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Valorização do Patrimônio Cultural no Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda 

O dia 18 de abril –  Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – é o marco da defesa do Patrimônio Cultural e foi instituído pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios para estimular ações ao redor do mundo para a valorização e proteção de bens culturais.

O Instituto Soka Amazônia participa desse movimento de preservação do patrimônio histórico e cultural por meio da conservação e divulgação de conhecimento sobre o sítio arqueológico localizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda.

O Sitio Arqueológico Dr. Daisaku Ikeda foi oficializado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2001, a partir do registro de achados arqueológicos cerâmicos na área  da RPPN, como uma urna funerária e um alguidar (panelas utilizadas por povos indígenas da região amazônica). 

Pesquisadores apontam que os achados referem-se às fases Guarita, Cerâmica e Paredão, que têm cerca de 2.000 anos. As análises se baseiam em estudos multidisciplinares que buscam compreender como as vasilhas foram produzidas, utilizadas e descartadas. 

De acordo com o relatório do Museu Amazônico, na área da RPPN Dr Daisaku Ikeda existem três sítios arqueológicos – o sitio de gravuras rupestres Ponta das Lajes e os sítios cerâmicos Lajes e Daisaku Ikeda. Segundo estudos, a arqueologia local sugere uma ocupação que pode remontar milhares de anos atrás, como no caso do sítio rupestre Ponta das Lajes. Os sítios cerâmicos somam quase uma dezena e apontam para sequência de uma ocupação, aparentemente ininterrupta, desde o início da era cristã até o contato com o europeu e os dias atuais. O Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, área florestada m frente ao Encontro das Águas, aparenta ser contemporâneo ao Sitio Ponta das Lajes, e provavelmente ocupado pelos mesmos grupos indígenas no passado.

Fonte: Plano de Manejo da Reserva Particular de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikda, 2017. CSNAM/UFAM/INSTITUTO SOKA AMAZÔNIA

Visitantes do Instituto Soka Amazônia, alunos e educadores que participam das aulas do programa Academia Ambiental podem apreciar uma amostra desses achados e também das ruínas da Olaria do Senhor Andresen, vestígio histórico datado do início da construção do centro histórico da cidade de Manaus. 

Outro patrimônio de importância histórica e cultural são as gravuras rupestres localizadas em rochas submersas no Encontro das Águas, em frente  à RPPN Dr. Daisaku Ikeda, que só podem ser visualizadas em períodos de seca e de baixíssima vazão dos rios Negro e Solimões, na  área conhecida como Ponta das Lages. 

São várias gravuras feitas na pedra com símbolos que se assemelham a faces humanas. Essas gravuras são um mistério que intriga especialistas e, segundo arqueólogos que estudam a região da Amazônia, podem ter sido feitas entre 2.000 e 5.000 anos atrás por índigenas que habitavam o local.

Conhecer e, principalmente, proteger esses achados de relevância cultural e histórica é dever de toda a sociedade. A partir da Constituição Federal de 1988, o patrimônio arqueológico é reconhecido como parte constituinte do Patrimônio Cultural brasileiro, impondo ao poder público, com a colaboração da comunidade, o dever de sua proteção.

Quer conhecer ou apoiar as ações do Instituto Soka Amazônia?

Fique sabendo:

Sítios arqueológicos: São locais onde foram localizados vestígios resultantes de atividades humanas antigas ou recentes e que podem ser localizados na superfície terrestre, rochas, subsolos ou submersos em corpos d’água.

Achados arqueológicos: são  gravuras e pinturas rupestres, sambaquis, geoglifos, objetos de naufrágios, estruturas históricas e casas subterrâneas, dentre outros.

Sítios arqueológicos no Braisl: há mais de 34 mil sítios arqueológicos registrados no SICG (sistema do Iphan onde estão integrados os dados sobre o Patrimônio Cultural e possibilita o reconhecimento de cada um dos bens enquanto sítio arqueológico). Esse número aumenta a cada dia.

Obrigatoriede de informa achado e proteger:

Ao encontrar vestígios arqueológicos em sua propriedade, cidadão deve-se comunicar os órgãos de Patrimônio Histórico de sua região. Mais detalhes no site do Iphan.

De acordo com a Constituição Federal, os sítios arqueológicos são bens da União, sendo competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios fomentar medidas de preservação, bem como impedir sua destruição e mutilação. O cadastro de um bem enquanto sítio arqueológico ocorre a partir do atendimento aos critérios estipulados na Portaria Iphan nº 316/2019 e após a sua inserção no sistema SICG, do Iphan.

São proibidos o aproveitamento econômico, a destruição ou a mutilação dos sítios arqueológicos, antes de serem pesquisados por arqueólogas e arqueólogos (Lei 13.653/2018), com a devida autorização do Iphan.