ESG: essa ideia “pegou na veia”

Não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”.

Dê uma espiada no Google.

Selecione ESG – de Environmental, Social, Governance

Você encontrará uma enorme quantidade de alternativas de sites e textos sobre o assunto, pois ESG deixou de ser uma daquelas tendências passageiras que são comuns no mundo empresarial, para se tornar uma realidade palpável que faz grande diferença para empresas, seus executivos e funcionários e, o que mais chama a atenção, para consumidores finais, pessoas como você e cada um de nós.

A verdade é que, como se diz, a ideia “pegou na veia”.

Mais do que isso: não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”, para que prefiram esta ou aquela marca na hora de comprar uma barra de chocolate, uma raquete de tênis ou um chiclete de bola.

Diferencial de marketing cada vez mais valioso

Algumas das mais importantes consultorias de ESG têm clientes das áreas de construção naval, petróleo, siderurgia, papel e celulose, seguradoras e por aí vai. Empresas que se conscientizaram da necessidade de adotar práticas que representam, no fim, uma visão de mundo futuro, decisão tomada não apenas por idealismo ou consciência social, mas também pela certeza de que essa atitude representa um diferencial mercadológico cada vez mais valioso.

Projetos de ESG podem passar por aspectos tão díspares como carro elétrico, logística e manufatura reversa, gestão de resíduos, economia circular, biocompostagem e tantos outros que estão longe do dia a dia de pessoa s comuns. Isso não impede, no entanto, que uma consultoria como a Ambipar exiba em seu site, ao lado de outros complexos projetos, a criação de um sabonete sustentável rico em colágeno, desenvolvido a partir de resíduos de cápsulas de medicamentos, resíduos que antes iam parar num aterro sanitário.

Numa outra ponta, financeiras de grande prestígio perceberam o valor desse diferencial e têm tido grande aderência de aplicadores a fundos com papéis de empresas sustentáveis.

Em mensagem de página dupla na Imprensa e em outras mídias sobre um seminário com foco em ESG, o fundador e CEO da XP (Guilherme Benchimol) destaca que “As empresas do passado eram valorizadas apenas pela capacidade de gerar lucro. Isso acabou”.

Valor paralelo

O site da Fundação Estudar, criada em 1991 pelo empresário Jorge Paulo Lemann (Ambev) registra que “segundo uma pesquisa de 2016 da Cone Communications, 75% dos millennials estão dispostos a ter um corte no salário para trabalhar em uma empresa socialmente responsável. De acordo com outro estudo, da Nielsen, 73% dos millennials pagariam mais por produtos ou soluções sustentáveis.” Vale a pena lembrar, ainda, a pesquisa em que é apontado que 7 entre 9 novos profissionais contratados por grandes empresas foram preferidos justamente pela sua familiaridade e pela real adoção das práticas do ESG.

Uma organização “que planta árvores”

O Instituto Soka Amazônia, dito de uma forma simples, é uma organização “que planta árvores”.

Entenda-se plantar árvores, no entanto, num sentido muito mais amplo, compreendido desde a coleta de sementes, até a produção de mudas e a realização de projetos 100% alinhados com os propósitos de preservação do meio ambiente e de educação ambiental.

Tudo muito em linha com o E de enviroment, ambiente em inglês, com o S de social e o G de governance.

ESG: essa ideia “pegou na veia”

Não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”.

Dê uma espiada no Google.

Selecione ESG – de Environmental, Social, Governance

Você encontrará uma enorme quantidade de alternativas de sites e textos sobre o assunto, pois ESG deixou de ser uma daquelas tendências passageiras que são comuns no mundo empresarial, para se tornar uma realidade palpável que faz grande diferença para empresas, seus executivos e funcionários e, o que mais chama a atenção, para consumidores finais, pessoas como você e cada um de nós.

A verdade é que, como se diz, a ideia “pegou na veia”.

Mais do que isso: não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”, para que prefiram esta ou aquela marca na hora de comprar uma barra de chocolate, uma raquete de tênis ou um chiclete de bola.

Diferencial de marketing cada vez mais valioso

Algumas das mais importantes consultorias de ESG têm clientes das áreas de construção naval, petróleo, siderurgia, papel e celulose, seguradoras e por aí vai. Empresas que se conscientizaram da necessidade de adotar práticas que representam, no fim, uma visão de mundo futuro, decisão tomada não apenas por idealismo ou consciência social, mas também pela certeza de que essa atitude representa um diferencial mercadológico cada vez mais valioso.

