Arborização urbana: cuidados necessários

Por meio de uma seleção criteriosa das espécies vegetais, economizam-se recursos e, principalmente, obtêm-se resultados muito mais promissores

Quem vive em cidades já deve ter se deparado com calçadas danificadas ou até mesmo ter tropeçado num desses trechos. Nem sempre isso tem a ver com a má conservação, mas com espécies arbóreas impróprias para a arborização de calçadas. O biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão, enfatiza que “sem base técnica e científica, os projetos de arborização podem gerar despesas anuais maiores que os investimentos iniciais na implantação”.

Foto de Diego Oliveira Brandão – fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Ele exemplifica: “para espécies plantadas em calçadas, o investimento com podas de galhos poderá ser constante com o crescimento natural da vegetação no espaço da fiação”. Os cuidados têm a ver ainda com considerar espécies de menor estatura para árvores que serão plantadas em calçadas onde se encontram os postes de fiação elétrica. O ideal é que sejam utilizadas plantas com porte de arbustos, ou árvores que não ultrapassem os 4 metros quando adultas.

Não há dúvida de que ruas com mais árvores e plantas são mais frescas, mais belas e mais acolhedoras, do que a paisagem monótona e cinzenta do concreto. Há pesquisadores que consideram como “florestas urbanas”, levando em consideração todo o conjunto de espaços do tecido urbano passiveis de receberem algum tipo de vegetação, como parques, praças, jardins, quintais, canteiros centrais de ruas e avenidas etc.

Para que um projeto de arborização urbana possa ser considerado como excelente, deve se caracterizar por baixo investimento em manutenção a médio e longo prazo. E, caso contrário, o resultado invariavelmente é o alto custo com a constante necessidade de poda de galhos que podem prejudicar a rede elétrica, causando não apenas problemas com o abastecimento, mas riscos à vida humana.

Outros custos: remoção de plantas e/ou substituição de árvores, manutenção de calçadas, derrubada de postes que sustentam a fiação elétrica e de internet, rachadura em paredes, produção volumosa de resíduos orgânicos como folhas e frutos, entupimento de calhas, exposição de raízes que reduzem a mobilidade urbana, problema com vizinhos e órgãos ambientais. “Por isso, pessoas e empresas que precisam de arborização urbana deveriam consultar profissionais com conhecimentos empíricos e científicos na fase de seleção de espécies”, explicou Diego.

Além de todos esses problemas de infraestrutura pública e urbana, há ainda o risco de acidentes fatais, pois queda de árvores podem por em risco a vida humana. As espécies selecionadas para a arborização urbana podem cair em cima de pessoas e danificar casas, carros, bicicletas e outras coisas importantes quando são plantadas sem critérios técnicos e científicos. Diego ressalta que “a leitura de estudos científicos pode ajudar a selecionar as espécies vegetais, porque há características importantes da botânica e ecologia das espécies vegetais a serem levadas em conta, como a altura, a distância das copas das árvores à fiação, o tamanho da copa e o tamanho das rachaduras causadas no passeio”.

Uma seleção de espécies tem que ser feita no sentido de reduzir o custo de manutenção e o risco de acidentes em longo prazo, além de prover bem-estar para os cidadãos. Diego conclui alertando para o fato de que a arborização urbana ainda é pouco estruturada na legislação brasileira. O Estatuto das Cidades carece de diretrizes para a arborização urbana (Lei 10.257/2001). Em 2008, o Projeto de Lei 199 foi apresentado para alterar o Estatuto das Cidades ao incluir o Plano de Arborização Urbana, porém ainda não foi aprovado. Isso talvez explique o fato de pessoas e empresas entenderem pouco sobre a importância da seleção de espécies vegetais. “Para alguns projetos de arborização urbana, por errar na seleção de espécies, a única solução sustentável é a substituição completa da vegetação”, finalizou o biólogo.

Fontes:

https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/a_arborizacao_urbana2.html

https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Arborização urbana: cuidados necessários

Por meio de uma seleção criteriosa das espécies vegetais, economizam-se recursos e, principalmente, obtêm-se resultados muito mais promissores

Quem vive em cidades já deve ter se deparado com calçadas danificadas ou até mesmo ter tropeçado num desses trechos. Nem sempre isso tem a ver com a má conservação, mas com espécies arbóreas impróprias para a arborização de calçadas. O biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão, enfatiza que “sem base técnica e científica, os projetos de arborização podem gerar despesas anuais maiores que os investimentos iniciais na implantação”.

