Instituto Soka e Educação Ambiental em Países de Língua Portuguesa

 

O Instituto Soka Amazônia foi convidado a integrar a programação do 8º Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa que acontecerá entre os dias 21 e 25 de julho de 2025, na cidade de Manaus.

Com o tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver” esta edição fará parte rol e eventos paralelos e preparatórios para a COP 2030.

De acordo com o professor Joaquim Pinto, representante da Rede Lusófona de Educação Ambiental (Redeluso) e Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), o evento tem como propósito principal é estimular a troca de saberes, experiências e cooperação entre iniciativas e educadores de Portugal e Brasil e demais países da comunidade luso como Angola, Cabo Verde, Galícia, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Timor Leste e São Tomé e Príncipe.

No último dia 20 de setembro, Joaquim Pinto esteve pessoalmente na sede Instituto Soka Amazônia para conhecer a dinâmica do programa Academia Ambiental que atende anualmente em média 3 mil estudantes das redes públicas de ensino.

Participaram da visita representantes da Redeluso, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Ministério da Educação (MEC), da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC-AM) e do Meio Ambiente (SEMA) e organização da sociedade civil.

O lançamento do 8º Congresso foi realizado em abril deste ano, em Brasília, ocasião em que a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou  a i mportância da realização  como espaço de preparação para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30). O  Congresso contará com a organização do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Mais que doar, participe efetivamente da proteção da Amazônia

Com seu apoio as ações e programas do Instituto Soka Amazônia alcançam milhares de vidas, ampliando a consciência para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade amazônica.

O impacto da fumaça das queimadas nas aves

Nos últimos meses, o Brasil tem registrado recordes de incidências queimadas em várias regiões provocando resultados catastróficos para vários biomas, especialmente à Amazônia.

Só no Estado do Amazonas houve aumento de 190% no número de focos de queimadas em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). E em agosto de 2024, a cidade de Manaus, ficou entre as cidades com o pior índice de qualidade do ar do mundo, devido à intensa fumaça vinda dos incêndios florestais.

A fumaça das queimadas pode provocar ou agrava vários problemas respiratórios como asma, sinusites, rinites e pode provocar irritação nos olhos e outros problemas oftalmológicas. Mas, se elaprejudica a saúde humana –- qual deve ser o impacto em animais diretamente expostos como as aves?

De acordo com o veterinário Hudson Lucas, entre os animais afetados pela fumaça das queimadas as aves estão entre os que sentem maior impacto, pois têm prejudicada a sua capacidade de voo e até a reprodução. 

“O sistema respiratório das aves é muito sensível e o acúmulo de resíduos nas penas dificulta a busca por alimentos e parceiros reprodutivos”, explica o veterinário.

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, gerida pelo Instituto Soka da Amazônia, tem sido possível observar alguns pássaros apresentando comportamento ofegante em dias mais quentes ou de intensa fumaça.

A alta temperatura e o ar carregado de poluentes dificulta a orientação e mobilidade em  voo dessas aves, mas também afetam sua respiração, fazendo com que demonstrem sinais de exaustão e desconforto.

Como ajudar os pássaros

Criar pontos de hidratação e alimentação para as aves é uma atitude sugerida a bióloga Bruna Silva, do programa Vem Passarinhar Manaus, para minimizar os impactos das temperaturas quentes e fumaça nas aves.

“Ofertar alimentos e água nesse momento crítico pode ajudar a reduzir os impactos imediatos sobre as aves e garantir sua sobrevivência”

Proteger as aves é proteger todo o ecossistema

As queimadas e as condições climáticas extremas tem ameaçado a sobrevivência de muitas espécies de animais. Em efeito cascata essa situação compromete o equilíbrio dos biomas e ecossistemas, uma vez que, muito desses animais, inclusive as aves, são importantes dispersores de sementes.  

Com a continuidade das altas temperaturas nos próximos meses, são cruciais ações preventivas para preservar a fauna amazônica e os ecossistemas que dependem delas. A conscientização e mobilização da população para evitar a ocorrência de novos focos de incêndios florestais. bem como denunciar as atividades ilegais de queimada às autoridades competentes.

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Rebeca Soares Braga

É bióloga e estudante de Jornalismo, integrante do coletivo Vem Passarinhar Manaus. Colabora como Educadora no programa Academia Ambiental do Instituto Soka Amazônia

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