Educação para o desenvolvimento sustentável e cidadania global

 

Para compartilhar experiências e aprofundar a discussão sobre o tema de educação ambiental e sua importância para o desenvolvimento sustentável a nível global, o Instituto Soka Amazônia promoveu a Mesa-Redonda “Educação para o desenvolvimento sustentável e cidadania global”, que aconteceu no dia 29 de julho, no Auditório Águas de Manaus.

Da esquerda para direita: Expedita Maria de Oliveira (UFAM), Denise Gutierrez (INPA), Isaque Souza (UEA), Luciano Nascimento (Instituto Soka), Edward M. Feasel (Universidade Soka da América). Foto: Editora Brasil Seikyo

O evento contou com a presença de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e a presença internacional do reitor da Soka University of America (SUA), Edward M. Feasel. Os palestrantes compartilharam suas experiências bem sucedidas de educação ambiental implementadas em suas instituições e percepções sobre o reflexo dessas ações na sociedade.

Edward Feasel, reitor da Soka University of America (SUA). Foto: Editora Brasil Seilyo

Edward Feasel, reitor da Soka University of America (SUA),  destacou o fato da Universidade e o Instituto terem em comum o mesmo fundador, o pacifista Daisaku Ikeda, e o nome Soka, termo de origem japonesa que significa ‘criação de valor’. “Como cidadãos globais nos desafiamos a criar valores na sociedade. Agimos em nossas nações, mas também somos parte de uma comunidade global e temos que ser responsáveis por essa comunidade”, disse o reitor.

Da equerda para direita: Expedita Maria de Oliveira (UFAM), Denise Machado Duran Gutierrez (INPA), Isaque Souza (UEA), Luciano Nascimento (Instituto Soka), Edward M. Feasel (Universidade Soka da América), Cristiane Cavalcante Lima (IFAM) e Tamy Kobashikawa (Instituto Soka). Foto Editora Brasil Seikyo

Um dos eixos de atuação do Instituto Soka é a educação ambiental, promovida a partir do programa ‘Academia Ambiental’, que em sete anos de implementação já atendeu mais de 18 mil estudantes de escolas da rede municipal de ensino de Manaus. “Esperamos contribuir significativamente para potencializar todas as ações para a sustentabilidade e cidadania global a partir da sensibilização e transmissão de conhecimento vida a vida, reconhecendo o grande potencial que cada jovem estudante possui”, finalizou Luciano Nascimento, presidente do Instituto Soka Amazônia, que compôs a mesa redonda.

Mais que doar, participe efetivamente da proteção da Amazônia

Com apoio de amigos e de empresas e instituições parceiras, as ações e programas do Instituto Soka Amazônia alcançam milhares de vidas, ampliando a consciência para a proteção do meio ambiente, e contribuindo para a proteção da biodiversidade amazônica.

Dicas de Leitura: Águas da Amazônia – Natureza e Desafios Contemporâneos

INPA e Instituto Soka Amazônia lançam  o livro Águas da Amazônia: Natureza e Desafios Contemporâneos

Textos inéditos, derivados das apresentações realizadas nos anos de 2016 a 2020 no Seminário Águas da Amazônia, estão reunidos no livro  digital Águas da Amazônia: Natureza e Desafios Contemporâneos, lançado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Instituto Soka Amazônia.

A obra que reúne textos de diversos autores, coloca o tema dos recursos hídricos em foco abordando-o a partir de suas diversas dimensões e intersecções: história geológica, físico-química das águas, dinâmica das águas, relações com a biota aquática, impactos antrópicos, potenciais produtivos a partir do uso sustentável da água e solo, gestão hídrica, metodologias classifica[1]tórias, avaliação da qualidade da água, saberes comunitários associados e políticas públicas.

O presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento, ressalta a importância da publicação que cristaliza o resultado dos vários anos de realização do diálogo feito com a sociedade por meio do Seminário Águas da Amazônia. “Ter construído juntos essa trajetória de encontros de mentes brilhan[1]tes, provocando uma rica troca de conhecimentos e reflexões em busca de soluções para os desafios da questão hídrica da Amazônia, é gratificante e motivo de grande honra”, afirmou.

Para a professora Denise Machado Duran Gutierrez, uma das organizadoras da obra, a publicação será apreciada por todos que desejam conhecer mais, e se apropriar de contribuições científicas sobre a região amazônica e seus recursos hídricos. Em es[1]pecial a estudantes de vários níveis de formação e pesquisadores atuantes na temática dos Recursos Hídricos da Amazônia.

Para acessar, a publicação na íntegra, clique aqui.