Foto de Diego Oliveira Brandão – fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Ele exemplifica: “para espécies plantadas em calçadas, o investimento com podas de galhos poderá ser constante com o crescimento natural da vegetação no espaço da fiação”. Os cuidados têm a ver ainda com considerar espécies de menor estatura para árvores que serão plantadas em calçadas onde se encontram os postes de fiação elétrica. O ideal é que sejam utilizadas plantas com porte de arbustos, ou árvores que não ultrapassem os 4 metros quando adultas.

Não há dúvida de que ruas com mais árvores e plantas são mais frescas, mais belas e mais acolhedoras, do que a paisagem monótona e cinzenta do concreto. Há pesquisadores que consideram como “florestas urbanas”, levando em consideração todo o conjunto de espaços do tecido urbano passiveis de receberem algum tipo de vegetação, como parques, praças, jardins, quintais, canteiros centrais de ruas e avenidas etc.

Para que um projeto de arborização urbana possa ser considerado como excelente, deve se caracterizar por baixo investimento em manutenção a médio e longo prazo. E, caso contrário, o resultado invariavelmente é o alto custo com a constante necessidade de poda de galhos que podem prejudicar a rede elétrica, causando não apenas problemas com o abastecimento, mas riscos à vida humana.

Outros custos: remoção de plantas e/ou substituição de árvores, manutenção de calçadas, derrubada de postes que sustentam a fiação elétrica e de internet, rachadura em paredes, produção volumosa de resíduos orgânicos como folhas e frutos, entupimento de calhas, exposição de raízes que reduzem a mobilidade urbana, problema com vizinhos e órgãos ambientais. “Por isso, pessoas e empresas que precisam de arborização urbana deveriam consultar profissionais com conhecimentos empíricos e científicos na fase de seleção de espécies”, explicou Diego.

Além de todos esses problemas de infraestrutura pública e urbana, há ainda o risco de acidentes fatais, pois queda de árvores podem por em risco a vida humana. As espécies selecionadas para a arborização urbana podem cair em cima de pessoas e danificar casas, carros, bicicletas e outras coisas importantes quando são plantadas sem critérios técnicos e científicos. Diego ressalta que “a leitura de estudos científicos pode ajudar a selecionar as espécies vegetais, porque há características importantes da botânica e ecologia das espécies vegetais a serem levadas em conta, como a altura, a distância das copas das árvores à fiação, o tamanho da copa e o tamanho das rachaduras causadas no passeio”.

Uma seleção de espécies tem que ser feita no sentido de reduzir o custo de manutenção e o risco de acidentes em longo prazo, além de prover bem-estar para os cidadãos. Diego conclui alertando para o fato de que a arborização urbana ainda é pouco estruturada na legislação brasileira. O Estatuto das Cidades carece de diretrizes para a arborização urbana (Lei 10.257/2001). Em 2008, o Projeto de Lei 199 foi apresentado para alterar o Estatuto das Cidades ao incluir o Plano de Arborização Urbana, porém ainda não foi aprovado. Isso talvez explique o fato de pessoas e empresas entenderem pouco sobre a importância da seleção de espécies vegetais. “Para alguns projetos de arborização urbana, por errar na seleção de espécies, a única solução sustentável é a substituição completa da vegetação”, finalizou o biólogo.

Fontes:

https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/a_arborizacao_urbana2.html

https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Instituto Soka Amazônia: a preservação da floresta em primeiro lugar

A instituição seguirá com todos os seus compromissos, com possibilidades de parcerias em diversas frentes e boas notícias para 2022.

No início de 2021, embora a esperança da vacina se vislumbrasse no horizonte mundial, havia ainda muita incerteza e desconfiança quanto aos rumos que haveriam de se desdobrar. Em especial, Manaus vivia em meio a uma crise ainda mais desafiadora. O Instituto Soka Amazônia buscou enfrentar tal cenário com cautela, mas jamais deixando de lado a disposição de promover ações em prol da floresta.

