transformar hábitos diários, com vista com a preocupação com a sustentabilidade”.

Educação ambiental para todos

O Instituto Soka promove a educação ambiental por meio de palestras e oficinas para empresas e por meio de ações socioambientais.

Também realiza palestras de reeducação ambiental em parceria com da Vara Especializada do Meio Ambiente do Amazonas do Tribunal de Justiça do Amazonas.

O que é Academia Ambiental

Metodologia

Trilhas educativas na Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda. Transmissão de conhecimentos sobre a ecologia, biodiversidade, rios e arqueologia amazônica, Carta da Terra e ODS, conectados à  realidade dos estudantes.

Alcance

Ja atendeu mais de 20 mil estudantes, prioritariamente, da rede pública de ensino na cidade de Manaus. Também recebeu Turmas de alunos de necessidades especiais, escolas particulares.

Reconhecimentos

Resultados apresentados na Conferência Internacional da Rede Acadêmica de Educação e Aprendizagem Global da UNESCO, em Paris; e na Conferência Global sobre Educação Ecológica, promovida pela Carta da Terra Internacional (Flórida, EUA). Credenciado como Sala Verde do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Momentos Históricos da Educação Ambiental

1972

Conferência de Estocolmo, que introduziu a questão ambiental no cenário global.

1975

Carta de Belgrado, considerada o marco inicial da Educação Ambiental mundial.

1988

No Brasil, a Constituição Federal estabeleceu no Artigo 225, que a educação ambiental deve ser promovida em todos os níveis de ensino e pela conscientização pública

1992

Conferência Eco-92 (Rio de Janeiro), onde a Educação Ambiental foi reafirmada como estratégia para alcançar o desenvolvimento sustentável.

1999

Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999) é regulamentada no Brasil.

2024

Lei 14.926 entra em vigor a diretriz que determina que temas como mudanças do clima e proteção da biodiversidade entre na grade curricular das escolas brasileiras