Diante da grave estiagem e seca na bacia dos rios da região amazônica nos últimos dias, o Dia Mundial da Natureza (3 de outubro) e Dia Mundial dos Animais (4 de outubro) ganham contornos de emergência climática.
Acometida por dois fenômenos climáticos simultâneos, a região enfrenta, nos últimos dias, situação dramática do ponto de vista ecológico e social, com perdas significativas para a biodiversidade e para população ribeirinha cuja sobrevivência está diretamente relacionada aos rios e a floresta.
O Instituto Soka Amazônia manifesta seu profundo pesar pelas vítimas da comunidade do Arumã, em Beruri, no interior do Amazonas, e demais comunidades ribeirinhas que sofrem os efeitos desse evento climático extremo. Manifesta também solidariedade e apoio às equipes de técnicos do Instituto Chico Mendes (ICMBIo) e do Instituto Mamirauá pelo trabalho de monitoramento da água e resgate de botos da região de Tefé/AM.
Diante da previsão de estiagem prolongada, vale o alerta para aumento na incidência de queimadas e incêndios florestais. Tais ocorrências não só agravam a situação do clima, como tem ameaçado espécies, algumas em risco de extinção, e provocado sérios problemas de saúde à população.
O Rio Negro tem registrado uma acentuada e acelerada queda em seu volume – maior que o índice registrado na seca histórica de 2010, segundo Agência Nacional das Águas (vide gráfico). E as previsões é que o período seco se estenda até o início de 2024.
AÇÕES NA SEDE DO INSTITUTO – RPPN DR. DAISAKU IKEDA
ATIVIDADE DA ACADEMIA AMBIENTAL: Em virtude da previsão de altas temperaturas para essa quarta-feira (4), e por recomendação da Secretaria Municipal de Educação, foi suspensa a atividade programada para a Academia Ambiental nesta semana.
NIVEL DO RIO NEGRO A equipe do Instituto Soka tem monitorado diariamente o trecho do Rio Negro que margeia a RPPN Daisaku IKeda e está alerta a comunicar ocorrências às autoridades competentes.
IMPACTO NA VEGETAÇÃO DA RESERVA Medidas tem sido realizadas na área florestal para minimizar os impactos da seca sobre a vegetação e na produção de mudas de espécies nativas da RPPN. Plantios que estavam programados para setembro/outubro estão sendo adiados para o período com condições climáticas mais adequadas.
IMAGENS REGISTRADAS NO ÚLTIMO DIA 03 DE NOVEMBRONA RRPN DR. DAISAKU IKEDA
O Instituto Soka Amazônia agradece o contínuo apoio recebido de doadores e parceiros, o que permite dar continuidade ao trabalho de proteção, educação ambiental e apoio a pesquisa científica, visando a proteção da biodiversidade amazônica.
Todos os anos, milhares de estudantes celebram o Dia da Árvore com o tradicional plantio simbólico.
O Instituto Soka Amazônia decidiu envolver nessa celebração o público adulto de uma maneira especial: sensibilizá-los por meio de vivências de resgate às relações com a natureza e de ampliação do conhecimento sobre a importância das árvores amazônicas.
Na manhã escaldante do dia 21 de setembro, em Manaus, foi realizado um encontro na sede do Instituto Soka Amazônia, na Reserva Particular de Proteção Natural – RPPN Daisaku Ikeda, com objetivo de proporcionar uma experiência imersiva a colaboradores e voluntários de empresas que apoiam os projetos de educação ambiental, conservação da natureza e pesquisa científica do Instituto.
Participaram colaboradores das empresas Aegea/Águas de Manaus, Breitener Energética, Tutiplast, Musashi e Gaia Eco, todas com operações na cidade de Manaus, e professores e alunos da Universidade do Estado do Amazonas, uma das instituições de ensino parceiras do Instituto.
A árvore é um símbolo universal da vida e, não a toa, é representada na logomarca do Instituto Soka, como destacou o vice-presidente do Instituto Soka, Milton Fujiyoshi. As raízes dessa árvore representam os valores humanistas do fundador, Dr. Daisaku Ikeda, e os princípios da Carta da Terra, ao passo que o tronco são pessoas e parcerias, e as folhas são as ações e projetos realizados em conjunto, segundo ele. “Mas o que garante a perenidade dessa árvore e da floresta, são as sementes que representam a conscientização e a transmissão do conhecimento, que o Instituto deseja expandir em prol da proteção da Amazônia e do meio ambiente”, ressaltou
Os benefícios do maior contato com a natureza para a saúde física e mental foram mencionados pela coordenadora de Comunicação do Instituto Soka Amazônia, Dulce Moraes, que é pesquisadora com Mestrado em Urbanismo Biofílico. Ela pontuou evidências de que experiências biofílicas – como observar paisagens naturais, ouvir os sons de aves podem melhoram a concentração, criatividade e diminuir o estresse. A pratica diária de “banho de floresta” – que consiste em permanecer em ambiente com árvores por alguns minutos – mostrou-se como fator de melhora no sistema imunológico, saúde cardiovascular e em quadros de ansiedade, segundo alguns estudos.
