Instituto Soka Amazônia

Voz da juventude frente aos desafios da humanidade

Entre os dias 18 e 20 de outubro, mais de cem jovens, universitários e pesquisadores da organização Brasil SGI, de diversas regiões do país, estiveram em Manaus para conhecer mais sobre a Amazônia e projetos do Instituto Soka e discutir soluções sobre os grandes desafios enfrentados pela humanidade, como as mudanças climáticas.

Intitulado Juventude Soka, o grupo reúne jovens associados à Brasil SGI, organização não-governamental filiada à Soka Gakkai Internacional que está presente em mais de 192 países com ações em prol da paz, cultura e educação baseada nos princípios filosóficos humanistas do budismo. 

Durante a visita à Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Daisaku Ikeda, os participantes conheceram as instalações e projetos do Instituto Soka com enfoque na proteção da biodiversidade e educação ambientall, percorrendo  laboratório de sementes, viveiro de espécies amazônicas, mirante para o Encontro das Águas e as trilhas ecológicas do Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda.

 

Juventude brasileira e COP 30

Em 2030 – ano limite para as metas climáticas e alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU) – os jovens que hoje tem idade entre 18 a 34 anos exercerão papeis relevantes no mercado de trabalho e sociedade.  Parte dessa geração iniciou a fase adulta em plena Pandemia Covid 19.

 

BRASIL: 57, 9 milhões de brasileiros (29% da população) tem entre 16 a 34 anos. Apenas 26% dos jovens entre 18 e 24 anos cursam Ensino Superior.

 

A participação juvenil nos fóruns mundiais ganha relevância, como no Youth20 (Y20), o fórum de engajamento jovem do G20 que, em julho deste ano, se reuniu em Belém/PA, contando coma participação de representantes do JUVENTUDE SOKA.

Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka, destacou a importância de ouvir a voz dessa a nova geração que busca de soluções para os graves problemas que a sociedade e o Planeta enfrentam. 

Anseios e soluções

Reunir jovens que vivem diferentes realidades para promover troca de experiencias e diálogos foi um dos objetivos do evento. Todos foram convidados a, em grupos, discutir desafios e soluções para problemas ambientais e sociais e relacioná-los aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Para o advogado Fernando Mendonça, um dos organizadores do evento, a iniciativa  conseguiu aproximar esses jovens estudantes e pesquisadores à realidade da Amazônia e ao legado ambiental do fundador do Instituto Soka, Dr. Daisaku Ikeda. “Foi um momento para resgate de esperança e inspiração para eles que são engajados com as temáticas ambientais, sociais e de direitos humanos”, afirmou Mendonça. 

 

O coordenador da Divisão de Proteção da Natureza do Instituto Soka Amazônia, Rodrigo Izumi, apresentou os quatro passos para a conscientização ambiental –  aprender, refletir, empoderar, agir e liderar – aplicado ao Projete Sementes da Vida do Instituto que associa um plantio de árvore a cada criança nascida na maior maternidade pública da cidade de Manaus.  

O professor Valmir Oliveira, pró-reitor de Extensão da Universidade Federal do Amazonas, foi um dos palestrantes convidados do evento. Respondendo aos questionamentos dos participantes sobre negacionismo climático e desigualdades sociais, ele enfatizou a importância de mudanças de comportamentos e valores e do necessário combate a cultura “narcisista” que impera na Modernidade e que coloca em xeque a possibilidade de cooperação.

“Eu acredito que a solução está sempre na mudança de comportamento e diante de valores assentados na construção de um Planeta vivo, com lideranças com espírito público, ambiental e socialmente aceitos. Com esses elementos vamos alcançar um planeta mais equilibrado. Eu espero que seja com a geração de vocês”, afirmou Oliveira.

Diálogo internacional

O evento contou ainda com a participação virtual da diretora executiva da Carta da Terra Internacional, Mirian Vilela, e da professora da Universidade de Nova York e especialista em Educação Internacional, a PhD Namrata Sharma, que dialogaram com os jovens por videoconferência.

Doutora Mirian Vilela solicitou aos estudantes que tivesse a esperança e visão de futuro e não desacreditar que é possível reverter a situação atual. Segundo ela, a mudança global precisa da energia, potencial, criatividade dos jovens e do modo de trabalhar de maneira colaborativa para o vem comum. Finalizou destacando que a Carta da Terra, para o Brasil. é um convite para ampliar a consciência planetária e a visão de ética do cuidado.

 

Depoimentos

“Achei muito bacana como no Instituto se utiliza os elementos e recursos naturais locais para trabalhar a educação ambiental. Isso me inspirou a levar isso como modelo para as práticas na minha localidade”.
Aline Hitomi
professora de educação infantil e Mestranda de Educação Ambiental na UNESP, Santa Barbara D’Oeste/SP
"Aprendi nesse encontro a importância do diálogo com todos. Saí da Selva Amazônica para a Selva de Pedra. Meu sentimento é que Independente do lugar onde estivermos podemos abraçar essas sementes de esperança e a educação socioambiental e mostrar que podemos salvar a humanidade”
Everton Sampaio

advogado e professor universitário, nasceu de Santarém/PA e mora em São Paulo

“Vim da região do Capão Redondo em São Paulo. Foi lindo conhecer o Instituto e o inspirador o programa educacional que realizam. Emocionante saber, por exemplo, que há pesquisas sobre as castanheiras e o Mal de Alzheimer. Ver esse futuro construído aqui com as crianças é muito lindo.”
Bárbara de Paula
jornalista, São Paulo/SP

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