Ação solidária Águas de Ajuri leva esperança e água limpa para comunidades ribeirinhas impactadas pela seca

Era para ser apenas mais um Dia das Crianças, mas, para a comunidade ribeirinha Catalão, no município de Iranduba, foi dia de renovar esperança diante da seca que acomete a região trazendo, entre grandes desafios, a dificuldade de acesso a água potável.

Na manhã de sábado (12), a comunidade recebeu voluntários do Águas de Ajuri  – ação solidária promovida pelo Instituto Soka Amazônia e empresas e organizações parceiras que visa apoiar a resiliência das comunidades ribeirinhas da região Encontro das Águas que sofrem as consequências da forte estiagem. 

A iniciativa é um desdobramento da iniciativa realizada em 2023 que levou água e alimentos a duas comunidades ribeirinhas na região. 

Neste ano, com o espírito de Ajuri (se unir para ajudar) outras empresas se somaram ao Instituto para levar uma solução mais permanente para as comunidades. Com esforço conjunto, foi possível destinar  62 filtros Água Camelo, que serão distribuídos às famílias das comunidades Catalão, Paraná do Xiborena e São Francisco.


De fácil manejo, essa tecnologia permitirá que as próprias famílias possam filtrar de forma segura e sem custos, a água que captam diretamente do rio, evitando doenças e contaminações. 

 

Esta edição do Águas de Ajuri contou com a participação da associação Brasil SGI, Breitener Energética (Grupo Ceiba), Tutiplast, Plásticos Manaus, ADN Reciclagem, Plajetec, Super Terminais e Editora Brasil Seikyo.
O espírito do Águas de Ajuri é solidariedade e união, sentimentos mais que necessários para enfrentamento da crise climática, afirma Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka Amazônia. “Estamos unidos com essas comunidades pelos Rios Negro e Solimões. Como  verdadeiros vizinhos e, juntos com nossos parceiros, desejamos que essa triste realidade não mais se repita no futuro””..

A emoção de ajudar 

A coordenadora de Responsabilidade da Breitener e Grupo Ceiba, Daniela Viana, relembrou a quão árdua foi a entrega de doações no ano passado sob sol escaldante, mas que todo aquele esforço era pequeno diante das necessidades dessas comunidades.

Segundo ela, as emergências climáticas estão se agravando a cada ano e só poderemos reverter essa tendência se mudarmos o nosso modo de vida. “Estou feliz que estamos levando essa solução, que não vai resolver o problema da comunidade, mas dará melhores condições para que enfrentarem com dignidade essa situação”, afirmou.

Maria Clara Pinheiro dos Santos, voluntária da Tutiplast, que participou pela primeira vez nesse tipo de voluntariado, veio de coração aberto para ação.

 “É gratificante. Para nós é uma atividade de um dia, mas para eles é uma vida inteira. E essa união das empresas do polo industrial de Manaus que transborda para as comunidades é muito importante para ajudar o desenvolvimento da Amazônia de forma sustentável”.

Compartilhando os desafios e alegrias

A data escolhida para entrega dos primeiros filtros Água Camelo nas comunidades foi o Dia das Crianças, uma data simbólica para se renovar a esperança diante de tantos desafios. 

A estiagem mudou completamente a paisagem da comunidade Catalão, conhecida por suas casas flutuantes. Com a seca, áreas que eram cobertas pelas águas do rio hoje estão ocupadas por vegetação rasteira, barro e terra batida. Casas flutuantes e embarcação ficam estacionadas no que seria leito do rio. 

Os voluntários percorreram longo trajeto por terra batida até um lago represado pela comunidade e de onde foram transportados por canoas até o campo de futebol onde as famílias da comunidade se reuniram. 

Além das cestas básicas, lanches, doces e brinquedos, os voluntários participaram de brincadeiras com as crianças tornando esse Dia das Crianças uma memória de alegria e esperança para todas essas famílias.

Autonomia, saúde e dignidade para as famílias ribeirinhas

Diante da escassez de água em toda a bacia Amazônia várias comunidades ribeirinhas são obrigadas a captar água direto do rio, devido à falta de poços e grande dificuldade para comprar água potável em regiões distantes. 