Os convidados tiveram momentos de contemplação da paisagem natural e do Encontro das Águas no Mirante do Instituto, onde puderam compartilhar em grupo suas memórias e significados individuais sobre as árvores. Mel Farias, colaboradora da empresa Água de Manaus, relembrou o significado ancestral das árvores para o povo Mura, da qual é descendente. As árvores para o povo Mura e outros etnias indígenas podem representar a presença de um ente falecidos e antepassados.
No Laboratório do Instituto, o s participantes realizaram a quebra de dormência das sementes da árvore paricá (Schizolobium amazonicum) e assistiram a uma aula sobre a riqueza da biodiversidade amazônica e suas sementes, com coordenador de proteção da natureza, Rodrigo Izumi.
Durante o percurso em uma trilha, sob orientação da professora da UEA e Mestre em Ecologia, Katel Uguen, os participantes experienciaram na prática o processo de identificação botânica e conheceram as características ecológicas e culturais de algumas espécies da Reserva, como sumauma (Ceiba pentranda), castanheira (Bertholletia excesea), ipê-amarelo (Androanthus serratifolia), orelha-de-macaco (Enterolobium schomgburkii), buriti (Mauritia flexuosa), louro-do-igapó (Nectandra amazonum), paricarana (Albizia subdimidiata) e caripé (Couepia paraensis).
Os convidados também tiveram a oportunidade de semear mudas de paricá e plantar algumas espécies para a recomposição da mata de igapó dentro da RPPN Dr. Daisaku Ikeda.
Com essa vivência biofílica e de educação ambiental, o Instituto Soka Amazônia envolveu empresas parceiras do Distrito Industrial de Manaus, destacando a importância vital das árvores amazônicas e fortalecendo os laços entre a comunidade e o meio ambiente.
Essa ação se alinhada aos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU:
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Havaí, Canadá, Grécia, Austrália e muitas outras regiões do mundo vêm enfrentando incêndios florestais de grandes proporções nos últimos meses. Essa triste realidade noticiada diariamente confirma os alertas de estudos sobre o crescimento da ocorrência de incêndios florestais, por conta das mudanças climáticas e do uso da terra.
Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado em 2022, sinaliza que, se nada for feito, haverá um aumento global de incêndios extremos na ordem de 14% até 2030; 30% até o final de 2050; e 50% até o final do século.
Além de vitimar diretamente várias vidas humanas e a biodiversidade, essas tragédias ambientais provocam impactos globais, afetando inclusive quem está a quilômetros de distância de florestas.
A origem dos incêndios pode ser, ocasionalmente, por fenômenos naturais, como raios e vulcões, mas, na grande maioria das vezes, é a ação humana a causa das ocorrências, o que poderia ser evitável.
Realidade amazônica
No Brasil, foram detectados por satélite 58.670 focos de incêndio entre os dias 1º de janeiro e 23 de agosto deste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O bioma mais afetado é a Amazônia com 45,2%, seguido pelo Cerrado (39%) e a Mata Atlântica (9%). Os municípios que mais registraram focos de queimadas, neste período, foram, respectivamente, Altamira, no Pará, e Apuí, no Amazonas.
Para a engenheira ambiental Alana Rosas, Supervisora Ambiental no Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), os focos de incêndios registrados na região amazônica são decorrentes, principalmente, da prática de queimadas para fins de atividade agropecuária ou invasões em áreas rurais e urbanas. Além de criminosas, tais ações demonstram falta de visão de longo prazo, na avaliação da especialista.
A mudança na forma de uso da terra, segundo Alana, pode contribuir para evitar crimes ambientais na Amazônia se for considerada a vocação econômica da região, pautada na sustentabilidade e nos principais ativos relacionados à preservação da biodiversidade.
A especialista exemplifica como é possível preservar 80% da área florestal de uma propriedade e ainda ser produtivo nos 20% restantes:
“De acordo com a Lei 12.651/2012, todo imóvel rural deve manter uma área com cobertura de vegetação nativa, denominada Reserva Legal. Essa área, localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, terá a função de garantir o uso econômico dos recursos naturais do imóvel rural de forma sustentável, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos, promover a conservação da biodiversidade, bem como abrigar e proteger a fauna silvestre e a flora nativa”.
Importante saber que a dimensão mínima dessa área, em termos percentuais relativos à área do imóvel, dependerá de sua localização. “É possível implementar modelos produtivos mais sustentáveis e ecologicamente viáveis, como o modelo agroflorestal, nessas áreas”, sugere.
