Aves e Insetos: a relação inseparável que pode nos alertar sobre a saúde do Planeta

No outono e na primavera, uma cena incrível se repete no céu:  milhares de aves percorrem longas jornadas por vários países ou continentes para se reproduzir, descansar ou fugir do clima desfavorável. São as aves migratórias, quase metade das 10 mil espécies de aves conhecidas. Este movimento pode revelar informações sobre a saúde dos ecossistemas, já que mudanças nas rotas ou padrões podem sinalizar problemas ambientais.

No Brasil, algumas espécies podem migrar sem mesmo sair do país, como as tesourinhas (Tyrannus savana) viajam todos os anos do Rio Grande do Sul para a Amazônia ou para o cerrado.

Insetos são fontes essenciais de energia para a longa jornada das aves migratórias. O desmatamento, incêndios florestais e poluição atmosférica e luminosa afetam a população de insetos e ameaçam a sobrevivência e o bem-estar das aves migratórias.

As aves são essenciais na polinização e controle de pragas, e a falta de insetos prejudica essas funções do ecossistema.

Por outro lado, a superpopulação de certos insetos, sem predadores naturais como os pássaros, também pode causar surtos que prejudicam a saúde dos ecossistemas e a agricultura.

Neste ano, a campanha para o Dia Mundial das Aves Migratórias lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente #PNUMA traz o tema “Proteja os insetos, proteja as aves”. O objetivo é dar o alerta sobre a interconectividade desses animais e sensibilizar a sociedade para ações que mitiguem ou combatam as ameaças à sobrevivência desses animais.

Comemorado em maio e outubro, o Dia Mundial das Aves Migratórias é marcado por vários eventos ao redor do mundo. Acesse o nosso blog para saber mais ou visite  www.worldmigratorybirdday.org

Como proteger insetos e aves

  • Plante flores, arbustos e árvores nativas.
  • Compartilhe o conhecimento sobre o papel dos insetos e aves na manutenção do equilíbrio ecológico. 
  • Escolha produtos orgânicos incentivando a agricultura sem pesticidas.
  • Apoie leis e ações de conservação que contribuem na manutenção de habitats naturais para insetos, pássaros e outros animais selvagens.

O impacto da fumaça das queimadas nas aves

Nos últimos meses, o Brasil tem registrado recordes de incidências queimadas em várias regiões provocando resultados catastróficos para vários biomas, especialmente à Amazônia.

Só no Estado do Amazonas houve aumento de 190% no número de focos de queimadas em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). E em agosto de 2024, a cidade de Manaus, ficou entre as cidades com o pior índice de qualidade do ar do mundo, devido à intensa fumaça vinda dos incêndios florestais.

A fumaça das queimadas pode provocar ou agrava vários problemas respiratórios como asma, sinusites, rinites e pode provocar irritação nos olhos e outros problemas oftalmológicas. Mas, se elaprejudica a saúde humana –- qual deve ser o impacto em animais diretamente expostos como as aves?

De acordo com o veterinário Hudson Lucas, entre os animais afetados pela fumaça das queimadas as aves estão entre os que sentem maior impacto, pois têm prejudicada a sua capacidade de voo e até a reprodução. 

“O sistema respiratório das aves é muito sensível e o acúmulo de resíduos nas penas dificulta a busca por alimentos e parceiros reprodutivos”, explica o veterinário.

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, gerida pelo Instituto Soka da Amazônia, tem sido possível observar alguns pássaros apresentando comportamento ofegante em dias mais quentes ou de intensa fumaça.

A alta temperatura e o ar carregado de poluentes dificulta a orientação e mobilidade em  voo dessas aves, mas também afetam sua respiração, fazendo com que demonstrem sinais de exaustão e desconforto.

Como ajudar os pássaros

Criar pontos de hidratação e alimentação para as aves é uma atitude sugerida a bióloga Bruna Silva, do programa Vem Passarinhar Manaus, para minimizar os impactos das temperaturas quentes e fumaça nas aves.

“Ofertar alimentos e água nesse momento crítico pode ajudar a reduzir os impactos imediatos sobre as aves e garantir sua sobrevivência”

Proteger as aves é proteger todo o ecossistema

As queimadas e as condições climáticas extremas tem ameaçado a sobrevivência de muitas espécies de animais. Em efeito cascata essa situação compromete o equilíbrio dos biomas e ecossistemas, uma vez que, muito desses animais, inclusive as aves, são importantes dispersores de sementes.  

