A árvore mais alta da Amazônia

Foi encontrada em região remota com incríveis 88 metros de altura: a gigante angelim-vermelho

Dentre os diferentes e impressionantes espécimes da floresta Amazônica, um se destaca: o angelim-vermelho que detém o recorde de árvore mais alta da maior floresta tropical do planeta, com 88 metros, equivalente a um prédio de 25 andares. Só perde para a sequóia-vermelha dos EUA com 115,7 metros e para a shorea faguetiana da Malásia, com 100,8 metros. O Instituto Soka Amazônia vem plantando mudas de angelim-vermelho há muitos anos, sempre com o objetivo de preservar a floresta e sua inestimável biodiversidade.

Recentemente, pesquisadores de diferentes países identificaram esse exemplar de 88 metros e o classificaram como um recorde para a Amazônia brasileira, pois até então não havia sido registrada nenhuma árvore acima de 70 metros de altura. No mesmo local foram vistos outros espécimes de angelim-vermelho com mais de 80 metros.

A espécie é bastante cobiçada devido à qualidade da madeira que pode durar por muitos e muitos anos. Portas, janelas, projetos decorativos, móveis em geral entre outros itens, tudo que é feito com angelim-vermelho tem sua durabilidade assegurada, pois essa madeira é quase imune ao cupim, principal agente biológico causador de danos a esse material.

Gorgens, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons

A descoberta

Ao longo de 2016 e 2017, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) colecionou imagens de grandes extensões da floresta amazônica, por meio da tecnologia radar laser que permite registros remotos com bastante precisão. Foram mapeadas 850 áreas, numa região bastante remota devido à dificuldade de acesso, cada qual com cerca de 12 quilômetros de comprimento por 300 metros de largura. Sete delas foram encontradas na região do rio Jari, um dos afluentes do rio Amazonas, entre os estados do Amapá e Pará. São gigantes com mais de 80 metros.

A equipe acredita que o gigantismo desses espécimes é justificado pela imensa distância de áreas urbanas e industriais, já que esses angelins-vermelhos tão cobiçados devido ao seu alto valor de mercado são praticamente inacessíveis, o que salvaguardou as gigantes, e o que se espera, é que elas se mantenham intocadas por muito tempo.

Afora seu grande valor comercial, cada angelim-vermelho é de importância inestimável pois uma árvore adulta consegue reter a mesma quantidade de carbono que um hectare inteiro de floresta tropical, o que significa que uma única árvore pode armazenar até 40 toneladas de carbono, equivalente à totalidade da absorção de 300 a 500 pequenas árvores.

A título de curiosidade

Apenas para se ter uma ideia mais precisa de equivalências: a Estátua da Liberdade, em Nova York, tem 93 metros de altura, incluindo a base. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros da base até o topo da cabeça; ou seja, a árvore encontrada é somente um pouco menor que o símbolo de Nova York e mais que o dobro da estátua símbolo do Rio de Janeiro.

Fontes:

https://portalamazonia.com/amazonia/a-arvore-mais-alta-da-amazonia-conheca-o-angelim-vermelho

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/408633/1/Angelim-vermelho-Dinizia.pdf

http://www.remade.com.br/madeiras-exoticas/114/madeiras-brasileiras-e-exoticas/angelim-vermelho

Superpopulação e complexos desafios para o planeta

Meio Ambiente

Em julho 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe a público um dado sem precedentes: no próximo dia 15 de novembro, o planeta deve atingir a marca de 8 bilhões de habitantes. Mesmo com uma redução de 1%, em média, nos índices de natalidade desde 1950, o mundo permanece em constante crescimento. Populacional e urbano.

Como chegar ao equilíbrio

Certamente quem mora em uma grande cidade já deve ter se questionado e observado novos bairros sendo construídos, para dar conta da demanda desse crescimento populacional. Pergunta-se: como equilibrar esse inevitável crescimento com um meio ambiente preservado e dignamente habitável para todos? Para a ONU, esse é um dos grandes desafios da comunidade global.

