Instituto Soka Amazônia: a preservação da floresta em primeiro lugar

A instituição seguirá com todos os seus compromissos, com possibilidades de parcerias em diversas frentes e boas notícias para 2022.

No início de 2021, embora a esperança da vacina se vislumbrasse no horizonte mundial, havia ainda muita incerteza e desconfiança quanto aos rumos que haveriam de se desdobrar. Em especial, Manaus vivia em meio a uma crise ainda mais desafiadora. O Instituto Soka Amazônia buscou enfrentar tal cenário com cautela, mas jamais deixando de lado a disposição de promover ações em prol da floresta.

“O ano de 2021 nos afetou muito aqui em Manaus. Começamos janeiro sob os efeitos da pandemia que concentrou todas as atenções da sociedade e, naquele momento, a prioridade era a vida para todos”, colocou Edison Akira Sato, diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

Segundo ele, cada ação realizada, principalmente nas aulas presenciais da Academia Ambiental que retornaram em setembro, foram tomadas todas as medidas sanitárias de prevenção ao contágio. Dessa forma, a equipe deu continuidade às atividades cotidianas, como a coleta de sementes que, muitas vezes, é um trabalho quase solitário, continuou e foi possível dar passos importantes nessa frente tão importante para a realização dos objetivos do Instituto.

E os plantios de espécies nativas prosseguiram com ainda mais empenho, já que o país passava por um momento tão delicado, era preciso motivar e oferecer esperança por meio do verde tão precioso. A chegada de novos parceiros trouxe ainda mais força aos propósitos . “Ainda que estivéssemos nesse ambiente mais adverso, pudemos contar com a chegada de novas empresas parceiras que compreenderam a relevância do trabalho que desenvolvemos aqui”, prosseguiu Akira.

Empresas, entidades e órgãos governamentais buscaram o Instituto para estabelecer muitos projetos de importância local e regional e que apesar da situação sanitária, seguiram em frente e dão frutos para a sociedade.

“Uma ação que merece destaque foi a apresentação do aplicativo Tree Earth, desenvolvido em parceria com a Rede Amazônica; IDAAM e VS Academy que será importante no georreferenciamento das mudas plantadas, e seu acompanhamento. Com isso, damos aos nossos parceiros, maior segurança em relação à execução dos projetos”, explicou o diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

E o trabalho não para nunca pois “é urgente conscientizar a sociedade de que a integração com a natureza é fonte de sua vida é missão para toda uma geração”. Akira ressaltou também sobre a importância do trabalho de coleta de sementes, especialmente as de espécies ameaçadas: “transformá-las em mudas viáveis para, de modo planejado, deitá-las em seus berços na terra e ver surgir dali todo um miniecossistema, garantindo assim, sua continuidade.

E, para 2022, tal como as sementes, assegura Akira, “alguns projetos que foram estabelecidos ainda em 2021 irão brotar e trarão benefícios para novas áreas, hoje carentes dessas novas árvores”.

Enfatizou também que a equipe está ansiosa para o retorno das aulas educação ambiental, “recebendo crianças das escolas públicas de Manaus e região porque acreditamos que está nesses jovens a semente da consciência mais ampla da necessidade da preservação da natureza e da viabilidade de vida humana em meio a ela”.

Este ano tivemos a chegada de novos parceiros que muito nos horaram com sua confiança. Nosso Instituto não é grande, mas desenvolve um trabalho contínuo e bastante consistente nas áreas de educação ambiental e preservação da natureza a partir da coleta, preparo e plantio de mudas da flora da Amazônia. Essa consistência tem atraído empresas e organizações que, ao tomarem conhecimento do nosso trabalho e sentirem de perto a dedicação e empenho de todo o time, entendem a necessidade e urgência da preservação ambiental.

A divulgação mais intensa dos ODS da ONU, dos esforços do Pacto Global, da Carta da Terra e das discussões em torno da COP26 colaboram para a ampliação dessas parcerias que tendem a se intensificar nesse novo ano.

Pacto Global
Fonte ONU – https://www.pactoglobal.org.br/

Prova disso é o acordo recém firmado entre o Instituto e o Pacto Global que elegeu o Instituto Soka-Amazônia como Hub de suas ações na região. Isso para nós, mais do que motivo de orgulho, é prova inequívoca do reconhecimento ao trabalho árduo que vimos desenvolvendo ao longo dos anos.

Há várias possibilidades de novos projetos para 2022 que vão desde a aproximação com Universidades e Centros de Pesquisa no Brasil e no exterior, passando pela chegada de novas empresas parceiras, até a ampliação das ações em conjunto com as diferentes instâncias de governo.