Com a continuidade das altas temperaturas nos próximos meses, são cruciais ações preventivas para preservar a fauna amazônica e os ecossistemas que dependem delas. A conscientização e mobilização da população para evitar a ocorrência de novos focos de incêndios florestais. bem como denunciar as atividades ilegais de queimada às autoridades competentes.

Picture of Rebeca Soares Braga

Rebeca Soares Braga

É bióloga e estudante de Jornalismo, integrante do coletivo Vem Passarinhar Manaus. Colabora como Educadora no programa Academia Ambiental do Instituto Soka Amazônia

Mais que doar, participe efetivamente da proteção da Amazônia

Com seu apoio as ações e programas do Instituto Soka Amazônia alcançam milhares de vidas, ampliando a consciência para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade amazônica.

Nosso abraço à Amazônia

Dia 5 de setembro comemoramos o Dia da Amazônia, um momento crucial para refletirmos sobre a grande importância desta majestosa floresta tropical que não é apenas uma vasta extensão de verde, mas o coração pulsante do nosso planeta. 

Com sua imensa biodiversidade e complexidade, a floresta amazônica desempenha um papel insubstituível no equilíbrio ecológico global e no bem-estar da humanidade. A sábia e benevolente “mãe Amazônia” atua como um gigantesco regulador climático.

Por meio de suas gigantes árvores ela cria os efeitos dos rios voadores que garantem as chuvas que sustentam grande parte da América do Sul e ajudam a mitigar o aquecimento global e as mudanças climáticas. Em seu seio, a Amazônia nos oferece uma lição profunda sobre a coexistência harmônica e a manutenção da vida, abrigando uma rica tapeçaria de espécies de fauna e flora e é um mosaico de culturas e povos que vivem em perfeita sintonia com a floresta.

O saudoso fundador do Instituto Soka Amazônia se referia à Amazônia como Casa da Vida, Tesouro da Humanidade. Ele também afirmou que “quando a Amazônia adoece, o planeta agoniza; quando a Amazônia chora, a Terra se desespera”.

Essas palavras ressoam profundamente quando vemos o que está acontecendo agora na Amazônia e em outros biomas brasileiros. Incêndios florestais devastadores e a seca histórica que acomete os principais rios da região estão provocando graves consequências à economia, à biodiversidade, à saúde humana e afetando, diretamente, as comunidades cujas vidas dependem dos rios.

Cada vez mais, a união de toda a sociedade é essencial para enfrentar as emergências climáticas que se intensificam.

Neste Dia da Amazônia, o Instituto Soka Amazônia convida a todos a se unirem em um abraço de cuidado à nossa generosa e sábia floresta-mãe. 

Esse abraço pode ser manifestado por cada um de nós com atitudes simples: adotando hábitos de consumo sustentáveis, plantando árvores nativas e protegendo a biodiversidade, evitando incêndios florestais, apoiando instituições sérias e comprometidas com a proteção da floresta e de suas comunidades e dando eco ao clamor por políticas públicas que garantam a proteção e o equilíbrio sustentável da Amazônia.


Nós, do
Instituto Soka, continuaremos a nos dedicar à melhoria do clima e à preservação da biodiversidade por meio de contínuo trabalho de preservação de espécies nativas e conectando a vida de pessoas – em escolas, empresas e sociedade – à vida das árvores amazônicas. Por meio das ações educativas e de apoio à pesquisa científica continuaremos a despertar a consciência ambiental para a juventude que garantirá um futuro mais sustentável para a Amazônia.

Cada pequena ação é como uma gota que se junta para formar um grande rio de esperança e transformação, assim como o Rio Amazonas. 

Juntos, podemos fazer a diferença e garantir um futuro mais promissor para a Amazônia e para o Planeta.

 

 

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Observação de aves:  conhecimento e proteção da biodiversidade nas Reservas da Biosfera

Instituto Soka Amazônia participa do Global Big Day com ação dedicada à Reserva da Biosfera Amazônia Central

 
por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia 

Na mesma semana em que se comemora o Dia das Árvores Migratórias (13 de maio) foi realizado o Global Big Day, jornada  mundial de observação de aves. Em 24 horas, pessoas de todas as idades observaram e registraram aves que avistaram em suas cidades, contribuindo assim para ampliar o conhecimento sobre a variedade de espécies nas várias regiões do Planeta.

A iniciativa, criada em 2002 pela Universidade Cornell, incentiva a população a conhecer mais sobre a biodiversidade de sua localidade. Como prática de Ciência Cidadã as jornadas de observação estimulam o envolvimento e engajamento dos participantes na preservação da biodiversidade.