Projetos de ESG podem passar por aspectos tão díspares como carro elétrico, logística e manufatura reversa, gestão de resíduos, economia circular, biocompostagem e tantos outros que estão longe do dia a dia de pessoa s comuns. Isso não impede, no entanto, que uma consultoria como a Ambipar exiba em seu site, ao lado de outros complexos projetos, a criação de um sabonete sustentável rico em colágeno, desenvolvido a partir de resíduos de cápsulas de medicamentos, resíduos que antes iam parar num aterro sanitário.

Numa outra ponta, financeiras de grande prestígio perceberam o valor desse diferencial e têm tido grande aderência de aplicadores a fundos com papéis de empresas sustentáveis.

Em mensagem de página dupla na Imprensa e em outras mídias sobre um seminário com foco em ESG, o fundador e CEO da XP (Guilherme Benchimol) destaca que “As empresas do passado eram valorizadas apenas pela capacidade de gerar lucro. Isso acabou”.

Valor paralelo

O site da Fundação Estudar, criada em 1991 pelo empresário Jorge Paulo Lemann (Ambev) registra que “segundo uma pesquisa de 2016 da Cone Communications, 75% dos millennials estão dispostos a ter um corte no salário para trabalhar em uma empresa socialmente responsável. De acordo com outro estudo, da Nielsen, 73% dos millennials pagariam mais por produtos ou soluções sustentáveis.” Vale a pena lembrar, ainda, a pesquisa em que é apontado que 7 entre 9 novos profissionais contratados por grandes empresas foram preferidos justamente pela sua familiaridade e pela real adoção das práticas do ESG.

Uma organização “que planta árvores”

O Instituto Soka Amazônia, dito de uma forma simples, é uma organização “que planta árvores”.

Entenda-se plantar árvores, no entanto, num sentido muito mais amplo, compreendido desde a coleta de sementes, até a produção de mudas e a realização de projetos 100% alinhados com os propósitos de preservação do meio ambiente e de educação ambiental.

Tudo muito em linha com o E de enviroment, ambiente em inglês, com o S de social e o G de governance.

Mais de 3.000 alegres e ruidosos “donos” da Academia Ambiental

Mesmo em regime remoto continua a empolgação da moçada

Nesta época de pandemia  em que as regras de isolamento social são mandatórias, uma das mais alegres e estimulantes atividades que se desenvolvem regularmente no Instituto Soka Amazônia -a visita de grupos de estudantes- está sendo feita de forma remota, e por isso menos colorida, sem aquele clima descontraído que é próprio da moçada que vem passar algumas horas conosco para se familiarizar com as coisas do ambientalismo e sentir de perto todo o trabalho que é aqui realizado dia após dia, 365 dias do ano. Mas temos a certeza de que mesmo assim, o envolvimento das crianças com as questões ambientais continuam firmes.

Em sala de aula, em meio ao verde e agora em casa

O programa “Academia Ambiental” existe formalmente desde 2017.

Antes disso as visitas desses grupos aconteciam com menor regularidade.

O saldo positivo é que já chega a mais de 3.00 alunos de escolas públicas da área de Manaus que já visitaram o Instituto, no programa que inclui tanto uma parte em sala de aula, como caminhadas pela Reserva Ecológica Daisaku Ikeda e pelo Sitio Arqueológico descoberto em 2001, quando são abordados de forma dinâmica os mais diferentes aspectos de ecologia, integração do ser humano com a natureza, meio ambiente e do célebre Encontro das Águas, fenômeno que apesar de extremamente familiar para quem vive em Manaus, acaba sempre empolgando os jovens estudantes.

Caminhadas dos grupos de alunos no Instituto Soka Amazônia

 Esse programa vem sendo cumprido de outra forma desde outubro de 2020 com a produção de materiais especiais -vídeos, em especial- que são remetidos às escolas para que os professores os utilizem dentro das aulas remotas, que passaram a ser rotina.

Apesar de toda a familiaridade com o Encontro das Águas de quem vive em Manaus, o fenômenos continua empolgando os jovens que participam do projeto Academia Ambiental

Um exemplo de que esse formato é um sucesso, apesar de ter seu dinamismo comprometido, é o da Escola Municipal Francisco Nunes. 40 alunos do 9º ano participaram e produziram vários trabalhos a partir da utilização do material remetido. Nesse caso específico foi importante a parceria com o organismo Ocas do Conhecimento Ambiental da Secretaria Municipal de Educação (Semed-Manaus).