A utilização do filtro Água Camelo pode atender mais de uma família, pois tem capacidade de filtrar 45 litros de água por hora e é capaz de filtrar água barrenta e poluída de bactérias, protozoários, partículas em suspensão e microplásticos.

Essa tecnologia desenvolvida pela startup brasileira de impacto social foi apresentada na Conferência da Água da ONU em 2023 e vem sendo utilizada em projetos voltados a comunidades com vulnerabilidade e escassez de água em várias regiões e países. 

Mais que doar, participe efetivamente da proteção da Amazônia

Com seu apoio as ações e programas do Instituto Soka Amazônia alcançam milhares de vidas, ampliando a consciência para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade amazônica.

Aves e Insetos: a relação inseparável que pode nos alertar sobre a saúde do Planeta

No outono e na primavera, uma cena incrível se repete no céu:  milhares de aves percorrem longas jornadas por vários países ou continentes para se reproduzir, descansar ou fugir do clima desfavorável. São as aves migratórias, quase metade das 10 mil espécies de aves conhecidas. Este movimento pode revelar informações sobre a saúde dos ecossistemas, já que mudanças nas rotas ou padrões podem sinalizar problemas ambientais.

No Brasil, algumas espécies podem migrar sem mesmo sair do país, como as tesourinhas (Tyrannus savana) viajam todos os anos do Rio Grande do Sul para a Amazônia ou para o cerrado.

Insetos são fontes essenciais de energia para a longa jornada das aves migratórias. O desmatamento, incêndios florestais e poluição atmosférica e luminosa afetam a população de insetos e ameaçam a sobrevivência e o bem-estar das aves migratórias.

As aves são essenciais na polinização e controle de pragas, e a falta de insetos prejudica essas funções do ecossistema.

Por outro lado, a superpopulação de certos insetos, sem predadores naturais como os pássaros, também pode causar surtos que prejudicam a saúde dos ecossistemas e a agricultura.

Neste ano, a campanha para o Dia Mundial das Aves Migratórias lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente #PNUMA traz o tema “Proteja os insetos, proteja as aves”. O objetivo é dar o alerta sobre a interconectividade desses animais e sensibilizar a sociedade para ações que mitiguem ou combatam as ameaças à sobrevivência desses animais.

Comemorado em maio e outubro, o Dia Mundial das Aves Migratórias é marcado por vários eventos ao redor do mundo. Acesse o nosso blog para saber mais ou visite  www.worldmigratorybirdday.org

Como proteger insetos e aves

  • Plante flores, arbustos e árvores nativas.
  • Compartilhe o conhecimento sobre o papel dos insetos e aves na manutenção do equilíbrio ecológico. 
  • Escolha produtos orgânicos incentivando a agricultura sem pesticidas.
  • Apoie leis e ações de conservação que contribuem na manutenção de habitats naturais para insetos, pássaros e outros animais selvagens.

O impacto da fumaça das queimadas nas aves

Nos últimos meses, o Brasil tem registrado recordes de incidências queimadas em várias regiões provocando resultados catastróficos para vários biomas, especialmente à Amazônia.

Só no Estado do Amazonas houve aumento de 190% no número de focos de queimadas em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). E em agosto de 2024, a cidade de Manaus, ficou entre as cidades com o pior índice de qualidade do ar do mundo, devido à intensa fumaça vinda dos incêndios florestais.

A fumaça das queimadas pode provocar ou agrava vários problemas respiratórios como asma, sinusites, rinites e pode provocar irritação nos olhos e outros problemas oftalmológicas. Mas, se elaprejudica a saúde humana –- qual deve ser o impacto em animais diretamente expostos como as aves?

De acordo com o veterinário Hudson Lucas, entre os animais afetados pela fumaça das queimadas as aves estão entre os que sentem maior impacto, pois têm prejudicada a sua capacidade de voo e até a reprodução. 

“O sistema respiratório das aves é muito sensível e o acúmulo de resíduos nas penas dificulta a busca por alimentos e parceiros reprodutivos”, explica o veterinário.

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, gerida pelo Instituto Soka da Amazônia, tem sido possível observar alguns pássaros apresentando comportamento ofegante em dias mais quentes ou de intensa fumaça.

A alta temperatura e o ar carregado de poluentes dificulta a orientação e mobilidade em  voo dessas aves, mas também afetam sua respiração, fazendo com que demonstrem sinais de exaustão e desconforto.