O Instituto Soka Amazônia, dentro da parceria com a Universidade do Estado do Amazonas, recebe jornadas de observação de aves organizadas pelo Vem Passarinhar Manaus na  Reserva de Patrimônio Natural RPPN Dr. Daisaku Ikeda,  que tornou-se pontos de observação de aves registrado na plataforma e-Bird.

Com  participação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Soka Amazônia, Museu do Amazonas (MUSA), Instituto Mamirauá, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e grupo Vem Passarinhar Manaus, o  Global big Day irá potencializar, neste ano, os registros de espécies da avifauna avistadas na Reserva da Biosfera da Amazônia Central, com apoio da UNESCO.

As aves visualizadas no dia  serão registradas na plataforma e-Bird, contribuindo para ampliar conhecimento de espécies com incidência na Amazônia Central. Dados como esses são de relevância para estudos sobre comportamento de espécies,  efeitos das mudanças climáticas e impacto da poluição sobre biodiversidade.

Foto: Erika Hingst-Zaher (cedida pelo pesquisador). Jornal da USP

É o caso da andorinha azul (Progne subis) – ave migratória que se descola  dos Estados Unidos e Canadá  para a Amazônia  – cuja pesquisa do biólogo Jonathan Maycol Branco, do Instituto de Biociência da USP, apontou  diminuição da população em  decorrência de contaminação por mercúrio na Amazônia. De acordo com o biólogo, o mercúrio detectado nas penas das aves afeta diretamente a capacidade da espécie de se deslocar em vôos em grandes distâncias. Para o especialista, é algo realmente preocupante em se tratando de aves migratórias pois elas necessitam ter grandes reservas de gordura, sua unica fonte de energia durante o processo migratório.    

Reservas da Biosfera união para preservação

Otimizar a convivência homem-natureza é um dos focos das ações propostas para as Reservas da Biosfera, conceito criado pela Unesco na década de 1970.

Na prática é uma área designada que favoreça a descoberta de soluções para problemas como o desmatamento das florestas tropicais, desertificação,  a poluição atmosférica, o efeito estufa e tantos outros. Atualmente, existem 738 Reservas da Biosfera classificadas em 134 países. O Brasil contempla sete: Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Serra do Espinhaço e Amazônia Central, criada em 2001.

Fonte: ReservasdaBiosfera.org

O Instituto Soka Amazônia contribui significativamente para a Reserva da Biosfera Amazônia Central, com ações de apoio a pesquisas científicas, educação socioambiental e conservação da biodiversidade, promovendo a coexistência harmônica entre homem e natureza

Benefício às pessoas, biodiversidade e à Ciência

A prática de observação de aves traz diversos benefícios à saúde de seus praticantes; Ouvir a vocalização de pássaros, por exemplo, pode trazer ganhos para a saúde mental, diminuindo o estresse e ajudando em casos depressivos, como demonstrou pesquisa divulgada em 2022 pelo Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College Londres. Segundo o estudo os efeitos podem durar  por até oito horas.  Embora novas pesquisas devam distinguir esses efeitos considerando sons gravadas ou reais, outros estudos apontaram benefícios para a saúde integral por caminhadas e permanências em áreas verdes ou florestais. Para o experiente observador de aves da Amazônia, Pedro Nassar, as jornadas de observação de aves promovidas pelo Vem Passarinhar Manaus e o Global Big Day traduzem bem esses ganhos:  ” são oportunidades excelentes par se integrar a grupos de pessoas apaixonadas pela natureza. É um estilo de vida saudável e de quebra a gente contribui para a ciência”. A bióloga e co-fundadora do Vem Passarinhar Manaus, Bruna Kathlen da Silva, considera gratificante práticas de Ciência Cidadã como essas: “É muito especial ver pessoas de todas idades admirar as aves e entender a importância delas e, principalmente, como podemos protegê-las e ao meio ambiente para continuarmos existindo”.

Fontes:
Unesco e a Rede Brasileira de Reservas da Biosfera
Jornal da USP : Contaminação de mercúrio da Amazônia em aves migratórias
Ver ou ouvir pássaros melhora a saúde mental

 

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Japu ou Japó, os ecodesigners da natureza

Depois do longo período de estiagem de 2023, o  inverno amazônico traz gratas surpresas como as belas esculturas em árvores produzidas por japus ou japós  (Psarocolius decumanus) para proteger seus ovos e filhotes.

Esses ninhos em forma de gotas são comumente vistos em árvores na sede do Instituto Soka Amazônia, na Reserva de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, na região do Encontro das Águas, em Manaus.

Além da beleza, a estrutura surpreende pela durabilidade, diante das intempéries e predadores naturais. 

