Relações entre espécies: a biodiversidade em favor da vida

As relações entre os seres vivos é o que torna fascinante a vida selvagem!

Existem muitas formas de os seres vivos interagirem na natureza. Algumas relações podem parecer violentas, outras afetuosas até, mas cada qual possui uma finalidade objetiva e necessária dentro do ciclo da vida. 

Os seres vivos estão em constante troca. Para os leigos, em muitos casos, pode parecer benéfico somente para um lado, enquanto o outro simplesmente se deixa ser ‘usado’. Mas não é bem assim. Na natureza, existem diversos tipos de relações, sendo algumas benéficas e outras prejudiciais para os envolvidos. Essas relações são classificadas como positivas, quando há ganho para um dos lados ou para ambos, e como negativas, quando há prejuízo pelo menos para um dos implicados. Quando ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, as relações são denominadas intraespecíficas e, quando são de espécies diferentes, chamamos de interespecífica. 

União faz a força!

Exemplos de relacionamentos intraespecíficos são os recifes de coral. Cada qual é formado por inúmeros indivíduos juntos vivendo e atuando em conjunto para o bem comum. Essa relação é chamada de colônia. Vivem todos juntos, literalmente colados uns nos outros realizando funções coletivamente em prol de toda a coletividade.

Já as colmeias e os formigueiros são chamados de sociedades e são exemplos de envolvidos. Embora suas organizações sejam também formadas por indivíduos da mesma espécie, existem grupos específicos cada um realizando ações diferenciadas, tudo em prol da sociedade em que vivem. Os papéis são claros e precisos, os indivíduos nascem e exercem suas funções sem nunca mudar de área, sem questionar, do nascimento à morte, como numa engrenagem perfeita. 

Podem ainda ser desarmônicas, quando há competição entre indivíduos, por recursos que, na maioria das vezes, não estão disponíveis em abundância no meio em que vivem. Alimento, água, parceiros reprodutivos, abrigos, são exemplos de recursos escassos que podem ser motivo de competição e desarmonia. O que ocorre é a seleção natural, dos mais fortes e/ou aptos. Casos extremos ocorrem com frequência na natureza, como o canibalismo. Um exemplo clássico é a viúva negra que, logo após o coito, arranca e devora a cabeça do macho. O mesmo ocorre com as fêmeas do louva-a-deus que devoram todo o corpo do macho. Cadelas que se sentem muito debilitadas após o parto, devoram alguns de seus filhotes recém paridos ou mesmo todos, se ela sentir que sua sobrevivência depende disso.

Diferentes tipos de parcerias

Nas relações interespecíficas há pelo menos sete tipos bem diferenciados.