Instituto Soka Amazônia celebra 10 anos de existência inaugurando nova fase rumo a 2030

No dia 26 de julho, o Instituto Soka Amazônia completa sua primeira década como organização dedicada à causa socioambiental e proteção da integridade ecológica da Amazônia. E para celebrar a data, a instituição promoverá uma série de eventos entre os dias 27 e 30 de julho.

A programação homenageia o fundador do Instituto Soka, Daisaku Ikeda, com o tema “Amazônia, Casa da Vida, Tesouro da Humanidade” – em alusão ao discurso de posse como membro da Academia Amazonense de Letras, no ano de 2000 – e celebra as três décadas de conservação ambiental na Reserva Particular de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, administrada pelo Instituto.

Cada evento apresentará a diferentes públicos iniciativas do Instituto que contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas, entre as quais as ações de proteção à biodiversidade e preservação de espécies nativas, apoio a pesquisas científicas e programas de educação ambiental com foco na Amazônia e cidadania global. A nova perspectiva de ações e projetos e parcerias da entidade visando o ano de 2030 também será apresentada no evento.

Mesa-redonda internacional com universidades

Reitor da Soka University of America, PhD Edward M. Feasel

A celebração dos 10 anos também contempla a realização da Mesa-redonda Internacional com o tema “Educação para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Global” com a presença do reitor da Soka University of America, PhD Edward M. Feasel, e instituições locais, como Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA). 

O evento será realizado no Auditório da Águas de Manaus com transmissão no canal do Youtube do Instituto Soka Amazônia. O certificado de participação será disponibilizado somente mediante a inscrição.

O Instituto Soka Amazônia é afiliado à organização Soka Global, Carta da Terra Internacional e é organização âncora do HUB ODS Amazonas, da Rede Pacto Global. Com atuação na área de educação ambiental, apoio a pesquisa e proteção da biodiversidade, o Instituto estabelece parcerias com a sociedade civil, setor produtivo, academia e comunidade escolar dentro de uma visão humanista da sustentabilidade em prol da proteção da Amazônia.

Mesa-Redonda: Universidades amazônicas debatem Educação Sustentável e Cidadania Global em Manaus

Evento integra as comemorações dos 10 anos do Instituto Soka Amazônia e conta com a participação da University Soka of America

Antevendo o que será debatido na COP-30 e dentro das preocupações mundiais sobre a Amazônia e as Mudanças Climáticas, no próximo dia 29 de julho, acontece a Mesa Redonda: Educação para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Global.

Conectadas ao ODS 4 : Educação de Qualidade, as temáticas Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) e Cidadania Global  são alvo da atenção em fóruns internacionais e da agência especializada da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e consideradas por acadêmicos e especialistas do Terceiro Setor como estratégias vitais para o alcance dos ODS, especificamente na meta 4.7.1 que trata da necessidade de aumentar os esforços na educação para a cidadania global. 

O evento conta com a participação internacional do PhD em Economia, Edward Feasel, reitor da Soka University of América (SUA), além de reitores e pró-reitores das universidades amazônicas, que compartilharão suas visões e experiências dentro da temática.  

Então confirmados como debatedores: Denize Gutierrez, coordenadora de Tecnologia Social no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Cristiana Cavalcanti Lima, professora ddo Instituto Federal do Amazonas e reitores e pró-reitores das Universidades Federal do Amazonas (UFAM) e do  Estado do Amazonas (UEA).

O evento é voltado a estudantes, educadores, gestores de recursos humanos e sustentabilidade, terceiro setor e interessados na temática Educação (Inscrição pelo site)

A Mesa-Redonda integra programação do Amazônia: Casa da Vida, Tesouro da Humanidade – série de eventos comemorativos aos 10 anos do Instituto Soka Amazônia – e conta com o apoio institucional das universidades UFAM, UEA, IFAM, INPA e  Soka University of America, além do apoio cultural da Águas de Manaus.

 

SOBRE O EVENTO:

Data: 29 de julho – Horário: 15 horas
Local: Auditório da AEGEA- Águas de Manaus  – Av.  André Araujo, 1981 – Aleixo – Manaus-AM.


Inscrição pelo site: CLIQUE AQUI

 

 

Instituto Soka participa da Pré-Cupula de Jovens visando a COP-30 em Belém

Entre os dias 17 e 19 de junho, delegações internacionais dos membros do G20 e de países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), representantes de todos os estados brasileiros e lideranças jovens e ativistas sociais e ambientais, se reuniram no Y20 Pré Summit, evento preparatório para o encontro Y20 que acontecerá em agosto no Rio de Janeiro.

O Instituto Soka Amazônia participou do evento com a exibição da Exposição Sementes da Esperança e Ação, produzida pela Carta da Terra Internacional e a organização global Soka Gakkai.