No estado do Amazonas, a espécie é conhecida como japó, mas em outras regiões é popularmente chamada de fura-banana (Minas Gerais), japu-gamela (Bahia), xexéu-mufumbo (Pernambuco), japuguaçu, japu-preto, rei-congo ou recongo (Maranhão), entre outras denominações.

Pela coloração da plumagem, tambem é confundida com aves da espécie Cacicus haemorrhous, recebendo os nomes populares de japiim, japiim-tecelão, guaxe ou guaxo, em varias regiões da América do Sul.

Cores e som marcantes

A característica da espécie é a plumagem preta e cauda amarela e vermelho e o bico curto em tom amarelo claro. Mas o charme fica pelo olho azul. Os machos podem chegar até 48 centímetrosde comprimento e as fêmeas 38 centímetros. Costumam se alimentar de frutas (como banana, mamão, entre outras) e insetos alados.

Os ovos da espécie tem uma coloração verde-claro ou acinzentada com listras ou pontos escuros.  As fêmeas colocam 1 a 2 ovos, três vezes ao ano

Outra característica marcante é seu canto marcante.

Na RPPN Daisaku Ikeda mais de 100 espécies de aves foram avistadas e registradas na plataforma eBird. Caminhadas para visualização de aves são organizadas em parceria com o programa Vem Passarinhar Manaus e Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Dia da RPPN: Contribuição das Reservas Particulares para proteção da biodiversidade e enfrentamento da crise climática

O dia 31 de janeiro é considerado, por Lei Federal, o Dia Nacional das Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN). A data foi instituída para valorizar o modelo de proteção ambiental em unidades de conservação privadas.

Flavio Ojidos

As RPPNs dão importante contribuição para o enfrentamento da atual crise climática, na avaliação de Flavio Ojidos, Mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável.

“Creio que por serem fruto de um ato voluntário e possuírem caráter perpetuo, as RPPNs são essenciais para o momento atual que exige ações concretas para a conservação e a restauração da natureza”, afirma.

Atualmente, as RPPNs , no Brasil, protegem mais de 800 mil hectares em todos os biomas brasileiros, segundo o especialista.

A região Norte, que contempla a floresta amazônica, concentra a menor quantidade de RPPNs em relação ao resto do país. No âmbito nacional, o bioma mais protegido por RPPNs é a Mata Atlântica, seguido pelo Cerrado e pela Caatinga.

Ojidos elogia a iniciativa do Dr. Daisaku Ikeda e da Soka Gakkai que, por meio da Brasil SGI, criou uma RPPN na Amazônia e em um lugar tão significativo na cidade de Manaus.

“O trabalho de conservação ambiental exercido na RPPN Dr. Daisaku IKeda, somado aos esforços do Instituto Soka Amazônia na área de educação ambiental,  são determinantes para legar um futuro melhor para as próximas gerações e, ao mesmo tempo, forjá-las para os desafios climáticos que já se apresentam”, destaca.

O que torna a RPPN Dr. Daisaku Ikeda tão especial?

RPPN Instituto Soka Amazônia

A Reserva recebeu do ICMBio, em 1996, a denominação de RPPN Daisaku Ikeda, em homenagem aos esforços do pacifista e fundador do Instituto Soka Amazônia em prol do meio ambiente.

Os 52 hectares de área protegida são um exemplo de restauração ambiental em área urbana na cidade de Manaus, fruto de um contínuo trabalho de conservação e  recomposição florestal, iniciado há 30 anos atrás.

Na  área da RPPN se encontra o Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, rodeado de outros três sítios com achados milenares.

Além de cerâmicas pré-coloniais foram encontrados na Reserva ruínas de uma olaria histórica e nichos de solo terra-preta-de-índio.

Alem da importância como sítio geológico, aRPPN está localizada em frente a uma paisagem icônica: o Encontro das Águas, dos Rios Negros e Solimões.

A RPPN abriga uma grande variedade de espécies da fauna e flora nativa da Amazônia.

O uso sustentável da Reserva é direcionado a atividades de preservação de espécies nativas, estudos e pesquisas científicas sobre a Amazônia  e programas de educação ambiental.

O Instituto Soka Amazônia com essa iniciativa apoia o alcance dos OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:

ODS 4 – Educação de Qualidade;

ODS 14 – Vida na Água;

ODS 15 – Vida Terrestre

ODS 13 Ação Contra Mudança Global do Clima

ODS 17 – Parcerias para Implementação

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Incêndios florestais, uma ameaça para todos

por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia

Havaí, Canadá, Grécia, Austrália e muitas outras regiões do mundo vêm enfrentando incêndios florestais de grandes proporções nos últimos meses. Essa triste realidade noticiada diariamente confirma os alertas de estudos sobre o crescimento da ocorrência de incêndios florestais, por conta das mudanças climáticas e do uso da terra.

Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado em 2022, sinaliza que, se nada for feito, haverá um aumento global de incêndios extremos na ordem de 14% até 2030; 30% até o final de 2050; e 50% até o final do século.

Além de vitimar diretamente várias vidas humanas e a biodiversidade, essas tragédias ambientais provocam impactos globais, afetando inclusive quem está a quilômetros de distância de florestas.

A origem dos incêndios pode ser, ocasionalmente, por fenômenos naturais, como raios e vulcões, mas, na grande maioria das vezes, é a ação humana a causa das ocorrências, o que poderia ser evitável.

Realidade amazônica

No Brasil, foram detectados por satélite 58.670 focos de incêndio entre os dias 1º de janeiro e 23 de agosto deste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O bioma mais afetado é a Amazônia com 45,2%, seguido pelo Cerrado (39%) e a Mata Atlântica (9%). Os municípios que mais registraram focos de queimadas, neste período, foram, respectivamente, Altamira, no Pará, e Apuí, no Amazonas.

Para a engenheira ambiental Alana Rosas, Supervisora Ambiental no Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), os focos de incêndios registrados na região amazônica são decorrentes, principalmente, da prática de queimadas para fins de atividade agropecuária ou invasões em áreas rurais e urbanas. Além de criminosas, tais ações demonstram falta de visão de longo prazo, na avaliação da especialista.

A mudança na forma de uso da terra, segundo Alana, pode contribuir para evitar crimes ambientais na Amazônia se for considerada a vocação econômica da região, pautada na sustentabilidade e nos principais ativos relacionados à preservação da biodiversidade.

A especialista exemplifica como é possível preservar 80% da área florestal de uma propriedade e ainda ser produtivo nos 20% restantes:

“De acordo com a Lei 12.651/2012, todo imóvel rural deve manter uma área com cobertura de vegetação nativa, denominada Reserva Legal. Essa área, localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, terá a função de garantir o uso econômico dos recursos naturais do imóvel rural de forma sustentável, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos, promover a conservação da biodiversidade, bem como abrigar e proteger a fauna silvestre e a flora nativa”.

Importante saber que a dimensão mínima dessa área, em termos percentuais relativos à área do imóvel, dependerá de sua localização. “É possível implementar modelos produtivos mais sustentáveis e ecologicamente viáveis, como o modelo agroflorestal, nessas áreas”, sugere.

Em resumo, a mudança na visão sobre o uso da terra ajuda a evitar a principal causa de incêndios florestais no território amazônico.

Outro fator associado à propagação dos incêndios é o clima seco e as temperaturas elevadas, combinados com a diminuição das chuvas e a ação dos ventos, que ampliam a propagação das chamas.

Por essa razão, é necessário que todos se conscientizem sobre a gravidade dessa tragédia ambiental e como evitá-la. Veja como:

Danos das queimadas ao Meio Ambiente e à população

  • Destruição Ambiental e dos Biomas: A perda significativa de biodiversidade, tanto da fauna quanto da flora, desencadeia desequilíbrios ambientais, empobrece o solo e acelera processos de desertificação.
  • Chuva Ácida: A fumaça e a emissão de gases poluentes afetam a saúde humana em várias regiões, podendo ter impactos na produção agrícola devido à chuva ácida resultante.
  • Saúde Humana: O contato com gases e fumaças resultantes provoca um aumento de doenças respiratórias como rinites, asmas, sinusites, bronquites e alergias.
  • Prejuízos Econômicos: Há riscos de acidentes e perdas patrimoniais decorrentes dos incêndios.
  • Risco à Navegação e Aviação: A fumaça prejudica a visibilidade, afetando o tráfego de veículos e aeronaves.
  • Agravamento do Aquecimento Global e Efeito Estufa: A destruição das florestas impacta nas nascentes e influencia os ciclos das chuvas, contribuindo para o aumento do nível dos oceanos e o derretimento das calotas polares.

Como ajudar a evitar Incêndios Florestais

  • Denuncie Incêndios: Ao identificar um foco de incêndio, comunique imediatamente os órgãos competentes, como os bombeiros, a polícia ambiental e os órgãos de proteção ambiental do estado e município.
  • Evite as Causas: Não solte balões e evite descartar cigarros ou materiais em chamas próximo a áreas florestais, pastagens e estradas.
  • Controle Fogueiras: Evite acender9 fogueiras em áreas de acampamentos ou próximas à vegetação para evitar o alastramento das chamas.
  • Descarte Consciente: Não queime móveis ou lixo, além de ser prejudicial à saúde, as fagulhas podem ser carregadas pelo vento e causar incêndios em outras regiões.
  • Lembre-se de que a prevenção e a ação consciente são fundamentais para proteger nosso meio ambiente e garantir a segurança de todos.