Em resumo, a mudança na visão sobre o uso da terra ajuda a evitar a principal causa de incêndios florestais no território amazônico.
Outro fator associado à propagação dos incêndios é o clima seco e as temperaturas elevadas, combinados com a diminuição das chuvas e a ação dos ventos, que ampliam a propagação das chamas.
Por essa razão, é necessário que todos se conscientizem sobre a gravidade dessa tragédia ambiental e como evitá-la. Veja como:
Danos das queimadas ao Meio Ambiente e à população
Destruição Ambiental e dos Biomas: A perda significativa de biodiversidade, tanto da fauna quanto da flora, desencadeia desequilíbrios ambientais, empobrece o solo e acelera processos de desertificação.
Chuva Ácida: A fumaça e a emissão de gases poluentes afetam a saúde humana em várias regiões, podendo ter impactos na produção agrícola devido à chuva ácida resultante.
Saúde Humana: O contato com gases e fumaças resultantes provoca um aumento de doenças respiratórias como rinites, asmas, sinusites, bronquites e alergias.
Prejuízos Econômicos: Há riscos de acidentes e perdas patrimoniais decorrentes dos incêndios.
Risco à Navegação e Aviação: A fumaça prejudica a visibilidade, afetando o tráfego de veículos e aeronaves.
Agravamento do Aquecimento Global e Efeito Estufa: A destruição das florestas impacta nas nascentes e influencia os ciclos das chuvas, contribuindo para o aumento do nível dos oceanos e o derretimento das calotas polares.
Como ajudar a evitar Incêndios Florestais
Denuncie Incêndios: Ao identificar um foco de incêndio, comunique imediatamente os órgãos competentes, como os bombeiros, a polícia ambiental e os órgãos de proteção ambiental do estado e município.
Evite as Causas: Não solte balões e evite descartar cigarros ou materiais em chamas próximo a áreas florestais, pastagens e estradas.
Controle Fogueiras: Evite acender9 fogueiras em áreas de acampamentos ou próximas à vegetação para evitar o alastramento das chamas.
Descarte Consciente: Não queime móveis ou lixo, além de ser prejudicial à saúde, as fagulhas podem ser carregadas pelo vento e causar incêndios em outras regiões.
Lembre-se de que a prevenção e a ação consciente são fundamentais para proteger nosso meio ambiente e garantir a segurança de todos.
O Instituto Soka Amazônia trabalha em seus projetos para ampliar a sensibilização e conscientização para preservar o meio ambiente.
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Muitas são as percepções e sensações que se pode ter em caminhadas em unidades de conservação ou áreas florestais. Reconhecer os variados sons e aromas ou apenas observar diversas formas de vida na paisagem natural já trazem muita informação e saberes.
Mas o conhecimento proporcionado por essa experiência pode ser ampliado e trazer mais compreensão sobre a floresta e as relações ecológicas, com a técnica de interpretação ambiental, um método de aprendizagem utilizado em trilhas educativas ou interpretativas.
Quem visita ou participa dos programas educativos do Instituto Soka Amazônia já usufruem dessa experiência em trilha pela Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda (RPPN Daisaku Ikeda), localizado em frente ao Encontro das Águas.
Parte do aprendizado é obtido nas monitorias e atividades propostas ao longo desses caminhos. Outro recurso disponível, encontrado ao longo das trilhas, enriquece mais experiência: as placas interpretativas.
Nesses painéis estão sintetizados dados relevantes e, até surpreendentes, de cada trilha, como relevo, vegetação, temperatura, características do solo, informações sobre biodiversidade e até dados históricos.
O fato curioso sobre os painéis é que foram desenvolvidos a partir de outra enriquecedora experiência de aprendizado. Na verdade, eles são resultado de um projeto realizado por pesquisadores do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), com alunos de Ciências Biológicas, e pesquisadores e equipe do Instituto Soka Amazônia.
Jean Dalmo de Oliveira Marques, doutor em Ecologia e professor do IFAM e que orientou o trabalho, explica que as trilhas na Reserva já existiam e eram utilizadas por equipes de manutenção ou para simples visitações. Com a aplicação da interpretação ambiental a experiência do visitante foi aprimorada, dando-se acesso a informações essenciais para completar a aula ou o passeio.
“Demos um novo olhar para aquelas trilhas e, hoje, as placas interpretativas orientam os visitantes, inclusive sobre o nível de dificuldade, extensão da trilha, acessibilidade, tempo estimado de duração da caminhada”, conclui.
O projeto fez parte da cooperação técnica firmanda entre o IFAM e Instituto Soka Amazônia e resultou na publicação do Guia para instrumentalização de trilhas interpretativas numa perspectiva de ensino e aprendizagem, importante manual para interessados em Gestão Ambiental e Ecologia da Amazônia.
