Árvores Urbanas e seus benefícios

Arvores nas cidades

Por Antonio J. De Araujo[i]

As árvores urbanas e as vegetações associadas têm inúmeros usos e funções no ambiente urbano. Além do uso estético e arquitetônico, a vegetação urbana desempenha várias funções de engenharia. As árvores urbanas são importantes para a sociedade porque a maioria das pessoas vive nas cidades. As árvores urbanas trazem a natureza para dentro das cidades. Desde 2015, cerca de 84,7% da população brasileira mora em cidades. Mesmo no estado do Amazonas, famoso por sua exuberante e vasta floresta tropical, cerca de 80% da população vive em cidades.

As árvores ajudam na melhoria da qualidade de vida das pessoas, contribuem para o lazer, conforto e bem-estar das pessoas. As árvores fazem parte de nossa vida diária. Os benefícios das árvores urbanas são vários. As árvores e florestas urbanas têm a função de diminuir os impactos ambientais da urbanização, moderando o clima, conservando energia no interior de casas e prédios, absorvendo o dióxido de carbono, melhorando a qualidade da água, controlando o escoamento das águas e as enchentes, reduzindo os níveis de barulho, oferecendo abrigo para animais e aves e melhorando a atratividade das cidades, entre os muitos benefícios que nos proporcionam (Figura 1).

Figura 1. Os benefícios das árvores na cidade. Fonte: Google Imagens. Wikiversidade, 2014.

Alguns dos problemas que as árvores urbanas enfrentam no ambiente das cidades são: o solo compactado ou alterado, com a presença de entulhos; deficiência de água e nutrientes; temperaturas modificadas; poluição do ar; radiação solar alterada (sombreamento); espaço reduzido para crescer tanto para as raízes como para a copa; podas drásticas (mutilação da árvore); danos mecânicos (por veículos, cortadores de grama, anelamento do tronco, e outros) e o vandalismo.

A arboricultura pode ser definida como a arte e a ciência do plantio e cultivo de uma árvore ou pequeno grupo de árvores, arbustos ou trepadeiras lenhosas.[1] Já a floresta urbana é o conjunto de todas as árvores e vegetação associada que estejam dentro e em volta de povoamentos humanos densos, ou seja, nas áreas urbanas. A floresta urbana inclui as árvores plantadas em calçadas, parques, praças, jardins, quintais, estacionamentos, cemitérios e bosques urbanos. O conceito de floresta urbana inclui as árvores e vegetação localizadas também em áreas suburbanas e periurbanas.

A Sociedade Americana de Engenheiros Florestais definiu a Gestão da Floresta Urbana como sendo um ramo especializado da Engenharia Florestal, que tem como objetivo o cultivo e o manejo de árvores urbanas por sua presente e potencial contribuição fisiológica, sociológica e econômica para o bem-estar da sociedade urbana[2].

Inerente a esse objetivo está a função de educar a população urbana sobre o papel das árvores e outras vegetações no ambiente urbano. É necessário conhecer, para amar e proteger (Figura 2).

Figura 2. Amar para proteger. Foto do autor, 2008.

Num sentido mais amplo, a Gestão da Floresta Urbana abrange um sistema multi-administrativo que inclui a manutenção das árvores urbanas em geral, a reciclagem dos resíduos de vegetação, o manejo das bacias hidrográficas municipais e do habitat de animais silvestres, a recreação ao ar livre e o manejo da paisagem, em toda a área urbana e periurbana.


[1] HARRIS, R. W.; CLARK, J. R.; MATHENY, N. P. Arboriculture: integrated management of landscape trees, shrubs, and vines. Upper Saddle River. New Jersey: Prentice-Hall, 1999. 687 p.

[2] MILLER, R. W. Urban forestry: planning and managing urban greenspaces. Englewood Cliffs. New Jersey: Prentice-Hall, 1988. 404 p.


[i] Ph.D. em Genética Florestal. Pós-doutorado em Arborização Urbana. Presidente da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e do Capítulo Brasil da International Society of Arboriculture (1997-1998). Membro da ALACS – Academia de Letras, Artes e Ciências do Centro-Sul do Paraná. Pesquisador do CEPHIK – Centro de Estudos e Pesquisas do Humanismo Ikeda, Universidade Federal de Rondônia.


[i] Artigo baseado na publicação: Araujo, M. N. de & Araujo, A. J. de. Arborização urbana. Série de Cadernos Técnicos da Agenda Parlamentar do CREA-PR. 2011 e 2016. 40 p.