Participantes do Y20 visitam exposição

Para o vice-presidente do Instituto Soka Amazônia, Milton Fujiyoshi, foi uma grande satisfação contribuir para os debates do Y20 com a Exposição e que será apresentada por  jovens que são voluntários do Instituto. “Diante de tantos desafios que serão debatidos aqui, levar a mensagem de Esperança e da necessária Ação é de grande valor”, afirma.

Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka Amazônia

 

Fujiyoshi, ressalta que as ações de educação ambiental, proteção da biodiversidade amazônica e apoio a pesquisas científicas que o Instituto empreende são desenvolvidas por e para os jovens.

“Trocar experiências e ouvir essa nova geração para busca de soluções para os graves problemas que a nossa sociedade e o Planeta enfrentam é imprescindível. O fundador do Instituto Soka, doutor Ikeda, constantemente exaltava essa importância do engajamento dos jovens para transformação da sociedade, com força e paixão, como ele mesmo dizia”.

Entre os dias 5 e 16 de junho, a exposição esteve aberta à visitação pública na sede da Secretaria da Educação do Estado do Pará e no  Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Pará (Cefor) nas celebrações do Dia do Meio Ambiente.

 

 

Participantes do Y20 visitam exposição

Um grupo de 32 jovens voluntários do Instituto Soka Amazônia e associados da Brasil SGI foram convidados a acompanhar a programação do evento que é uma realização do Y20, da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República, do governo do Estado do Pará e do Conselho Nacional da Juventude.

Jovens participam dos debates do Y20

Os participantes se dividiram em grupos de trabalhos temáticos para aprofundamentos de propostas a temas. Também assistem ao workshop sobre Mudanças Climáticas ministrado pelo Mahatma Gandhi Institute of Education for Peace and Sustainable Development.

Jovens participam dos debates do Y20

O objetivo do Pré-Summit Y2, de acordo com o Presidente do Conselho Nacional de Juventude e Chair do Y20, Marcus Barão  é subsidiar a elaboração de um documento com reivindicações e propostas das juventudes para o Summit do Y20, que acontecerá em agosto no Rio de Janeiro. Este documento será entregue durante a Cúpula de Líderes do G20, em novembro. “Trabalhamos para fortalecer o protagonismo das juventudes nos espaços de tomada de decisão do G20 e do mundo.”, afirma.

ASSISTA AOS DEPOIMENTOS:

 

ENTENDA MELHOR:

Y20 (Youth20)

É o encontro do Grupo Oficial de Engajamentos do G20, um dos dos 13 grupos de engajamento que compõem o G20 Social, que foi anunciado Presidência do Brasil durante a 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do G20, em Nova Délhi, na Índia, quando o País assumiu simbolicamente a presidência do bloco.

TEMAS ANALISADOS NO ENCONTRO

  • Combate à fome, à pobreza e à desigualdade;
  • Mudanças climáticas, transição energética e desenvolvimento sustentável;
  • Reforma do sistema de governança global; inclusão e diversidade;
  • Inovação e futuro do mundo do trabalho.

COP30

A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) acontecerá em novembro de 2025, pela primeira vez em uma cidade amazônica, Belém,  capital do Pará.  Promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a COP visa reunir as lideranças de diversos países, organizações não governamentais (ONGs), cientistas, especialistas em clima e outros agentes da sociedade civil para discutir formas de desacelerar as mudanças climáticas e amenizar os impactos já causados.

Dicas de Leitura: Preservando a biodiversidade da Amazônia: implicações pedagógicas

Com o tema Preservando a biodiversidade da Amazônia: Implicações pedagógicas para a coexistência harmoniosa, a sustentabilidade e a cidadania global, artigo de autoria das doutoras Namrata Sharma e Tamy Kobashikawa faz uma análise das atividades educacionais do Instituto como um espaço não formal de aprendizagem para a cidadania global.

O estudo foi publicado na edição de maio da Revista Científica ZEP, uma das mais conceituadas dedicada à Pedagogia, e ganhou destaque nas Conferências Internacionais nas áreas de Educação e Cidadania Global.

A publicação também examina as múltiplas contribuições da Instituição para a sustentabilidade, englobando aspectos como a preservação da biodiversidade na região amazônica; apoio ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por meio do HUB ODS Amazonas; o uso da Carta da Terra como uma estrutura ética; e relevante visão do fundador para a coexistência harmoniosa de todas as formas de vida.

De acordo Sharma buscou-se apresentar um exemplo do trabalho crítico  do que vem sendo feito por organizações não governamentais (ONGs) como atores chave nos campos da sustentabilidade e da educação global.  Como estudo de caso avaliou as ações educações realizadas no Instituto Soka Amazônia que trazem como referência à Carta da Terra Internacional.

