NOTA OFICIAL: Dia Mundial da Natureza e informe sobre seca e calor extremo na Amazônia

Diante da grave estiagem e seca na bacia dos rios da região amazônica nos últimos dias, o  Dia Mundial da Natureza (3 de outubro) e Dia Mundial dos Animais (4 de outubro) ganham contornos de emergência climática.

Acometida por dois fenômenos climáticos simultâneos, a região enfrenta, nos últimos dias, situação dramática do ponto de vista ecológico e social, com perdas significativas para a biodiversidade e para população ribeirinha cuja sobrevivência está diretamente relacionada aos rios e a floresta. 

O Instituto Soka Amazônia manifesta seu profundo pesar pelas vítimas da comunidade do Arumã, em Beruri, no interior do Amazonas, e demais comunidades ribeirinhas que sofrem os efeitos desse evento climático extremo. Manifesta também solidariedade e apoio às equipes de técnicos do Instituto Chico Mendes (ICMBIo) e do Instituto Mamirauá pelo trabalho de monitoramento da água e resgate de botos da região de Tefé/AM. 

Diante da previsão de estiagem prolongada, vale o alerta para aumento na incidência de queimadas e incêndios florestais. Tais ocorrências não só agravam a situação do clima, como tem ameaçado espécies, algumas em risco de extinção, e provocado sérios problemas de saúde à população.

O Rio Negro tem registrado uma acentuada e acelerada queda em seu volume – maior que o índice registrado na seca histórica de 2010, segundo Agência Nacional das Águas (vide gráfico). E as previsões é que o período seco se estenda até o início de 2024.

AÇÕES NA SEDE DO INSTITUTO – RPPN DR. DAISAKU IKEDA

ATIVIDADE DA ACADEMIA AMBIENTAL:
Em virtude da previsão de altas temperaturas para essa quarta-feira (4), e por recomendação da Secretaria Municipal de Educação, foi suspensa a atividade programada para a Academia Ambiental nesta semana.

NIVEL DO RIO NEGRO
A equipe do Instituto Soka tem monitorado diariamente o trecho do Rio Negro que margeia a RPPN Daisaku IKeda e está alerta a comunicar ocorrências às autoridades competentes.  

IMPACTO NA VEGETAÇÃO DA RESERVA
Medidas tem sido realizadas na área florestal para minimizar os impactos da seca sobre a vegetação e na produção de mudas de espécies nativas da RPPN. Plantios que estavam programados para setembro/outubro estão sendo adiados para o período com condições climáticas mais adequadas.

IMAGENS REGISTRADAS NO ÚLTIMO DIA 03 DE NOVEMBRO NA RRPN DR. DAISAKU IKEDA

O Instituto Soka Amazônia agradece o contínuo apoio recebido de doadores e parceiros, o que permite dar continuidade ao trabalho de proteção, educação ambiental e apoio a pesquisa científica, visando a proteção da biodiversidade amazônica.

Dia da Árvore: uma vivência especial no Instituto Soka Amazônia

Todos os anos, milhares de estudantes celebram o Dia da Árvore com o tradicional plantio simbólico.

O Instituto Soka Amazônia decidiu envolver nessa celebração o público adulto de uma maneira especial: sensibilizá-los por meio de vivências de resgate às relações com a natureza e de ampliação do conhecimento sobre a importância das árvores amazônicas.

Na manhã escaldante do dia 21 de setembro, em Manaus, foi realizado um encontro na sede do Instituto Soka Amazônia, na Reserva Particular de Proteção Natural – RPPN Daisaku Ikeda, com objetivo de proporcionar uma experiência imersiva a colaboradores e voluntários de empresas que apoiam os projetos de educação ambiental, conservação da natureza e pesquisa científica do Instituto.

Participaram colaboradores das empresas Aegea/Águas de Manaus, Breitener Energética, Tutiplast, Musashi e Gaia Eco, todas com operações na cidade de Manaus, e professores e alunos da Universidade do Estado do Amazonas, uma das instituições de ensino parceiras do Instituto.

