Dicas de Leitura: Águas da Amazônia – Natureza e Desafios Contemporâneos

INPA e Instituto Soka Amazônia lançam  o livro Águas da Amazônia: Natureza e Desafios Contemporâneos

Textos inéditos, derivados das apresentações realizadas nos anos de 2016 a 2020 no Seminário Águas da Amazônia, estão reunidos no livro  digital Águas da Amazônia: Natureza e Desafios Contemporâneos, lançado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Instituto Soka Amazônia.

A obra que reúne textos de diversos autores, coloca o tema dos recursos hídricos em foco abordando-o a partir de suas diversas dimensões e intersecções: história geológica, físico-química das águas, dinâmica das águas, relações com a biota aquática, impactos antrópicos, potenciais produtivos a partir do uso sustentável da água e solo, gestão hídrica, metodologias classifica[1]tórias, avaliação da qualidade da água, saberes comunitários associados e políticas públicas.

O presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento, ressalta a importância da publicação que cristaliza o resultado dos vários anos de realização do diálogo feito com a sociedade por meio do Seminário Águas da Amazônia. “Ter construído juntos essa trajetória de encontros de mentes brilhan[1]tes, provocando uma rica troca de conhecimentos e reflexões em busca de soluções para os desafios da questão hídrica da Amazônia, é gratificante e motivo de grande honra”, afirmou.

Para a professora Denise Machado Duran Gutierrez, uma das organizadoras da obra, a publicação será apreciada por todos que desejam conhecer mais, e se apropriar de contribuições científicas sobre a região amazônica e seus recursos hídricos. Em es[1]pecial a estudantes de vários níveis de formação e pesquisadores atuantes na temática dos Recursos Hídricos da Amazônia.

Para acessar, a publicação na íntegra, clique aqui.

Após seca histórica, Rio Negro sobe e reacende a esperança e alerta para as mudanças climáticas

Vista do Encontro das Águas

Colaboração: Monica Kimura

2023 foi marcado por emergências climáticas, entre as quais, a seca extrema que atingiu os principais rios amazônicos, resultando grandes prejuízos à biodiversidade e as comunidades ribeirinhas.

O Rio Negro esteve entre os mais atingidos pela seca, chegando a baixar 12 metro em seu nível. Algo histórico em mais de 121 anos!

Na região do Encontro das Águas, onde está localizado o Instituto Soka Amazônia, na cidade de Manaus, desde o início de janeiro, o nível das águas do Rio Negro vem subindo mudando completamente a paisagem.

Antes, durante e depois da seca do Rio Negro, no limite entre o Instituto Soka Amazônia e Praia das Lajes

No último dia 5 de fevereiro, o Rio Negro atingiu a marca de 21 metros e 42 centímetros, quase o dobro do nível mais baixo atingido.

Apesar da lenta recuperação os impactos dos fenômenos climáticos no ciclo hidrológico amazônico ainda são sentidos por vários municípios da região e boa parte deles ainda encontram-se em estado de emergência por conta da seca.

Em outubro de 2023, no auge da seca, o Instituto Soka Amazônia mobilizou empresas parceiras e realizaram uma ação emergencial solidária para levar água, alimentos e filtros de água para comunidades ribeirinhas no município de Iranduba, próximo ao Encontro das Águas.

Vida interligada por rios

A medida que sobe o nível dos rios, sobe também a esperança da população local.

A região Amazônica concentra a maior floresta tropical e uma das maiores bacias hidrográficas do mundo. Todo o ecossistema e a vida de quem vive por lá muda de acordo com as cheias e baixas dos rios.  

A economia local depende do transporte fluvial, assim como o turismo que, literalmente, precisa das águas para fluir. Quando ocorre uma seca extrema, todos são afetados pois dependem dos rios para se locomoverem e receber alimentos e demais itens de primeira necessidade.

Alerta às mudanças climáticas

As chuvas que precipitaram em dezembro de 2023 e janeiro de 2024 contribuíram para a elevação nos níveis de umidade no solo em grande parte do Brasil, mas, principalmente, no sul da região Norte e em áreas da região central do País, de acordo com o boletim Painel El Niño 2023-2024, divulgado pela Agência Nacional das Águas.

Porém, o levantamento alerta de que a previsão climática para os meses de fevereiro, março e abril indica maior probabilidade de chuva abaixo do normal em parte da porção central e Norte do Brasil.  

Embora as previsões indiquem condições mais úmidas do que o normal entre o centro e leste do país, em grande parte das demais regiões do país – incluindo região amazônica – a previsão indica o predomínio de condições mais secas do que o normal. 

Fonte: Agência Nacional das Águas
ANA – Painel El Niño 2023-2024

Ajude a preservar o futuro da Amazônia.

Junte-se a nós!

Seja um doador, voluntário ou parceiro dos projetos do Instituto Soka Amazônia