Novidades em 2021

Para 2021 -e todos esperam que a pandemia tenha chegado ao fim- há várias inovações que estão sendo programadas pelo Instituto Soka Amazônia e com isso voltará a reinar, aqui, a descontração que é típica de encontros de jovens em programas como o da Academia Ambiental. 

Reconciliação entre conservação ambiental e desenvolvimento econômico

Tamy Yukie Kobashikawa (*)

O principal objetivo deste artigo é introduzir a educação ambiental e como ela dialoga com a Educação Soka e com os ideais do fundador do Instituto Soka Amazônia.

Introdução-histórica sobre educação ambiental

De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, define-se educação ambiental como o processo de reconhecimento de valores e conceitos que desenvolvem habilidades e comportamentos para compreender e apreciar a inter-relação entre um indivíduo, sua cultura e seu entorno biofísico (Palmer & Neal, 1994, p.12). Os esforços para trazer a educação ambiental (e suas questões) para a agenda político-econômica mundial se refletiu na criação do Programa Internacional de Educação Ambiental pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e o Programa Ambiental das Nações Unidas em 1975 (Palmer & Neal, 1994).

Dois anos depois, em 1977, a UNESCO organizou a Conferência sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, estabelecendo três “objetivos da educação ambiental” em seu Relatório Final: i) Promover a consciência e preocupação com aspectos econômicos, sociais, políticos e interdependência ecológica em áreas urbanas e rurais; ii) Proporcionar a cada pessoa a oportunidade de adquirir conhecimentos, valores, atitudes, empenho e aptidões para proteger e melhorar o meio ambiente; e iii) Criar novos padrões de comportamento de indivíduos, grupos e sociedade como um todo em relação ao meio ambiente (Palmer & Neal, 1994, p.18).

Apesar dessas iniciativas, a educação ambiental esclareceu seu ponto de vista apenas na década de 90 (Tilbury, 1995). Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, discutiu como alcançar o desenvolvimento sustentável no século XXI. Essas ações foram definidas em um programa central denominado Agenda 21, no qual introduz a educação ambiental em dois capítulos: capítulo 25 (Crianças e Jovens no Desenvolvimento Sustentável) e capítulo 36 (Promoção da Educação, Conscientização Pública e Treinamento) (Palmer & Neal, 1994).

Ações mais concretas foram tomadas dez anos depois, em 2002, na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo. Neste encontro, foi definido a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), cujo objetivo era “integrar os princípios, valores e práticas do desenvolvimento sustentável em todos os aspectos da educação e aprendizagem” (UNESCO, 2005).

Já na “Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável” de 2012, definiu-se os direcionamentos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o papel da educação ambiental no contexto do desenvolvimento sustentável. Dentre os 17 objetivos lançados, inclui-se um específico sobre educação global (ODS 4): “garantir uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” (UNESCO, 2019).

Dentro da ODS 4 há a Meta 4.7 – Desenvolvimento sustentável e cidadania global – que está relacionada à educação ambiental. Afirma-se que “até 2030, garantir que todos os alunos adquiram os conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, incluindo, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não -violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável ”(UNESCO, 2019). Na Meta 4.7, as competências superiores são Educação para o Desenvolvimento Sustentável (ESD) e Educação para a Cidadania Global (ECG).

Educação Soka e educação ambiental

A Educação Soka é um sistema educacional baseado na abordagem humanística criada por Tsunesaburo Makiguchi (1871-1944), quem também fundou a Soka Gakkai, uma “organização budista baseada na comunidade que promove paz, cultura e educação centrada no respeito pela dignidade da vida” (Soka Gakkai Internaional [SGI], 2020). Através da habilidade de encontrar significado em sua vida e contribuindo para o bem-estar dos outros, a Educação Soka é uma educação centrada nas pessoas para a felicidade e para o desenvolvimento da humanidade em cada pessoa (Ikeda, 2017). Para Makiguchi, a felicidade está relacionada ao empoderamento (Gebert, 2009).