  1. Protocooperação – ela acontece quando dois seres envolvidos se ligam para cooperarem um com o outro. O exemplo clássico é o que ocorre entre o pássaro-palito e o jacaré. A relação se dá quando o pássaro pousa na boca do jacaré para alimentar-se dos resíduos de carne que sobram entre os dentes. Ambos se beneficiam da relação: o jacaré ganha uma limpeza bucal e o pássaro sua refeição fácil. Outro exemplo é o que ocorre entre as árvores e os pássaros. As árvores fornecem alimento e moradia e as aves, em contrapartida, polinizam suas flores e espalham as sementes, uma relação benéfica que já dura milhões de anos.
  1. Mutualismo – essa associação se difere da anterior pelo fato de que é essencial para a sobrevivência de ambos. Um exemplo é o líquen que ocorre quanto da associação entre o fungo e a alga: esta última produz alimento através da fotossíntese que o fungo necessita e, este absorve a umidade e matéria orgânica que a alga utiliza. Cada qual vive e atua em função da sobrevivência de ambos. Outro exemplo importante: os bovinos e as bactérias de seu estômago. Embora herbívoros, esses grandes mamíferos não conseguem quebrar a celulose das folhas que ingerem sem que as bactérias produzam a enzima celulase. Em troca de moradia e alimento, esses microorganismos trabalham para o bovino, um não vive sem o outro. 
  1. Inquilinismo – como o próprio termo sugere, a relação se estabelece sem que os envolvidos retirem nada do outro. O exemplo clássico é o das plantas epífitas (orquídeas e bromélias) que aderem aos troncos das árvores. Isso garante que consigam maior luminosidade e, portanto, tenham condições de realizar a fotossíntese para produzir seu alimento. Para as árvores, a presença dessas plantas é inofensiva.
Inquilinismo: Plantas Epífitas como as Orquídeas
  1. Comensalismo – os parceiros compartilham do mesmo alimento como ocorre com leões e hienas. As leoas caçam, chamam o leão para que se alimente, depois é a vez delas e, quando todos estão saciados, deixam os restos para as hienas que se mantém ao redor, à espreita durante todo o processo. É uma relação estranha e peculiar, mas nenhuma das partes se prejudica.
  1. Parasitismo – este é um tipo de relação diferente da anterior no sentido de uma das partes se aproveita do esforço do outro e prejudica-o. O exemplo mais cotidiano é o dos piolhos e carrapatos e o ser humano. Os insetos são ectoparasitas, ficam instalados externamente. Já os endoparasitas, que se instalam dentro do corpo, como os vermes que se alojam no intestino. Todos esses parasitas sobrevivem se alimentando de sangue, líquido vital para a sobrevivência humana e, em estágios graves, podem levar à anemia ou outras patologias.
  1. Herbivoria ou herbivorismo – tem a ver com a fonte de alimento. Bovinos se enquadram nesse grupo, bem inúmeras outras espécies de vertebrados que se alimentam exclusivamente de plantas, consequentemente, predando-as. (Obs.: No caso do ser humano, dá-se ao fenômeno o nome de vegetarianismo e, no caso dos insetos, de fitofagia).
  1. Predatismo – essa é uma relação em que a presa (que servirá de alimento) e o predador (que caçará a presa). São muitos os exemplos que poderiam ser apresentados. Um deles é o que ocorre entre os leões e as zebras; serpentes e ratos; crocodilo e gnu, por exemplo. Importantíssimo para manter o equilíbrio ambiental das populações de determinados animais.

Fontes: 

https://www.biologianet.com/ecologia/protocooperacao.htm

https://www.biologianet.com/ecologia/predatismo-predacao.htm#:~:text=Um%20exemplo%20cl%C3%A1ssico%20de%20predatismo,como%20vis%C3%A3o%20ou%20olfato%20agu%C3%A7ados

https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/relacoesecologicas4.php

https://www.biologianet.com/ecologia/comensalismo.htm

https://www.todabiologia.com/ecologia/inquilinismo.htm

https://www.ecycle.com.br/mutualismo/

Relações entre espécies: a biodiversidade em favor da vida

As relações entre os seres vivos é o que torna fascinante a vida selvagem!

Existem muitas formas de os seres vivos interagirem na natureza. Algumas relações podem parecer violentas, outras afetuosas até, mas cada qual possui uma finalidade objetiva e necessária dentro do ciclo da vida. 

Os seres vivos estão em constante troca. Para os leigos, em muitos casos, pode parecer benéfico somente para um lado, enquanto o outro simplesmente se deixa ser ‘usado’. Mas não é bem assim. Na natureza, existem diversos tipos de relações, sendo algumas benéficas e outras prejudiciais para os envolvidos. Essas relações são classificadas como positivas, quando há ganho para um dos lados ou para ambos, e como negativas, quando há prejuízo pelo menos para um dos implicados. Quando ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, as relações são denominadas intraespecíficas e, quando são de espécies diferentes, chamamos de interespecífica. 

União faz a força!

Exemplos de relacionamentos intraespecíficos são os recifes de coral. Cada qual é formado por inúmeros indivíduos juntos vivendo e atuando em conjunto para o bem comum. Essa relação é chamada de colônia. Vivem todos juntos, literalmente colados uns nos outros realizando funções coletivamente em prol de toda a coletividade.

Já as colmeias e os formigueiros são chamados de sociedades e são exemplos de envolvidos. Embora suas organizações sejam também formadas por indivíduos da mesma espécie, existem grupos específicos cada um realizando ações diferenciadas, tudo em prol da sociedade em que vivem. Os papéis são claros e precisos, os indivíduos nascem e exercem suas funções sem nunca mudar de área, sem questionar, do nascimento à morte, como numa engrenagem perfeita. 