“A relação entre crescimento populacional e desenvolvimento sustentável é complexa e multidimensional”, diz o subsecretário geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin.

Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

Responsabilidade de todos

E por mais que isso possa parecer uma preocupação de nível governamental, cada um de nós tem a sua parcela de responsabilidade e contribuição para um planeta mais saudável. Um exemplo disso é um levantamento feito anualmente que mede o uso de recursos naturais que o planeta é capaz de regenerar de modo sustentável. Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

Árvores e o Dia das Árvores

Mas, como a sociedade deve então redirecionar as ações para mudar esse quadro? Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis são um guia de como governos e cidadãos devem seguir. A propósito, o dia 21 de setembro é marcado como o Dia da Árvore. Esse dia nos lembra a importância dessa riqueza natural que está presente em todos os recantos e tem um papel fundamental no equilíbrio do ecossistema.

Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

17 Objetivos Desenvolvimento Sustentável

O plantio de árvores é uma das ferramentas mais eficazes para celebrar esse dia.

O Instituto Soka Amazônia ao longo dos anos vem trabalhando junto com parceiros para contribuir cada vez mais com o plantio de árvores e na educação ambiental, utilizando como sala de aula o maior laboratório a céu aberto do mundo, que é a floresta amazônica.

Dicas úteis para um plantio eficaz

O Instituto Soka Amazônia realiza mensalmente plantios utilizando práticas simples, mas de resultados muito expressivos

Quer plantar uma árvore? Se a resposta for sim, este texto é para você. Embora seja, aparentemente, uma ação simples, alguns cuidados básicos são importantes para obter um bom resultado. O Instituto Soka Amazônia utiliza-se desses cuidados nos plantios, dando continuidade ao propósito de preservar a flora local.

Para iniciar o processo de plantio eficiente é preciso abrir um berço (nós preferimos usar essa expressão, berço, e não cova ou buraco) que deve ter uma medida adequada, com bom espaço para as raízes da nova árvore se desenvolverem. Antes de depositar a nova planta no solo, recomenda-se adicionar terra vegetal e/ou adubo orgânico. O bom uso desses insumos é feito conforme a necessidade e observadas as condições do solo em questão. 

Os solos da Amazônia, que é onde os plantios do Instituto são feitos, são muito diversificados, e tendem a ter mais a cor amarela e avermelhada. O principal fator de crescimento e desenvolvimento na região nem é o nutriente, e sim o pH do solo. Este é que determina o processo químico do solo para ficar disponível às plantas. Em solos muito ácidos, ainda que haja muito nutriente disponível, não há interação para absorção e/ou adsorção pelas plantas.  

É importante classificar os tipos de solos (classificação segundo a pedologia, estudo dos solos no seu ambiente natural) para plantios em larga escala. Em alguns casos, observando a rigidez à penetração, pode-se determinar melhor o tamanho da abertura dos berços. E, com análise laboratorial, determinam-se os nutrientes disponíveis e o pH, que influenciam se a planta terá os nutrientes à sua disposição.

Após forrar o fundo do berço com o insumo escolhido, retira-se delicadamente o plástico que envolve o torrão de terra da muda a fim de mantê-lo o mais intacto possível e minimizar o estresse da jovem planta. A seguir, ela deve ser depositada no centro, gentilmente. Preenche-se então as laterais com a terra vegetal, auxiliando com as pontas dos dedos para proporcionar uma boa acomodação, evitando a formação de bolsas de ar que prejudicam o enraizamento.

Com a terra retirada da escavação, faz-se um ‘ninho’ em volta, parecido com uma barreira. Isso vai ajudar na retenção de umidade da chuva ou da irrigação mecânica. Caso o local escolhido seja sujeito a ventos fortes, recomenda-se a colocação de um tutor (estaca) para que a planta se apoie e não balance demais, o que pode comprometer seu desenvolvimento. A amarração precisa ser frouxa para que haja espaço entre o caule e o tutor de forma a dar espaço para a planta crescer e engrossar sem o perigo de sofrer um estrangulamento. E, assim que a planta tiver tamanho e envergadura, deve-se retirar o tutor para que ela se desenvolva livremente.