Na obra “Geografia da Vida Humana”, escrito por Makiguchi em 1930, ele explora a ideia de comunidade como um “micromundo”. Ele encoraja as crianças a observar as relações complexas em seu entorno e, se assim for, elas serão capazes de compreender o mundo inteiro (Ikeda, 2017). Para Makiguchi, a comunidade local era um “lugar para observar, confirmar, aprender e colocar em prática” (Gebert, 2009, p.149) princípios universais, bem como compreender as relações históricas e complexas entre o ser humano e a natureza. Ikeda (2012) elabora três qualidades da educação baseada na comunidade – afeto, apreço e proteção:

“Não deve se limitar a simplesmente fornecer conhecimento sobre o ambiente natural, costumes e história da comunidade local, mas deve estimular sentimentos de afeto por essa comunidade e a determinação de valorizá-la. Deve inspirar um profundo apreço pelas maneiras pelas quais o ambiente circundante, incluindo as atividades produtivas e econômicas de outras pessoas que vivem na comunidade, melhora nossas vidas: deve incentivar ações diárias com base nesse sentimento de apreço. Deve permitir que as pessoas considerem as questões da comunidade local em termos do que devemos proteger para o bem das gerações futuras e do tipo de sociedade que devemos construir em seu nome, colocando isso no centro de nosso modo de vida” (p. 11)[1].

Gebert (2009) enfatiza que apesar da crítica de que a comunidade local é “muito comum, limitada e superficial” (p.150), na perspectiva de Makiguchi, mesmo neste “micromundo” é possível compreender os conhecimentos essenciais necessários para incorporar sociedade. No entanto, Makiguchi repete sua afirmação de que neste pequeno mundo estão plenamente compreendidos os contornos essenciais do conhecimento e das qualidades morais de que uma pessoa mais tarde precisará ao emergir na ampla sociedade (Gebert, 2009). Portanto, por meio de interações em uma comunidade local, um indivíduo pode aprender sobre o mundo; em outras palavras, pode se tornar um cidadão global (Ikeda, 2017).

Ikeda (2017) afirma que a cidadania global não é determinada pelo número de línguas que se fala, nem pelo número de países para os quais se viajou. A cidadania global tem os seguintes três elementos: sabedoria, coragem e compaixão, como ele afirma:

“A sabedoria para perceber a inter-relação de todos os tipos de vida e ambiente; a coragem Para não temer nem negar diferenças, mas para respeitar e se forçar em compreender pessoas de diferentes culturas e crescer por meio do contato com elas; e a compaixão para cultivar uma empatia imaginativa que alcance além do ambiente ao nosso redor e se estenda a outras pessoas que sofrem em lugares distantes” (p. 122).

Compaixão significa perceber as qualidades daqueles de quem não gostamos e apreciar a chance de fazer crescer a nossa humanidade. Sabedoria e compaixão estão interligadas, portanto, o desejo de contribuir para o bem-estar dos outros (compaixão) proporciona sabedoria infinita (Ikeda, 2017).

Em relação ao papel da educação para o desenvolvimento sustentável, Ikeda discute que a educação é essencial para que as pessoas tomem as questões ambientais como preocupação pessoal e harmonizem seus esforços por um futuro comum (Ikeda, 2002), no qual a dignidade da vida é fundamental (Ikeda, 2012). As questões ambientais estão interligadas com as questões globais, como população, pobreza, direitos humanos, etc., o que significa que a sustentabilidade está ligada a essas questões também. Assim, para superá-los, é necessário transformar nosso modo de vida (Ikeda, 2002) e ter “um senso de responsabilidade para com aqueles com quem compartilhamos o planeta, e um senso de responsabilidade para com o futuro”[2] (Ikeda, 2012, p.3).

Para alcançar a educação para o desenvolvimento sustentável, Ikeda (2002) enfatiza a importância de aumentar a conscientização por meio de três etapas: primeiro, aprender e aprofundar a consciência das questões e realidades ambientais; segundo, refletir sobre nossos modos de vida, renovando-os em direção à sustentabilidade; e terceiro, capacitar as pessoas a tomarem medidas concretas para resolver o desafio que enfrentamos.

Aprender é fundamental para aprofundar a compreensão e a consciência (Ikeda, 2002). É importante não apenas compreender as causas e a estrutura social que impulsionam a destruição ambiental, como também aprender a compreender a realidade daqueles que sofrem, ter compaixão por eles e estar atento à nossa interconexão (Ikeda, 2002). Ikeda enfatizou que esses esforços darão origem a uma consciência renovada e determinação para agir (Ikeda, 2002).