Jean Dalmo destaca a relevância do Instituto Soka para experiências como essa. Para ele, a RPPN Dr Daisaku Ikeda, uma unidade de conservação sustentável de 52 hectares, é mais que ideal para ser estudada e conhecida, sendo um bem sucedido exemplo de mata amazônica em plena recuperação.
O pesquisador destaca outros motivos para o local ser boa opção para estudos e pesquisas sobre o bioma amazônico. “A RPPN está localizada em um ponto estratégico e contem elementos preciosos, como a terra-preta-de-índio, falésia, formação litológica, ruínas históricas, às margens do Rio Negro e a vegetação nativa em franca recuperação”, comenta Jean Dalmo.
Com 21 anos de docência, Jean Dalmo relata que conheceu Instituto Soka em sua busca por ambientes propícios para completar o processo ensino-aprendizagem. A cada semestre, cerca de 40 novos alunos de graduação são convidados a visitar a área da reserva e verificar na prática o que aprendem em teoria na sala de aula. Além das aulas práticas, pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado se beneficiam desse ambiente natural para pesquisa.
Trilhas educativas do programa Academia Ambiental
Vestígios Históricos
Em uma das trilhas podem ser visualizados elementos históricos como as ruínas da antiga olaria, que existia no local até o início do século XX, e aprender mais sobre os achados arqueológicos encontrados em 2001 durante a construção das edificações do centro administrativo do Instituto. Nesse trajeto foram identificadas peças cerâmicas, como uma urna funerária e um alguidar (panela utilizada pelos índios da região amazônica).
Terra-Preta-de-Índio
Terra-preta-de-índio é um solo de coloração escura, rico em cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono. Sua composição proporciona grande fertilidade, atributo raro na região amazônica, onde os solos ácidos são desfavoráveis à agricultura.
Abelhas sem-ferrão
Nesse ponto da trilha é possível saber mais sobre as nativas abelhas-sem-ferrão em uma instalação de meliponário para fins didáticos e de pesquisa. São 52 gêneros e mais de 300 espécies identificadas com distribuição registrada para América do Sul, América Central, Ásia, Ilhas do Pacífico, Austrália, Nova Guiné e África.
Rainha da Floresta
A Samaúma ou Sumaúma (Ceiba pentranda) é uma das árvores gigantes da Amazônia. Sagrada entre os povos da antiguidade do continente, como os maias, seu nome remete à fibra que pode ser obtida a partir de seus frutos. Nas trilhas da RPPN Daisaku Ikeda é possível visualizar duas sumaúmas e que são destaque nas aulas práticas de educação ambiental. Um exemplar tem de 25 anos de vida e 30 metros de altura; a outra, chamada carinhosamente de sumaúma-bebê, tem 5 anos e 10 metros de altura..
Encontro das Águas
Do mirante do Instituto Soka se vê um dos principais pontos turísticos de Manaus, o Encontro das Águas. É ali que os rios Negro e Solimões se encontram dando origem ao rio Amazonas. Durante a trilha, os visitantes passam a conhecer as razões das águas não se misturarem e a relação desse fenômeno com os seres humanos. Nas explicações, são lembrados os principais fatores que provocam o fenômeno: velocidade dos rios, temperatura, formação geológica, partículas em suspensão.
Fonte:
Trilhas interpretativas em unidade de conservação: espaço pedagógico para o ensino de ecologia. Jean Dalmo de Oliveira Marques, Laís Cássia Monteiro de Souza Barreto, Elizalane Moura de Araújo Marques. DOI: https://doi.org/10.5335/rbecm.v4i2.11525
LIVRO : Guia para instrumentalização de trilhas interpretativas numa perspectiva de ensino e aprendizagem. Laís Cássia Monteiro de Souza Barreto, Jean Dalmo de Oliveira Marques, Rosa Oliveira Marins Azevedo, Jean Dinelly Leão, JomberChota Inuma, Tais TyotoTokusato .DOI: 10.24824/978854443435.2 Acesso ao Livro
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Entidade celebra as consquistas dos primeiros meses do ano e anuncia novo ciclo visando comemorar seus 10 anos
Uma excelente notícia foi anunciada para finalizar o primeiro semestre de 2023.
Levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontou queda de 33% das áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia, nos primeiros seis meses do ano. Um grande conquista após cinco anos consecutivos de altas. No mês de junho, considerado o mais crítico devido o clima seco, a redução chegou a 41%, comparada ao mesmo período do ano passado.
Mesmo ciente do muito a ser feito para o alcance da total proteção da floresta e das vidas que dela dependem, o Instituto Soka Amazônia comemora a notícia e, com entusiamo, divulga seu Relatório de Atividades do primeiro semestre de 2023.
O documento reporta as atividades desenvolvidas e que se somam aos esforços de outras instituições sérias e dedicadas à proteção do meio ambiente e do bioma amazônico.