A partir daí a recomendação é observar as especificidades de cada espécie; algumas necessitam de mais água, outras têm que ser adubadas com periodicidade menor e fora isso é preciso muita atenção às infestações. Há espécies muito visadas por pragas como pulgões e cochonilhas, que são verdadeiros exterminadores de plantas jovens.

Fontes:

https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Paisagismo/noticia/2018/10/adubo-e-substrato-tudo-o-que-voce-precisa-saber.html

https://sabordefazenda.com.br/diferenca-terra-vegetal-e-substrato-organico/

Um futuro de muita sombra para Manaus com os plantios de junho

As centenas de novas árvores plantadas garantirão sombra e ar puro às áreas contempladas neste mês

Até o mais leigo dos desavisados sabe que a sombra de uma árvore é um excelente refúgio contra o calor implacável do sol. Na cidade esse fato é ainda mais crucial, em especial no verão, pois a simples presença de árvores pode reduzir a temperatura geral em até 3 graus e, diretamente sob a copa, até 10 graus. No mês de junho o Instituto Soka Amazônia, prosseguindo em sua missão de arborizar a cidade de Manaus, em conjunto com o projeto Manaus te Quero Verde, da Prefeitura Municipal, plantou 382 mudas de 24 espécies nativas da Amazônia.

Os contemplados dessa vez foram, as empresas: Copag, Caloi e Águas de Manaus – ETA Leste; o CIME Lucia Melo Ferreira Almeida, o Parque Mosaico – Mixton/Maiz, e a Comunidade Menino Jesus – Puraquequara. Só de açaí-de-touceira foram 69 mudas, 43 ipês-brancos, 38 chuva-de-ouro da Amazônia, 34 ipês-roxos e muitas outras espécies.

Plantio realizado em Águas de Manaus
Visita TRT ao Instituto
Plantio Projeto Manaus Te Quero Verde
Frescor arbóreo
Comunidade Menino Jesus – Lago do Puraquequara

Não é somente a sombra a responsável pela redução do calor, cada árvore transpira através das folhas e essa umidade se transmite à atmosfera, promovendo um processo natural de remoção do calor do ambiente. Dependendo do tamanho da árvore e da quantidade e compacidade da folhagem, sua capacidade de resfriar o ar varia: quanto maior a árvore e quanto mais espessas as folhas, maior o efeito do resfriamento. Por isso algumas árvores são mais adequadas para a produção de sombra em áreas urbanas, precisamente devido à densidade da folhagem e ao tamanho da folhagem.

Segundo especialistas, um edifício cercado de árvores pode chegar a reduzir em até 20% o consumo de energia, em comparação aos edifícios sem árvores ao redor. Daí a imensa importância de projetos de arborização para melhorar a qualidade de vida da população urbana. 

Mais motivos para plantar árvores

Árvores plantadas em Maio
Nesse resumo dos plantios de Maio, reunimos também 5 motivos indispensáveis para praticar a ação

Em maio foram plantadas 803 mudas de árvores nativas da Amazônia (37 espécies) referentes a dois projetos: Memorial Vida e Manaus te quero Verde. Os locais de plantio são: Escola Municipal Magnólia Frota, na zona norte e Escola Municipal Tereza Cordovil Guimarães, no bairro Tarumã.

É consenso geral de que o plantio de árvores é a forma mais simples e benéfica para a reversão dos efeitos nocivos da civilização humana no planeta. Alguns bons motivos para se plantar árvores:

Colégio Magnólia Frota

1. Proteção – As árvores reduzem a velocidade dos ventos, a poluição sonora e visual, além de fornecer abrigo e alimento para fauna. 

2. Estabilidade do solo – Elas protegem o solo, evitam o desgaste, a erosão e o deslizamento de terra.

3. Conforto térmico – Nem precisa ser especialista para perceber que sob o sol escaldante, não tem nada melhor para se refrescar que a sombra de uma árvore. Árvores nos dão sombra, contribuem para regular a temperatura e a umidade do nosso planeta.