A árvore é um símbolo universal da vida e, não a toa, é representada na logomarca do Instituto Soka, como destacou o vice-presidente do Instituto Soka, Milton Fujiyoshi. As raízes dessa árvore representam os valores humanistas do fundador, Dr. Daisaku Ikeda, e os princípios da Carta da Terra, ao passo que o tronco são pessoas e parcerias, e as folhas são as ações e projetos realizados em conjunto, segundo ele. “Mas o que garante a perenidade dessa árvore e da floresta, são as sementes que representam a conscientização e a transmissão do conhecimento, que o Instituto deseja expandir em prol da proteção da Amazônia e do meio ambiente”, ressaltou

Os benefícios do maior contato com a natureza para a saúde física e mental foram mencionados pela coordenadora de Comunicação do Instituto Soka Amazônia, Dulce Moraes, que é pesquisadora com Mestrado em Urbanismo Biofílico. Ela pontuou evidências de que experiências biofílicas – como observar paisagens naturais, ouvir os sons de aves podem melhoram a concentração, criatividade e diminuir o estresse. A pratica diária de “banho de floresta” – que consiste em permanecer em ambiente com árvores por alguns minutos – mostrou-se como fator de melhora no sistema imunológico, saúde cardiovascular e em quadros de ansiedade, segundo alguns estudos.

Os convidados tiveram momentos de contemplação da paisagem natural e do Encontro das Águas no Mirante do Instituto, onde puderam compartilhar em grupo suas memórias e significados individuais sobre as árvores. Mel Farias, colaboradora da empresa Água de Manaus, relembrou o significado ancestral das árvores para o povo Mura, da qual é descendente. As árvores para o povo Mura e outros etnias indígenas podem representar a presença de um ente falecidos e antepassados.

No Laboratório do Instituto, o s participantes realizaram a quebra de dormência das sementes da árvore paricá (Schizolobium amazonicum) e assistiram a uma aula sobre a riqueza da biodiversidade amazônica e suas sementes, com coordenador de proteção da natureza, Rodrigo Izumi.

Durante o percurso em uma trilha, sob orientação da professora da UEA e Mestre em Ecologia, Katel Uguen, os participantes experienciaram na prática o processo de identificação botânica e conheceram as características ecológicas e culturais de algumas espécies da Reserva, como sumauma (Ceiba pentranda), castanheira (Bertholletia excesea), ipê-amarelo (Androanthus serratifolia), orelha-de-macaco (Enterolobium schomgburkii), buriti (Mauritia flexuosa), louro-do-igapó (Nectandra amazonum), paricarana (Albizia subdimidiata) e caripé (Couepia paraensis).

Os convidados também tiveram a oportunidade de semear mudas de paricá e plantar algumas espécies para a recomposição da mata de igapó dentro da RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

Com essa vivência biofílica e de educação ambiental, o Instituto Soka Amazônia envolveu empresas parceiras do Distrito Industrial de Manaus, destacando a importância vital das árvores amazônicas e fortalecendo os laços entre a comunidade e o meio ambiente.

Essa ação se alinhada aos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU:

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Instituto Soka comemora queda do desmatamento na Amazônia e apresenta relatório de atividades do primeiro semestre

Entidade celebra as consquistas dos primeiros meses do ano e anuncia novo ciclo visando comemorar seus 10 anos

Uma excelente notícia foi anunciada para finalizar o primeiro semestre de 2023.

Levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontou queda de 33% das áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia, nos primeiros seis meses do ano. Um grande conquista após cinco anos consecutivos de altas. No mês de junho, considerado o mais crítico devido o clima seco, a redução chegou a 41%, comparada ao mesmo período do ano passado.

Mesmo ciente do muito a ser feito para o alcance da total proteção da floresta e das vidas que dela dependem, o Instituto Soka Amazônia comemora a notícia e, com entusiamo, divulga seu Relatório de Atividades do primeiro semestre de 2023.

O documento reporta as atividades desenvolvidas e que se somam aos esforços de outras instituições sérias e dedicadas à proteção do meio ambiente e do bioma amazônico.

Proteger a Amazônia de forma sustentável exige ações efetivas e permanentes por parte dos vários atores da sociedade. Com essa visão, o Instituto deu ênfase na valorização do potencial criativo e transformador do ser humano em seus programas e atividades.

Novas ações são esperadas pela entidade no novo ciclo que se inicia. Acompanhe a seguir.

Alcance no Primeiro Semestre

+ 27 mil pessoas foram impactadas pela mensagem do Instituto, em ações educativas, plantios com sensibilização social, troca de conhecimentos científicos e divulgação nas redes sociais.

Quase mil alunos participaram de aulas dos programas Academia Ambiental e Oca vai Escola

270 árvores nativas foram plantadas em ações de conscientização ecológica

+ 1000 pessoas assistiram aos eventos promovidos pelo Instituto, como palestras, seminários, exposições e outras ações educativas.