O Instituto Soka Amazônia trabalha em seus projetos para ampliar a sensibilização e conscientização para preservar o meio ambiente.

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Inicia a florada de ipê amarelo na Amazônia

Quem visita a sede do  Instituto Soka Amazônia é presenteado pela exuberante beleza da biodiversidade da Reserva de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda (RPPN Dr. Daisaku Ikeda).

Neste final de julho, é possivel avistar também uma grata presença na paisagem: a florada do ipê amarelo.

Considerada a flor oficial do Brasil, o ipê amarelo desabrocha em várias cidades brasileiras, podendo se assim chamada as árvores de diferentes gêneros (Handroanthus, Tabebuia e Tecoma) de uma mesma família botânica (Bignoniaceae).

Na Amazônia é comum a presença da espécie Tabebuia aurea que pode chegar a 12 e 20 metros. Sua florada ocorre, normalmente, entre julho e setembro, quando há menor incidência de chuva. Se o período chuvoso for curto, a florada se antecipa; se as chuvas se estenderem por mais tempo, a floração é retardada, como explica o professor Felipe Fajardo, doutor em botânica e docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

Breve espetáculo em benefício da  biodiversidade

O nome ipê é de origem tupi e significa “árvore cascuda”.

A beleza da flor é marcante pelo cor intensa, mas também efêmera, durando poucos dias. Seguindo o ciclo natural, após o período de floração, a árvore perde as folhas e frutifica. Neste momento as sementes “aladas” entram em ação e são carregadas pelo vento, especialmente no verão.

O curto tempo de florescimento é resultado de uma sabedoria natural da espécie. Para concretizar a sua propagação, a planta floresce rápido provocando a dispersão de sementes no período com menos chuvas. Ao fim do período da florada e frutificação, a planta encerra o ciclo e aguarda o período de chuvas, investindo em seu crescimento e manutenção.

O tom intenso de amarelo das flores atrai vários visitantes, como beija-flores, abelhas e outros polinizadores, essenciais na manutenção dos ecossistemas.

Fonte: site UFRA. É tempo de florada: Ipês colorem parques e avenidas

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RPPN Dr. Daisaku Ikeda: história de preservação da biodiversidade

por Monica Kimura, em colaboração para o Instituto Soka Amazônia

O dia 12 de julho marca a oficialização da Reserva Particular de Patrimônio Natural, hoje denominada RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

A Unidade de Conservação (UC), localizada em frente ao Encontro das Águas, em Manaus, chamou-se inicialmente Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Nazaré das Lajes, passando a receber o nome do fundador do Instituto Soka Amazônia, por uma homenagem do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Como destacou, à época,  o então diretor de Criação e Manejo e Unidades de Conservação do ICMBio, Luiz Felipe Lima de Souza, o nome da RPPN é um reconhecimento aos tenazes esforços do pacifista em prol do meio ambiente.

“Quando Ikeda falou da relação entre cultura de paz e meio ambiente no ano de 1995, sendo realmente um visionário, teve a grandeza de criar uma reserva natural em um dos biomas mais importantes do globo”.

O Instituto Soka Amazônia, criado por Ikeda, realiza a gestão da RPPN e promove a visão de relação mais harmônica entre ser humano e meio ambiente, em programas de conservação da biodiversidade, apoio à pesquisa científica e educação socioambiental.

A importância da RPPN Dr. Daisaku Ikeda para ecologia da região

Quando foi criada a RPPN, no início da década de 1990, a área de 52 hectares era um terreno totalmente degradado onde havia ruínas de a antiga olaria e vegetação rasteira e de pequeno porte, num solo precário, como relembra o biólogo e doutor em Ciência do Sistema Terrestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Diego Oliveira Brandão.

“É surpreendente e singular conhecer as origens dessa RPPN, pois quem a visita hoje só enxerga uma densa e bela  floresta regenerada  que hoje compõe a Reserva”, conta.

Diego reitera sobre alguns pontos que tornam a RPPN Dr. Daisaku Ikeda ainda mais relevante dentro de um contexto macro. “A primeira é a presença na Amazônia, pois a Região Norte tem o menor número de RPPN do país, , conforme dados do ICMBio”, explicou.