4. Reduzem a poluição, purificando o ar – O plantio de árvores é uma das principais recomendações de especialistas para combater o aquecimento global. Elas absorvem gás carbônico e liberam oxigênio, melhorando a qualidade do ar.  Por isso, em áreas arborizadas temos a sensação de respirar melhor.

5. Preservam os cursos d’água – Regiões desmatadas não conseguem absorver nem 10% da água da chuva, enquanto uma árvore adulta pode absorver até 250 litros de água, evitando que enchentes ocorram. 

Colégio Magnólia Frota
Colégio Tereza Clodovil
Colégio Tereza Clodovil

Em Junho, 1 ano de “MANAUS TE QUERO VERDE”: plantar árvores é apenas um dos objetivos.

Crianças crescem com o sentimento de estar participando de uma revolução humana em pleno curso

O objetivo central e explícito do projeto “Manaus Te Quero Verde” é evidente, mas o alcance da ideia é muito mais amplo. Ao envolver as novas gerações para conscientizá-las da importância das árvores para a capital amazonense, toda a população, de uma forma ou de outra, acaba participando das atividades.

Faz um ano agora em junho

Proposta ambiciosa

A proposta ambiciosa é deixar para traz a imagem de uma cidade que, apesar de estar no numa região como a Amazônia, é extremamente carente de verde, resultado de um rápido e talvez desordenado crescimento urbano.

Esse objetivo  –dar mais verde à cidade– acaba sendo não o objetivo, mas um dos objetivos.

A cada plantio realizado com a ativa participação de jovens em idade escolar, são feitas exposições fáceis e acessíveis sobre o valor das árvores, sua importância para a qualidade de vida dos habitantes, para a neutralização das emissões de carbono, com resultados a médio e longo prazo. São ensinamentos que ficam para sempre, que mudam hábitos, que influenciam os familiares e têm, com isso, valor educacional que acaba atingindo a sociedade como um todo. Uma eficiente forma de despertar nos estudantes o sentimento de proteção ao meio ambiente e ao patrimônio público,

Plantio realizado na Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos

O Instituto Soka Amazônia tem muito orgulho de participar desse projeto, ao lado da Prefeitura Municipal de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação – SEMED, em parceria com a Fundação Rede Amazônica.

Prof. Érica Amorim – Coordenadora das OCAS do Conhecimento Ambiental

ODS em um visão e ações práticas

Ao aderir à iniciativa o Instituto Soka Amazônia fez questão de salientar a visão prática que tem em relação aos chamados ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU, com 17 focos que se complementam. Pode ficar, talvez, o sentimento de que são objetivos muito meritórios, mas de difícil compreensão e execução.

O que um projeto como o Manaus Te Quero Verde faz, é pôr em prática de forma simples o que propõem os ODS e dar a todos a certeza de que são muito mais do que palavras bonitas, escritas no ar condicionado de um edifício em Nova Iorque.

Conscientização com o olhar no futuro

Árvores plantadas, da forma como isso está sendo feito, com a alegre mas profunda conscientização de jovens, proporcionam resultados práticos que mudam a vida das pessoas.

Coisas como saúde e bem estar (ODS no. 3) educação de qualidade (ODS no. 4), cidades e comunidades sustentáveis (ODS no. 11), ação contra a mudança global do clima (ODS no. 13), parcerias e meios de implementação (ODS no. 17)  –cinco dos ODS, que podem parecer metas abstratas e talvez inalcançáveis–  ganham forma e passam a ser compreendidas e vividas por crianças que vão crescer com o sentimento de estarem participando de uma revolução humana em pleno curso.

Este primeiro ano do Manaus Te Quero Verde foi vivido intensamente.

As árvores plantadas em 56 escolas de Manaus –o número de árvores em si não é o aspecto mais importante– crescerão, melhorarão as condições de vida da capital do Amazonas e serão para sempre parte fundamental da educação de novas gerações.