Proteger a Amazônia de forma sustentável exige ações efetivas e permanentes por parte dos vários atores da sociedade. Com essa visão, o Instituto deu ênfase na valorização do potencial criativo e transformador do ser humano em seus programas e atividades.
Novas ações são esperadas pela entidade no novo ciclo que se inicia. Acompanhe a seguir.
Alcance no Primeiro Semestre
+ 27 mil pessoas foram impactadas pela mensagem do Instituto, em ações educativas, plantios com sensibilização social, troca de conhecimentos científicos e divulgação nas redes sociais.
Quase mil alunos participaram de aulas dos programas Academia Ambiental e Oca vai Escola
270 árvores nativas foram plantadas em ações de conscientização ecológica
+ 1000 pessoas assistiram aos eventos promovidos pelo Instituto, como palestras, seminários, exposições e outras ações educativas.
Rumo aos 10 anos do Instituto
A divulgação do relatório celebra também o dia 26 de julho, data de fundação do Instituto Soka Amazônia como organização responsável por perpetuar o trabalho de pesquisa, conservação ecológica e educação ambiental realizado, desde a década de 1990, na Reserva Particular de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda.
Dando início ao segundo semestre, o Instituto abre novo ciclo visando a celebração dos 10 anos da entidade em 2024.
Os próximos meses, de acordo com a diretoria da entidade, serão dedicados a novos projetos e iniciativas que contribuirão para mudanças efetivas e sustentáveis para Amazônia.
O objetivo é continuar a fortalecer as parcerias nas áreas da educação ambiental, proteção à natureza e pesquisas científicas, iniciativas essas viabilizadas pelo apoio de pesquisadores, doadores, voluntários, empresas e instituições parcerias.
Destaques do Primeiro Semestre |2023
Dia do Meio Ambiente com Carta da Terra
Um grande destaque foi a Semana do Meio Ambiente foi a celebração do Dia do Meio Ambiente , com a filiação do Instituto Soka Amazônia à Carta da Terra Internacional. Na ocasião, o fundador do Instituto, Dr. Daisaku Ikeda, expressou sua expectativa de que a parceria possa fortalecer uma educação ambiental que expanda “a coexistência da natureza e do ser humano, a coexistência humana e a alegria em viver com magnânimo coração”.
Com o tema “Consciência e Ação: Reconectar vidas, Proteger o Planeta” a Semana do Meio Ambiente foi marcada por eventos educativos para diferentes públicos. Foram realizados seminário com pesquisadores de universidades, exposições, plantios, oficinas, palestras, ações de voluntariado, trilhas ecológicas e atividades de reconexão com a natureza.
No mês de março foi promovido o I Workshop de Ciências Práticas e Educação Ambiental da Amazônia. De maneira inédita, foi realizado, durante três dias, um intercâmbio entre professores e alunos da Universidade Soka (Japão) e Instituto Federal do Amazonas (IFAM)
Também no mês de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água, com o primeiro encontro presencial do Hub ODS Amazonas. Na ocasião, especialistas e representantes da sociedade civil se reuniram para um relevante debate sobre desafios e necessidades para melhor gerir esse fundamental recurso natural.
Em abril foi a vez da primeira Expedição do Instituto pelos rios Negro e Cuieiras. Percorrendo 100 km de barco na região do Médio Rio Negro, a equipe do Instituto visitou escolas de comunidades indígenas e ribeirinhas para diálogos, troca de aprendizados e plantios de espécies nativas.
Finalizando o semestre, as práticas educativas do Instituto Soka Amazônia foram apresentadas, no mês de junho, em Conferência Internacional da Rede Acadêmica de Educação e Aprendizagem Global (Angel) na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris.
Quem visita a sede do Instituto Soka Amazônia é presenteado pela exuberante beleza da biodiversidade da Reserva de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda (RPPN Dr. Daisaku Ikeda).
Neste final de julho, é possivel avistar também uma grata presença na paisagem: a florada do ipê amarelo.
Considerada a flor oficial do Brasil, o ipê amarelo desabrocha em várias cidades brasileiras, podendo se assim chamada as árvores de diferentes gêneros (Handroanthus, Tabebuia e Tecoma) de uma mesma família botânica (Bignoniaceae).
Na Amazônia é comum a presença da espécie Tabebuia aurea que pode chegar a 12 e 20 metros. Sua florada ocorre, normalmente, entre julho e setembro, quando há menor incidência de chuva. Se o período chuvoso for curto, a florada se antecipa; se as chuvas se estenderem por mais tempo, a floração é retardada, como explica o professor Felipe Fajardo, doutor em botânica e docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Breve espetáculo em benefício da biodiversidade
O nome ipê é de origem tupi e significa “árvore cascuda”.