Podem ainda ser desarmônicas, quando há competição entre indivíduos, por recursos que, na maioria das vezes, não estão disponíveis em abundância no meio em que vivem. Alimento, água, parceiros reprodutivos, abrigos, são exemplos de recursos escassos que podem ser motivo de competição e desarmonia. O que ocorre é a seleção natural, dos mais fortes e/ou aptos. Casos extremos ocorrem com frequência na natureza, como o canibalismo. Um exemplo clássico é a viúva negra que, logo após o coito, arranca e devora a cabeça do macho. O mesmo ocorre com as fêmeas do louva-a-deus que devoram todo o corpo do macho. Cadelas que se sentem muito debilitadas após o parto, devoram alguns de seus filhotes recém paridos ou mesmo todos, se ela sentir que sua sobrevivência depende disso.

Diferentes tipos de parcerias

Nas relações interespecíficas há pelo menos sete tipos bem diferenciados.

  1. Protocooperação – ela acontece quando dois seres envolvidos se ligam para cooperarem um com o outro. O exemplo clássico é o que ocorre entre o pássaro-palito e o jacaré. A relação se dá quando o pássaro pousa na boca do jacaré para alimentar-se dos resíduos de carne que sobram entre os dentes. Ambos se beneficiam da relação: o jacaré ganha uma limpeza bucal e o pássaro sua refeição fácil. Outro exemplo é o que ocorre entre as árvores e os pássaros. As árvores fornecem alimento e moradia e as aves, em contrapartida, polinizam suas flores e espalham as sementes, uma relação benéfica que já dura milhões de anos.
  1. Mutualismo – essa associação se difere da anterior pelo fato de que é essencial para a sobrevivência de ambos. Um exemplo é o líquen que ocorre quanto da associação entre o fungo e a alga: esta última produz alimento através da fotossíntese que o fungo necessita e, este absorve a umidade e matéria orgânica que a alga utiliza. Cada qual vive e atua em função da sobrevivência de ambos. Outro exemplo importante: os bovinos e as bactérias de seu estômago. Embora herbívoros, esses grandes mamíferos não conseguem quebrar a celulose das folhas que ingerem sem que as bactérias produzam a enzima celulase. Em troca de moradia e alimento, esses microorganismos trabalham para o bovino, um não vive sem o outro. 
  1. Inquilinismo – como o próprio termo sugere, a relação se estabelece sem que os envolvidos retirem nada do outro. O exemplo clássico é o das plantas epífitas (orquídeas e bromélias) que aderem aos troncos das árvores. Isso garante que consigam maior luminosidade e, portanto, tenham condições de realizar a fotossíntese para produzir seu alimento. Para as árvores, a presença dessas plantas é inofensiva.
Inquilinismo: Plantas Epífitas como as Orquídeas
  1. Comensalismo – os parceiros compartilham do mesmo alimento como ocorre com leões e hienas. As leoas caçam, chamam o leão para que se alimente, depois é a vez delas e, quando todos estão saciados, deixam os restos para as hienas que se mantém ao redor, à espreita durante todo o processo. É uma relação estranha e peculiar, mas nenhuma das partes se prejudica.
  1. Parasitismo – este é um tipo de relação diferente da anterior no sentido de uma das partes se aproveita do esforço do outro e prejudica-o. O exemplo mais cotidiano é o dos piolhos e carrapatos e o ser humano. Os insetos são ectoparasitas, ficam instalados externamente. Já os endoparasitas, que se instalam dentro do corpo, como os vermes que se alojam no intestino. Todos esses parasitas sobrevivem se alimentando de sangue, líquido vital para a sobrevivência humana e, em estágios graves, podem levar à anemia ou outras patologias.
  1. Herbivoria ou herbivorismo – tem a ver com a fonte de alimento. Bovinos se enquadram nesse grupo, bem inúmeras outras espécies de vertebrados que se alimentam exclusivamente de plantas, consequentemente, predando-as. (Obs.: No caso do ser humano, dá-se ao fenômeno o nome de vegetarianismo e, no caso dos insetos, de fitofagia).
  1. Predatismo – essa é uma relação em que a presa (que servirá de alimento) e o predador (que caçará a presa). São muitos os exemplos que poderiam ser apresentados. Um deles é o que ocorre entre os leões e as zebras; serpentes e ratos; crocodilo e gnu, por exemplo. Importantíssimo para manter o equilíbrio ambiental das populações de determinados animais.