“O ano de 2021 nos afetou muito aqui em Manaus. Começamos janeiro sob os efeitos da pandemia que concentrou todas as atenções da sociedade e, naquele momento, a prioridade era a vida para todos”, colocou Edison Akira Sato, diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

Segundo ele, cada ação realizada, principalmente nas aulas presenciais da Academia Ambiental que retornaram em setembro, foram tomadas todas as medidas sanitárias de prevenção ao contágio. Dessa forma, a equipe deu continuidade às atividades cotidianas, como a coleta de sementes que, muitas vezes, é um trabalho quase solitário, continuou e foi possível dar passos importantes nessa frente tão importante para a realização dos objetivos do Instituto.

E os plantios de espécies nativas prosseguiram com ainda mais empenho, já que o país passava por um momento tão delicado, era preciso motivar e oferecer esperança por meio do verde tão precioso. A chegada de novos parceiros trouxe ainda mais força aos propósitos . “Ainda que estivéssemos nesse ambiente mais adverso, pudemos contar com a chegada de novas empresas parceiras que compreenderam a relevância do trabalho que desenvolvemos aqui”, prosseguiu Akira.

Empresas, entidades e órgãos governamentais buscaram o Instituto para estabelecer muitos projetos de importância local e regional e que apesar da situação sanitária, seguiram em frente e dão frutos para a sociedade.

“Uma ação que merece destaque foi a apresentação do aplicativo Tree Earth, desenvolvido em parceria com a Rede Amazônica; IDAAM e VS Academy que será importante no georreferenciamento das mudas plantadas, e seu acompanhamento. Com isso, damos aos nossos parceiros, maior segurança em relação à execução dos projetos”, explicou o diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

E o trabalho não para nunca pois “é urgente conscientizar a sociedade de que a integração com a natureza é fonte de sua vida é missão para toda uma geração”. Akira ressaltou também sobre a importância do trabalho de coleta de sementes, especialmente as de espécies ameaçadas: “transformá-las em mudas viáveis para, de modo planejado, deitá-las em seus berços na terra e ver surgir dali todo um miniecossistema, garantindo assim, sua continuidade.

E, para 2022, tal como as sementes, assegura Akira, “alguns projetos que foram estabelecidos ainda em 2021 irão brotar e trarão benefícios para novas áreas, hoje carentes dessas novas árvores”.

Enfatizou também que a equipe está ansiosa para o retorno das aulas educação ambiental, “recebendo crianças das escolas públicas de Manaus e região porque acreditamos que está nesses jovens a semente da consciência mais ampla da necessidade da preservação da natureza e da viabilidade de vida humana em meio a ela”.

Este ano tivemos a chegada de novos parceiros que muito nos horaram com sua confiança. Nosso Instituto não é grande, mas desenvolve um trabalho contínuo e bastante consistente nas áreas de educação ambiental e preservação da natureza a partir da coleta, preparo e plantio de mudas da flora da Amazônia. Essa consistência tem atraído empresas e organizações que, ao tomarem conhecimento do nosso trabalho e sentirem de perto a dedicação e empenho de todo o time, entendem a necessidade e urgência da preservação ambiental.

A divulgação mais intensa dos ODS da ONU, dos esforços do Pacto Global, da Carta da Terra e das discussões em torno da COP26 colaboram para a ampliação dessas parcerias que tendem a se intensificar nesse novo ano.

Pacto Global
Fonte ONU – https://www.pactoglobal.org.br/

Prova disso é o acordo recém firmado entre o Instituto e o Pacto Global que elegeu o Instituto Soka-Amazônia como Hub de suas ações na região. Isso para nós, mais do que motivo de orgulho, é prova inequívoca do reconhecimento ao trabalho árduo que vimos desenvolvendo ao longo dos anos.

Há várias possibilidades de novos projetos para 2022 que vão desde a aproximação com Universidades e Centros de Pesquisa no Brasil e no exterior, passando pela chegada de novas empresas parceiras, até a ampliação das ações em conjunto com as diferentes instâncias de governo.

Tenho certeza de que quem acompanha os trabalhos do Instituto terá boas notícias em 2022.

Instituto Soka Amazônia: a preservação da floresta em primeiro lugar

A instituição seguirá com todos os seus compromissos, com possibilidades de parcerias em diversas frentes e boas notícias para 2022.

No início de 2021, embora a esperança da vacina se vislumbrasse no horizonte mundial, havia ainda muita incerteza e desconfiança quanto aos rumos que haveriam de se desdobrar. Em especial, Manaus vivia em meio a uma crise ainda mais desafiadora. O Instituto Soka Amazônia buscou enfrentar tal cenário com cautela, mas jamais deixando de lado a disposição de promover ações em prol da floresta.

