Sítio Arqueológico Dr. Daisaku Ikeda
Tesouros do passado continuam sendo pesquisados
A área da RPPN Dr. Daisaku Ikeda conta com sítios arqueológico e histórico que mostram fatos de um passado –menos e mais longínquo– destas terras tão especiais.
O Instituto Soka Amazônia participa do movimento de preservação do patrimônio histórico e cultural por meio da conservação e divulgação de conhecimento sobre o sítio arqueológico localizado dentro da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda.
O Sitio Arqueológico Dr. Daisaku Ikeda foi oficializado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2001, a partir do registro de achados arqueológicos cerâmicos na área da RPPN, como uma urna funerária e um alguidar (panelas utilizadas por povos indígenas da região amazônica).
Pesquisadores apontam que os achados referem-se às fases Guarita, Cerâmica e Paredão, que têm cerca de 2.000 anos. As análises se baseiam em estudos multidisciplinares que buscam compreender como as vasilhas foram produzidas, utilizadas e descartadas.
De acordo com o relatório do Museu Amazônico, na área da RPPN Dr Daisaku Ikeda existem três sítios arqueológicos - o sitio de gravuras rupestres Ponta das Lajes e os sítios cerâmicos Lajes e Daisaku Ikeda. Segundo estudos, a arqueologia local sugere uma ocupação que pode remontar milhares de anos atrás, como no caso do sítio rupestre Ponta das Lajes.
Os sítios cerâmicos somam quase uma dezena e apontam para sequência de uma ocupação, aparentemente ininterrupta, desde o início da era cristã até o contato com o europeu e os dias atuais. O Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, área florestada m frente ao Encontro das Águas, aparenta ser contemporâneo ao Sitio Ponta das Lajes, e provavelmente ocupado pelos mesmos grupos indígenas no passado.Fonte: Plano de Manejo da Reserva Particular de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikda (2017).
Visitantes do Instituto Soka Amazônia, alunos e educadores que participam das aulas do programa Academia Ambiental podem apreciar uma amostra desses achados e também das ruínas da Olaria do Senhor Andresen, vestígio histórico datado do início da construção do centro histórico da cidade de Manaus.
Outro patrimônio de importância histórica e cultural são as gravuras rupestres localizadas em rochas submersas no Encontro das Águas, em frente à RPPN Dr. Daisaku Ikeda, que só podem ser visualizadas em períodos de seca e de baixíssima vazão dos rios Negro e Solimões, na área conhecida como Ponta das Lages.
São várias gravuras feitas na pedra com símbolos que se assemelham a faces humanas. Essas gravuras são um mistério que intriga especialistas e, segundo arqueólogos que estudam a região da Amazônia, podem ter sido feitas entre 2.000 e 5.000 anos atrás por índigenas que habitavam o local.