Fontes: 

https://www.biologianet.com/ecologia/protocooperacao.htm

https://www.biologianet.com/ecologia/predatismo-predacao.htm#:~:text=Um%20exemplo%20cl%C3%A1ssico%20de%20predatismo,como%20vis%C3%A3o%20ou%20olfato%20agu%C3%A7ados

https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/relacoesecologicas4.php

https://www.biologianet.com/ecologia/comensalismo.htm

https://www.todabiologia.com/ecologia/inquilinismo.htm

https://www.ecycle.com.br/mutualismo/

7 milhões de hectares amazônicos regenerados naturalmente

Pesquisadora da IMAZON salienta: “Ação da natureza não reduz a importância das ações humanas”

Amazônia legal tem mais de 7 milhões de hectares de área naturalmente regeneradas, que antes haviam sido desmatadas. 

Um levantamento feito pelo IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostrou que a floresta amazônica, ao longo de nove estados que compõem a Amazônia Legal possui 7,2 milhões de hectares que passaram por uma regeneração natural. 

Isso significa que áreas que haviam sido desmatadas e depois abandonadas pelo homem voltaram a criar árvores. Segundo Jayne Guimarães, pesquisadora responsável pelo estudo, foi identificado que grande parte desses espaços havia sido ocupada por agricultores, que tentaram plantar, mas ao longo do tempo não tiveram sucesso na colheita e por isso migraram para outro local.

“As árvores acabaram se recompondo. A natureza fez esse trabalho. Elas têm seu próprio “banco de sementes”, os animais e o vento se encarregam de fazer a dispersão de sementes naquela área.” Afirma, Jayne.

Segundo o Imazon, o Amazonas é o segundo estado com mais áreas regeneradas da floresta amazônica, em um período de 6 anos. Cerca de 1,18 milhão de hectares. Fica atrás apenas do estado do Pará. 88% da área regenerada no estado tem baixa aptidão para a atividade agrícola. 

Em meio a dados cada vez mais alarmantes do desmatamento da floresta que é o “pulmão do mundo”, a regeneração natural traz esperança para os pesquisadores e também para a sociedade. Mas, se engana quem pensa que esse processo diminui a importância das ações humanas promovidas em prol da proteção ambiental. Na verdade, é uma soma. 

Fonte Imagem: Imazon

De acordo com a pesquisadora do Imazon, ainda há milhares de hectares a serem recuperados, e os plantios, como os realizados pelo Instituto Soka Amazônia, são fundamentais para a concretização desse objetivo.

“Uma intervenção humana certeira e bem planejada pode ser o caminho. O manejo adequado, o plantio de variadas espécies, podem ser a alavanca que falta para o Brasil recuperar milhões de hectares” afirma.

Todos os meses o Instituto Soka realiza e participa de diversas ações de plantios, sem falar nos trabalhos de pesquisa e educação ambiental desenvolvidos. Dessa forma, não só age de forma prática pela preservação da Amazônia, como consegue incentivar cidadãos comuns a também o fazerem em suas comunidades e núcleos.

Essa forma de atuação vai ao encontro do que é proposto pelos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.

Fonte: Guimarães, J., Amaral, P., Pinto, A. e Salomão, R. “Oportunidades para a Restauração Florestal em Larga Escala no Bioma Amazônia Priorizando a Vegetação Secundária” em https://amazonia2030.org.br/wp-content/uploads/2022/03/AMZ2030-34.pdf

7 milhões de hectares amazônicos regenerados naturalmente

Pesquisadora da IMAZON salienta: “Ação da natureza não reduz a importância das ações humanas”

Amazônia legal tem mais de 7 milhões de hectares de área naturalmente regeneradas, que antes haviam sido desmatadas. 

Um levantamento feito pelo IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostrou que a floresta amazônica, ao longo de nove estados que compõem a Amazônia Legal possui 7,2 milhões de hectares que passaram por uma regeneração natural. 

Isso significa que áreas que haviam sido desmatadas e depois abandonadas pelo homem voltaram a criar árvores. Segundo Jayne Guimarães, pesquisadora responsável pelo estudo, foi identificado que grande parte desses espaços havia sido ocupada por agricultores, que tentaram plantar, mas ao longo do tempo não tiveram sucesso na colheita e por isso migraram para outro local.