Rumo aos 10 anos do Instituto

A divulgação do relatório celebra também o dia 26 de julho, data de fundação do Instituto Soka Amazônia como organização responsável por perpetuar o trabalho de pesquisa, conservação ecológica e educação ambiental realizado, desde a década de 1990, na Reserva Particular de Patrimônio  Natural Dr. Daisaku Ikeda.

Dando início ao segundo semestre, o Instituto abre novo ciclo visando a celebração dos 10 anos da entidade em 2024.

Os próximos meses, de acordo com a diretoria da entidade, serão dedicados a novos projetos e iniciativas que contribuirão para mudanças efetivas e sustentáveis para Amazônia.

O objetivo é continuar a fortalecer as parcerias nas áreas da educação ambiental, proteção à natureza e  pesquisas científicas, iniciativas essas viabilizadas pelo apoio de pesquisadores, doadores, voluntários, empresas e instituições parcerias.

Destaques do Primeiro Semestre |2023

Dia do Meio Ambiente com Carta da Terra

Um grande destaque foi a Semana do Meio Ambiente foi a celebração do Dia do Meio Ambiente , com a filiação do Instituto Soka Amazônia à Carta da Terra Internacional. Na ocasião, o fundador do Instituto, Dr. Daisaku Ikeda, expressou sua expectativa de que a parceria possa  fortalecer uma educação ambiental que expanda “a coexistência da natureza e do ser humano, a coexistência humana e a alegria em viver com magnânimo coração”.

Semana do Meio Ambiente

Com o tema “Consciência e Ação: Reconectar vidas, Proteger o Planeta” a Semana do Meio Ambiente foi marcada por eventos educativos para diferentes públicos. Foram realizados seminário com pesquisadores de universidades, exposições, plantios, oficinas, palestras, ações de voluntariado, trilhas ecológicas e atividades de reconexão com a natureza.

Intercâmbio Internacional

No mês de março foi promovido o I Workshop de Ciências Práticas e Educação Ambiental da Amazônia. De maneira inédita, foi realizado, durante três dias, um intercâmbio entre professores e alunos da Universidade Soka (Japão) e Instituto Federal do Amazonas (IFAM)

Dia Mundial da Água e os ODS

Também no mês de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água, com o primeiro encontro presencial do Hub ODS Amazonas. Na ocasião, especialistas e representantes da sociedade civil se reuniram para um relevante debate sobre desafios e necessidades para melhor gerir esse fundamental recurso natural.

Expedição às comunidades indígenas e ribeirinhas

Em abril foi a vez da primeira Expedição do Instituto pelos rios Negro e Cuieiras. Percorrendo 100 km de barco na região do Médio Rio Negro, a equipe do Instituto visitou escolas de comunidades indígenas e ribeirinhas para diálogos, troca de aprendizados e plantios de espécies nativas.​

Destaque em Conferência da Unesco

Finalizando o semestre, as práticas educativas do Instituto Soka Amazônia foram apresentadas, no mês de junho, em Conferência Internacional da Rede Acadêmica de Educação e Aprendizagem Global (Angel) na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris.

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Instituto Soka Amazônia celebra o Dia do Meio Ambiente com os princípios da Carta da Terra

Semana do Meio Ambiente terá programação diversificada e com atividades educativas e de conexão com a natureza e solenidade  de filiação do Instituto à Carta da Terra Internacional


Diante dos enormes desafios ambientais das mudanças climáticas e dos esforços necessários para proteção da biodiversidade da Amazônia e para o combate à poluição ambiental em todos os níveis, o Instituto Soka Amazônia propõe uma Semana de reflexões, debates e ações para mudança de rumos, com base nos princípios da Carta da Terra.

E por que Carta da Terra?

O documento Carta da Terra está diretamente ligado a proteção do meio ambiente e é uma declaração global para um futuro sustentável.

Com uma visão sistêmica, reúne quatro princípios fundamentais que são indissociáveis: 1) cuidar da comunidade; 2) integridade ecológica; 3) ambiente de paz, democracia, não-violência; e 4) justiça social e econômica.

Para o diretor presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento,  a Carta da Terra mostra a responsabilidade e potencial de cada pessoa para transformar o destino o Planeta e de protegê-lo como cidadãos globais e planetários.