Como ajudar os pássaros

Criar pontos de hidratação e alimentação para as aves é uma atitude sugerida a bióloga Bruna Silva, do programa Vem Passarinhar Manaus, para minimizar os impactos das temperaturas quentes e fumaça nas aves.

“Ofertar alimentos e água nesse momento crítico pode ajudar a reduzir os impactos imediatos sobre as aves e garantir sua sobrevivência”

Proteger as aves é proteger todo o ecossistema

As queimadas e as condições climáticas extremas tem ameaçado a sobrevivência de muitas espécies de animais. Em efeito cascata essa situação compromete o equilíbrio dos biomas e ecossistemas, uma vez que, muito desses animais, inclusive as aves, são importantes dispersores de sementes.  

Com a continuidade das altas temperaturas nos próximos meses, são cruciais ações preventivas para preservar a fauna amazônica e os ecossistemas que dependem delas. A conscientização e mobilização da população para evitar a ocorrência de novos focos de incêndios florestais. bem como denunciar as atividades ilegais de queimada às autoridades competentes.

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Rebeca Soares Braga

É bióloga e estudante de Jornalismo, integrante do coletivo Vem Passarinhar Manaus. Colabora como Educadora no programa Academia Ambiental do Instituto Soka Amazônia

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Sítio Arqueológico Ponta das Lajes recebe Plano de Ações para Preservação

Localizado às margens do Rio Negro e em frente ao Encontro das Águas o Sítio Arqueológico Ponta das Lajes voltou a ficar visível devido à seca que afeta a região.

Este patrimônio geológico e arqueológico, frequentemente submerso, revela vestígios de civilizações que habitaram a área há milênios, incluindo as conhecidas “caretas” ou petróglifos (figuras humanas esculpidas na rocha) que chamaram a atenção durante a estiagem de 2023.

Para garantir a proteção desse importante patrimônio natural e cultural, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na última segunda-feira (23), lançou Plano de Ações Integradas do Patrimônio Arqueológico do Amazonas, que contou com a participação do Instituto Soka e elaborado a partir das experiências das duas instituições no sítio durante a seca de 2023.

O plano foi apresentado a jornalistas, representantes das forças de segurança, pesquisadores e pesquisadores e lideranças comunitárias dos bairros do entorno e associações indígenas, que participaram de encontros informativos sobre o Sitio e os cuidados com a proteção de patrimônios culturais e arqueológicos.

Segundo Beatriz Calheiro, superintendente do IPHAN no Amazonas, o objetivo é orientar a proteção dos sítios arqueológicos no estado, especialmente durante o período de seca exacerbado pelas mudanças climáticas.

“Implementaremos medidas de segurança, socialização e boas práticas para a conservação desse patrimônio. Pedimos à comunidade que evitem o descarte de lixo no local, pois ele representa nossa identidade, nossa história e é um espaço sagrado para os povos indígenas, que merece respeito”, afirmou Calheiro.

 

A Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda, nutre uma relação muito especial com o Sítio Ponta das Lajes, como relembra Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka. “Nossa equipe acompanhou os primeiros registros fotográficos das famosas gravuras rupestres durante a grande seca de 2010. Pelo Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, somos histórica e geograficamente conectados ao Sítio Ponta das Lajes”, relembrou.

O afloramento desse sítio revela agravamento das mudanças climáticas e deve ser motivo de reflexão, ressalta Fujiyoshi. “Estamos diante da necessidade de união de toda sociedade para proteção dos bens mais valiosos da Amazônia: nossas florestas, nossa biodiversidade, nossos rios, nossas populações e nossa história”. 

A educação ambiental e patrimonial faz parte dos programas educativos e ações de sensibilização social promovidas pelo Instituto, como o mutirão de limpeza, realizado no ano passado, quando conseguiu-se recolher 1 tonelada de resíduo sólido do Sítio Ponta das Lajes. “Estaremos sempre disposto a colaborar, junto com pesquisadores e comunidade, proteção e disseminação de conhecimento sobre esse patrimônio que é de todos”, afirma Fujiyoshi.