A reflexão funciona para esclarecer os valores éticos de uma pessoa. A educação deve estimular a compreensão de como as questões ambientais estão relacionadas a nós e deve inspirar-nos a assumir a responsabilidade por nossas ações em nível global. (Ikeda, 2002).

Finalmente, empoderar significa agir com coragem e esperança. É um voto pessoal profundo e um compromisso ao meio ambiente (Ikeda, 2002). Empoderamento não é um modo de vida passivo e dependente em que a vida de alguém está à mercê de mudanças nas circunstâncias. O empoderamento é um modo de vida contributivo, baseado na consciência da natureza interdependente de nossas vidas com o meio ambiente, na qual nos esforçamos ativamente para alcançar a felicidade, tanto para nós quanto para os outros (Ikeda, 2002). O empoderamento exerce liderança e gera transformação real na sociedade (Ikeda, 2012).

Este artigo apresentou uma breve história da educação ambiental e os principais conceitos da Educação Soka que são relacionados ao meio ambiente. O Instituto Soka Amazônia desenvolve programas de Educação Ambiental, especificamente, o Projeto Academia Ambiental com base nestes ideais do fundador, e em convergência com as ações da ONU e da Carta da Terra.

Bibliografia

Barreto, L, Dalmo, J. and Azevedo, R. (2019). Instrumentation guide of interpretive trails for the teaching and learning process (Guia de instrumentalização de trilhas interpretativas para o processo de ensino e aprendizagem). Curitiba, PR: Editora CRV.

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Dinelly, J. and Tokusato, T. (2018). Use of protected area in the promotion of Environmental Education: RPPN case study Dr. Daisaku Ikeda (Uso de área protegida na promoção da Educação Ambiental: estudo de caso da RPPN Dr. Daisaku Ikeda)in Environmental Management and Teaching in Amazonia (Gestão ambiental e o ensino na Amazônia). Jean Dalmo and Elizalane Moura (Orgs.). Curitiba, PR: Editora CRV.

Gebert, A. (2009). The role of community studies in the Makiguchian Pedagogy. Educational Studies, 45:146-164. doi: https://doi.org/10.1080/00131940902762193

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________ (2012). For a Sustainable Global Society: Learning for Empowerment and Leadership. Retrieved from https://www.sgi.org/content/files/about-us/president-ikedas-proposals/environmentproposal2012.pdf 

________ (2013). Compassion, Wisdom and Courage: Building a Global Society of Peace and Creative Coexistence Peace Proposal. Retrieved from https://www.sgi.org/about-us/president-ikedas-proposals/peace-proposal-2013.html

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Jickling, B. and Wals, A.E.J. (2008) Globalization and environmental education: looking beyond sustainable development. Journal Curriculum Studies, 40 (1), 1-21.

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Maathai, W. (2003). The Green Belt Movement: Sharing the Approach and the Experience. New York, NY: Lantern Books; Revised edition.

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Tilbury, D. (1995). Environmental Education for Sustainability: defining the new focus of environmental education in the 1990s’ in Environmental Education Research, 1(2), 195-212.

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UNEP (2019) GOAL 4: Quality education. Retrieved from https://www.unenvironment.org/explore-topics/sustainable-development-goals/why-do-sustainable-development-goals-matter/goal-4


[1] Tradução tentativa

[2] Tradução tentativa

(*) A brasileira Tamy Yukie Kobashikawa, está fazendo Doutorado em Economia pela Universidade Soka no Japão. Atualmente estuda a interseção da filosofia de Ikeda e Educação para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Global. Ela é especialmente apaixonada por educação, desenvolvimento sustentável e alívio da pobreza.

Inovação no programa Academia Ambiental

Sabe uma daquelas típicas e gostosas situações de ganha/ganha?

Foi assim que aconteceu o encontro que os diretores e técnicos do Instituto Soka tiveram com representantes da Secretaria de Educação Municipal de Manaus e gestores das dez primeiras escolas públicas de ensino médio que serão atendidas no primeiro semestre de 2020 dentro do programa Academia Ambiental.