“As árvores acabaram se recompondo. A natureza fez esse trabalho. Elas têm seu próprio “banco de sementes”, os animais e o vento se encarregam de fazer a dispersão de sementes naquela área.” Afirma, Jayne.

Segundo o Imazon, o Amazonas é o segundo estado com mais áreas regeneradas da floresta amazônica, em um período de 6 anos. Cerca de 1,18 milhão de hectares. Fica atrás apenas do estado do Pará. 88% da área regenerada no estado tem baixa aptidão para a atividade agrícola. 

Em meio a dados cada vez mais alarmantes do desmatamento da floresta que é o “pulmão do mundo”, a regeneração natural traz esperança para os pesquisadores e também para a sociedade. Mas, se engana quem pensa que esse processo diminui a importância das ações humanas promovidas em prol da proteção ambiental. Na verdade, é uma soma. 

Fonte Imagem: Imazon

De acordo com a pesquisadora do Imazon, ainda há milhares de hectares a serem recuperados, e os plantios, como os realizados pelo Instituto Soka Amazônia, são fundamentais para a concretização desse objetivo.

“Uma intervenção humana certeira e bem planejada pode ser o caminho. O manejo adequado, o plantio de variadas espécies, podem ser a alavanca que falta para o Brasil recuperar milhões de hectares” afirma.

Todos os meses o Instituto Soka realiza e participa de diversas ações de plantios, sem falar nos trabalhos de pesquisa e educação ambiental desenvolvidos. Dessa forma, não só age de forma prática pela preservação da Amazônia, como consegue incentivar cidadãos comuns a também o fazerem em suas comunidades e núcleos.

Essa forma de atuação vai ao encontro do que é proposto pelos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.

Fonte: Guimarães, J., Amaral, P., Pinto, A. e Salomão, R. “Oportunidades para a Restauração Florestal em Larga Escala no Bioma Amazônia Priorizando a Vegetação Secundária” em https://amazonia2030.org.br/wp-content/uploads/2022/03/AMZ2030-34.pdf

Arborização urbana: cuidados necessários

Por meio de uma seleção criteriosa das espécies vegetais, economizam-se recursos e, principalmente, obtêm-se resultados muito mais promissores

Quem vive em cidades já deve ter se deparado com calçadas danificadas ou até mesmo ter tropeçado num desses trechos. Nem sempre isso tem a ver com a má conservação, mas com espécies arbóreas impróprias para a arborização de calçadas. O biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão, enfatiza que “sem base técnica e científica, os projetos de arborização podem gerar despesas anuais maiores que os investimentos iniciais na implantação”.

Foto de Diego Oliveira Brandão – fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Ele exemplifica: “para espécies plantadas em calçadas, o investimento com podas de galhos poderá ser constante com o crescimento natural da vegetação no espaço da fiação”. Os cuidados têm a ver ainda com considerar espécies de menor estatura para árvores que serão plantadas em calçadas onde se encontram os postes de fiação elétrica. O ideal é que sejam utilizadas plantas com porte de arbustos, ou árvores que não ultrapassem os 4 metros quando adultas.

Não há dúvida de que ruas com mais árvores e plantas são mais frescas, mais belas e mais acolhedoras, do que a paisagem monótona e cinzenta do concreto. Há pesquisadores que consideram como “florestas urbanas”, levando em consideração todo o conjunto de espaços do tecido urbano passiveis de receberem algum tipo de vegetação, como parques, praças, jardins, quintais, canteiros centrais de ruas e avenidas etc.

Para que um projeto de arborização urbana possa ser considerado como excelente, deve se caracterizar por baixo investimento em manutenção a médio e longo prazo. E, caso contrário, o resultado invariavelmente é o alto custo com a constante necessidade de poda de galhos que podem prejudicar a rede elétrica, causando não apenas problemas com o abastecimento, mas riscos à vida humana.

Outros custos: remoção de plantas e/ou substituição de árvores, manutenção de calçadas, derrubada de postes que sustentam a fiação elétrica e de internet, rachadura em paredes, produção volumosa de resíduos orgânicos como folhas e frutos, entupimento de calhas, exposição de raízes que reduzem a mobilidade urbana, problema com vizinhos e órgãos ambientais. “Por isso, pessoas e empresas que precisam de arborização urbana deveriam consultar profissionais com conhecimentos empíricos e científicos na fase de seleção de espécies”, explicou Diego.