Árvores Urbanas e seus benefícios

Arvores nas cidades

Por Antonio J. De Araujo[i]

As árvores urbanas e as vegetações associadas têm inúmeros usos e funções no ambiente urbano. Além do uso estético e arquitetônico, a vegetação urbana desempenha várias funções de engenharia. As árvores urbanas são importantes para a sociedade porque a maioria das pessoas vive nas cidades. As árvores urbanas trazem a natureza para dentro das cidades. Desde 2015, cerca de 84,7% da população brasileira mora em cidades. Mesmo no estado do Amazonas, famoso por sua exuberante e vasta floresta tropical, cerca de 80% da população vive em cidades.

As árvores ajudam na melhoria da qualidade de vida das pessoas, contribuem para o lazer, conforto e bem-estar das pessoas. As árvores fazem parte de nossa vida diária. Os benefícios das árvores urbanas são vários. As árvores e florestas urbanas têm a função de diminuir os impactos ambientais da urbanização, moderando o clima, conservando energia no interior de casas e prédios, absorvendo o dióxido de carbono, melhorando a qualidade da água, controlando o escoamento das águas e as enchentes, reduzindo os níveis de barulho, oferecendo abrigo para animais e aves e melhorando a atratividade das cidades, entre os muitos benefícios que nos proporcionam (Figura 1).

Figura 1. Os benefícios das árvores na cidade. Fonte: Google Imagens. Wikiversidade, 2014.

Alguns dos problemas que as árvores urbanas enfrentam no ambiente das cidades são: o solo compactado ou alterado, com a presença de entulhos; deficiência de água e nutrientes; temperaturas modificadas; poluição do ar; radiação solar alterada (sombreamento); espaço reduzido para crescer tanto para as raízes como para a copa; podas drásticas (mutilação da árvore); danos mecânicos (por veículos, cortadores de grama, anelamento do tronco, e outros) e o vandalismo.

A arboricultura pode ser definida como a arte e a ciência do plantio e cultivo de uma árvore ou pequeno grupo de árvores, arbustos ou trepadeiras lenhosas.[1] Já a floresta urbana é o conjunto de todas as árvores e vegetação associada que estejam dentro e em volta de povoamentos humanos densos, ou seja, nas áreas urbanas. A floresta urbana inclui as árvores plantadas em calçadas, parques, praças, jardins, quintais, estacionamentos, cemitérios e bosques urbanos. O conceito de floresta urbana inclui as árvores e vegetação localizadas também em áreas suburbanas e periurbanas.

A Sociedade Americana de Engenheiros Florestais definiu a Gestão da Floresta Urbana como sendo um ramo especializado da Engenharia Florestal, que tem como objetivo o cultivo e o manejo de árvores urbanas por sua presente e potencial contribuição fisiológica, sociológica e econômica para o bem-estar da sociedade urbana[2].

Inerente a esse objetivo está a função de educar a população urbana sobre o papel das árvores e outras vegetações no ambiente urbano. É necessário conhecer, para amar e proteger (Figura 2).

Figura 2. Amar para proteger. Foto do autor, 2008.

Num sentido mais amplo, a Gestão da Floresta Urbana abrange um sistema multi-administrativo que inclui a manutenção das árvores urbanas em geral, a reciclagem dos resíduos de vegetação, o manejo das bacias hidrográficas municipais e do habitat de animais silvestres, a recreação ao ar livre e o manejo da paisagem, em toda a área urbana e periurbana.


[1] HARRIS, R. W.; CLARK, J. R.; MATHENY, N. P. Arboriculture: integrated management of landscape trees, shrubs, and vines. Upper Saddle River. New Jersey: Prentice-Hall, 1999. 687 p.

[2] MILLER, R. W. Urban forestry: planning and managing urban greenspaces. Englewood Cliffs. New Jersey: Prentice-Hall, 1988. 404 p.


[i] Ph.D. em Genética Florestal. Pós-doutorado em Arborização Urbana. Presidente da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e do Capítulo Brasil da International Society of Arboriculture (1997-1998). Membro da ALACS – Academia de Letras, Artes e Ciências do Centro-Sul do Paraná. Pesquisador do CEPHIK – Centro de Estudos e Pesquisas do Humanismo Ikeda, Universidade Federal de Rondônia.


[i] Artigo baseado na publicação: Araujo, M. N. de & Araujo, A. J. de. Arborização urbana. Série de Cadernos Técnicos da Agenda Parlamentar do CREA-PR. 2011 e 2016. 40 p.