“É um documento que nos empodera e nos dá esperança para as urgentes e necessárias mudanças a serem feitas para o bem das futuras gerações”, afirma.

Nascimento ressalta que o pacifista e fundador do Instituto, Dr. Daisaku Ikeda, referiu-se ao documento em várias de suas Propostas de Paz enviadas à Organização das Nações Unidas (ONU) e que a mostra Sementes da Esperança e Ação, recentemente exibida em Manaus, também apresentou os princípios da Carta.

Sob o tema Consciência e Ação: Reconectar à vida, Cuidar do Planeta a Semana do Meio Ambiente traz uma programação dedicada à reflexão e ações de cada indivíduo. Confira:

Programação da Semana

No dia 3 de junho (sábado), o Instituto abre as portas de sua Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) para o público geral participar de diversas atividades educativas de experimentação e práticas de proteção da natureza. Para participar no evento é preciso se inscrever no site abaixo.

Na segunda-feira, 05, o Dia do Meio Ambiente terá participação especial de Mirian Vilela, diretora executiva da organização Carta da Terra Internacional, que oficializará a filiação do Instituto Soka como primeira organização na região amazônica difusora oficial da Carta da Terra.

No dia 06 acontece o Seminário Consciência e Ação: Reconectar à vida, Cuidar do Planeta,  com painéis de especialistas do Instituto Soka Amazônia, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e uma mesa redonda com Mirian Vilela advisors da Carta da Terra Internacional, Cristina Moreno, Waverli Neuberger e Rose Inojosa. O Seminário acontece na Sede do Instituto e também será transmitido pelo youtube. Inscrições pelo site do evento. 

E, finalizando a Semana do Meio Ambiente, no dia 07, o Instituto recebe alunos e professores da Escola Municipal Jorge Rezende Sobrinho – Escola especial, para mais uma Academia Ambiental, projeto feito em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Manaus e Ocas do Conhecimento Ambiental.

A exemplo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Carta da Terra é uma declaração global que estabelece os valores e princípios para um futuro sustentável. A idealização do documento foi iniciada no Earth Summit em 1992, mas o documento foi desenvolvido ao longo de quase uma década, com a contribuição de cinco mil pessoas de todos os continente,

A Carta da Terra é seguida por organizações como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), World Conservation Union (IUCN), entre outras.  que, nos moldes da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é declaração global que estabelece os valores e princípios para um futuro sustentável.

Valorização do Patrimônio Cultural no Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda 

O dia 18 de abril –  Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – é o marco da defesa do Patrimônio Cultural e foi instituído pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios para estimular ações ao redor do mundo para a valorização e proteção de bens culturais.

O Instituto Soka Amazônia participa desse movimento de preservação do patrimônio histórico e cultural por meio da conservação e divulgação de conhecimento sobre o sítio arqueológico localizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda.

O Sitio Arqueológico Dr. Daisaku Ikeda foi oficializado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2001, a partir do registro de achados arqueológicos cerâmicos na área  da RPPN, como uma urna funerária e um alguidar (panelas utilizadas por povos indígenas da região amazônica). 

Pesquisadores apontam que os achados referem-se às fases Guarita, Cerâmica e Paredão, que têm cerca de 2.000 anos. As análises se baseiam em estudos multidisciplinares que buscam compreender como as vasilhas foram produzidas, utilizadas e descartadas. 

De acordo com o relatório do Museu Amazônico, na área da RPPN Dr Daisaku Ikeda existem três sítios arqueológicos – o sitio de gravuras rupestres Ponta das Lajes e os sítios cerâmicos Lajes e Daisaku Ikeda. Segundo estudos, a arqueologia local sugere uma ocupação que pode remontar milhares de anos atrás, como no caso do sítio rupestre Ponta das Lajes. Os sítios cerâmicos somam quase uma dezena e apontam para sequência de uma ocupação, aparentemente ininterrupta, desde o início da era cristã até o contato com o europeu e os dias atuais. O Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, área florestada m frente ao Encontro das Águas, aparenta ser contemporâneo ao Sitio Ponta das Lajes, e provavelmente ocupado pelos mesmos grupos indígenas no passado.

Fonte: Plano de Manejo da Reserva Particular de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikda, 2017. CSNAM/UFAM/INSTITUTO SOKA AMAZÔNIA

Visitantes do Instituto Soka Amazônia, alunos e educadores que participam das aulas do programa Academia Ambiental podem apreciar uma amostra desses achados e também das ruínas da Olaria do Senhor Andresen, vestígio histórico datado do início da construção do centro histórico da cidade de Manaus. 

