Unidos na ciência contra a mudança climática

Mudanças climáticas Amazonas

Autor: Diego Oliveira Brandão[1]

Unidos na Ciência (título original: United in Science 2022) é uma síntese científica relacionada às mudanças climáticas, impactos e respostas. O relatório foi produzido por várias organizações científicas com atuação global, sendo publicado em 13/09/2022. Os tópicos do relatório abordaram gases de efeito estufa (GEE), clima atual, clima futuro, impactos e adaptação. A mensagem principal de cada tópico foi traduzida livremente e interpretada em um contexto da Amazônia, sendo apresentada abaixo.

O relatório mostrou que as concentrações atmosféricas de GEE continuam a aumentar. Houve uma queda em 2020 e 2021. Isso aconteceu devido aos efeitos da pandemia de COVID-19. No entanto, as emissões de GEE agora estão tão altas quanto o período pré-pandemia.

A temperatura atmosférica sobre o solo e oceano tem sido crescente. Foi estimada uma média probabilidade de que, entre 2022 e 2026, a temperatura média anual seja temporariamente 1,5°C mais alta do que em 1850-1900.

Bilhões de pessoas em todo o mundo estão expostas aos impactos das mudanças climáticas. Os impactos socioeconômicos serão crescentes. As populações mais vulneráveis sofrerão mais, como as comunidades tradicionais (andirobeiras, extrativistas, indígenas, quebradeiras de coco babaçu, quilombolas e ribeirinhas) e agricultores familiares da Amazônia que dependem das plantas nativas para subsistência. Vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade e incapacidade dos sistemas humanos e naturais de lidar com os efeitos negativos da mudança do clima.

Comunidades tradicionais e agricultores familiares da Amazônia estão altamente ameaçados pela mudança climática. Crédito da imagem: Diego Oliveira Brandão, arquivo pessoal

A adaptação é crucial para reduzir os riscos aos impactos climáticos. Medidas de adaptação são iniciativas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.

As evidências científicas alertam que são necessárias medidas aprimoradas para evitar o aquecimento contínuo do sistema terrestre. Isso é essencial para reduzir a probabilidade de mudanças irreversíveis no sistema climático. O relatório destacou que os sistemas de alerta precoce podem salvar vidas, reduzir perdas e danos, contribuir para a redução do risco de desastres e apoiar a adaptação às mudanças climáticas.

Referências:

  • United in Science 2022: A multi-organization high-level compilation of the most recent science related to climate change, impacts and responses. Disponível em: https://public.wmo.int/en/resources/united_in_science. Acesso em: 14/09/2022.
  • Política Nacional sobre Mudança do Clima. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12187.htm. Acesso em: 14/09/2022.
  • Brandão, D. O. Mudanças climáticas e seus impactos sobre os produtos florestais não madeireiros na Amazônia. In: SIMPÓSIO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SISTEMA TERRESTRE, 10. (SPGCST), 2021, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Anais… São José dos Campos: INPE, 2021. On-line. ISBN 978-65-00-33306-0. IBI: < 8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP >. Disponível em: < http://urlib.net/ibi/8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP  >.
  • Brandão, D. O.; Barata, L.E.S.; Nobre, C. A. The effects of environmental changes on plant species and forest dependent communities in the Amazon region. Forests, v.13, n.3, p. 466, 2022. Disponível em: < https://www.mdpi.com/1999-4907/13/3/466  >
  • Imagens do arquivo pessoal de Diego Oliveira Brandão.

Artigos relacionados:


[1] Biólogo CRBIO 116152

Contato: diegobrandao779@gmail.com

Unidos na ciência contra a mudança climática

Mudanças climáticas Amazonas

Autor: Diego Oliveira Brandão[1]

Unidos na Ciência (título original: United in Science 2022) é uma síntese científica relacionada às mudanças climáticas, impactos e respostas. O relatório foi produzido por várias organizações científicas com atuação global, sendo publicado em 13/09/2022. Os tópicos do relatório abordaram gases de efeito estufa (GEE), clima atual, clima futuro, impactos e adaptação. A mensagem principal de cada tópico foi traduzida livremente e interpretada em um contexto da Amazônia, sendo apresentada abaixo.

O relatório mostrou que as concentrações atmosféricas de GEE continuam a aumentar. Houve uma queda em 2020 e 2021. Isso aconteceu devido aos efeitos da pandemia de COVID-19. No entanto, as emissões de GEE agora estão tão altas quanto o período pré-pandemia.

A temperatura atmosférica sobre o solo e oceano tem sido crescente. Foi estimada uma média probabilidade de que, entre 2022 e 2026, a temperatura média anual seja temporariamente 1,5°C mais alta do que em 1850-1900.

Bilhões de pessoas em todo o mundo estão expostas aos impactos das mudanças climáticas. Os impactos socioeconômicos serão crescentes. As populações mais vulneráveis sofrerão mais, como as comunidades tradicionais (andirobeiras, extrativistas, indígenas, quebradeiras de coco babaçu, quilombolas e ribeirinhas) e agricultores familiares da Amazônia que dependem das plantas nativas para subsistência. Vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade e incapacidade dos sistemas humanos e naturais de lidar com os efeitos negativos da mudança do clima.

Comunidades tradicionais e agricultores familiares da Amazônia estão altamente ameaçados pela mudança climática. Crédito da imagem: Diego Oliveira Brandão, arquivo pessoal

A adaptação é crucial para reduzir os riscos aos impactos climáticos. Medidas de adaptação são iniciativas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.

As evidências científicas alertam que são necessárias medidas aprimoradas para evitar o aquecimento contínuo do sistema terrestre. Isso é essencial para reduzir a probabilidade de mudanças irreversíveis no sistema climático. O relatório destacou que os sistemas de alerta precoce podem salvar vidas, reduzir perdas e danos, contribuir para a redução do risco de desastres e apoiar a adaptação às mudanças climáticas.