A beleza da flor é marcante pelo cor intensa, mas também efêmera, durando poucos dias. Seguindo o ciclo natural, após o período de floração, a árvore perde as folhas e frutifica. Neste momento as sementes “aladas” entram em ação e são carregadas pelo vento, especialmente no verão.
O curto tempo de florescimento é resultado de uma sabedoria natural da espécie. Para concretizar a sua propagação, a planta floresce rápido provocando a dispersão de sementes no período com menos chuvas. Ao fim do período da florada e frutificação, a planta encerra o ciclo e aguarda o período de chuvas, investindo em seu crescimento e manutenção.
O tom intenso de amarelo das flores atrai vários visitantes, como beija-flores, abelhas e outros polinizadores, essenciais na manutenção dos ecossistemas.
Alunos e professores ganham aula extra com a abordagem dos ODS e orientações sobre cuidados em unidades de conservação
Um dos pilares mais relevantes do Instituto Soka Amazônia é a Academia Ambiental, programa que trabalha a educação ambiental de forma experiencial para conscientizar as futuras gerações sobre a grandiosidade e imporância da floresta amazônica para o planeta.
Em 17 de julho, uma nova dinâmica teve início no programa com a aula prévia, ministrada pela equipe do Instituto Soka, na Escola Municipal Professor Álvaro Valle, na zona noroeste de Manaus.
Ao todo, 74 alunos e 4 educadores receberam orientações sobre cuidados ecológicos e de segurança necessários em visitas à universidades de conservação, como a RPPN Dr. Daisaku Ikeda.
De acordo com Jean Dinelli Leão, coordenador da Divisão de Educação Socioambiental do Instituto Soka, é um item importante no processo de aprendizagem, pois funciona como preparação e incentivo para as aulas ao ar livre que acontecem na RPPN Dr. Daisaku Ikeda. A nova dinâmica foi uma das sugestões apresentadas na reunião com os gestores de escolas municipais, realizadas em junho.
Para completar a participação na Academia Ambiental, professores e alunos participam da visitação à RPPN Dr Daisaku Ikeda, sede do Instituto Soka localizada em frente ao Encontro das Águas, onde experienciam conteúdos interativos, com atividades ao ar livre e como a caminhada nas trilhas educativas da Reserva.
Outra novidade no programa é a inclusão de material didático sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) produzido especialmente para o público infantil, pelos Estudios Maurício de Souza e a ONG Aldeias SOS. Nessa etapa, o primeiro objetivo a ser apresentado aos alunos é o ODS4 – Educação de Qualidade.
Valores e princípios da Carta da Terra também estão sendo incluídos na programaçao da Academia Ambiental.
Aprendendo os ODS com a Turma da Mônica
O almanaque Turma da Mônica em Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável é material didático de apoio para que professores e alunos trabalhem em sala de aula. Os exemplares incluídos no material pedagógico da Academia Ambiental foram doados pela empresa Teleperformance, parceira e apoiadora dos projetos do Instituto Soka Amazônia.
O ODS4 – Educação de Qualidade – é aplicado pelo Instituto Soka Amazôni com a Academia Ambiental, que oferece a estudantes de escolas públicas e particulares atividades dinâmicas de conscientização para a preservação da biodiversidade, da água, direitos humanos, englobando assim, os demais ODS.
O sucesso da Academia Ambiental só é possível com o apoio de empresas e instituições parceiras, como a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) e Ocas do Conhecimento Ambiental, além da participação de educadores e tutores voluntários.
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por Monica Kimura, em colaboração para o Instituto Soka Amazônia
O dia 12 de julho marca a oficialização da Reserva Particular de Patrimônio Natural, hoje denominada RPPN Dr. Daisaku Ikeda.
A Unidade de Conservação (UC), localizada em frente ao Encontro das Águas, em Manaus, chamou-se inicialmente Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Nazaré das Lajes, passando a receber o nome do fundador do Instituto Soka Amazônia, por uma homenagem do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Como destacou, à época, o então diretor de Criação e Manejo e Unidades de Conservação do ICMBio, Luiz Felipe Lima de Souza, o nome da RPPN é um reconhecimento aos tenazes esforços do pacifista em prol do meio ambiente.
“Quando Ikeda falou da relação entre cultura de paz e meio ambiente no ano de 1995, sendo realmente um visionário, teve a grandeza de criar uma reserva natural em um dos biomas mais importantes do globo”.
O Instituto Soka Amazônia, criado por Ikeda, realiza a gestão da RPPN e promove a visão de relação mais harmônica entre ser humano e meio ambiente, em programas de conservação da biodiversidade, apoio à pesquisa científica e educação socioambiental.
A importância da RPPN Dr. Daisaku Ikeda para ecologia da região
Quando foi criada a RPPN, no início da década de 1990, a área de 52 hectares era um terreno totalmente degradado onde havia ruínas de a antiga olaria e vegetação rasteira e de pequeno porte, num solo precário, como relembra o biólogo e doutor em Ciência do Sistema Terrestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Diego Oliveira Brandão.
