Provocadas pelo fenômeno La Niña são cada vez mais frequentes e intensas
Estamos em julho, período de inverno no Hemisfério Sul e um dos fenômenos dessa estação é a cheia do Rio Amazonas. As cheias são um fenômeno natural que ocorre nas extensas áreas de terras baixas às margens do rio Amazonas denominadas várzeas.
Nesses períodos, dois importantes processos ocorrem: “o primeiro é a deposição sedimentar que aumenta os diques marginais, popularmente conhecido como “crescimento da terra” e o segundo corresponde ao processo natural de fertilização do solo, que fica rico em nutrientes e o torna propício a agricultura de ciclo rápido e também é muito utilizado para a criação de animais, principalmente bovinos e bubalinos.” (Souza e Almeida, 2010).
Nos últimos anos, as enchentes foram maiores, mostrando o impacto do homem na natureza.
Cheia do rio
As enchentes extremas, segundo os especialistas, são provocadas pelo fenômeno La Niña (esfriamento do Oceano Pacífico), que vem ocorrendo desde meados de 2020, além dos efeitos antrópicos. Entretanto, nos últimos anos, o fenômeno de cheias tem se tornado mais frequente, mais extremo, com menores intervalos entre um e outro.
Por exemplo, em 2021, a cheia histórica no Amazonas afetou cerca de 450 mil pessoas e atingiu mais de 100 mil famílias, de acordo com a Defesa Civil e a de 2022 é a quarta maior cheia desde o início dos registros, em 1902.
Aqui no Instituto Soka, também podemos observar tal fenômeno. Para aqueles que estão habituados com a RPPN e conhecem a samaúma adulta. o rio sobe até ela, quase chegando no nosso viveiro de mudas. Para quem não conhece a RPPN, vocês podem apreciar o vídeo aéreo.
Referências:
de Souza, José Camilo Ramos e Almeida, Regina Araujo de (2010). VAZANTE E ENCHENTE NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: IMPACTOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS em https://www.uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema4/jose_camilo#:~:text=Recebe%20o%20nome%20de%20rio,sempre%20de%20dezembro%20a%20junho.