A Revista ZEP ( Zeitschrift für Internationale Bildungsforschung und Entwicklungspädagogik) é uma das mais antigas publicações científicas dedicadas a refletir sobre os desenvolvimentos sociais (globais) como um desafio para a educação. Em edições especiais, traz a opinião de pesquisadores sobre globalização, educação, aprendizagem e desenvolvimento, bem como sobre os desafios decorrentes da cooperação acadêmica.

Belém recebe exposição internacional com iniciativas práticas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

A mostra “SEMENTES DA ESPERANÇA E AÇÃO: Transformando os ODS em Realidade”, já vista por mais de 1,5 milhões de pessoas em vários países, será exibida na capital paraense a partir do Dia Mundial do Meio Ambiente

Em meio ao intenso debate sobre as mudanças climáticas, a capital paraense e sede da COP-30, recebe neste mês de junho a exposição internacional Sementes da Esperança e Ação, que apresenta maneiras práticas para transformar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em realidade. 

Promovida pelo Instituto Soka Amazônia e a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc),  Sementes da Esperança e Ação é uma realização conjunta da Soka Gakkai Internacional e Carta da Terra Internacional e foi exibida durante a COP 26, em Glasgow na Escócia. A mostra já percorreu algumas cidades brasileiras (como Manaus e São Paulo) e diversos países como México, França, Japão, Índia, entre outros, euas edições anteriores estiveram nas Conferências Rio+10 e Rio+20.

A exposição integra os eventos oficiais da Secretaria da Estado de Educação do Pará (Seduc) em comemoração ao Dia do Meio Ambiente e teve sua abertura oficial na manhã do dia 5, na sede da Seduc, onde permanece até o dia 7 de junho, com entrada gratuita, priorizando os educadores e gestores escolares como multiplicadores do conhecimento.  Do dia 10 a 16 de junho estará aberta para visitação pública no Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Pará (Cefor) e nos dias 18 e 19 será exibida no Encontro Youth (Y20), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.

 diretoria executiva da Carta da Terra Internacional, Mirian Vilela, em mensagem enviada especialmente para inauguração da mostra, destacou a importância dessa iniciativa  chegar a capital da COP30 seguindo o compromisso de sensibilizar, inspirar e engajar a população para o alcance dos ODS, especialmente os jovens. E sugere: “que tal que esta seja a geração conhecida por ter tomado consciência e começado a cuidar do planeta?”

 

Estiverem presentes na abertura da exposição, o Secretário de Educação do Estado do Pará, Rossieli Soares, e o presidente e vice-presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Gonçalves e Milton Fujiyoshi.

Consciência e Ação

O fio condutor da exposição passa pelos fundamentos da Agenda 21 – INSPIRAR, APRENDER, REFLETIR, EMPODERAR E AGIR/LIDERAR – destacando o potencial humano para transformação. 

Com ênfase na AÇÃO, a mostra é um convite aos visitantes para uma reflexão enquanto membros de uma mesma família humana e planetária, apresentando a busca pela coexistência harmônica entre o ser humano e meio ambiente como caminho para o real desenvolvimento sustentável. 

Ao retratar cidadãos de diferentes culturas, a exposição aborda o desafio de superar os conflitos decorrentes da discriminação. “Todos são diferentes – cada um de nós tem suas próprias ideias e soluções únicas que podem transformar uma sociedade inteira, a começar por nós mesmos, nossa família e amigos” é a mensagem de um dos painéis.

 

AGENDA Belém-PA

Dia 5 de junho, 8h30 – Entrada Gratuita – Abertura da Exposição Semente da Esperança e Ação

Local: Sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC)

De 05 a 07 de junho, das 8h às 17h – Visitação por Educadores e Gestores Escolares

Local: Sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC)

De 10 e 16 de junho, das 8h às 17h – Visitação Pública – Entrada Gratuita

Local: Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará.

Dias 18 e 19 de junho, horário a confirmar – Encontro Youth (Y20)

Local: Hangar Centro de Convenções da Amazônia

DADOS DA EXPOSIÇÃO 

  • Foi traduzida para seis idiomas e visitada por mais de 1,5 milhão de pessoas em mais de 24 países e territórios.
  • É a versão atualizada da exposição Sementes da Esperança: Visões da Sustentabilidade, passos em direção à mudança, lançada em 2010, e exibida em 2012, na Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro. 
  • Teve exibições em importantes eventos e locais: Palácio de Haia, na Holanda; Centro para a Educação Ambiental da Índia; Conferência Anual da NGO do Departamento de Informações Públicas das Nações Unidas em Bonn; Olimpíada da Juventude, em Cingapura; na Rio+20, entre outros. 
  • Sucede a mostra Sementes da Mudança: a Carta da Terra e o Potencial Humano (lançada na Conferência Mundial de Desenvolvimento Sustentável em 2002, em Johanesburgo, África do Sul) e que já teve exibições em Belém, Ananindeua, Santarém, Oriximiná e Juruti, no Estado do Pará.  