“É surpreendente e singular conhecer as origens dessa RPPN, pois quem a visita hoje só enxerga uma densa e bela floresta regenerada que hoje compõe a Reserva”, conta.
Diego reitera sobre alguns pontos que tornam a RPPN Dr. Daisaku Ikeda ainda mais relevante dentro de um contexto macro. “A primeira é a presença na Amazônia, pois a Região Norte tem o menor número de RPPN do país, , conforme dados do ICMBio”, explicou.
Outro ponto é a sua localização em frente ao Encontro das Águas. Não somente pelo visual espetacular, mas pela biodiversidade que abriga. “Foi uma decisão inteligente e providencial do fundador do Instituto Soka quando, apesar da degradação aparente no momento da decisão, visualizou o potencial existente”, elucidou.
Hoje a cobertura vegetal da Reserva é de tal exuberância que dezenas de pesquisadores da vida natural já passaram por lá e relatam que é um ambiente propício para a realização de estudos científicos.
As RPPNs são Unidades de Conservação essenciais para a biodiversidade, porque servem de habitat para as espécies nativas conhecidas e ainda desconhecidas esperando para serem catalogadas. Toda RPPN é uma Unidade de Conservação privada de Uso Sustentável.
Diego explica que, embora as RPPNs representem ainda um número pouco expressivo (cerca de 1% de todo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, os outros 99% são outras formas de Unidades de Conservação de domínio público e alguns privados), sua relevância extrapola os números, “pois cada RPPN tem o objetivo de conservar a biodiversidade e sua existência garante a sobrevivência de muitas espécies, inclusive as ameaçadas de extinção”.
“Cada RPPN é um banco genético único. Funciona como uma provedora de alimentos e habitat às espécies nativas – fauna e flora silvestre – proporcionando serviços ecossistêmicos importantes, como frutos, polinização e proteção do solo”, explicou Diego.
Outro ponto levantado pelo biólogo é a relevância dessas UCs para o clima regional e global. O ciclo hidrológico de cada região Amazônica depende da reciclagem da água que a floresta executa. E atua também como estoque de carbono na superfície terrestre, como nas folhas, nos troncos, nas populações de fungos e raízes, por exemplo. “Em vez desse carbono estar solto na atmosfera como dióxido de carbono, que é um gás intensificador do efeito estufa que aquece o planeta”, completa Diego.
Apesar da relevante contribuição das RPPNs para a biodiversidade e o clima do planeta Terra, Diego faz um alerta: mesmo com todo poder de regeneração da natureza, estudos indicam que há um limite associado ao desmatamento e às mudanças climáticas globais.
“A combinação entre 25% de desmatamento e aquecimento global de 2,5°C pode mudar o clima da região permanentemente, com alta perda de biodiversidade.E estamos perto desse limite, pois o desmatamento está próximo de 20% e o aquecimento global já ultrapassou 1,15°C.”, disse com preocupação. Só para se ter uma ideia: de 2001 a 2018, a média de desmatamento foi de 17 mil km2 ao ano em toda Amazônia. “Para ficar claro uma comparação básica: a área do Distrito Federal é de 5,7 mil km2, portanto, foi desmatada anualmente mais de três vezes a área total do Distrito Federal”, finalizou o biólogo.
RPPNs m números
Infelizmente, embora abrigue a maior parte da maior floresta tropical biodiversa do planeta, a Região Norte brasileira é a que tem a menor quantidade de RPPNs. Por exemplo, o estado do Amazonas possui somente 14 reservas particulares atualmente.
Em todo território nacional há 1567 RPPNs que, juntas perfazem um total de 890 mil hectares. Os estados campeões são: Minas Gerais (350), Paraná (282) e Bahia (157); seguidos por Rio de Janeiro (152), São Paulo (99) e Santa Catarina (84). O bioma com mais unidades é a Mata Atlântica, seguido pelo Cerrado e pela Caatinga.
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Seja um doador, voluntário e parceiros dos projetos do Instituto Soka Amazônia
A jovem fotógrafa Larissa, com Síndrome de Down, registra em imagem sua sensação diante do Encontro das Águas, a partir do Instituto Soka Amazônia
* por Monica Kimura (em colaboração ao Instituto Soka Amazônia)
A floresta tem uma incrível capacidade para trazer ressignificação. Nela encontramos animais, vegetação, e também uma energia capaz de nos proporcionar evolução. Para muitos, o simples fato de olhar para uma densa mata tem o efeito calmante. Sentar-se à sombra, respirar profundamente ares de uma pureza quase palpável e, inconscientemente, sentir-se parte de algo muito maior que a existência humana. Conectar-se com a natureza é um exercício de humanidade!
Mas, uma parcela significativa da população possui uma percepção do mundo natural muito mais apurada, pois não se bloqueia para as energias sutis: as crianças e os jovens.