Referências:

  • United in Science 2022: A multi-organization high-level compilation of the most recent science related to climate change, impacts and responses. Disponível em: https://public.wmo.int/en/resources/united_in_science. Acesso em: 14/09/2022.
  • Política Nacional sobre Mudança do Clima. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12187.htm. Acesso em: 14/09/2022.
  • Brandão, D. O. Mudanças climáticas e seus impactos sobre os produtos florestais não madeireiros na Amazônia. In: SIMPÓSIO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SISTEMA TERRESTRE, 10. (SPGCST), 2021, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Anais… São José dos Campos: INPE, 2021. On-line. ISBN 978-65-00-33306-0. IBI: < 8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP >. Disponível em: < http://urlib.net/ibi/8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP  >.
  • Brandão, D. O.; Barata, L.E.S.; Nobre, C. A. The effects of environmental changes on plant species and forest dependent communities in the Amazon region. Forests, v.13, n.3, p. 466, 2022. Disponível em: < https://www.mdpi.com/1999-4907/13/3/466  >
  • Imagens do arquivo pessoal de Diego Oliveira Brandão.

Artigos relacionados:


[1] Biólogo CRBIO 116152

Contato: diegobrandao779@gmail.com

Descoberta “agridoce”: novos peixes da Amazônia descritos por brasileiros já estão ameaçados de extinção

Peixes fazem parte de subfamília que teve a última espécie identificada em 1965. Descoberta só foi possível porque a região já vem sendo explorada

Autora: Bianca Camatta Arte: Ana Júlia Maciel

Artigo publicado originalmente em 17/05/2022

Não é usual a publicação neste blog, de artigos de terceiros. Neste caso abrimos uma exceção, seja pela qualidade do texto, o valor do artigo em si e sobretudo pelo alerta que traz a respeito de um fato importante sobre a Amazônia, região que é foco de muita atenção em todo o mundo e o centro das atividades que o Instituto Soka Amazônia aqui desenvolve continuamente

Duas espécies de peixes encontradas por pesquisadores brasileiros na Amazônia, a Poecilocharax callipterus e a Poecilocharax rhizophilus, acabam de ser descritas – e já “nascem” em perigo de extinção. 

Ambas as espécies foram encontradas próximas ao município de Apuí, na Amazônia. “A gente foi a campo com o objetivo de amostrar esses peixes ao longo da América do Sul, voltar em pontos e localidades de peixes da ordem Characiformes (pacus, piranhas, piaus, lambaris, e etc.) que considerávamos raros em coleções científicas, e também mostrar lugares novos”, conta ao Jornal da USP, Murilo Pastana, doutor pela USP e atualmente pós-doutorando pelo Museu Nacional de História Natural, em Washington, nos Estados Unidos.

Murilo Pastana – Foto: Arquivo Pessoal

“Durante a descoberta, em 2016, nós detectamos que a região estava sofrendo muito com o impacto ambiental. Esse fato só se agravou nos anos seguintes e, enquanto enviávamos nosso estudo para publicação, o boletim do desmatamento da Amazônia Legal de abril de 2021 classificou a região como o segundo município com maior perda de cobertura vegetal. Por conta disso, sugerimos a classificação das duas espécies como em perigo de extinção, sendo que uma delas já indicamos como ”criticamente ameaçada’, por existir em apenas um riacho da região”, explica Pastana.

Além de Murilo Pastana, o artigo publicado no dia 16 de maio no periódico Zoological Journal of the Linnean Society tem como autores Willian Ohara, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), e Patrícia Camelier, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O trabalho começou entre 2015 e 2016, quando os três eram doutorandos do Museu de Zoologia (MZ) da USP.

Os dois lados da descoberta

Os pesquisadores fizeram um trajeto de Rondônia até o estado do Pará, atravessando o sul do estado do Amazonas, região da Amazônia antes intransitável. “A ideia era chegar aonde os pesquisadores ainda não chegaram, e teríamos chances de encontrar possíveis espécies novas”, conta Murilo Pastana. 

O pesquisador diz que foi preciso ter alimentos e equipamentos para um período de cerca de duas semanas em campo. Lá, eles utilizavam principalmente redes para conseguir identificar as espécies. “Dependendo do tipo de ambiente, uma rede diferente é usada, por exemplo, a rede de arrasto, que você abre com duas pessoas e vai arrastando em direção à margem do rio”, pontua.

O equipamento utilizado depende da região analisada, se é um riacho, uma cachoeira ou um rio, por exemplo. Porém, Pastana esclarece que todos os métodos que cabiam em um determinado ambiente eram utilizados, como forma de padronização.

Murilo Pastana (centro) e Willian Ohara (direita), coletando espécies próximos à margem de um rio após pescar com rede de cerco perto de Apuí – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

No entanto, apesar da descoberta das espécies, que fazem parte da subfamília Crenuchinae ser a primeira desde 1965, na visão de Pastana, ela carrega consigo um sabor agridoce.

 “Ao mesmo tempo em que podemos descobrir novas espécies tão espetaculares, isso só está acontecendo porque aquela região está sob intensa exploração: as estradas que usamos foram abertas provavelmente por madeireiros, garimpeiros e grileiros.”

Mais de uma vez, a gente estava coletando dentro de parque nacional, dentro de floresta nacional e olhávamos para o lado e tinha gado”, complementa. 