Outro ponto é a sua localização em frente ao Encontro das Águas. Não somente pelo visual espetacular, mas pela biodiversidade que abriga. “Foi uma decisão inteligente e providencial do fundador do Instituto Soka quando, apesar da degradação aparente no momento da decisão, visualizou o potencial existente”, elucidou.

Hoje a cobertura vegetal da Reserva é de tal exuberância que dezenas de pesquisadores da vida natural já passaram por lá e relatam que é um ambiente propício para a realização de estudos científicos.

RPPN em benefício da biodiversidade e do clima

As RPPNs são Unidades de Conservação essenciais para a biodiversidade, porque servem de habitat para as espécies nativas conhecidas e ainda desconhecidas esperando para serem catalogadas. Toda RPPN é uma Unidade de Conservação privada de Uso Sustentável.

Diego explica que, embora as RPPNs representem ainda um número pouco expressivo (cerca de 1% de todo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, os outros 99% são outras formas de Unidades de Conservação de domínio público e alguns privados), sua relevância extrapola os números, “pois cada RPPN tem o objetivo de conservar a  biodiversidade e sua existência garante a sobrevivência de muitas espécies, inclusive as ameaçadas de extinção”.

“Cada RPPN é um banco genético único. Funciona como uma provedora de alimentos e habitat às espécies nativas – fauna e flora silvestre – proporcionando serviços ecossistêmicos importantes, como frutos, polinização e proteção do solo”, explicou Diego.

Outro ponto levantado pelo biólogo é a relevância dessas UCs para o clima regional e global. O ciclo hidrológico de cada região Amazônica depende da reciclagem da água que a floresta executa. E atua também como estoque de carbono na superfície terrestre, como nas folhas, nos troncos, nas populações de fungos e  raízes, por exemplo. “Em vez desse carbono estar solto na atmosfera como dióxido de carbono, que é um gás intensificador do efeito estufa que aquece o planeta”, completa Diego.

Apesar da relevante contribuição das RPPNs para a biodiversidade e o clima do planeta Terra, Diego faz um alerta: mesmo com todo poder de regeneração da natureza, estudos indicam que há um limite associado ao desmatamento e às mudanças climáticas globais.

“A combinação entre 25% de desmatamento e aquecimento global de 2,5°C pode mudar o clima da região permanentemente, com alta perda de biodiversidade.E estamos perto desse limite, pois o desmatamento está próximo de 20% e o aquecimento global já ultrapassou 1,15°C.”, disse com preocupação. Só para se ter uma ideia: de 2001 a 2018, a média de desmatamento foi de 17 mil km2 ao ano em toda Amazônia. “Para ficar claro uma comparação básica: a área do Distrito Federal é de 5,7 mil km2, portanto, foi desmatada anualmente mais de três vezes a área total do Distrito Federal”, finalizou o biólogo.

RPPNs m números

Infelizmente, embora abrigue a maior parte da maior floresta tropical biodiversa do planeta, a Região Norte brasileira é a que tem a menor quantidade de RPPNs. Por exemplo, o estado do Amazonas possui somente 14 reservas particulares atualmente.

Em todo território nacional há 1567 RPPNs que, juntas perfazem um total de 890 mil hectares. Os estados campeões são: Minas Gerais (350), Paraná (282) e Bahia (157); seguidos por Rio de Janeiro (152), São Paulo (99) e Santa Catarina (84). O bioma com mais unidades é a Mata Atlântica, seguido pelo Cerrado e pela Caatinga.

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Biodiversidade amazônica: Camucamu, a rainha da vitamina C

Essa árvore é uma prova viva de que a floresta tem ainda muito o que oferecer à humanidade e a cada exemplar abatido é uma perda irreparável para o meio ambiente

Ela ocorre em muitas áreas da Amazônia em sua forma silvestre, mas devido suas propriedades medicinais, no Brasil vem sendo cultivada principalmente no Pará, em algumas fazendas de São Paulo, nos municípios de Mirandópolis e Iguape. Ainda pouco conhecido no Brasil, o destino da produção são os grandes apreciadores do fruto no exterior, como: Japão, EUA e a União Europeia. Atualmente, o Peru é o grande produtor e exportador do camu camu.

Porém, a América Tropical, o Brasil possui a maior diversidade de espécies do gênero Myrtaceae. A planta é encontrada abundante nos estados do Amapá, Marachão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantis. O primeiro registro data de 1902, quando da expedição do botânico austro-húngaro, Adolfo Ducke, à Amazônia.