Tenho certeza de que quem acompanha os trabalhos do Instituto terá boas notícias em 2022.

Instituto Soka Amazônia: a preservação da floresta em primeiro lugar

A instituição seguirá com todos os seus compromissos, com possibilidades de parcerias em diversas frentes e boas notícias para 2022.

No início de 2021, embora a esperança da vacina se vislumbrasse no horizonte mundial, havia ainda muita incerteza e desconfiança quanto aos rumos que haveriam de se desdobrar. Em especial, Manaus vivia em meio a uma crise ainda mais desafiadora. O Instituto Soka Amazônia buscou enfrentar tal cenário com cautela, mas jamais deixando de lado a disposição de promover ações em prol da floresta.

“O ano de 2021 nos afetou muito aqui em Manaus. Começamos janeiro sob os efeitos da pandemia que concentrou todas as atenções da sociedade e, naquele momento, a prioridade era a vida para todos”, colocou Edison Akira Sato, diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

Segundo ele, cada ação realizada, principalmente nas aulas presenciais da Academia Ambiental que retornaram em setembro, foram tomadas todas as medidas sanitárias de prevenção ao contágio. Dessa forma, a equipe deu continuidade às atividades cotidianas, como a coleta de sementes que, muitas vezes, é um trabalho quase solitário, continuou e foi possível dar passos importantes nessa frente tão importante para a realização dos objetivos do Instituto.

E os plantios de espécies nativas prosseguiram com ainda mais empenho, já que o país passava por um momento tão delicado, era preciso motivar e oferecer esperança por meio do verde tão precioso. A chegada de novos parceiros trouxe ainda mais força aos propósitos . “Ainda que estivéssemos nesse ambiente mais adverso, pudemos contar com a chegada de novas empresas parceiras que compreenderam a relevância do trabalho que desenvolvemos aqui”, prosseguiu Akira.

Empresas, entidades e órgãos governamentais buscaram o Instituto para estabelecer muitos projetos de importância local e regional e que apesar da situação sanitária, seguiram em frente e dão frutos para a sociedade.

“Uma ação que merece destaque foi a apresentação do aplicativo Tree Earth, desenvolvido em parceria com a Rede Amazônica; IDAAM e VS Academy que será importante no georreferenciamento das mudas plantadas, e seu acompanhamento. Com isso, damos aos nossos parceiros, maior segurança em relação à execução dos projetos”, explicou o diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

E o trabalho não para nunca pois “é urgente conscientizar a sociedade de que a integração com a natureza é fonte de sua vida é missão para toda uma geração”. Akira ressaltou também sobre a importância do trabalho de coleta de sementes, especialmente as de espécies ameaçadas: “transformá-las em mudas viáveis para, de modo planejado, deitá-las em seus berços na terra e ver surgir dali todo um miniecossistema, garantindo assim, sua continuidade.

E, para 2022, tal como as sementes, assegura Akira, “alguns projetos que foram estabelecidos ainda em 2021 irão brotar e trarão benefícios para novas áreas, hoje carentes dessas novas árvores”.

Enfatizou também que a equipe está ansiosa para o retorno das aulas educação ambiental, “recebendo crianças das escolas públicas de Manaus e região porque acreditamos que está nesses jovens a semente da consciência mais ampla da necessidade da preservação da natureza e da viabilidade de vida humana em meio a ela”.

Este ano tivemos a chegada de novos parceiros que muito nos horaram com sua confiança. Nosso Instituto não é grande, mas desenvolve um trabalho contínuo e bastante consistente nas áreas de educação ambiental e preservação da natureza a partir da coleta, preparo e plantio de mudas da flora da Amazônia. Essa consistência tem atraído empresas e organizações que, ao tomarem conhecimento do nosso trabalho e sentirem de perto a dedicação e empenho de todo o time, entendem a necessidade e urgência da preservação ambiental.

A divulgação mais intensa dos ODS da ONU, dos esforços do Pacto Global, da Carta da Terra e das discussões em torno da COP26 colaboram para a ampliação dessas parcerias que tendem a se intensificar nesse novo ano.

Pacto Global
Fonte ONU – https://www.pactoglobal.org.br/

Prova disso é o acordo recém firmado entre o Instituto e o Pacto Global que elegeu o Instituto Soka-Amazônia como Hub de suas ações na região. Isso para nós, mais do que motivo de orgulho, é prova inequívoca do reconhecimento ao trabalho árduo que vimos desenvolvendo ao longo dos anos.