Confira a programação de atividades alusivas ao Dia do Meio Ambiente

No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Ao longo do mês de junho, o Instituto Soka Amazônia promoverá e participará, com empresas e instituições parcerias, de uma série de ações e eventos alusivos a data, visando ampliar a conscientização e sensibilização para ações de proteção do meio ambiente.

Acompanhe essas e outras realizações pelo Faceboook e Instagram.

28 e 29 de maio
Academia Ambiental para Tutiplast
Insituto Soka Amazônia/RPPN Dr. Daisaku Ikeda

Os estagiários e jovens aprendizes dos programas  Geração T e Rocket 30 da indústria Tutiplast participam de uma Academia Especial na RPPN Dr. Daisaku Ikeda. A programação inclui palestras sobre sustentabilidade  e trilhas educativas do programa Academia Ambiental 

28 e 29 de maio
3 de junho
Palestra sobre ODS 6: Água e Saneamento para Todos (Breitener Energética)
Auditório UTE Tambaqui/Breitener Energética

O coordenador de Educação Ambiental do Instituto Soka Amazônia, Jean Dinelli Leão, ministrará palestra sobre o ODS 6 no evento promovido pela  Breitener Energética alusiva ao Dia do Meio Ambiente.  A palestra será transmitida online para colaboradores do grupo CEIBA Energy Brasil/Breitener/Jandaia Energia

3 de junho
04 de junho
Academia Ambiental para Samsung Eletrônica
Insituto Soka Amazônia/RPPN Dr. Daisaku Ikeda

Colaboradores da indústria Samsung participam de uma Academia Ambiental Especial na RPPN Dr. Daisaku Ikeda. A programação inclui palestras sobre sustentabilidade  e trilhas educativas do programa Academia Ambiental 

04 de junho
05 de junho DIA DO MEIO AMBIENTE 1º Aniversário da Filiação do Instituto Soka Amazônia à Carta da Terra Internacional
Abertura da Exposição "Sementes da Esperança e Ação"
Edifício-Sede da SEDUC-PA

Em celebração ao Dia do Meio Ambiente, mostra internacional é aberta  em Belém/PA, a convite da  Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc-PA). 

05 de junho DIA DO MEIO AMBIENTE 1º Aniversário da Filiação do Instituto Soka Amazônia à Carta da Terra Internacional
05 de junho DIA DO MEIO AMBIENTE 1º Aniversário da Filiação do Instituto Soka Amazônia à Carta da Terra Internacional
Academia Ambiental Especial Dia do Meio Ambiente
Insituto Soka Amazônia/RPPN Dr. Daisaku Ikeda

Duas turmas de alunos da Escola Municipal Francisco Guedes assistem a palestras e percorrem trilhas educativas na RPPN Dr. Daisaku Ikeda

05 de junho DIA DO MEIO AMBIENTE 1º Aniversário da Filiação do Instituto Soka Amazônia à Carta da Terra Internacional
05 a 07 de junho
Exposição Sementes da Esperança e Ação
Edifício-Sede da SEDUC-PA
A mostra internacional Sementes da Esperança e Ação: Tornando os ODS uma Realidade será exibida na sede da SEDUC, em Belém/PA, exclusivamente para educadores e Gestores Escolares
05 a 07 de junho
05 a 07 de junho
3ª Mostra Sustentável Manaus Verde
Centro de Convenções Plaza Shopping
Em seu stand o Instituto Soka apresentará seus principais projetos e ações e exibirá pequena mostra de sementes de algumas árvores nativas da Amazônia são cultivadas no Berçário Florestal. O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas/Manaus)
05 a 07 de junho
06 de junho
Plantio de Árvore na Escola
E.M. Dr. Olavo das Neves, Manaus-AM
Em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, Instituto doa 8 mudas de árvores nativas à E.M. Dr. Olavo das Neves. O objetivo é contribuir com a conscientização do alunos e toda comunidade escolar sobre o benefício ecológico das árvores e a importância de escolas mais 'verdes'.
06 de junho
08 de junho
Participação no GOMI ZERO (Lixo Zero)
O Instituto Soka Amazônia doa 100 mudas de espécies nativas da Amazônia para celebrar o Dia do Meio Ambiente no Gomi Zero (Lixo Zero), evento promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Nipo-Brasileira do Amazonas
08 de junho
10 a 16 de junho
Exposição Sementes da Esperança e Ação
CEFOR - Rua Gama de Abreu, 256, bairro Campina. Belém/PA
Exposição será aberta ao público, das 8h às 17h, no Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará, na cidade de Belém/PA
10 a 16 de junho
13 de juno às 18h
Palestra Importância do ESG
Senac-AM - Unidade Cidade Nova
O coordenador de Educação Ambiental do Instituo Soka Amazônia, Jean Dinelli Leão, é o convidada da programação do Senac para o mês do Meio Ambiente
13 de juno às 18h
18 a 19 de junho
Encontro Youth (Y20)
Hangar Centro de Convenções. Belém/PA
Exposição Sementes da Esperança e Ação: Tornando os ODS em Realidade foi convidada a ser exibida nesse evento.
18 a 19 de junho

