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Dia Internacional de Meninas e Mulheres na Ciência e o desafio da Amazônia

*artigo foi gentilmente escrito pela autora para o Instituto Soka Amazônia, em alusão ao dia 11 de fevereiro, Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma iniciativa lançada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), com o objetivo de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, especialmente na educação. O artigo expressa a opinião da autora.

Descobertas científicas têm impulsionado o desenvolvimento da humanidade no propósito de viver mais e melhor. A busca sistemática pelo conhecimento implica acesso à escola, oportunidades, suportes para pesquisa que, durante muito tempo, foram vedados às mulheres.

Apesar disso temos, na história, exemplos como Marie Curie (1867-1934), física e química, a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, ea cientista Rachel Carson (1907-1964), bióloga americana cujo livro Primavera Silenciosa, com seu estudo científico sobre os riscos do uso de pesticida agrícola, tornou-seum marco na história da ecologia.

Mas, a Ciência ainda é uma questão de gênero. No mundo, apenas um terço dos pesquisadores é constituído por mulheres.

O desafio do acesso das meninas e mulheres à escola, às universidades, aos financiamentos de pesquisa tem sido enfrentado, tanto pelo trabalho insistente da ONU e da UNESCO, bem como por programas nacionais e locais. E, também, pelo extraordinário desempenho das mulheres quando conquistam esse acesso. No Brasil, dados do MEC, divulgados em abril de 2023, revelam que, dos 405 mil alunos de mestrado e doutorado no país, 221 mil são mulheres: 54%.

Certamente há muitos outros desafios a superar numa sociedade que ainda tem preconceitos de gênero, que passam pela ocupação de cargos, remunerações desiguais e, até, escolha de temas de pesquisa.

Por isso é importante celebrar iniciativas como o movimento Mulheres e Meninas na Ciência. E, especialmente, na Amazonia.

“Nós podemos preparar o caminho para um futuro em que a Ciência não tenha fronteiras de gênero.”

Audrey Azoulay, Diretora geral da UNESCO

A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que tem investido no protagonismo das mulheres na Ciência, lançou, em março de 2023, uma série de vídeos intitulada “Mulheres Cientistas no Amazonas”. Em uma das entrevistas, Elisabeth Gusmão, doutora em Ecologia e Recursos Naturais, lembrou que “superar a invisibilidade foi o meu maior desafio.”

Na Amazonia é preciso superar a invisibilidade das mulheres pesquisadoras e a invisibilidade dos conhecimentos tradicionais preciosos para a Ciência contemporânea, pois, como afirma a Carta da Terra, é necessário “Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.”

ROSE MARIE INOJOSA

Advisor e professora no Centro Internacional Carta da Terra de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, com sede na Universidade para a Paz, na Costa Rica. Conselheira e ex-Diretora da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ) da prefeitura do município de São Paulo.

O Instituto Soka Amazônia é filiado à Carta da Terra Internacional. Em seus programas de Educação Socioambiental e de Apoio a Pesquisas Científicas, estimula e inspira novas gerações de cientistas.

O Instituto mantém parcerias e acordos de cooperação técnicas com instituições acadêmicas e de pesquisa, como as Universidades Federais do Amazonas (UFAM) e de Rondônia (UFIR), Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Universidade do Estado Amazonas (UEA), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e Soka University (Japão).

Essas iniciativas e parcerias contribuem para alcance dos seguintes OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:

ODS 4 – Educação de Qualidade; ODS 5 – Igualdade de Gênero; ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico; ODS 17 – Parcerias para Implementação

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