Conhecida também por outros nomes – caçari, araçá-d’água, araçá-de-igapó, sarão, azedinha – o camucamuzeiro é um arbusto ou pequena árvore, podendo atingir de 3m a 6m de altura, pertencente à família Myrtaceae, ainda não totalmente domesticada e se dispersa em praticamente toda a região Amazônia. Embora seja um fruto de alto valor nutritivo os povos da floresta parecem não apreciá-lo como alimento, preferindo utilizá-lo como isca para pesca ou, eventualmente, como tira-gosto. O peixe, por sua vez, alimenta-se do camu camu e é o principal dispersor das sementes. A polinização é feita principalmente por abelhas, embora o vento também contrinua significamente no processo. As flores exalam um aroma doce e agradável, devido isso o néctar é bastante apreciado pelas abelhas nativas (Melipona fuscopilara e Trigona portica).

Sua preferência são as margens de rios e lagos, os exemplares silvestres chegam a permanecer por 4 a 5 meses submersos durante os períodos de cheia. O camu camu amadurece entre novembro e março e praticamente ao longo de todo o ano a árvore brinda os olhos com suas flores, principalmente entre abril e junho.

São largamente conhecidos os benefícios da vitamina C para o bom funcionamento do sistema imunológico do organismo. Além disse é um importante antioxidante, que participa em várias reações metabólicas no organismo, como o metabolismo de ácido fólico, fenilalanina, tirosina, ferro, histamina, metabolismo de carboidratos, lipídios, proteínas e carnitina. Esta vitamina é também muito importante na síntese de colágeno, razão pela qual está muitas vezes presente nos suplementos de colágeno. O colágeno é essencial para a manutenção da pele, mucosas, ossos, dentes e preservação da integridade dos vasos sanguíneos.

Desde de 1980, o INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, vem estudando o camucamuzeiro figurando em sua lista de prioridades, por considerá-la de grande potencial nutritivo, entre os frutos nativos da região. O objetivo é oferecer formas alternativas de melhorar a dieta da população local, mas também a geração de divisas. Para se ter uma ideia mais clara de seu potencial nutritivo, a concentração de vitamina C do camu camu é aproximadamente 13 vezes maior que aquela encontrada no caju, 20 vezes maior que na acerola, 100 vezes maior que no limão, podendo conter 5 g da vitamina em cada 100 g de polpa.

By Agroforum Perú – http://www.agroforum.pe/agro-noticias/attachments/11564d1471060316-camu-camu-peru-vitamina-c.jpg/, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=54372736

E mais: na comparação com a laranja, o camu camu contém 10 vezes mais ferro e 50% mais fósforo. Devido o elevado teor de ácido ascórbico é considerado um poderoso antioxidante e coadjuvante na eliminação de radicais livres, proporcionando retardamento no envelhecimento. Ou seja: são muitas as razões para estudar, cultivar e promover seu consumo.

Desafios

Por todos os motivos acima listados, os pesquisadores concordam que se trata de uma espécie de imenso potencial para exploração comercial. Os desafios a serem vencidos tem a ver com a falta de variedades ou clones indicados para condição de cultivo em área de terra firme.

Nesse sentido, a Embrapa da Amazônia Oriental vem se debruçando sobre a questão do melhoramento genético da espécie desde 2008, promovendo a seleção de genótipos para o caráter de produção de frutos no Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do Camucamuzeiro. Foi assim que os melhores materiais obtidos foram clonados e estão em fase de avaliação em área de terra firme.

A partir de plantas sadias e de alta produção com frutos de tamanho apropriado, faz-se a coleta das sementes. A extração dos frutos é feito por meio da coleta de frutos com o mesmo estágio de maturação que deve garantir uma maior uniformidade no processo de germinação.

O camucamuzeiro começa a produzir após 3 anos de seu posicionamento em campo. Os frutos têm formato globoso arredondado, com diâmetro de 10mm a 32 mm, de coloração vermelha ou rósea e roxo escuro no estágio final de maturação e pesa cerca de 8g. De elevada acidez, dificilmente são consumidos in natura, sendo bastante apreciados em preparações, como refrescos, sorvetes, geleias, doces, licores, ou para conferir sabor a tortas e sobremesas. É, portanto, mais uma das espécies amazônicas potencialmente das mais viáveis economicamente por contribuir significativamente para o bem estar e a saúde humana.

Fontes:

http://portal.inpa.gov.br/cpca/areas/camu-camu.html?#:~:text=O%20camu%2Dcamu%2C%20ca%C3%A7ari%2C,lagos%2C%20geralmente%20de%20%C3%A1gua%20preta

https://www.todafruta.com.br/camu-camu/  https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/175155/1/COLECAO-PLANTAR-A-cultura-do-camu-camu-2012.pdf