Observação de aves:  conhecimento e proteção da biodiversidade nas Reservas da Biosfera

Instituto Soka Amazônia participa do Global Big Day com ação dedicada à Reserva da Biosfera Amazônia Central

 
por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia 

Na mesma semana em que se comemora o Dia das Árvores Migratórias (13 de maio) foi realizado o Global Big Day, jornada  mundial de observação de aves. Em 24 horas, pessoas de todas as idades observaram e registraram aves que avistaram em suas cidades, contribuindo assim para ampliar o conhecimento sobre a variedade de espécies nas várias regiões do Planeta.

A iniciativa, criada em 2002 pela Universidade Cornell, incentiva a população a conhecer mais sobre a biodiversidade de sua localidade. Como prática de Ciência Cidadã as jornadas de observação estimulam o envolvimento e engajamento dos participantes na preservação da biodiversidade.

O Instituto Soka Amazônia, dentro da parceria com a Universidade do Estado do Amazonas, recebe jornadas de observação de aves organizadas pelo Vem Passarinhar Manaus na  Reserva de Patrimônio Natural RPPN Dr. Daisaku Ikeda,  que tornou-se pontos de observação de aves registrado na plataforma e-Bird.

Com  participação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Soka Amazônia, Museu do Amazonas (MUSA), Instituto Mamirauá, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e grupo Vem Passarinhar Manaus, o  Global big Day irá potencializar, neste ano, os registros de espécies da avifauna avistadas na Reserva da Biosfera da Amazônia Central, com apoio da UNESCO.

As aves visualizadas no dia  serão registradas na plataforma e-Bird, contribuindo para ampliar conhecimento de espécies com incidência na Amazônia Central. Dados como esses são de relevância para estudos sobre comportamento de espécies,  efeitos das mudanças climáticas e impacto da poluição sobre biodiversidade.

Foto: Erika Hingst-Zaher (cedida pelo pesquisador). Jornal da USP

É o caso da andorinha azul (Progne subis) – ave migratória que se descola  dos Estados Unidos e Canadá  para a Amazônia  – cuja pesquisa do biólogo Jonathan Maycol Branco, do Instituto de Biociência da USP, apontou  diminuição da população em  decorrência de contaminação por mercúrio na Amazônia. De acordo com o biólogo, o mercúrio detectado nas penas das aves afeta diretamente a capacidade da espécie de se deslocar em vôos em grandes distâncias. Para o especialista, é algo realmente preocupante em se tratando de aves migratórias pois elas necessitam ter grandes reservas de gordura, sua unica fonte de energia durante o processo migratório.    

Reservas da Biosfera união para preservação

Otimizar a convivência homem-natureza é um dos focos das ações propostas para as Reservas da Biosfera, conceito criado pela Unesco na década de 1970.

Na prática é uma área designada que favoreça a descoberta de soluções para problemas como o desmatamento das florestas tropicais, desertificação,  a poluição atmosférica, o efeito estufa e tantos outros. Atualmente, existem 738 Reservas da Biosfera classificadas em 134 países. O Brasil contempla sete: Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Serra do Espinhaço e Amazônia Central, criada em 2001.

Fonte: ReservasdaBiosfera.org

O Instituto Soka Amazônia contribui significativamente para a Reserva da Biosfera Amazônia Central, com ações de apoio a pesquisas científicas, educação socioambiental e conservação da biodiversidade, promovendo a coexistência harmônica entre homem e natureza

Benefício às pessoas, biodiversidade e à Ciência

A prática de observação de aves traz diversos benefícios à saúde de seus praticantes; Ouvir a vocalização de pássaros, por exemplo, pode trazer ganhos para a saúde mental, diminuindo o estresse e ajudando em casos depressivos, como demonstrou pesquisa divulgada em 2022 pelo Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College Londres. Segundo o estudo os efeitos podem durar  por até oito horas.  Embora novas pesquisas devam distinguir esses efeitos considerando sons gravadas ou reais, outros estudos apontaram benefícios para a saúde integral por caminhadas e permanências em áreas verdes ou florestais. Para o experiente observador de aves da Amazônia, Pedro Nassar, as jornadas de observação de aves promovidas pelo Vem Passarinhar Manaus e o Global Big Day traduzem bem esses ganhos:  ” são oportunidades excelentes par se integrar a grupos de pessoas apaixonadas pela natureza. É um estilo de vida saudável e de quebra a gente contribui para a ciência”. A bióloga e co-fundadora do Vem Passarinhar Manaus, Bruna Kathlen da Silva, considera gratificante práticas de Ciência Cidadã como essas: “É muito especial ver pessoas de todas idades admirar as aves e entender a importância delas e, principalmente, como podemos protegê-las e ao meio ambiente para continuarmos existindo”.