Há várias possibilidades de novos projetos para 2022 que vão desde a aproximação com Universidades e Centros de Pesquisa no Brasil e no exterior, passando pela chegada de novas empresas parceiras, até a ampliação das ações em conjunto com as diferentes instâncias de governo.

Tenho certeza de que quem acompanha os trabalhos do Instituto terá boas notícias em 2022.

Tecnologias sociais voltadas à preservação ambiental

A relação do ser humano com o meio em que vive vai muito além da simples existência; envolve todo um complexo conjunto de ações e reações que impactam diretamente a vida social

A área de atuação da Psicologia Social envolve o estudo de tudo o que ocorre com o indivíduo desde a sua concepção, suas relações com o meio e as pessoas com quem convive. É o estudo das manifestações comportamentais suscitadas pela interação do indivíduo, sua integração, a interdependência, escolhas e decisões, desejos e expectativas. Tudo isso influencia no processo de socialização – interação com os grupos sociais e seus diversos papéis sociais. Denise Machado Duran Gutierrez é uma pesquisadora apaixonada por tudo relacionado à área e é uma das cientistas colaboradoras do Instituto Soka Amazônia.

“Fico encantada com o empenho da equipe do Instituto Soka em todas as ações que empreende”, contou a pesquisadora.

A paulistana Denise é a responsável, pela Coordenação de Tecnologia Social do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), há 10 anos. Graduada em Psicologia para Universidade de São Paulo (USP), mestre em Psicologia da Saúde na Universidade Católica de Brabant, na Holanda e doutora em Saúde da Mulher e da Criança pelo Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A Psicologia Clínica não foi minha primeira opção de carreira, mas ela foi se introduzindo naturalmente e hoje sinto que era para ser”, explicou. Desde o Ensino Médio seu forte senso de justiça social e desejo de melhor compreender as relações humanas foi um guia para a trajetória impressionante que viria a seguir.

Carreira acadêmica

Contingências da vida levaram-na ao mestrado na Holanda. Devido ao trabalho do esposo, mudaram-se para o exterior, a oportunidade surgiu e ela se sentiu agraciada pelo destino. “Mas nunca me ocorreu voltar-me à carreira acadêmica”, confessou.

De volta ao Brasil, novamente em função da carreira do cônjuge, foram viver em Manaus. “Nos primeiros dias, ainda morando em hotel, sai a passear pela cidade e me vi à porta de uma Universidade. Resolvi entrar e ver se havia algum curso na minha área para fazer”, brincou. Saiu empregada. Fora contratada para lecionar Psicologia da Personalidade. Isso aconteceu há mais de 20 anos e, desde então, não mais deixou a carreira acadêmica. É professora titular da Universidade Federal do Amazonas e uma entusiasta da pesquisa voltada às Tecnologias Sociais. E o INPA veio logo a seguir, com certeza, graças à competência e o comprometimento.

Em sua modéstia argumentou que aquele “era um momento em que havia uma grande carência de profissionais titulados”. Porém, basta observar brevemente sua trajetória e discurso para compreender que se trata de pura competência, forte senso de responsabilidade e desejo por fazer a diferença no local em que se encontra.

Embora paulista, abraçou Manaus de coração e, por consequência, a Amazônia, por entender que essa floresta encerra mais do que árvores, é o próprio futuro da humanidade que ali se encontra.

Parceria com o Instituto Soka Amazônia

Há cerca de 10 anos, por intermédio do INPA, conheceu o Instituto Soka Amazônia e suas impactantes ações. Encantou-se. “Tudo o que fazem no [Instituto] Soka é maravilhoso! Sua base humanística, focada no ser humano e na melhoria de sua qualidade de vida é encantadora. Aquele projeto de vincular o nascimento ao plantio de uma árvore, tem uma carga simbólica e didática tão poderosa”, ressaltou se referindo ao projeto Sementes da Vida, em parceria com maternidades de Manaus. Segundo ela, embora pareça simples, a ideia de ter vinculada uma espécie amazônica ao nascimento de um novo ser humano – uma árvore que talvez subsista para além da existência daquele indivíduo – produz uma sensação real de eternidade, além da identidade e do pertencimento.