“O ano de 2021 nos afetou muito aqui em Manaus. Começamos janeiro sob os efeitos da pandemia que concentrou todas as atenções da sociedade e, naquele momento, a prioridade era a vida para todos”, colocou Edison Akira Sato, diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

Segundo ele, cada ação realizada, principalmente nas aulas presenciais da Academia Ambiental que retornaram em setembro, foram tomadas todas as medidas sanitárias de prevenção ao contágio. Dessa forma, a equipe deu continuidade às atividades cotidianas, como a coleta de sementes que, muitas vezes, é um trabalho quase solitário, continuou e foi possível dar passos importantes nessa frente tão importante para a realização dos objetivos do Instituto.

E os plantios de espécies nativas prosseguiram com ainda mais empenho, já que o país passava por um momento tão delicado, era preciso motivar e oferecer esperança por meio do verde tão precioso. A chegada de novos parceiros trouxe ainda mais força aos propósitos . “Ainda que estivéssemos nesse ambiente mais adverso, pudemos contar com a chegada de novas empresas parceiras que compreenderam a relevância do trabalho que desenvolvemos aqui”, prosseguiu Akira.

Empresas, entidades e órgãos governamentais buscaram o Instituto para estabelecer muitos projetos de importância local e regional e que apesar da situação sanitária, seguiram em frente e dão frutos para a sociedade.

“Uma ação que merece destaque foi a apresentação do aplicativo Tree Earth, desenvolvido em parceria com a Rede Amazônica; IDAAM e VS Academy que será importante no georreferenciamento das mudas plantadas, e seu acompanhamento. Com isso, damos aos nossos parceiros, maior segurança em relação à execução dos projetos”, explicou o diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

E o trabalho não para nunca pois “é urgente conscientizar a sociedade de que a integração com a natureza é fonte de sua vida é missão para toda uma geração”. Akira ressaltou também sobre a importância do trabalho de coleta de sementes, especialmente as de espécies ameaçadas: “transformá-las em mudas viáveis para, de modo planejado, deitá-las em seus berços na terra e ver surgir dali todo um miniecossistema, garantindo assim, sua continuidade.

E, para 2022, tal como as sementes, assegura Akira, “alguns projetos que foram estabelecidos ainda em 2021 irão brotar e trarão benefícios para novas áreas, hoje carentes dessas novas árvores”.

Enfatizou também que a equipe está ansiosa para o retorno das aulas educação ambiental, “recebendo crianças das escolas públicas de Manaus e região porque acreditamos que está nesses jovens a semente da consciência mais ampla da necessidade da preservação da natureza e da viabilidade de vida humana em meio a ela”.

Este ano tivemos a chegada de novos parceiros que muito nos horaram com sua confiança. Nosso Instituto não é grande, mas desenvolve um trabalho contínuo e bastante consistente nas áreas de educação ambiental e preservação da natureza a partir da coleta, preparo e plantio de mudas da flora da Amazônia. Essa consistência tem atraído empresas e organizações que, ao tomarem conhecimento do nosso trabalho e sentirem de perto a dedicação e empenho de todo o time, entendem a necessidade e urgência da preservação ambiental.

A divulgação mais intensa dos ODS da ONU, dos esforços do Pacto Global, da Carta da Terra e das discussões em torno da COP26 colaboram para a ampliação dessas parcerias que tendem a se intensificar nesse novo ano.

Pacto Global
Fonte ONU – https://www.pactoglobal.org.br/

Prova disso é o acordo recém firmado entre o Instituto e o Pacto Global que elegeu o Instituto Soka-Amazônia como Hub de suas ações na região. Isso para nós, mais do que motivo de orgulho, é prova inequívoca do reconhecimento ao trabalho árduo que vimos desenvolvendo ao longo dos anos.

Há várias possibilidades de novos projetos para 2022 que vão desde a aproximação com Universidades e Centros de Pesquisa no Brasil e no exterior, passando pela chegada de novas empresas parceiras, até a ampliação das ações em conjunto com as diferentes instâncias de governo.

Tenho certeza de que quem acompanha os trabalhos do Instituto terá boas notícias em 2022.