Fazenda de gado perto do município de Apuí. Esses animais foram criados em áreas recentemente desmatadas – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

As espécies como expressão artística

As novas espécies descobertas, que fazem parte da mesma subfamília, foram identificadas por características que a destacam de outras já conhecidas. Poecilocharax callipterus foi identificada por meio de sua mancha escura na cauda e nadadeiras alaranjadas. Essa espécie foi sugerida pelos pesquisadores como ameaçada, aproximando-se do critério de criticamente ameaçada de extinção, por existir em apenas um riacho da região.

Imagem da Poecilocharax callipterus. Em cima vemos o macho e embaixo a fêmea – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

Pastana complementa explicando a diferença entre o macho e a fêmea. O primeiro é mais avermelhado que a segunda, tem uma coloração mais escura e tem nadadeiras dorsais e anais mais alongadas. 

Já na Poecilocharax rhizophilus, a característica que se destacou foi o seu tamanho, que a fez ser considerada uma miniatura. “Quando a vimos, achamos que poderia ser juvenil, mas, quando olhamos na lupa, vimos que eles já tinham maturidade sexual”, conta Pastana. Ele ainda esclarece que, quando um peixe tem a medida máxima de 2,6 cm e já tem maturidade sexual, a espécie é considerada uma miniatura.

A Poecilocharax rhizophilus tem apenas 2 cm de comprimento – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

A importância desses novos peixes para o ambiente em que vivem ainda não pode ser medida apenas com esse estudo, mas Pastana lembra que qualquer espécie que some em uma região causa um desequilíbrio ecológico. 

Já para a área de estudo de Pastana, a descoberta dessas espécies pode contribuir para a compreensão da evolução dos peixes e também a evolução dos rios. “Tem pessoas que casam dados geológicos e hidrológicos com a distribuição de peixes, para entender a conexão entre os rios ao longo do tempo”, exemplifica. 

O pesquisador também comenta que, como as obras de arte, cada espécie de peixe é insubstituível

“Como você se sentiria se eu fosse num museu de arte, pegasse um quadro e rasgasse na sua frente? É assim que eu me sinto quando um peixinho é extinto, porque aquilo para mim é uma expressão quase que artística da morfologia, da genética e é insubstituível, como qualquer obra”, lamenta ele.

Artigo original originalmente em 17/05/202 Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/descoberta-agridoce-novos-peixes-da-amazonia-descritos-por-brasileiros-ja-estao-ameacados-de-extincao/

Descoberta “agridoce”: novos peixes da Amazônia descritos por brasileiros já estão ameaçados de extinção

Peixes fazem parte de subfamília que teve a última espécie identificada em 1965. Descoberta só foi possível porque a região já vem sendo explorada

Autora: Bianca Camatta Arte: Ana Júlia Maciel

Artigo publicado originalmente em 17/05/2022

Não é usual a publicação neste blog, de artigos de terceiros. Neste caso abrimos uma exceção, seja pela qualidade do texto, o valor do artigo em si e sobretudo pelo alerta que traz a respeito de um fato importante sobre a Amazônia, região que é foco de muita atenção em todo o mundo e o centro das atividades que o Instituto Soka Amazônia aqui desenvolve continuamente

Duas espécies de peixes encontradas por pesquisadores brasileiros na Amazônia, a Poecilocharax callipterus e a Poecilocharax rhizophilus, acabam de ser descritas – e já “nascem” em perigo de extinção. 

Ambas as espécies foram encontradas próximas ao município de Apuí, na Amazônia. “A gente foi a campo com o objetivo de amostrar esses peixes ao longo da América do Sul, voltar em pontos e localidades de peixes da ordem Characiformes (pacus, piranhas, piaus, lambaris, e etc.) que considerávamos raros em coleções científicas, e também mostrar lugares novos”, conta ao Jornal da USP, Murilo Pastana, doutor pela USP e atualmente pós-doutorando pelo Museu Nacional de História Natural, em Washington, nos Estados Unidos.

Murilo Pastana – Foto: Arquivo Pessoal

“Durante a descoberta, em 2016, nós detectamos que a região estava sofrendo muito com o impacto ambiental. Esse fato só se agravou nos anos seguintes e, enquanto enviávamos nosso estudo para publicação, o boletim do desmatamento da Amazônia Legal de abril de 2021 classificou a região como o segundo município com maior perda de cobertura vegetal. Por conta disso, sugerimos a classificação das duas espécies como em perigo de extinção, sendo que uma delas já indicamos como ”criticamente ameaçada’, por existir em apenas um riacho da região”, explica Pastana.

Além de Murilo Pastana, o artigo publicado no dia 16 de maio no periódico Zoological Journal of the Linnean Society tem como autores Willian Ohara, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), e Patrícia Camelier, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O trabalho começou entre 2015 e 2016, quando os três eram doutorandos do Museu de Zoologia (MZ) da USP.

Os dois lados da descoberta

Os pesquisadores fizeram um trajeto de Rondônia até o estado do Pará, atravessando o sul do estado do Amazonas, região da Amazônia antes intransitável. “A ideia era chegar aonde os pesquisadores ainda não chegaram, e teríamos chances de encontrar possíveis espécies novas”, conta Murilo Pastana. 

O pesquisador diz que foi preciso ter alimentos e equipamentos para um período de cerca de duas semanas em campo. Lá, eles utilizavam principalmente redes para conseguir identificar as espécies. “Dependendo do tipo de ambiente, uma rede diferente é usada, por exemplo, a rede de arrasto, que você abre com duas pessoas e vai arrastando em direção à margem do rio”, pontua.

O equipamento utilizado depende da região analisada, se é um riacho, uma cachoeira ou um rio, por exemplo. Porém, Pastana esclarece que todos os métodos que cabiam em um determinado ambiente eram utilizados, como forma de padronização.