Além de todos esses problemas de infraestrutura pública e urbana, há ainda o risco de acidentes fatais, pois queda de árvores podem por em risco a vida humana. As espécies selecionadas para a arborização urbana podem cair em cima de pessoas e danificar casas, carros, bicicletas e outras coisas importantes quando são plantadas sem critérios técnicos e científicos. Diego ressalta que “a leitura de estudos científicos pode ajudar a selecionar as espécies vegetais, porque há características importantes da botânica e ecologia das espécies vegetais a serem levadas em conta, como a altura, a distância das copas das árvores à fiação, o tamanho da copa e o tamanho das rachaduras causadas no passeio”.

Uma seleção de espécies tem que ser feita no sentido de reduzir o custo de manutenção e o risco de acidentes em longo prazo, além de prover bem-estar para os cidadãos. Diego conclui alertando para o fato de que a arborização urbana ainda é pouco estruturada na legislação brasileira. O Estatuto das Cidades carece de diretrizes para a arborização urbana (Lei 10.257/2001). Em 2008, o Projeto de Lei 199 foi apresentado para alterar o Estatuto das Cidades ao incluir o Plano de Arborização Urbana, porém ainda não foi aprovado. Isso talvez explique o fato de pessoas e empresas entenderem pouco sobre a importância da seleção de espécies vegetais. “Para alguns projetos de arborização urbana, por errar na seleção de espécies, a única solução sustentável é a substituição completa da vegetação”, finalizou o biólogo.

Fontes:

https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/a_arborizacao_urbana2.html

https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Arborização urbana: cuidados necessários

Por meio de uma seleção criteriosa das espécies vegetais, economizam-se recursos e, principalmente, obtêm-se resultados muito mais promissores

Quem vive em cidades já deve ter se deparado com calçadas danificadas ou até mesmo ter tropeçado num desses trechos. Nem sempre isso tem a ver com a má conservação, mas com espécies arbóreas impróprias para a arborização de calçadas. O biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão, enfatiza que “sem base técnica e científica, os projetos de arborização podem gerar despesas anuais maiores que os investimentos iniciais na implantação”.

Foto de Diego Oliveira Brandão – fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Ele exemplifica: “para espécies plantadas em calçadas, o investimento com podas de galhos poderá ser constante com o crescimento natural da vegetação no espaço da fiação”. Os cuidados têm a ver ainda com considerar espécies de menor estatura para árvores que serão plantadas em calçadas onde se encontram os postes de fiação elétrica. O ideal é que sejam utilizadas plantas com porte de arbustos, ou árvores que não ultrapassem os 4 metros quando adultas.

Não há dúvida de que ruas com mais árvores e plantas são mais frescas, mais belas e mais acolhedoras, do que a paisagem monótona e cinzenta do concreto. Há pesquisadores que consideram como “florestas urbanas”, levando em consideração todo o conjunto de espaços do tecido urbano passiveis de receberem algum tipo de vegetação, como parques, praças, jardins, quintais, canteiros centrais de ruas e avenidas etc.

Para que um projeto de arborização urbana possa ser considerado como excelente, deve se caracterizar por baixo investimento em manutenção a médio e longo prazo. E, caso contrário, o resultado invariavelmente é o alto custo com a constante necessidade de poda de galhos que podem prejudicar a rede elétrica, causando não apenas problemas com o abastecimento, mas riscos à vida humana.

Outros custos: remoção de plantas e/ou substituição de árvores, manutenção de calçadas, derrubada de postes que sustentam a fiação elétrica e de internet, rachadura em paredes, produção volumosa de resíduos orgânicos como folhas e frutos, entupimento de calhas, exposição de raízes que reduzem a mobilidade urbana, problema com vizinhos e órgãos ambientais. “Por isso, pessoas e empresas que precisam de arborização urbana deveriam consultar profissionais com conhecimentos empíricos e científicos na fase de seleção de espécies”, explicou Diego.

Além de todos esses problemas de infraestrutura pública e urbana, há ainda o risco de acidentes fatais, pois queda de árvores podem por em risco a vida humana. As espécies selecionadas para a arborização urbana podem cair em cima de pessoas e danificar casas, carros, bicicletas e outras coisas importantes quando são plantadas sem critérios técnicos e científicos. Diego ressalta que “a leitura de estudos científicos pode ajudar a selecionar as espécies vegetais, porque há características importantes da botânica e ecologia das espécies vegetais a serem levadas em conta, como a altura, a distância das copas das árvores à fiação, o tamanho da copa e o tamanho das rachaduras causadas no passeio”.