Ganhamos nós, do Instituto Soka Amazônia, pois mais um grupo de jovens viverá uma experiência prática e dinâmica de educação ambiental – essa, afinal, é uma das razões de nossa existência. Ganharão as escolas por proporcionarem essa possibilidade aos seus alunos, valorizando seu sistema de ensino. Ganharão muito os alunos, seja por terem vivido uma experiência que contribuirá para torná-los melhores cidadãos, seja pela conscientização da importância da preservação do meio ambiente e seja, claro, por terem passado um dia diferente de sua rotina diária.

A reunião foi no nosso auditório no dia 19 de fevereiro último, quando foram feitos os acertos para que o projeto ocorra sem problemas.

As principais inovações do projeto para este ano também foram expostas detalhadamente:

  1. Inclusão de uma aula sobre ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  2. Atualização dos temas
  3. Inclusão de mini projetos de baixo custo a serem desenvolvidos pelas escolas a partir das reflexões feitas durante a visita ao Instituto Soka
  4. O calendário das visitas de 2020 será equivalente ao do ano anterior. Em 2019 foram 25 grupos que estiveram no Instituto; em 2020, uma visita a mais.

Para cada escola será disponibilizado um ônibus pela manhã e pela tarde, e em cada período, 40 alunos serão recebidos no Instituto. Além disso, durante a visita, um lanche será oferecido.

Nada como um jogo em regime ganha-ganha

Sabe uma daquelas típicas e gostosas situações de ganha/ganha?

Foi assim que aconteceu o encontro que os diretores e técnicos do Instituto Soka tiveram com representantes da Secretaria de Educação Municipal de Manaus e gestores das dez primeiras escolas públicas de ensino médio que serão atendidas no primeiro semestre de 2020 dentro do programa Academia Ambiental.

Ganhamos nós, do Instituto Soka Amazônia, pois mais um grupo de jovens viverá uma experiência prática e dinâmica de educação ambiental – essa, afinal, é uma das razões de nossa existência. Ganharão as escolas por proporcionarem essa possibilidade aos seus alunos, valorizando seu sistema de ensino. Ganharão muito os alunos, seja por terem vivido uma experiência que contribuirá para torná-los melhores cidadãos, seja pela conscientização da importância da preservação do meio ambiente e seja, claro, por terem passado um dia diferente de sua rotina diária.

A reunião foi no nosso auditório no dia 19 de fevereiro último, quando foram feitos os acertos para que o projeto ocorra sem problemas.

As principais inovações do projeto para este ano também foram expostas detalhadamente:

  1. Inclusão de uma aula sobre ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  2. Atualização dos temas
  3. Inclusão de mini projetos de baixo custo a serem desenvolvidos pelas escolas a partir das reflexões feitas durante a visita ao Instituto Soka

O calendário das visitas de 2020 será equivalente ao do ano anterior. Em 2019 foram 25 grupos que estiveram no Instituto; em 2020, uma visita a mais.

Para cada escola será disponibilizado um ônibus pela manhã e pela tarde, e em cada período, 40 alunos serão recebidos no Instituto. Além disso, durante a visita, um lanche será oferecido.

Na Califórnia dois dias de intensa troca de experiências.

Tais Tokusato(*)

Há mais de um ano a SESRP vem trabalhando para facilitar
este evento, proporcionando espaço e oportunidade para
que todos os participantes aprofundem sua compreensão da
Soka Education, pedagogia humanística focada na
construção da paz e na cidadania global.
Carta de introdução à 16ª. Conferência sobre Educação Soka

Confira no mapa onde fica Aliso Viejo.

Fica no sul da Califórnia, não muito longe de Los Angeles, uma beleza de cidade tranquila, perto do Pacífico, embora entre a cidade e o mar, uma distância que se cobre nuns 5 minutos, haja um canyon, espécie de barreira montanhosa.

É justamente em Alison Viejo que fica a Universidade Soka América. Foi ali, em dois dias de intenso trabalho e rica troca de experiências envolvendo cerca de 50 pessoas dos 5 continentes, tanto jovens estudantes como maduros professores e pesquisadores, que se realizou nos dias 15 e 16 fevereiro a 16ª. Conferência sobre Educação Soka. Os mais variados temas foram abordados, expostos e debatidos – entre tantos outros, justiça ambiental, consentimento sexual como meio de pacificação, Iran – diálogo na busca da paz num país que rotulamos como violento.

Foram apresentadas 11 pesquisas e aconteceram 3 workshops. Ainda que em inglês, vale a pena conhecer maiores detalhes da Conferência – Clique aqui (https://m.box.com/shared_item/https%3A%2F%2Fsoka.box.com%2Fv%2Fsec16booklet ) .