III Seminário das Águas e III Seminário de Tecnologia Social (2017)

Sua área de pesquisa no doutorado voltou-se à família, essa unidade social que tanto muda conforme a época e que precisa ser constantemente estudada e atualizada. “Na verdade, nossa ideia de tempo é um sopro. O nosso tempo de vida, em termos de História, é um simples pulsar”. Ela enfatiza que se trata de mera ilusão de que o que vemos em nosso vagar pelo mundo seja uma realidade concreta. Vivemos somente um simulacro de um momento histórico que vai sendo construído geração após geração. “Há 20 anos essa realidade social e familiar era muito diferente da atual. E, daqui a 20 anos, será muito mais diferente. A família é um produto sociocultural, fundamental como produtora de cuidados de saúde e bem-estar”, explicou. E, ressalta que cada local possui suas próprias características.

O momento mais marcante, como ela própria enfatizou, foi sua participação, em 2019, na Conferência da ONU em Salt Lake City, como colaboradora do Instituto e representante do INPA. “Vi como o [Instituto] é muito bem-conceituado”, contou. Segundo ela, foi uma oportunidade riquíssima de aprendizado e compartilhamento de tecnologias sociais com pesquisadores da África e América Latina. “Depois de ter feito uma palestra na ONU, eu falo que com essa experiência, já posso me aposentar!”, brincou Denise.

Ela fez questão de ressaltar ainda, a profícua parceria do Instituto no acolhimento dos alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado. A Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda é um local bastante utilizado pelos alunos, tanto do INPA como da UFAM, pela grande biodiversidade existente e pela proximidade com estas instituições.

Livro sobre o Seminário das Águas

Há 6 anos, sob sua estreita coordenação, INPA e Instituto Soka Amazônia, vêm realizando o Seminário das Águas da Amazônia e, em outubro deste ano está previsto o lançamento do livro sobre esse importante evento que já faz parte do calendário oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI). “Foi um longo percurso até chegarmos a esse produto cultural que, tenho certeza, será uma importante ferramenta de atualização e pesquisa para o setor!”, exclamou a professora doutora.

“Nosso desejo é de realizar o lançamento do livro na próxima Semana [de Ciência e Tecnologia] em outubro”, enfatizou.

Outro motivo de grande júbilo por parte da pesquisadora é o convite do MCTI para a construção da Rede Amazônica de Tecnologia Social, que consistirá no mapeamento de todas as iniciativas de instituições voltadas à área. O MCTI pretende construir uma plataforma contendo todas as informações sobre esses agentes promotores, inclusive com sua geolocalização, abrangência de atuação, métodos, processos e populações atendidas. “Penso que será mais uma importante ferramenta para aprendizado e transformação social e o [Instituto] Soka estará nesse projeto que será disponibilizado para todo o planeta”, finaliza a pesquisadora.

Tecnologias sociais voltadas à preservação ambiental

A relação do ser humano com o meio em que vive vai muito além da simples existência; envolve todo um complexo conjunto de ações e reações que impactam diretamente a vida social

A área de atuação da Psicologia Social envolve o estudo de tudo o que ocorre com o indivíduo desde a sua concepção, suas relações com o meio e as pessoas com quem convive. É o estudo das manifestações comportamentais suscitadas pela interação do indivíduo, sua integração, a interdependência, escolhas e decisões, desejos e expectativas. Tudo isso influencia no processo de socialização – interação com os grupos sociais e seus diversos papéis sociais. Denise Machado Duran Gutierrez é uma pesquisadora apaixonada por tudo relacionado à área e é uma das cientistas colaboradoras do Instituto Soka Amazônia.

“Fico encantada com o empenho da equipe do Instituto Soka em todas as ações que empreende”, contou a pesquisadora.

A paulistana Denise é a responsável, pela Coordenação de Tecnologia Social do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), há 10 anos. Graduada em Psicologia para Universidade de São Paulo (USP), mestre em Psicologia da Saúde na Universidade Católica de Brabant, na Holanda e doutora em Saúde da Mulher e da Criança pelo Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A Psicologia Clínica não foi minha primeira opção de carreira, mas ela foi se introduzindo naturalmente e hoje sinto que era para ser”, explicou. Desde o Ensino Médio seu forte senso de justiça social e desejo de melhor compreender as relações humanas foi um guia para a trajetória impressionante que viria a seguir.

Carreira acadêmica

Contingências da vida levaram-na ao mestrado na Holanda. Devido ao trabalho do esposo, mudaram-se para o exterior, a oportunidade surgiu e ela se sentiu agraciada pelo destino. “Mas nunca me ocorreu voltar-me à carreira acadêmica”, confessou.