Fontes:
Unesco e a Rede Brasileira de Reservas da Biosfera
Jornal da USP : Contaminação de mercúrio da Amazônia em aves migratórias
Ver ou ouvir pássaros melhora a saúde mental

 

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Educação e sabedoria dos povos Indígenas em favor da proteção da Amazônia

por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia

Durante muito tempo, o dia 19 de abril era celebrado como Dia do Índio. Mas, desde 2022, a data mudou de denominação para Dia dos Povos Indígenas.

A professora indígena, Sidneia Piratapuya, do povo Pira-tapuya, explica que a expressão “índio” sempre foi um grave equívoco criado dentro de uma visão estereotipada: “Somos vários povos. Foi uma luta de muitos anos para essa mudança. Essa data, o Dia dos Povos Indígenas, é uma conquista e soa muito reflexiva para que, principalmente, a sociedade não-indígena reconheça esses povos, sua existência e resistência”

A educadora alerta para o preconceito ainda existente em nossa sociedade, fruto da história colonizadora, que considera o indígena como selvagem, sem inteligência, sem alma, preguiçosos e incapazes. “É preciso ‘decolonizar’ esses pensamentos e mudar essa visão”, afirma.

A doutoranda em História e coordenadora do Movimento Estudantil Indígena do Amazonas, Isabel Munduruku, concorda. Para ela a mudança de nome da data faz jus a grande diversidade étnica e cultural dos povos originários no País. “Somos vários. Essa denominação diz respeito a uma reivindicação de existência que nós temos nesse país e da nossa própria ocupação”.

Isabel destaca a importância dos povos indígenas na preservação da própria floresta. “A gente tem afirmado que a Amazônia foi plantada pelos povos indígenas. E isso é uma coisa muito importante de se levar em consideração pois diz respeito da nossa relação com ela também”.

O fundador do Instituto Soka Amazônia, Daisaku Ikeda, em discurso durante a Conferência Internacional Amazônia no Terceiro Milênio: Atitudes Desejáveis, realizada em 1999, sinalizou a necessidade de harmonizar o desenvolvimento sustentável com a defesa da Amazônia como a Casa da Vida e considerando os saberes ancestrais dos povos nativos:

“A sua herança nos ensina que o céu, a terra, os pássaros, os animais e também o homem mantêm um perfeito inter-relacionamento e respiram igualmente como se fossem um único corpo. Eles nos ensinam a ver a Terra como uma única grande vida”, afirmou Ikeda.

O Instituto Soka Amazônia, organização fundada por Ikeda, atua pela conservação e educação ambiental. Entre suas iniciativas estão plantios de espécues nativas acompanhado de troca de conhecimentos com comunidades indígenas e ribeirinhas.

Como organização filiada à Soka Gakkai e Carta da Terra Internacional atua dentro dos valores da Carta da Terra de cuidado com a Comunidade da Vida e pela Justiça Social e Econômica.

A proteção da Amazônia e de sua biodiversidade, é tratada pela instituição sob o necessário olhar de respeito à dignidade da vida.

Na semana comemorativa ao Dia dos Povos Indígenas,  a coordenadora do Movimento Estudantil Indígena do Amazonas, Izabel Munduruku, e a educadora indígena  Sidneia Piratapuya, representante do Fórum de Educação Escolar e Saúde Indígena do Amazonas, compartilharam suas vivências e visões sobre o real sentido da proteção da floresta para os seus povos e a importância e os desafios das novas gerações indígenas quanto à educação. Leia a seguir: 

Isabel Munduruku, doutoranda em História pela UFAM  e coordenadora do Movimento Estudantil Indígena do Amazonas

Como os jovens indígenas estão se engajando para a valorização da sua identidade ética e a cultura de seu povo?

No Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas a gente tem reforçado muito isso e a importância de nossa presença nas universidades. Temos pautado o conhecimento tradicional dos povos indígenas junto com o conhecimento ocidental, de maneira intercultural. 

E é uma interculturalidade crítica onde a gente, a partir do conhecimento ocidental, articula formas de aplicar esse conhecimento tradicional que a gente aprendeu desde criança nas comunidades. Esses conhecimento e  culturalidade podem promover um bem viver coletivo, não só os povos indígenas, mas também para outros povos que habitam a Amazônia.