Murilo Pastana (centro) e Willian Ohara (direita), coletando espécies próximos à margem de um rio após pescar com rede de cerco perto de Apuí – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

No entanto, apesar da descoberta das espécies, que fazem parte da subfamília Crenuchinae ser a primeira desde 1965, na visão de Pastana, ela carrega consigo um sabor agridoce.

 “Ao mesmo tempo em que podemos descobrir novas espécies tão espetaculares, isso só está acontecendo porque aquela região está sob intensa exploração: as estradas que usamos foram abertas provavelmente por madeireiros, garimpeiros e grileiros.”

Mais de uma vez, a gente estava coletando dentro de parque nacional, dentro de floresta nacional e olhávamos para o lado e tinha gado”, complementa. 

Fazenda de gado perto do município de Apuí. Esses animais foram criados em áreas recentemente desmatadas – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

As espécies como expressão artística

As novas espécies descobertas, que fazem parte da mesma subfamília, foram identificadas por características que a destacam de outras já conhecidas. Poecilocharax callipterus foi identificada por meio de sua mancha escura na cauda e nadadeiras alaranjadas. Essa espécie foi sugerida pelos pesquisadores como ameaçada, aproximando-se do critério de criticamente ameaçada de extinção, por existir em apenas um riacho da região.

Imagem da Poecilocharax callipterus. Em cima vemos o macho e embaixo a fêmea – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

Pastana complementa explicando a diferença entre o macho e a fêmea. O primeiro é mais avermelhado que a segunda, tem uma coloração mais escura e tem nadadeiras dorsais e anais mais alongadas. 

Já na Poecilocharax rhizophilus, a característica que se destacou foi o seu tamanho, que a fez ser considerada uma miniatura. “Quando a vimos, achamos que poderia ser juvenil, mas, quando olhamos na lupa, vimos que eles já tinham maturidade sexual”, conta Pastana. Ele ainda esclarece que, quando um peixe tem a medida máxima de 2,6 cm e já tem maturidade sexual, a espécie é considerada uma miniatura.

A Poecilocharax rhizophilus tem apenas 2 cm de comprimento – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

A importância desses novos peixes para o ambiente em que vivem ainda não pode ser medida apenas com esse estudo, mas Pastana lembra que qualquer espécie que some em uma região causa um desequilíbrio ecológico. 

Já para a área de estudo de Pastana, a descoberta dessas espécies pode contribuir para a compreensão da evolução dos peixes e também a evolução dos rios. “Tem pessoas que casam dados geológicos e hidrológicos com a distribuição de peixes, para entender a conexão entre os rios ao longo do tempo”, exemplifica. 

O pesquisador também comenta que, como as obras de arte, cada espécie de peixe é insubstituível

“Como você se sentiria se eu fosse num museu de arte, pegasse um quadro e rasgasse na sua frente? É assim que eu me sinto quando um peixinho é extinto, porque aquilo para mim é uma expressão quase que artística da morfologia, da genética e é insubstituível, como qualquer obra”, lamenta ele.

Artigo original originalmente em 17/05/202 Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/descoberta-agridoce-novos-peixes-da-amazonia-descritos-por-brasileiros-ja-estao-ameacados-de-extincao/

Parcerias sempre. E parcerias tão especiais como a formalizada com o Tribunal Regional do Trabalho

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar, é dessa forma que o Instituto Soka Amazônia tem firmado parcerias que viabilizam a operacionalização dos muitos projetos com foco em Educação Ambiental  que hoje são realidade e que passam, sempre, pelo plantio de árvores na muitas vezes maltratada Floresta Amazônica.

Há parcerias, no entanto, que têm significado ainda mais especial.

É o caso do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. região.

As atividades práticas, já iniciadas, estão vivendo neste instante um momento muito especial, com a assinatura de documentos pela Desembargadora Federal Presidente Ormy da Conceição Dias Bentes, Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. Região e pelo sr. Thiago Augusto Terada, diretor presidente da Águas de Manaus (AM) e Águas de São Francisco (PA), juntamente com o presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, que formalizaram a adesão ao Pacto Global da ONU e ao HUB ODS Amazonas.  

Pacto Global

Na cerimônia que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 29 de abril de 2022, foi ressaltado o significado do Pacto Global da ONU, criado em 2000 com objetivo de conceder a seus membros acesso a ferramentas que contribuirão para ampliar o envolvimento com temas de sustentabilidade. A iniciativa mobiliza entidades públicas e privadas a promoverem o crescimento sustentável e a cidadania, estimulando seus integrantes a enfrentar os principais desafios contemporâneos da humanidade, atualmente representados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Parcerias regionais

Por sua vez, o programa Hub ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar, por meio de parcerias regionais, o envolvimento de setores público e privados com a Agenda do Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030. 

É um mecanismo criado para aumentar o impacto regional nos ODS dentro da vocação de cada estado. As iniciativas em cada região são conduzidas em parceria com uma organização âncora por estado, que contribui no âmbito operacional e estratégico, criando conjuntamente um plano de ação para aquela região. 

No Amazonas o hub é ancorado pelo Instituto Soka Amazônia. 

Compromisso do TRT

Ao assinar a adesão ao Pacto Global e ao hub ODS Amazonas, o Tribunal reafirma o compromisso com a estratégia nacional do Poder Judiciário 2021-2026, que prevê a adoção, pelos tribunais, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU (ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação), assim como com a política nacional do Poder Judiciário para o meio ambiente e com o plano de logística sustentável do TRT 11, aprovado por meio da resolução administrativa nº 272/2021. 

O valor do convênio para o Instituto Soka Amazônia

O presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, relembrou o valor do convênio já assinado com o Instituto e falou de sua satisfação ao receber o Tribunal Regional do Trabalho no Instituto Soka Amazônia para a solenidade de assinatura de adesão ao Pacto Global.