  • Alertas importantes:
  • Bens arqueológicos pertencem à União, sendo vedado qualquer tipo de aproveitamento econômico dos artefatos, assim como sua destruição e mutilação.
  • Para realizar Pesquisas em sítios arqueológicos deve-se enviar projeto prévio ao Iphan, que emitirá a Portaria de Autorização. Pesquisa interventiva realizada sem autorização é ilegal e passível de punição nos termos da Lei.

 

Sítio Ponta das Lajes

Com cronologia estimada entre mil e dois mil anos atrás, o sítio Ponta das Lajes possui blocos rochosos nos quais há registros rupestres que representam figuras humanas. 

Em sua maior parte, as representações são de rostos, que a comunidade local chama popularmente de “caretas”, mas há também gravuras e uma área de oficina lítica com marcas de amoladores. O sítio Ponta das Lajes ainda possui bacias de polimento locais em que, há milhares de anos, povos originários confeccionavam suas ferramentas, como machadinhas.

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Dia da árvore: plantando esperança de um futuro melhor

O dia 21 de setembro – Dia da Árvore e Dia Internacional da Paz – foi marcado por um mutirão de plantio de árvores nativas da Amazônia em uma estação de tratamento de água na zona leste de Manaus. 

Sob um sol escaldante, cerca de 80 voluntários do Instituto Soka e empresas e instituições parceiras, ajudaram a plantar as 120 primeiras das 300 árvores que irão recompor essa área de preservação, selando seu compromisso com o meio ambiente em meio ao grande desafio climático que a Amazônia e todos os biomas enfrentam.  

Como explicou o vice-presidente do Instituto Soka Amazônia, Milton Fujiyoshi, a ação teve como objetivo conectar a vida de cada participante às árvores e ao ato de plantar, como um gesto de valorização da vida.

“Infelizmente, temos presenciado a insensatez e falta de consciência do ser humano em relação a natureza e meio ambiente, por isso, mais que celebrar a data, cada árvore que estamos plantando hoje é um ato simbólico diante do momento de emergência climática que a Amazônia vive”, afirmou.

A relação inseparável entre água e floresta, segundo Milton, justificativa escolha de uma estação de tratamento de água para essa ação.

Agradecemos a Água de Manaus por ceder essa área e cuidar dessas árvores. Nossa intenção é também avançar na criação de um corredor ecológico, ajudar a preservar e potencializar esse corredor que também contribuirá para a saúde dos nossos rios e população".

O gerente de responsabilidade social da Água de Manaus, Semy Ferraz, comentou sobre importância do plantio de árvores diante da seca presenciada na região e a responsabilidade de todos em deixar um mundo melhor.

 “Nós, da Água de Manaus, temos uma responsabilidade com nossos rios e igarapés, por isso agradecemos ao Instituto Soka e todos os parceiros, indústrias e escolas presentes, por essa oportunidade de estarmos juntos plantando árvores”.

 

“A nossa geração agrediu muito o meio ambiente. Então o que estamos fazendo hoje tem a força e um simbolismo muito grande pois demonstra o nosso compromisso de criar um mundo melhor e evitar o que estamos passando hoje, com a estiagem, seca e queimadas.”

Além da Água de Manaus, estiverem presentes familiares de colaboradores e voluntários das empresas DC Logistcs Brasil, Tutiplast, Gaia Eco, Visteon, Essilor Luxottica, Super Terminais, Samsung, Escola Japonesa de Manaus, Colégio Laviniense, Oca da Amazônia e o voluntariado do Instituto Soka Amazônia e Água de Manaus.  

Geise  Silva, gerente comercial da companhia DC Logistics Brasil, trouxe sua família fazer para também parte dessa ação:

“Estamos contribuindo para um futuro sustentável. A DC Logistics Brasil tem no seu planejamento estratégico a sustentabilidade socioambiental  que faz parte do nosso dia a dia e em tudo que a gente faz”  

Segundo a executiva, desde 2010, a empresa realiza o Plantio DC, uma ação socioambiental que propõe o plantio de uma árvore a cada carga fechada durante todo o mês de junho. A iniciativa faz parte do Programas de Responsabilidade Social da empresa, seguindo o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento sustentáveis da ONU e a ética de respeito a todas as formas de vida. Em 2024, a companhia alcançou o plantio de mais de 6 mil árvores em todo o território nacional.