Uma seleção de espécies tem que ser feita no sentido de reduzir o custo de manutenção e o risco de acidentes em longo prazo, além de prover bem-estar para os cidadãos. Diego conclui alertando para o fato de que a arborização urbana ainda é pouco estruturada na legislação brasileira. O Estatuto das Cidades carece de diretrizes para a arborização urbana (Lei 10.257/2001). Em 2008, o Projeto de Lei 199 foi apresentado para alterar o Estatuto das Cidades ao incluir o Plano de Arborização Urbana, porém ainda não foi aprovado. Isso talvez explique o fato de pessoas e empresas entenderem pouco sobre a importância da seleção de espécies vegetais. “Para alguns projetos de arborização urbana, por errar na seleção de espécies, a única solução sustentável é a substituição completa da vegetação”, finalizou o biólogo.

Fontes:

https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/a_arborizacao_urbana2.html

https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

O encontro entre a criança e sua árvore

Lauro Guilherme de Araújo Mota é uma das centenas de crianças que têm árvores plantadas em celebração ao seu nascimento

O projeto Sementes da Vida do Instituto Soka Amazônia, vem plantando uma árvore a cada criança nascida na Maternidade Moura Tapajós de Manaus desde novembro de 2016. No último dia 15 de dezembro, o pequeno Lauro de 3 anos, foi finalmente conhecer a sua árvore: um Ipê Pau D’Arco. Acompanharam a visita: Roseneide (avó), Débora Mariane (prima), Isabel Cristina (mãe) e Gabriel (padrasto). A avó, Roseneide, foi com quem conversamos e iniciou contando que o Laurinho nasceu no dia 14 de outubro 2018.

A família do pequeno Lauro no Instituto Soka Amazônia

A notícia da gravidez gerou uma surpresa inicial, mas o sentimento maior foi de felicidade. Segundo Roseneide, Isabel, a mãe, realizou um completo pré-natal e teve um acompanhamento muito bom feito todo na Maternidade Moura Tapajós. Foi um parto normal e tranquilo.

Conheceram o projeto Sementes da Vida por meio da maternidade e do seu diretor que é um amigo da família. Roseneide acompanhou a filha ao cartório para realizar o registro do pequeno Lauro e ali souberam que receberiam também o certificado do plantio de um ipê pau d’alho, a árvore que celebrava o nascimento de Lauro. “Fiquei muito feliz pois achei um projeto muito bom e falei a todos em casa que o Lauro tinha agora uma árvore plantada com seu nome e que ele tinha que acompanhar seu desenvolvimento”.

Lauro e sua Avó Roseneide com o Certificado de Plantio da Árvore do projeto Sementes da Vida

A avó de Lauro ficou tão empolgada que enviou a foto do certificado às irmãs no Rio Grande do Norte. Uma delas, professora, foi a mais entusiasta. Postou em suas redes e comentou sobre o projeto ao seu público. “Desde então a gente queria conhecer o projeto, o local onde estava a árvore, mas não sabíamos como fazer”. Roseneide foi à luta: pesquisou e escreveu um comentário numa das postagens em rede social deixando o telefone. Foi então que a equipe do Instituto contatou-a para proporcionar essa vivência ao pequeno Lauro e família.

Segundo seus familiares, Lauro, desde cedo, demonstrou ser uma criança diferenciada, precoce mesmo. “Ele gostava de coisas que não eram da sua idade”, contou a avó. A prima Gabriela, nascida dias após Lauro, se interessava por coisas naturais para a idade, como desenhos animados infantis e bichinhos de pelúcia. Muito curioso, despertou cedo para as cores e o mundo à sua volta, um aventureiro, “vai onde ele acha que consegue chegar, sem medo”. Lauro tem predileção por aprender, jogos de montar, livros. Intrigada, Roseneide buscou aconselhamento médico e teve o diagnóstico de criança superdotada.

Isabel Cristina, mãe de Lauro juntamente com Lauro e sua árvore Pau d’Arco.