Como foi dito, ao analisar projetos como esse, o Instituto Soka Amazônia dá-se por feliz ao ver que a finalidade de sua existência está sendo compreendida e transformada em realidade.

7 milhões de hectares amazônicos regenerados naturalmente

Pesquisadora da IMAZON salienta: “Ação da natureza não reduz a importância das ações humanas”

Amazônia legal tem mais de 7 milhões de hectares de área naturalmente regeneradas, que antes haviam sido desmatadas. 

Um levantamento feito pelo IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostrou que a floresta amazônica, ao longo de nove estados que compõem a Amazônia Legal possui 7,2 milhões de hectares que passaram por uma regeneração natural. 

Isso significa que áreas que haviam sido desmatadas e depois abandonadas pelo homem voltaram a criar árvores. Segundo Jayne Guimarães, pesquisadora responsável pelo estudo, foi identificado que grande parte desses espaços havia sido ocupada por agricultores, que tentaram plantar, mas ao longo do tempo não tiveram sucesso na colheita e por isso migraram para outro local.

“As árvores acabaram se recompondo. A natureza fez esse trabalho. Elas têm seu próprio “banco de sementes”, os animais e o vento se encarregam de fazer a dispersão de sementes naquela área.” Afirma, Jayne.

Segundo o Imazon, o Amazonas é o segundo estado com mais áreas regeneradas da floresta amazônica, em um período de 6 anos. Cerca de 1,18 milhão de hectares. Fica atrás apenas do estado do Pará. 88% da área regenerada no estado tem baixa aptidão para a atividade agrícola. 

Em meio a dados cada vez mais alarmantes do desmatamento da floresta que é o “pulmão do mundo”, a regeneração natural traz esperança para os pesquisadores e também para a sociedade. Mas, se engana quem pensa que esse processo diminui a importância das ações humanas promovidas em prol da proteção ambiental. Na verdade, é uma soma. 

Fonte Imagem: Imazon

De acordo com a pesquisadora do Imazon, ainda há milhares de hectares a serem recuperados, e os plantios, como os realizados pelo Instituto Soka Amazônia, são fundamentais para a concretização desse objetivo.

“Uma intervenção humana certeira e bem planejada pode ser o caminho. O manejo adequado, o plantio de variadas espécies, podem ser a alavanca que falta para o Brasil recuperar milhões de hectares” afirma.

Todos os meses o Instituto Soka realiza e participa de diversas ações de plantios, sem falar nos trabalhos de pesquisa e educação ambiental desenvolvidos. Dessa forma, não só age de forma prática pela preservação da Amazônia, como consegue incentivar cidadãos comuns a também o fazerem em suas comunidades e núcleos.

Essa forma de atuação vai ao encontro do que é proposto pelos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.

Fonte: Guimarães, J., Amaral, P., Pinto, A. e Salomão, R. “Oportunidades para a Restauração Florestal em Larga Escala no Bioma Amazônia Priorizando a Vegetação Secundária” em https://amazonia2030.org.br/wp-content/uploads/2022/03/AMZ2030-34.pdf

Em abril, mais de 600 novas árvores nativas na Amazônia

Isso é muito ou é pouco? Não é a quantidade que importa. Estamos falando da forma de plantar e da diversidade de espécies para preservar a riqueza da floresta

O ato de plantar é mais do que abrir um buraco no solo e depositar ali uma muda ou semente. Aliás, no Instituto Soka Amazônia respeitamos tanto o plantio de árvores, que usamos outra palavra em lugar de “buracos”. Chamamos de berços.

Plantio na UNIR – Projeto Memorial Vida

É um ato simples, mas que representa profundo respeito para com a própria humanidade, proporcionando-lhe fé e esperança no futuro.

Como em tudo que se decide produzir, para plantar o que quer que seja é preciso, antes, preparar o solo, fertilizá-lo, torná-lo um terreno propício para que a vida se estabeleça.