“As ações colaborativas baseadas no diálogo e respeito mútuo entre a sociedade civil, as empresas e as Instituições Públicas mostram que é possível criar valores em harmonia com a comunidade da vida” – disse.

Plantios e as perdas do TRT para a pandemia

Após as assinaturas, e em sintonia com o Projeto Memorial Vida, foi programado o plantio de 32 mudas nativas que correm risco de extinção, em homenagem póstuma aos servidores do Regional e ao Ministro do TST Walmir Oliveira da Costa, que foram vítimas fatais do covid-19. Cada servidor falecido terá o nome associado a uma dessas árvores que serão plantadas, em reconhecimento ao trabalho prestado à Instituição.

Essa homenagem é de suma importância para nós. Mesmo que simbólico, é algo que vai enraizar, permanecer e crescer. Fiquei comovida pelo gesto, agradeço!

Viúva do Sr. Benjamin Matias Fernandes Filho, servidor do Tribunal do Trabalho no Gabinete da Dra. Ormy

Parcerias sempre. E parcerias tão especiais como a formalizada com o Tribunal Regional do Trabalho

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar, é dessa forma que o Instituto Soka Amazônia tem firmado parcerias que viabilizam a operacionalização dos muitos projetos com foco em Educação Ambiental  que hoje são realidade e que passam, sempre, pelo plantio de árvores na muitas vezes maltratada Floresta Amazônica.

Há parcerias, no entanto, que têm significado ainda mais especial.

É o caso do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. região.

As atividades práticas, já iniciadas, estão vivendo neste instante um momento muito especial, com a assinatura de documentos pela Desembargadora Federal Presidente Ormy da Conceição Dias Bentes, Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. Região e pelo sr. Thiago Augusto Terada, diretor presidente da Águas de Manaus (AM) e Águas de São Francisco (PA), juntamente com o presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, que formalizaram a adesão ao Pacto Global da ONU e ao HUB ODS Amazonas.  

Pacto Global

Na cerimônia que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 29 de abril de 2022, foi ressaltado o significado do Pacto Global da ONU, criado em 2000 com objetivo de conceder a seus membros acesso a ferramentas que contribuirão para ampliar o envolvimento com temas de sustentabilidade. A iniciativa mobiliza entidades públicas e privadas a promoverem o crescimento sustentável e a cidadania, estimulando seus integrantes a enfrentar os principais desafios contemporâneos da humanidade, atualmente representados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Parcerias regionais

Por sua vez, o programa Hub ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar, por meio de parcerias regionais, o envolvimento de setores público e privados com a Agenda do Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030. 

É um mecanismo criado para aumentar o impacto regional nos ODS dentro da vocação de cada estado. As iniciativas em cada região são conduzidas em parceria com uma organização âncora por estado, que contribui no âmbito operacional e estratégico, criando conjuntamente um plano de ação para aquela região. 

No Amazonas o hub é ancorado pelo Instituto Soka Amazônia. 

Compromisso do TRT

Ao assinar a adesão ao Pacto Global e ao hub ODS Amazonas, o Tribunal reafirma o compromisso com a estratégia nacional do Poder Judiciário 2021-2026, que prevê a adoção, pelos tribunais, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU (ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação), assim como com a política nacional do Poder Judiciário para o meio ambiente e com o plano de logística sustentável do TRT 11, aprovado por meio da resolução administrativa nº 272/2021. 

O valor do convênio para o Instituto Soka Amazônia

O presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, relembrou o valor do convênio já assinado com o Instituto e falou de sua satisfação ao receber o Tribunal Regional do Trabalho no Instituto Soka Amazônia para a solenidade de assinatura de adesão ao Pacto Global.

“As ações colaborativas baseadas no diálogo e respeito mútuo entre a sociedade civil, as empresas e as Instituições Públicas mostram que é possível criar valores em harmonia com a comunidade da vida” – disse.

Plantios e as perdas do TRT para a pandemia

Após as assinaturas, e em sintonia com o Projeto Memorial Vida, foi programado o plantio de 32 mudas nativas que correm risco de extinção, em homenagem póstuma aos servidores do Regional e ao Ministro do TST Walmir Oliveira da Costa, que foram vítimas fatais do covid-19. Cada servidor falecido terá o nome associado a uma dessas árvores que serão plantadas, em reconhecimento ao trabalho prestado à Instituição.

Essa homenagem é de suma importância para nós. Mesmo que simbólico, é algo que vai enraizar, permanecer e crescer. Fiquei comovida pelo gesto, agradeço!

Viúva do Sr. Benjamin Matias Fernandes Filho, servidor do Tribunal do Trabalho no Gabinete da Dra. Ormy

De como óleos batizados acabaram abrindo caminho para uma empresa modelo

A Amazônia como ela é: Parece coisa de novela das 8, filme de cinema, ou mesmo livro de autoajuda, mas é fato real, que aconteceu no Amazonas em maio de 2004.

Duas fraturas na coluna em um acidente na Usina Termelétrica, localizada no Estado do Amazonas, em Manaus e a vida de Raimundo Lima da Luz, que ali trabalhava em serviços de manutenção de rotina, mudou para sempre.

Hoje ele tem placa de titânio na coluna cervical, mas plena consciência de que a mudança acabou sendo positiva, apesar de uma trabalheira danada e muitos momentos de grande apreensão por que passou.

Na ponta de cá, a realidade é a história da Extratora de Óleos Vegetais Canto da Luz Eireli, uma empresa que dá a ele muito o que contar e põe em destaque um projeto com aspectos que representam muito, tanto para a economia do Amazonas, mas especialmente para a qualidade de vida de populações ribeirinhas.