Ciente de potencial ilimitado desse público, o Instituto Soka Amazônia, realizou, neste ano, aulas especiais na Academia Ambiental, um programa voltado à conscientização ambiental e aprendizado por meio da experiência e conexão com a natureza.
Uma das participantes do projeto é Larissa Freitas Rocha, uma jovem de 21 anos com síndrome de Down que, ainda que sua condição seja caracterizada por uma série de limitações, demonstra sensibilidade aguçada para as energias sutis dos ambientes naturais.
Larissa compreende com precisão tudo o que a cerca, algo que transcende a percepção captada pelos cinco sentidos pela maioria das pessoas. Sua sensibilidade a levou a participar do curso de fotografia inclusiva, ministrado pela fotógrafa Cláudia Miyuki Higuchi e promovido pela APAE-Manaus e governo do Estado do Amazonas.
Na visita ao Instituto Soka, Larissa pode colocar seu talento em ação. Entusiasmada por conhecer a RPPN Daisaku Ikeda e participar da Academia Ambiental na Semana Internacional da Síndrome de Dow, em março, Larissa deu asas à sua sensível habilidade e registrou livremente a natureza com sua câmera fotográfica.
Além de render à jovem boas sensações em relação à natureza, o olhar de Larissa inspiraram muitas outras pessoas.
Suas fotos foram selecionadas e participaram da Exposição Biodiversidade: a Diversidade Amazônica promovida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) por meio da iniciativa Ocas do Conhecimento Ambiental, em maio.
Além da fotografia, a estudante busca na arte formas de expressar sua visão de mundo, como na dança do ventre, na dança popular, além de ser bailarina inclusiva.
Luciana Petniúnas Freitas comenta a alegria de ver a mudança significativa na vida de Larissa, com cada vez mais independência e liberdade. “Meu sentimento como mãe é de gratidão em ver minha filha sendo inserida cada vez mais numa sociedade que todos são iguais e têm os mesmos direitos de se desenvolverem mostrando que é capaz. Não tem coisa melhor na vida do que ver o brilho no seu olhar de felicidade e eu dizendo: ‘você pode e você é capaz‘”, ressaltou Luciana.
Outra história de sucesso
O exemplo de Larissa não é um caso isolado, o portal estadunidense, Children & Nature, relata um caso semelhante como o de Larissa, ocorrido com Leela, cujo contato com a natureza a ajudou a aprender sobre o “eu” físico e, mais importante, sobre seu espírito e sua essência. Segundo ela mesma, “a natureza é um organismo vivo, um lugar de relacionamento compartilhado”. Sua mãe, Allyson enfatiza que para Leela, estar na natureza é como contatar a si mesma, os elementos sensoriais da mata permitem uma redefinição de como sentimos determinadas questões
“As birras terminam quando levamos Leela para fora. É uma experiência de cura no momento”, explica. Allyson conta que as experiências de Leela com a natureza elevaram seu senso de identidade, permitindo que ela se visse como parte de algo maior.
Vários estudos apontam evidências dos beneficios do contato da natureza para crianças. As chamadas “Escolas Verdes”, com com maior presença de natureza, podem melhorar a saúde, bem-estar e promover o desenvolvimento de habilidades socioemocionais nas crianças.
De acordo com site da rede Children & Nature, em espaços educativos mais naturais, os estudantes podem tornar-se:
Mais calmos e menos estressados: poder olhar para paisagens verdes das janelas da sala de aula ajudou alunos do ensino médio recuperarem-se mais rapidamente de eventos estressantes.
Positivos e restaurados: escolas florestais aumenta a positividade e reduz emoções negativas.
Resilientes: áreas naturais aumentam sentimentos de competência e amplia ainda mais as relações sociais que ajudam a construir resiliência.
Fonte: Children&Nature Nrtwork
Para a pesquisadora e doutora em Educação, Zemilda Santos, o afeto pela natureza deve ser estimulada na infância. Ela conclui em sua tese de doutorado que“… assim como o poeta Manoel de Barros, eu percebo que a realidade é complexa, mas também acredito na esperança, na potência do vir a ser, e, por isso, ouso dizer: Eu sei que as crianças de hoje, fabricadas de natureza e cultura, conseguirão restaurar dentro delas a inocência. (…) Conseguirão crescer sem deixar de ser crianças. Serão seres que saberão que o importante é ser e não ter. Conseguirão viver em harmonia com os demais sistemas de vida com os quais coabitam na natureza. Tudo isso será possível sim! Se, a começar pela Educação Infantil, lhe permitirem viver na infância, uma experiência afetiva com a natureza.”
Toda a equipe do Instituto Soka Amazônia trabalha incansavelmente para que essas palavras proféticas da pesquisadora se tornem realidade em um futuro bem próximo!
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