Tive muita honra e satisfação em fazer a apresentação “Educação Ambiental no Amazonas: Um Caso de Estudo sobre o Instituto Soka Amazônia” em que expus, ao lado da pesquisadora brasileira Tamy Kobashikawa os resultados da pesquisa realizada em outubro de 2019 com o intuito de avaliar a eficiência do projeto “Academia Ambiental”. Estudante de doutorado na Universidade Soka, atualmente Tamy é membro do Centro de Pesquisa de Humanismo Ikeda da Universidade Federal de Rondônia e da Sociedade Japonesa para o desenvolvimento Internacional.

Para mim e Tamy foi especialmente muito bom ter recebido demonstrações vivas e inequívocas do interesse despertado pelo conteúdo apresentado.

Em relação aos dois dias de trabalho, talvez uma das mais importantes constatações tenha sido a da praticidade dos casos e experiências apresentados, capazes de tornar cada vez mais efetiva a nossa atuação no dia a dia dentro da realidade brasileira e das peculiaridades de uma região tão especial e rica como a Amazônia.

E as praias da Califórnia?

Deu apenas para contemplar um lindo pôr-do-sol e perceber que as águas são geladas e as areias, curiosamente, talvez mais geladas ainda.

(*) Graduanda em Ciências Naturais (UFAM) e Coordenadora de Projetos Ambientais

Na Califórnia dois dias de intensa troca de experiências.

Tais Tokusato(*)

Há mais de um ano a SESRP vem trabalhando para facilitar
este evento, proporcionando espaço e oportunidade para
que todos os participantes aprofundem sua compreensão da
Soka Education, pedagogia humanística focada na
construção da paz e na cidadania global.
Carta de introdução à 16ª. Conferência sobre Educação Soka

Confira no mapa onde fica Aliso Viejo.

Fica no sul da Califórnia, não muito longe de Los Angeles, uma beleza de cidade tranquila, perto do Pacífico, embora entre a cidade e o mar, uma distância que se cobre nuns 5 minutos, haja um canyon, espécie de barreira montanhosa.

É justamente em Alison Viejo que fica a Universidade Soka América. Foi ali, em dois dias de intenso trabalho e rica troca de experiências envolvendo cerca de 50 pessoas dos 5 continentes, tanto jovens estudantes como maduros professores e pesquisadores, que se realizou nos dias 15 e 16 fevereiro a 16ª. Conferência sobre Educação Soka. Os mais variados temas foram abordados, expostos e debatidos – entre tantos outros, justiça ambiental, consentimento sexual como meio de pacificação, Iran – diálogo na busca da paz num país que rotulamos como violento.

Foram apresentadas 11 pesquisas e aconteceram 3 workshops. Ainda que em inglês, vale a pena conhecer maiores detalhes da Conferência – Clique aqui (https://m.box.com/shared_item/https%3A%2F%2Fsoka.box.com%2Fv%2Fsec16booklet ) .

Tive muita honra e satisfação em fazer a apresentação “Educação Ambiental no Amazonas: Um Caso de Estudo sobre o Instituto Soka Amazônia” em que expus, ao lado da pesquisadora brasileira Tamy Kobashikawa os resultados da pesquisa realizada em outubro de 2019 com o intuito de avaliar a eficiência do projeto “Academia Ambiental”. Estudante de doutorado na Universidade Soka, atualmente Tamy é membro do Centro de Pesquisa de Humanismo Ikeda da Universidade Federal de Rondônia e da Sociedade Japonesa para o desenvolvimento Internacional.

Para mim e Tamy foi especialmente muito bom ter recebido demonstrações vivas e inequívocas do interesse despertado pelo conteúdo apresentado.

Em relação aos dois dias de trabalho, talvez uma das mais importantes constatações tenha sido a da praticidade dos casos e experiências apresentados, capazes de tornar cada vez mais efetiva a nossa atuação no dia a dia dentro da realidade brasileira e das peculiaridades de uma região tão especial e rica como a Amazônia.

E as praias da Califórnia?

Deu apenas para contemplar um lindo pôr-do-sol e perceber que as águas são geladas e as areias, curiosamente, talvez mais geladas ainda.

(*) Graduanda em Ciências Naturais (UFAM) e Coordenadora de Projetos Ambientais