Procura sem resultados por óleos de qualidade

Na raiz da Canto da Luz, uma necessidade pessoal de Raimundo quando se recuperava do acidente, e tinha necessidade de produtos à base de óleo de andiroba e copaíba, comprados então na área urbana de Manaus.

Ele percebia que eram produtos flagrantemente batizados (ou para usar a palavra certa, adulterados) com a adição de outros óleos, especialmente de soja ou babaçu.

Na busca por óleos mais puros, Raimundo resolveu ir direto às áreas de produção, em povoados no interior do Estado.

Pura decepção, pois percebeu que ali também acontecia o batismo, recurso dos produtores para ganhar um pouco mais.

Os milagres da andiroba e da copaíba É um sem fim de enfermidades para as quais os produtos de andiroba e copaíba são indicados: ACNE, pele ressecada, queda de cabelos, eliminação de estrias e celulite, psoríase, (doenças autoimunes), problemas vasculares, esfoliação natural, hidratação e clareamento de pele, renovação celular cutânea, desintoxicante da pele e bactericida, artrite, reumatismo, relaxante muscular, tendinite, repelente contra insetos, carrapaticida. fungicida, bactericida, antimicótico e imunoestimulante

Foi essa constatação que o levou a iniciar a busca de um sistema próprio de extração do óleo.

Desenvolvimento da máquina patenteada

Analisa daqui, estuda dali, discute com uma pessoa, discute com outra, seu caminho acabou cruzando com a dra. Isolde Ferraz, do INPA, (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), e sua participação no projeto foi de extrema valia.

Foram anos inteiros de estudos, testes, para chegar à realidade atual em que são produzidos óleos inigualáveis, de extrema pureza através de uma metodologia totalmente nova.

Para tornar curta uma história bem mais comprida:

  • A Extratora Canto da Luz requereu junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) a patente de sua máquina de extração de óleo.
  • Seu processo e sua metodologia de produção são únicos e proporcionam não só altos índices de pureza dos óleos de andiroba e copaíba como um aproveitamento superior das sementes processadas.
  • Operando ainda na incubadora da Universidade Federal do Amazonas, a Canto da Luz está em vias de se tornar 100% independente, em novas instalações fora da Universidade, ao mesmo tempo em que mantém entendimentos com investidores para viabilizar economicamente o projeto.
  • Mantém, e vai estimular cada vez mais as parcerias com ribeirinhos que foram encorajados a reflorestar áreas degradadas da Amazônia. Em termos práticos, isso representará para essas populações não só um novo rendimento, como ampliará o valor pago por saco de sementes.
  • Está nos planos a potencialização da extração das sementes em toda a região, capacitando as populações e fortalecendo as comunidades extrativistas. É uma soma em que 2+2= 5, talvez 6.
  • A produção, hoje, é de produtos fitoterápicos para o mercado de saúde e não cosméticos, mas o propósito é manter ativas as duas linhas – fitoterápicos e cosméticos à base de andiroba (principalmente) e copaíba.
  • O projeto de expansão prevê a curto prazo um crescimento de 125 para 500 unidades por dia.
  • Por causa da pandemia a produção esteve muito restrita e foi suficiente para atender clientes há mais tempo, tanto no estado do Amazonas como em cidades como Brasília, Campinas e Ribeirão Preto.
  • Num horizonte mais amplo, pode ser prevista a exportação de óleos para outros países e nesse sentido já há entendimentos com empresas de Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.

O óleo de andiroba que afirmavam estar sendo extraído a frio, não era a frio, pois no processo as amêndoas eram torradas após secagem de 150°C a 300°F e depois levadas a uma prensa para extração do óleo

Os fitoterápicos Canto da Luz.

Em seu site, a Canto da Luz explica que a sua linha de produtos é de fitoterápicos, ou seja, produtos alcançados de plantas medicinais, onde são utilizados exclusivamente derivados de droga vegetal tais como: suco, cera, exsudato, óleo, extrato, tintura, entre outros. A linha inclui cápsulas de andiroba e de copaíba, além de cremes massageadores e sabonetes

De como óleos batizados acabaram abrindo caminho para uma empresa modelo

A Amazônia como ela é: Parece coisa de novela das 8, filme de cinema, ou mesmo livro de autoajuda, mas é fato real, que aconteceu no Amazonas em maio de 2004.

Duas fraturas na coluna em um acidente na Usina Termelétrica, localizada no Estado do Amazonas, em Manaus e a vida de Raimundo Lima da Luz, que ali trabalhava em serviços de manutenção de rotina, mudou para sempre.

Hoje ele tem placa de titânio na coluna cervical, mas plena consciência de que a mudança acabou sendo positiva, apesar de uma trabalheira danada e muitos momentos de grande apreensão por que passou.

Na ponta de cá, a realidade é a história da Extratora de Óleos Vegetais Canto da Luz Eireli, uma empresa que dá a ele muito o que contar e põe em destaque um projeto com aspectos que representam muito, tanto para a economia do Amazonas, mas especialmente para a qualidade de vida de populações ribeirinhas.

Procura sem resultados por óleos de qualidade

Na raiz da Canto da Luz, uma necessidade pessoal de Raimundo quando se recuperava do acidente, e tinha necessidade de produtos à base de óleo de andiroba e copaíba, comprados então na área urbana de Manaus.

Ele percebia que eram produtos flagrantemente batizados (ou para usar a palavra certa, adulterados) com a adição de outros óleos, especialmente de soja ou babaçu.

Na busca por óleos mais puros, Raimundo resolveu ir direto às áreas de produção, em povoados no interior do Estado.

Pura decepção, pois percebeu que ali também acontecia o batismo, recurso dos produtores para ganhar um pouco mais.