Plantio na UNIR – Projeto Memorial Vida

Em abril deste 2022 foram plantadas 627 novas árvores nativas, em verdade, 627 promissoras vidas. Como já registramos em outro artigo publicado neste blog em 15 de dezembro de 2021, cada vez mais se defende a ideia de que os vegetais são seres sencientes[1], ou seja, capazes de sentir e reagir a muitas variáveis do ambiente como luz, água, gravidade, temperatura, estrutura do solo, nutrientes, toxinas, micróbios, herbívoros, sinais químicos de outras plantas. Seres que se desenvolverão e, ao longo dos anos vão promover mais vida, por meio das sementes de chuva, ou os compostos orgânicos voláteis[2] que atuam na formação das chuvas.

Plantio Evento TRT no Instituto Soka Amazônia
Mudas para plantio OCB Siscoob

Esses plantios integraram dois diferentes projetos, Memorial da Vida e Manaus Te Quero Verde, e foram realizados nos seguintes locais: Centro Integrado Municipal de Educação (CIME) Josefina Rosa de Mattos Pereira de Castro; e Águas de Manaus ETA-Leste.

Entre as espécies, destacam-se: Açaí-de-touceira, Acerola; Andiroba-cascuda, Cedro-branco, Cedro-vermelho, Chuva-de-ouro da Amazônia, Cumarú, Mogno num total de 20 espécies diferentes.

Cada qual crescerá e se tornará um ecossistema[3]  micro dentro de um macro sistema gigantesco, perpetuando o ciclo natural dessa que é a maior e mais exuberante floresta tropical do planeta.


[1] https://institutosoka-amazonia.org.br/plantas-sao-seres-sencientes/

[2] https://institutosoka-amazonia.org.br/como-as-condicoes-ambientais-impactam-nas-chuvas/

[3] https://institutosoka-amazonia.org.br/uma-arvore-um-ecossistema-inteiro/

Parcerias sempre. E parcerias tão especiais como a formalizada com o Tribunal Regional do Trabalho

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar, é dessa forma que o Instituto Soka Amazônia tem firmado parcerias que viabilizam a operacionalização dos muitos projetos com foco em Educação Ambiental  que hoje são realidade e que passam, sempre, pelo plantio de árvores na muitas vezes maltratada Floresta Amazônica.

Há parcerias, no entanto, que têm significado ainda mais especial.

É o caso do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. região.

As atividades práticas, já iniciadas, estão vivendo neste instante um momento muito especial, com a assinatura de documentos pela Desembargadora Federal Presidente Ormy da Conceição Dias Bentes, Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. Região e pelo sr. Thiago Augusto Terada, diretor presidente da Águas de Manaus (AM) e Águas de São Francisco (PA), juntamente com o presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, que formalizaram a adesão ao Pacto Global da ONU e ao HUB ODS Amazonas.  

Pacto Global

Na cerimônia que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 29 de abril de 2022, foi ressaltado o significado do Pacto Global da ONU, criado em 2000 com objetivo de conceder a seus membros acesso a ferramentas que contribuirão para ampliar o envolvimento com temas de sustentabilidade. A iniciativa mobiliza entidades públicas e privadas a promoverem o crescimento sustentável e a cidadania, estimulando seus integrantes a enfrentar os principais desafios contemporâneos da humanidade, atualmente representados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Parcerias regionais

Por sua vez, o programa Hub ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar, por meio de parcerias regionais, o envolvimento de setores público e privados com a Agenda do Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030. 

É um mecanismo criado para aumentar o impacto regional nos ODS dentro da vocação de cada estado. As iniciativas em cada região são conduzidas em parceria com uma organização âncora por estado, que contribui no âmbito operacional e estratégico, criando conjuntamente um plano de ação para aquela região. 

No Amazonas o hub é ancorado pelo Instituto Soka Amazônia. 

Compromisso do TRT

Ao assinar a adesão ao Pacto Global e ao hub ODS Amazonas, o Tribunal reafirma o compromisso com a estratégia nacional do Poder Judiciário 2021-2026, que prevê a adoção, pelos tribunais, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU (ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação), assim como com a política nacional do Poder Judiciário para o meio ambiente e com o plano de logística sustentável do TRT 11, aprovado por meio da resolução administrativa nº 272/2021. 