A empresa Gaia Eco, parceira dos programas educativos do Instituto Soka com seus copos ecológicos, também marcou presença

“Somos felizes por essa parceria e por saber que nossos produtos contribuem para esses projetos dentro dessa filosofia de vida que se alinha ao perfeitamente ao propósito da nossa empresa de cuidar do meio ambiente e das pessoas”

Entre os filhos de colaboradores e voluntários, a pequena Isabela Sales, de 10 anos, emocionou a todos com seu recado sobre a importância de plantar: 

“Dentro dessa plantinha nasce uma semente e quando ela morre ela cai no chão e essa semente brota e nasce outra árvore. E os passarinhos ajudam a germinar essa semente para nascer outras”.

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Nosso abraço à Amazônia

Dia 5 de setembro comemoramos o Dia da Amazônia, um momento crucial para refletirmos sobre a grande importância desta majestosa floresta tropical que não é apenas uma vasta extensão de verde, mas o coração pulsante do nosso planeta. 

Com sua imensa biodiversidade e complexidade, a floresta amazônica desempenha um papel insubstituível no equilíbrio ecológico global e no bem-estar da humanidade. A sábia e benevolente “mãe Amazônia” atua como um gigantesco regulador climático.

Por meio de suas gigantes árvores ela cria os efeitos dos rios voadores que garantem as chuvas que sustentam grande parte da América do Sul e ajudam a mitigar o aquecimento global e as mudanças climáticas. Em seu seio, a Amazônia nos oferece uma lição profunda sobre a coexistência harmônica e a manutenção da vida, abrigando uma rica tapeçaria de espécies de fauna e flora e é um mosaico de culturas e povos que vivem em perfeita sintonia com a floresta.

O saudoso fundador do Instituto Soka Amazônia se referia à Amazônia como Casa da Vida, Tesouro da Humanidade. Ele também afirmou que “quando a Amazônia adoece, o planeta agoniza; quando a Amazônia chora, a Terra se desespera”.

Essas palavras ressoam profundamente quando vemos o que está acontecendo agora na Amazônia e em outros biomas brasileiros. Incêndios florestais devastadores e a seca histórica que acomete os principais rios da região estão provocando graves consequências à economia, à biodiversidade, à saúde humana e afetando, diretamente, as comunidades cujas vidas dependem dos rios.

Cada vez mais, a união de toda a sociedade é essencial para enfrentar as emergências climáticas que se intensificam.

Neste Dia da Amazônia, o Instituto Soka Amazônia convida a todos a se unirem em um abraço de cuidado à nossa generosa e sábia floresta-mãe. 

Esse abraço pode ser manifestado por cada um de nós com atitudes simples: adotando hábitos de consumo sustentáveis, plantando árvores nativas e protegendo a biodiversidade, evitando incêndios florestais, apoiando instituições sérias e comprometidas com a proteção da floresta e de suas comunidades e dando eco ao clamor por políticas públicas que garantam a proteção e o equilíbrio sustentável da Amazônia.


Nós, do
Instituto Soka, continuaremos a nos dedicar à melhoria do clima e à preservação da biodiversidade por meio de contínuo trabalho de preservação de espécies nativas e conectando a vida de pessoas – em escolas, empresas e sociedade – à vida das árvores amazônicas. Por meio das ações educativas e de apoio à pesquisa científica continuaremos a despertar a consciência ambiental para a juventude que garantirá um futuro mais sustentável para a Amazônia.

Cada pequena ação é como uma gota que se junta para formar um grande rio de esperança e transformação, assim como o Rio Amazonas. 

Juntos, podemos fazer a diferença e garantir um futuro mais promissor para a Amazônia e para o Planeta.

 

 

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Ação emergencial pela seca no Rio Negro: Instituto Soka Amazônia e empresas parceiras doam água potável e alimentos a comunidades ribeirinhas

Puxirum (palavra de origem tupi que significa ajuda entre vizinhos ou comunidade) é como foi apelidada a ação solidária realizada, nesta quarta-feira (11), pelo Instituto Soka e parceiros, em benefício de famílias ribeirinhas.