Os milagres da andiroba e da copaíba É um sem fim de enfermidades para as quais os produtos de andiroba e copaíba são indicados: ACNE, pele ressecada, queda de cabelos, eliminação de estrias e celulite, psoríase, (doenças autoimunes), problemas vasculares, esfoliação natural, hidratação e clareamento de pele, renovação celular cutânea, desintoxicante da pele e bactericida, artrite, reumatismo, relaxante muscular, tendinite, repelente contra insetos, carrapaticida. fungicida, bactericida, antimicótico e imunoestimulante

Foi essa constatação que o levou a iniciar a busca de um sistema próprio de extração do óleo.

Desenvolvimento da máquina patenteada

Analisa daqui, estuda dali, discute com uma pessoa, discute com outra, seu caminho acabou cruzando com a dra. Isolde Ferraz, do INPA, (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), e sua participação no projeto foi de extrema valia.

Foram anos inteiros de estudos, testes, para chegar à realidade atual em que são produzidos óleos inigualáveis, de extrema pureza através de uma metodologia totalmente nova.

Para tornar curta uma história bem mais comprida:

  • A Extratora Canto da Luz requereu junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) a patente de sua máquina de extração de óleo.
  • Seu processo e sua metodologia de produção são únicos e proporcionam não só altos índices de pureza dos óleos de andiroba e copaíba como um aproveitamento superior das sementes processadas.
  • Operando ainda na incubadora da Universidade Federal do Amazonas, a Canto da Luz está em vias de se tornar 100% independente, em novas instalações fora da Universidade, ao mesmo tempo em que mantém entendimentos com investidores para viabilizar economicamente o projeto.
  • Mantém, e vai estimular cada vez mais as parcerias com ribeirinhos que foram encorajados a reflorestar áreas degradadas da Amazônia. Em termos práticos, isso representará para essas populações não só um novo rendimento, como ampliará o valor pago por saco de sementes.
  • Está nos planos a potencialização da extração das sementes em toda a região, capacitando as populações e fortalecendo as comunidades extrativistas. É uma soma em que 2+2= 5, talvez 6.
  • A produção, hoje, é de produtos fitoterápicos para o mercado de saúde e não cosméticos, mas o propósito é manter ativas as duas linhas – fitoterápicos e cosméticos à base de andiroba (principalmente) e copaíba.
  • O projeto de expansão prevê a curto prazo um crescimento de 125 para 500 unidades por dia.
  • Por causa da pandemia a produção esteve muito restrita e foi suficiente para atender clientes há mais tempo, tanto no estado do Amazonas como em cidades como Brasília, Campinas e Ribeirão Preto.
  • Num horizonte mais amplo, pode ser prevista a exportação de óleos para outros países e nesse sentido já há entendimentos com empresas de Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.

O óleo de andiroba que afirmavam estar sendo extraído a frio, não era a frio, pois no processo as amêndoas eram torradas após secagem de 150°C a 300°F e depois levadas a uma prensa para extração do óleo

Os fitoterápicos Canto da Luz.

Em seu site, a Canto da Luz explica que a sua linha de produtos é de fitoterápicos, ou seja, produtos alcançados de plantas medicinais, onde são utilizados exclusivamente derivados de droga vegetal tais como: suco, cera, exsudato, óleo, extrato, tintura, entre outros. A linha inclui cápsulas de andiroba e de copaíba, além de cremes massageadores e sabonetes

O olhar fotográfico de quem vê além do óbvio

Valter Calheiros de Souza
O fotógrafo da natureza, Valter Calheiros de Souza vem registrando as belezas e os desafios da Amazônia desde a década de 1980

Não há dúvida de que há quem veja e não enxergue e há quem olhe e perceba muito mais do que está diante de si. Este é o olhar do fotógrafo, um ser sensível que, munido de sua câmera, consegue captar muito mais do que a simples paisagem à sua frente. Valter, desde que se mudou de Parintins-PA, para Manaus-AM, encontrou na arte fotográfica seu modo de exprimir o mundo que enxerga, tanto como meio de registrar sua riqueza como para denunciar as mazelas. É ainda um dos grandes amigos e colaboradores do Instituto Soka Amazônia.

O que significa ter “um bom olho”

O olhar fotográfico é aquele que além de ver, sente o que se passa naquele local. Dessa forma, ter ‘um bom olho” para a fotografia passa necessariamente pelo sentimento, pelo universo interno de cada um. Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’, frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio. O jovem Valter, no alto de seus 17 anos, assim que chegou a Manaus percebeu que poderia ‘comunicar muito’, por meio de suas imagens.

Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’

frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio

Mostrar uma maravilha ao mundo

Oriundo de uma prole numerosa, ele é o terceiro de 9 irmãos, chegou a um distrito na periferia de Manaus que fica em frente ao Encontro das Águas. “Naquele momento senti que tinha o dever de registrar aquela maravilha e mostra-la ao mundo! ”  Para quem ainda não teve o privilégio de ir a esse local encantado, onde as águas dos rios Negro e Solimões percorrem quilômetros lado-a-lado, como se algo mágico os unisse e os impelisse a caminhar irmanados de forma a produzir tal singularidade, não tem ideia da grandiosidade desse fenômeno.

Para o adolescente Valter, esse momento marcou profundamente sua vida. Uniu-se a outros com o objetivo de salvaguardar aquele local sagrado e vem se empenhando para garantir a sua preservação.

Educador ambiental

Valter é o responsável pela área educacional do Museu da Amazônia – MUSA. Segundo consta do site, “O mote ‘viver juntos’, mais que um imperativo de entendimento entre humanos e não humanos que aqui vivem, é, para o Musa, símbolo de um projeto de educação e solidariedade empenhado em promover o convívio dos cidadãos na diversidade cultural, biológica, social e política da grande bacia amazônica. Trata-se de um ‘museu vivo’, ou seja, os visitantes têm um acervo a céu aberto, onde podem ver as intrincadas ligações entre os seres que compõem o espaço totalmente vivo e interativo.