De volta ao Brasil, novamente em função da carreira do cônjuge, foram viver em Manaus. “Nos primeiros dias, ainda morando em hotel, sai a passear pela cidade e me vi à porta de uma Universidade. Resolvi entrar e ver se havia algum curso na minha área para fazer”, brincou. Saiu empregada. Fora contratada para lecionar Psicologia da Personalidade. Isso aconteceu há mais de 20 anos e, desde então, não mais deixou a carreira acadêmica. É professora titular da Universidade Federal do Amazonas e uma entusiasta da pesquisa voltada às Tecnologias Sociais. E o INPA veio logo a seguir, com certeza, graças à competência e o comprometimento.

Em sua modéstia argumentou que aquele “era um momento em que havia uma grande carência de profissionais titulados”. Porém, basta observar brevemente sua trajetória e discurso para compreender que se trata de pura competência, forte senso de responsabilidade e desejo por fazer a diferença no local em que se encontra.

Embora paulista, abraçou Manaus de coração e, por consequência, a Amazônia, por entender que essa floresta encerra mais do que árvores, é o próprio futuro da humanidade que ali se encontra.

Parceria com o Instituto Soka Amazônia

Há cerca de 10 anos, por intermédio do INPA, conheceu o Instituto Soka Amazônia e suas impactantes ações. Encantou-se. “Tudo o que fazem no [Instituto] Soka é maravilhoso! Sua base humanística, focada no ser humano e na melhoria de sua qualidade de vida é encantadora. Aquele projeto de vincular o nascimento ao plantio de uma árvore, tem uma carga simbólica e didática tão poderosa”, ressaltou se referindo ao projeto Sementes da Vida, em parceria com maternidades de Manaus. Segundo ela, embora pareça simples, a ideia de ter vinculada uma espécie amazônica ao nascimento de um novo ser humano – uma árvore que talvez subsista para além da existência daquele indivíduo – produz uma sensação real de eternidade, além da identidade e do pertencimento.

III Seminário das Águas e III Seminário de Tecnologia Social (2017)

Sua área de pesquisa no doutorado voltou-se à família, essa unidade social que tanto muda conforme a época e que precisa ser constantemente estudada e atualizada. “Na verdade, nossa ideia de tempo é um sopro. O nosso tempo de vida, em termos de História, é um simples pulsar”. Ela enfatiza que se trata de mera ilusão de que o que vemos em nosso vagar pelo mundo seja uma realidade concreta. Vivemos somente um simulacro de um momento histórico que vai sendo construído geração após geração. “Há 20 anos essa realidade social e familiar era muito diferente da atual. E, daqui a 20 anos, será muito mais diferente. A família é um produto sociocultural, fundamental como produtora de cuidados de saúde e bem-estar”, explicou. E, ressalta que cada local possui suas próprias características.

O momento mais marcante, como ela própria enfatizou, foi sua participação, em 2019, na Conferência da ONU em Salt Lake City, como colaboradora do Instituto e representante do INPA. “Vi como o [Instituto] é muito bem-conceituado”, contou. Segundo ela, foi uma oportunidade riquíssima de aprendizado e compartilhamento de tecnologias sociais com pesquisadores da África e América Latina. “Depois de ter feito uma palestra na ONU, eu falo que com essa experiência, já posso me aposentar!”, brincou Denise.

Ela fez questão de ressaltar ainda, a profícua parceria do Instituto no acolhimento dos alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado. A Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda é um local bastante utilizado pelos alunos, tanto do INPA como da UFAM, pela grande biodiversidade existente e pela proximidade com estas instituições.

Livro sobre o Seminário das Águas

Há 6 anos, sob sua estreita coordenação, INPA e Instituto Soka Amazônia, vêm realizando o Seminário das Águas da Amazônia e, em outubro deste ano está previsto o lançamento do livro sobre esse importante evento que já faz parte do calendário oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI). “Foi um longo percurso até chegarmos a esse produto cultural que, tenho certeza, será uma importante ferramenta de atualização e pesquisa para o setor!”, exclamou a professora doutora.

“Nosso desejo é de realizar o lançamento do livro na próxima Semana [de Ciência e Tecnologia] em outubro”, enfatizou.

Outro motivo de grande júbilo por parte da pesquisadora é o convite do MCTI para a construção da Rede Amazônica de Tecnologia Social, que consistirá no mapeamento de todas as iniciativas de instituições voltadas à área. O MCTI pretende construir uma plataforma contendo todas as informações sobre esses agentes promotores, inclusive com sua geolocalização, abrangência de atuação, métodos, processos e populações atendidas. “Penso que será mais uma importante ferramenta para aprendizado e transformação social e o [Instituto] Soka estará nesse projeto que será disponibilizado para todo o planeta”, finaliza a pesquisadora.