Duas comunidades flutuantes atendidas – a do Lago do Catalão e a do Paraná do Xiborena – fazem parte do município de Iranduba/AM e estão entre as várias vitimadas pela emergência climática deflagrada pela seca extrema (e histórica) de rios e igarapés que acomete a região, situação agravada pela forte fumaça das queimadas que cobre cidade de Manaus e região.

A ação – mobilizada pelo Instituto Soka Amazônia em parceria com as empresas Breitener Energética, Gaia Eco, Tutiplast e Associação Brasil SGI – levou galões de água potável, kits purificadores de água, cestas básicas e kits para o Dia das Crianças atendendo mais de 120 famílias ribeirinhas das comunidades de flutuantes.

A distribuição dos itens foi organizada pela líder da Associação Comunitária e Agrícola do Lago Catalão, Raimunda Ferreira de Viana, que montou uma tenda improvisada à beira do rio, onde as famílias se reuniram para se proteger do sol escaldante e temperatura que alcançou os 38graus.

Dona Rai, como é conhecida, decidiu compartilhar os itens recebidos com as famílias da comunidade Paraná do Xiborena, que também enfrentam a escassez de água e alimentos. “Hoje nós sabemos que os ribeirinhos estão sofrendo essa escassez. E esse sofrimento é no geral, não é só o Catalão. O que der para eu ajudar outra comunidade, eu vou ajudar”, afirmou dona Rai.

Afonso, representante da comunidade Paraná do Xiborena agradeceu a partilha: “Isso é comunidade, um ajudando a outro. Estamos todos no mesmo sofrimento. Dói em todos. Obrigado dona Raimunda e as empresas que se mobilizaram. Porque o que está em jogo é a saúde das crianças”.

Associação Brasil SGI, proprietária e mantenedora da RPPN Dr. Daisaku Ikeda, também destinou recursos para a doação, viabilizando o transporte da doação até a comunidade. Carla Osawa, que coordena as ações de voluntários do Instituto Soka, organizou a doação de kit para doar às crianças das comunidades.

Para Danielle Viana, gerente de responsabilidade social da Breitener, a ação foi pensada com muita responsabilidade e vontade de fazer o bem. “Aqui estão várias mãos dadas, várias empresas lideradas pelo Instituto Soka. Eu estava em Fortaleza quando vi uma postagem do Instituto Soka sobre o que vocês estão passando aqui, e pensei: precisamos fazer algo. E aqui estamos. É pouco, mas é de todo coração. Por isso, além da água, resolvemos doar 120 cestas básicas”, Danielle Viana.

Sirlei Bis Oliveira, diretora administrativa da Gaia Eco, destacou que a ação envolveu a todos em um sentimento de solidariedade e compaixão. “Um sentimento bonito que deve aflorar em todos”. Além de galões de água, a empresa doou 50 kits purificadores de água.

 

Eduardo Schmidt, chefe de operações da Gaia Eco, demonstrou para a comunidade como utilizar o kit (balde, tecido, cano plástico e sachê próprio). De maneira simples cada família poderá, em 30 minutos, tornar própria para o consumo humano a água captada no rio ou poço.

Lindalva Mateus, como voluntária da Tutiplast, expressou seu sentimento de participar da ação:
“É um momento de solidariedade com quem está precisando hoje. O nosso rio Amazonas é tão grande que nunca imaginamos passar por isso. Estou aqui há 19 anos e nunca vi isso, de a gente ficar embaixo de onde era o rio. Também nos traz tristeza ver os peixes e botos morrendo. Por isso é linda essa corrente que vocês criaram e que a Tutiplast acatou. Só tenho a agradecer”.
A comunidade flutuante do Lago do Catalão faz parte do município de Iranduba/AM e fica a poucos quilômetros da sede do Instituto Soka Amazônia, na
RPPN Dr. Daisaku Ikeda, em frente à Ponta das Lajes e Encontro das Águas.

AÇÃO EM NÚMEROS

Comunidades atendidas: Lago do Catalão e Paraná do Xiborena (Iranduba/AM)

Famílias atendidas: 120 famílias

Itens doados:
255 galões de água (de 20litros) + 120 cestas básicas + 50 kits purificadores de
água + 70 kits para o Dia das Crianças

Voluntários mobilizados na entrega:
35 voluntários (diretores, colaboradores e voluntários do Instituto Soka
Amazônia e empresas parceiras, moradores da comunidade Catalão e barqueiros da região)

*devido dificuldade ocasionada pela seca na margem do Rio Negro, o carregamento de água e alimentos da Praia das Lajes até a embarcação foi realizado manualmente pelos voluntários

 

Sementes da Vida completa 3 anos!