Como se dá esse resgate às origens por esses jovens e de que maneira contribuem para transmissão desse conhecimento?

Nossa presença dentro do espaço acadêmico é de profunda grandiosidade porque somos nós que estamos escrevendo e reescrevendo as nossas histórias e estamos reafirmando nossas identidades através desses escritos. Estamos, portanto, refazendo processos que, muitas vezes, nos colocam no apagamento.

A presença de estudantes indígenas nas Universidades, de uma certa maneira, está fazendo uma salvaguarda na proteção da memória dos povos indígenas. Temos escritos nossas teses sobre nossas culturas e as nossas tradições e como essas tradições também são tecnologias para proteção da qualidade de vida da Amazônia.

Como garantir a proteção da Amazônia na perspectiva dos povos indígenas ?

A proteção da Amazônia deve ser pensada de maneira articulada não enquanto uma responsabilidade que os povos indígenas tenham que garantir, mas entender a importância que os povos indígenas têm na proteção, tendo em vista que essa é uma missão e um dever de povos indígenas, dos povos ribeirinhos, de quilombolas, dos não-indígenas e da sociedade civil como um todo. Isso porque a Amazônia é garantia da nossa biodiversidade, do nosso território e da própria qualidade de vida das populações de todo o território brasileiro.

Como os povos indígenas compreendem a floresta e o território?

A nossa relação com o território é recíproca porque a gente não compreende o território enquanto um meio fora da gente. Nós somos o território e o território somos nós. 

Desta maneira, no momento em que o território está sendo explorado ou maltratado nessa exploração dentro da lógica de capitalização – através da exploração do ouro, da extração ilegal  de madeira e tantas outras formas de explorar o território – a gente entende como a exploração do nosso próprio corpo, enquanto corpos indígenas. Então a relação que temos com o território é uma relação de vida e de compreender enquanto parte do próprio ecossistema.

O que, na sua visão, tornaria mais efetivas as iniciativas de proteção ambiental?

A gente também tem uma visão muito crítica como se pensa muitas vezes a lógica da proteção ambiental como recurso natural. A gente não lida com o território ou com a Amazônia como recurso, pois quando se pensa em recurso automaticamente já está partindo para uma premissa de capitalização. E isso é muito problemático. 

É preciso tratar a partir dessa relação recíproca, onde o território garante a vida e a gente também tem essa responsabilidade de garantir a vida do território.

Sidneia Piratapuya, do povo Pira-tapuya, falante da língua indígena Tukano.  É professora da rede escolar pública e especialista em gestão escolar

Na visão indígena o que é proteger a Amazônia?

Para nós indígenas e, para mim como Pira-tapuya, proteger a Amazônia é proteger nossa terra. E não só a nossa terra, mas todas as vidas e natureza que estão dentro do território chamado Amazônia. Para nós defender é amar essa Amazônia; é conservar e manter o Rio Amazonas e todos os afluentes principais, o rio Solimões, o Rio Madeira, o Rio Negro, o Rio Japurá. 

Todos esses afluentes importantes que, na nossa visão, estão sendo contaminados pela exploração de minérios trazidos por grandes empresas que vão destruindo e contaminando não só a água que bebemos, mas também a terra e as pessoas que têm essa ligação com essa terra e com essa água.

Por isso nossa defesa pela Amazônia. Mas, defender não é só pelas pessoas que vivem na Amazônia, é sim pelos que vivem no Brasil e no mundo todo, porque precisa desse ar. Porque em outros países não tem mais uma floresta original e intacta. Então defendemos por tudo isso, por todas essas vidas do mundo todo.

Pela sua experiência, como professora e aluna indígena, qual deve ser o diferencial da educação indígena?

A política de educação escolar indígena é muito importante e o Estado brasileiro precisa entender sua importância. Porque nós indígenas não precisamos só conhecer as coisas da sociedade branca, precisamos fortalecer nossa cultura e os nossos conhecimentos tradicionais e fortalecê-los e também dominar esses conhecimentos da sociedade não-indígena e, assim, nos interagir com a sociedade.

Como a educação pode ajudar na valorização da identidade indígena?

Se o jovem se apegar só aos conhecimentos da sociedade não-indígena, enfraquece nossa gente e perde nossa língua e nossa cultura. Daí a importância que a educação escolar indígena seja implementada nas comunidades evitando que esses grupos étnicos saiam de suas aldeias e não voltem. 

Nos deparamos com estudantes que saem das aldeias para fazer faculdade em outras localidades e criam problemáticas, porque eles saíram dos seus territórios para se deparar com outras realidades que não a sua. Essa também foi minha realidade. É nesse sentido que a educação diferenciada e de qualidade é importante para nós.

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