Valter coordena as visitações, em especial das escolas das redes públicas municipal e estadual. “Há basicamente dois tipos de visitas: a matutina e a noturna”, explica Valter. A matutina acontece muito cedo, quando as criaturas do dia iniciam sua jornada. A noturna, ainda mais fascinante, visa assistir aos seres noturnos em suas ações cotidianas.

“A Amazônia tem 2 momentos no ano: a cheia e a vazante. Durante a cheia é praticamente impossível realizar determinadas atividades, mas pode-se fazer outras, como percorrer os igarapés de barco. Na vazante, quando as águas baixam e a vida terrestre reinicia”, torna a explicar. Em cada fase o museu se reinventa e produz vivências inesquecíveis aos seus visitantes.”

Os 100 hectares do MUSA

Criado em janeiro de 2009, o Musa ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus. Uma área de floresta de terra firme, nativa, que há mais de 60 anos vem sendo estudada com paixão.

Podem ser encontrados no MUSA: exposições, viveiro de orquídeas e bromélias, lago, aquários e laboratórios experimentais de serpentes, de insetos e de borboletas. Uma torre de 42 metros permite fruir uma magnífica vista do dossel das árvores da floresta, inesquecível quando vista às seis da manhã.

Trilhas na floresta proporcionam ao visitante passeios agradáveis e descobertas surpreendentes. No Musa são desenvolvidas pesquisas em divulgação e popularização da ciência e da educação científica e cultural.

Leia mais: https://museudaamazonia.org.br/

O olhar fotográfico de quem vê além do óbvio

Valter Calheiros de Souza
O fotógrafo da natureza, Valter Calheiros de Souza vem registrando as belezas e os desafios da Amazônia desde a década de 1980

Não há dúvida de que há quem veja e não enxergue e há quem olhe e perceba muito mais do que está diante de si. Este é o olhar do fotógrafo, um ser sensível que, munido de sua câmera, consegue captar muito mais do que a simples paisagem à sua frente. Valter, desde que se mudou de Parintins-PA, para Manaus-AM, encontrou na arte fotográfica seu modo de exprimir o mundo que enxerga, tanto como meio de registrar sua riqueza como para denunciar as mazelas. É ainda um dos grandes amigos e colaboradores do Instituto Soka Amazônia.

O que significa ter “um bom olho”

O olhar fotográfico é aquele que além de ver, sente o que se passa naquele local. Dessa forma, ter ‘um bom olho” para a fotografia passa necessariamente pelo sentimento, pelo universo interno de cada um. Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’, frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio. O jovem Valter, no alto de seus 17 anos, assim que chegou a Manaus percebeu que poderia ‘comunicar muito’, por meio de suas imagens.

Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’

frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio

Mostrar uma maravilha ao mundo

Oriundo de uma prole numerosa, ele é o terceiro de 9 irmãos, chegou a um distrito na periferia de Manaus que fica em frente ao Encontro das Águas. “Naquele momento senti que tinha o dever de registrar aquela maravilha e mostra-la ao mundo! ”  Para quem ainda não teve o privilégio de ir a esse local encantado, onde as águas dos rios Negro e Solimões percorrem quilômetros lado-a-lado, como se algo mágico os unisse e os impelisse a caminhar irmanados de forma a produzir tal singularidade, não tem ideia da grandiosidade desse fenômeno.

Para o adolescente Valter, esse momento marcou profundamente sua vida. Uniu-se a outros com o objetivo de salvaguardar aquele local sagrado e vem se empenhando para garantir a sua preservação.

Educador ambiental

Valter é o responsável pela área educacional do Museu da Amazônia – MUSA. Segundo consta do site, “O mote ‘viver juntos’, mais que um imperativo de entendimento entre humanos e não humanos que aqui vivem, é, para o Musa, símbolo de um projeto de educação e solidariedade empenhado em promover o convívio dos cidadãos na diversidade cultural, biológica, social e política da grande bacia amazônica. Trata-se de um ‘museu vivo’, ou seja, os visitantes têm um acervo a céu aberto, onde podem ver as intrincadas ligações entre os seres que compõem o espaço totalmente vivo e interativo.

Valter coordena as visitações, em especial das escolas das redes públicas municipal e estadual. “Há basicamente dois tipos de visitas: a matutina e a noturna”, explica Valter. A matutina acontece muito cedo, quando as criaturas do dia iniciam sua jornada. A noturna, ainda mais fascinante, visa assistir aos seres noturnos em suas ações cotidianas.

“A Amazônia tem 2 momentos no ano: a cheia e a vazante. Durante a cheia é praticamente impossível realizar determinadas atividades, mas pode-se fazer outras, como percorrer os igarapés de barco. Na vazante, quando as águas baixam e a vida terrestre reinicia”, torna a explicar. Em cada fase o museu se reinventa e produz vivências inesquecíveis aos seus visitantes.”

Os 100 hectares do MUSA

Criado em janeiro de 2009, o Musa ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus. Uma área de floresta de terra firme, nativa, que há mais de 60 anos vem sendo estudada com paixão.

Podem ser encontrados no MUSA: exposições, viveiro de orquídeas e bromélias, lago, aquários e laboratórios experimentais de serpentes, de insetos e de borboletas. Uma torre de 42 metros permite fruir uma magnífica vista do dossel das árvores da floresta, inesquecível quando vista às seis da manhã.

Trilhas na floresta proporcionam ao visitante passeios agradáveis e descobertas surpreendentes. No Musa são desenvolvidas pesquisas em divulgação e popularização da ciência e da educação científica e cultural.

Leia mais: https://museudaamazonia.org.br/