“A desertificação externa do planeta corresponde precisamente à desertificação espiritual da vida humana.”

Daisaku Ikeda

Nós, seres humanos, compartilhamos este planeta que, em um futuro próximo, deixaremos para nossos filhos. Seguindo essa máxima, há três anos, teve início um projeto inédito e transformador. O projeto Sementes da Vida foi idealizado pela Corregedoria-Geral de Justiça do Estado do Amazonas, e coordenado pelo Instituto Soka Amazônia cuja ação se centra no legado que a geração atual deixará para a próxima: uma árvore plantada a cada nova vida humana gerada. Mais do que o ato em si, a ideia é que cada criança terá sua árvore georreferenciada, cuja família poderá acompanhar seu crescimento e desenvolvimento, estimulando a consciência ambiental às futuras gerações. Desde o primeiro plantio, milhares de novas árvores vicejam em centros de convivência, no estacionamento do TJAM e na própria maternidade. A primeira certidão da árvore foi de um mogno, que já atingiu mais de dois metros de altura. Para saber mais sobre esta espécie, leia nosso texto sobre o mogno.

Plantio Sementes da vida no Tribunal de Justiça do Amazonas
Plantio Sementes da Vida na Maternidade Moura Tapajós

Ao ser registrado em cartório, cada novo bebê recebe, junto com a certidão de nascimento, um certificado de um espécime da flora amazônica, plantado em área reservada dentro município. Esta muda poderá ser localizada pela família, por meio de georreferenciamento, constante na própria certidão expedida pelo cartório.

Quando do lançamento do projeto. nove crianças, com idades entre 1 e 12 anos, participaram, na área externa da sede do Tribunal de Justiça do Amazonas, do plantio de mudas de árvores como ipê roxo, pau rosa, ingá-açu, cuieira, entre outros espécimes amazônicos. Todas receberam a Certidão de Plantio da Árvore em que consta o nome da criança e a informação de que a muda plantada homenageia seu nascimento. Na certidão está, ainda como já citado, o georreferenciamento e os nomes cientifico e popular da árvore. As crianças e seus responsáveis firmaram o compromisso de comparecer regularmente à sede do TJAM para cuidar e acompanhar o crescimento das respectivas plantinhas que “adotaram”.

O projeto não se finda com o plantio. É uma ação coordenada de educação ambiental e cidadania e, de acordo com a Corregedoria Geral da Justiça é ainda uma estratégia para ampliar as ações de arborização da cidade de Manaus que, a longo prazo, proporcionará uma significativa melhoria da qualidade de vida da população.

O projeto tem a parceria da Associação de Registradores Civis do Amazonas (Arpen-AM); Associação dos Notários e Registradores do Amazonas (Anoreg-AM), Instituto Soka Amazônia, em conjunto com o Centro de Sementes Nativas do Amazonas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas); Oca do Conhecimento Ambiental da Secretaria Municipal de Educação; e a empresa Rymo da Amazônia.

Para o Poder Judiciário, idealizador do projeto, a iniciativa representa muito para o para todo o Estado do Amazonas, pois prevê a conscientização do que representa cada árvore na qualidade de vida da população pois a cada criança nascida, tanto ela quanto seus pais serão responsáveis por cuidar dessa árvore e fazê-la se desenvolver.

À época da implantação do projeto, o desembargador Aristóteles Thury, naquela época corregedor-geral de Justiça ressaltou que o papel da Corregedoria não é somente o de punir, mas oferecer os meios para a conscientização ambiental, uma ideia que faz parte da estrutura implantada no âmbito da própria CGJ, onde a sustentabilidade é vivenciada em ações. “Queremos cultivar o espírito de atenção ao nosso meio ambiente, não somente na criança que está nascendo, mas em toda a família. Que todos se unam para cuidar daquele espécime que será plantado em áreas preservadas, para que possa crescer, ser apreciado e, futuramente, usufruído por todos”, explicou o desembargador Thury.