A priminha de Lauro, Gabriela, nasceu em outra maternidade e por isso não tem uma árvore plantada em seu nome.

“Seria muito bom se outras maternidades também estivessem no projeto para que todas as crianças pudessem ter sua árvore e, desde cedo, aprendessem a cultivar e preservar a natureza”, finalizou Roseneide.

O encontro entre a criança e sua árvore

Lauro Guilherme de Araújo Mota é uma das centenas de crianças que têm árvores plantadas em celebração ao seu nascimento

O projeto Sementes da Vida do Instituto Soka Amazônia, vem plantando uma árvore a cada criança nascida na Maternidade Moura Tapajós de Manaus desde novembro de 2016. No último dia 15 de dezembro, o pequeno Lauro de 3 anos, foi finalmente conhecer a sua árvore: um Ipê Pau D’Arco. Acompanharam a visita: Roseneide (avó), Débora Mariane (prima), Isabel Cristina (mãe) e Gabriel (padrasto). A avó, Roseneide, foi com quem conversamos e iniciou contando que o Laurinho nasceu no dia 14 de outubro 2018.

A família do pequeno Lauro no Instituto Soka Amazônia

A notícia da gravidez gerou uma surpresa inicial, mas o sentimento maior foi de felicidade. Segundo Roseneide, Isabel, a mãe, realizou um completo pré-natal e teve um acompanhamento muito bom feito todo na Maternidade Moura Tapajós. Foi um parto normal e tranquilo.

Conheceram o projeto Sementes da Vida por meio da maternidade e do seu diretor que é um amigo da família. Roseneide acompanhou a filha ao cartório para realizar o registro do pequeno Lauro e ali souberam que receberiam também o certificado do plantio de um ipê pau d’alho, a árvore que celebrava o nascimento de Lauro. “Fiquei muito feliz pois achei um projeto muito bom e falei a todos em casa que o Lauro tinha agora uma árvore plantada com seu nome e que ele tinha que acompanhar seu desenvolvimento”.

Lauro e sua Avó Roseneide com o Certificado de Plantio da Árvore do projeto Sementes da Vida

A avó de Lauro ficou tão empolgada que enviou a foto do certificado às irmãs no Rio Grande do Norte. Uma delas, professora, foi a mais entusiasta. Postou em suas redes e comentou sobre o projeto ao seu público. “Desde então a gente queria conhecer o projeto, o local onde estava a árvore, mas não sabíamos como fazer”. Roseneide foi à luta: pesquisou e escreveu um comentário numa das postagens em rede social deixando o telefone. Foi então que a equipe do Instituto contatou-a para proporcionar essa vivência ao pequeno Lauro e família.

Segundo seus familiares, Lauro, desde cedo, demonstrou ser uma criança diferenciada, precoce mesmo. “Ele gostava de coisas que não eram da sua idade”, contou a avó. A prima Gabriela, nascida dias após Lauro, se interessava por coisas naturais para a idade, como desenhos animados infantis e bichinhos de pelúcia. Muito curioso, despertou cedo para as cores e o mundo à sua volta, um aventureiro, “vai onde ele acha que consegue chegar, sem medo”. Lauro tem predileção por aprender, jogos de montar, livros. Intrigada, Roseneide buscou aconselhamento médico e teve o diagnóstico de criança superdotada.

Isabel Cristina, mãe de Lauro juntamente com Lauro e sua árvore Pau d’Arco.

A priminha de Lauro, Gabriela, nasceu em outra maternidade e por isso não tem uma árvore plantada em seu nome.

“Seria muito bom se outras maternidades também estivessem no projeto para que todas as crianças pudessem ter sua árvore e, desde cedo, aprendessem a cultivar e preservar a natureza”, finalizou Roseneide.

Jovens empoderados com os ODS

ODS
Entrevista com Daniel Calarco

O jovem Daniel Calarco, 24, advogado e ativista de direitos humanos compartilha com o Instituto Soka Amazônia seu trabalho na disseminação dos ODS como presidente do Observatório Internacional da Juventude e embaixador da Geração 17, coordenado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e a Samsung Global.

Daniel fala sobre a importância de empoderar os jovens e como podemos colocar em prática a agenda dos ODSs rumo a 2030.

Confira a entrevista do Daniel para a Academia Ambiental Virtual do Instituto Soka Amazônia

Entrevista Daniel Calarco

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