O valor do convênio para o Instituto Soka Amazônia

O presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, relembrou o valor do convênio já assinado com o Instituto e falou de sua satisfação ao receber o Tribunal Regional do Trabalho no Instituto Soka Amazônia para a solenidade de assinatura de adesão ao Pacto Global.

“As ações colaborativas baseadas no diálogo e respeito mútuo entre a sociedade civil, as empresas e as Instituições Públicas mostram que é possível criar valores em harmonia com a comunidade da vida” – disse.

Plantios e as perdas do TRT para a pandemia

Após as assinaturas, e em sintonia com o Projeto Memorial Vida, foi programado o plantio de 32 mudas nativas que correm risco de extinção, em homenagem póstuma aos servidores do Regional e ao Ministro do TST Walmir Oliveira da Costa, que foram vítimas fatais do covid-19. Cada servidor falecido terá o nome associado a uma dessas árvores que serão plantadas, em reconhecimento ao trabalho prestado à Instituição.

Essa homenagem é de suma importância para nós. Mesmo que simbólico, é algo que vai enraizar, permanecer e crescer. Fiquei comovida pelo gesto, agradeço!

Viúva do Sr. Benjamin Matias Fernandes Filho, servidor do Tribunal do Trabalho no Gabinete da Dra. Ormy

Eternizar a vida

Projeto Memorial Vida chega a 8 campi da UNIR em homenagem aos professores, funcionários e alunos vítimas da Covid-19

O amplo significado e o valor do Projeto Memorial Vida, que o Instituto Soka Amazônia lançou em 2021, durante a pandemia ficam patentes em momentos como este, em que a UNIR – Universidade Federal de Rondônia se junta a nós e cria espaços em seus 8 campi, para homenagear seus professores, funcionários e alunos que perderam a vida para a covid-19.

O dia 25 de abril de 2022 ficará marcado não só no coração daqueles que estiveram presentes, mas também, no solo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), que foi palco do estabelecimento, ali, do Memorial Vida. Baseado nos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carta da Terra e Propostas de Paz escritas pelo Dr. Daisaku Ikeda, o objetivo do projeto é eternizar por meio do plantio de árvores, a vida das vítimas da Covid-19.

Uma volta às aulas diferente

A cerimônia aconteceu no mesmo dia de retorno das aulas presenciais da universidade. Estavam presentes o corpo docente da UNIR, representantes do Instituto Soka Amazônia, liderados pelo diretor-presidente Edison Akira Sato, e familiares de professores e alunos da UNIR que faleceram em decorrência da pandemia.

Segurar as lágrimas foi uma tarefa difícil para os participantes da cerimônia. Emocionada, a reitora da UNIR, Profª Dra. Marcele Pereira contou que a ideia de levar o Memorial Vida para a Universidade surgiu após ela tomar conhecimento da ação realizada pelo Instituto.

“O momento de plantar uma árvore em homenagem à vida dessas pessoas que estão tão presentes entre nós”, afirma.

Parentes dos homenageados também puderam expressar o sentimento ao participar do momento. Francisco Cordeiro Júnior era professor do departamento de administração, e faleceu em abril de 2021. A irmã dele, Teodora Cordeiro, afirmou que a memória do irmão permanecerá sempre no coração.

“Não vamos esquecer os nossos entes queridos. Não só pelas árvores que plantamos, mas principalmente pelo amor que sentimos por eles.”

Espécies nativas

As mudas plantadas são de diversas espécies nativas da Amazônia, dentre as quais, estão ipê amarelo, mogno, paineira, açaí touceira e outras. Durante as semanas seguintes será a vez de plantios nos demais campi da UNIR.

Ao todo serão 8 bosques plantados com as mudas doadas pelo Instituto Soka Amazônia.

Em suas palavras, o presidente do Instituto, Edison Akira Sato, falou sobre a importância e o significado do Memorial Vida.

“A ideia é eternizar a memória e dar continuidade. Nós abrimos os berços e plantamos vida. Esse é o significado do projeto”.