Outro patrimônio de importância histórica e cultural são as gravuras rupestres localizadas em rochas submersas no Encontro das Águas, em frente  à RPPN Dr. Daisaku Ikeda, que só podem ser visualizadas em períodos de seca e de baixíssima vazão dos rios Negro e Solimões, na  área conhecida como Ponta das Lages. 

São várias gravuras feitas na pedra com símbolos que se assemelham a faces humanas. Essas gravuras são um mistério que intriga especialistas e, segundo arqueólogos que estudam a região da Amazônia, podem ter sido feitas entre 2.000 e 5.000 anos atrás por índigenas que habitavam o local.

Conhecer e, principalmente, proteger esses achados de relevância cultural e histórica é dever de toda a sociedade. A partir da Constituição Federal de 1988, o patrimônio arqueológico é reconhecido como parte constituinte do Patrimônio Cultural brasileiro, impondo ao poder público, com a colaboração da comunidade, o dever de sua proteção.

Quer conhecer ou apoiar as ações do Instituto Soka Amazônia?

Fique sabendo:

Sítios arqueológicos: São locais onde foram localizados vestígios resultantes de atividades humanas antigas ou recentes e que podem ser localizados na superfície terrestre, rochas, subsolos ou submersos em corpos d’água.

Achados arqueológicos: são  gravuras e pinturas rupestres, sambaquis, geoglifos, objetos de naufrágios, estruturas históricas e casas subterrâneas, dentre outros.

Sítios arqueológicos no Braisl: há mais de 34 mil sítios arqueológicos registrados no SICG (sistema do Iphan onde estão integrados os dados sobre o Patrimônio Cultural e possibilita o reconhecimento de cada um dos bens enquanto sítio arqueológico). Esse número aumenta a cada dia.

Obrigatoriede de informa achado e proteger:

Ao encontrar vestígios arqueológicos em sua propriedade, cidadão deve-se comunicar os órgãos de Patrimônio Histórico de sua região. Mais detalhes no site do Iphan.

De acordo com a Constituição Federal, os sítios arqueológicos são bens da União, sendo competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios fomentar medidas de preservação, bem como impedir sua destruição e mutilação. O cadastro de um bem enquanto sítio arqueológico ocorre a partir do atendimento aos critérios estipulados na Portaria Iphan nº 316/2019 e após a sua inserção no sistema SICG, do Iphan.

São proibidos o aproveitamento econômico, a destruição ou a mutilação dos sítios arqueológicos, antes de serem pesquisados por arqueólogas e arqueólogos (Lei 13.653/2018), com a devida autorização do Iphan.


Instituto Soka Amazônia e Secretaria do Meio Ambiente sinalizam novas parcerias

Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka, e Antônio Stroski, secretário do Meio Ambiente de Manaus

No último dia 03 de fevereiro, o Instituto Soka Amazônia recebeu a ilustre visita de Antônio Ademir Stroski, Secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade de Manaus (Semmas), acompanhado da diretora de Mudanças Climáticas e Áreas Protegidas, Keines Vieira, e do diretor de Arborização e Sustentabilidade do município, Deyvison Braga.

O vice-presidente do Instituto, Milton Fujiyoshi, agradeceu a parceria e apoio recebido da Semmas nos últimos ano e enfatizou que todas ações e projetos desenvolidos pela entidade têm por objetivo inspirar, de maneira perene, a conexão das pessoas com a natureza e, a partir dessa consciência, garantir a proteção da Amazônia.  

O Secretário Antônio Stroski afirmou ser uma grata oportunidade conhecer a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda (sede do Instituto) e sentir a forte convergência com a missão da gestão ambiental do município no que tange à arborização e qualidade de vida da população.

Nos últimos anos, o Instituto vem realizando uma série de atividades em parceria com a Prefeitura de Manaus e outras Secretarias Municipais, como as aulas de educação ambiental e sustentabilidade para alunos da rede pública de ensino, dentro do programa Academia Ambiental, e as atividades Ocas do Conhecimento Ambiental, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.

Estamos felizes de estar aqui e queremos  ter uma parceria de forma permanente com o Instituto, com troca de  idéias e também conduzirmos um processo de evolução naquilo que vamos observando dos resultados”.

Antônio Stroski

Novas Parcerias

Entre as possibilidades que serão estudadas nos próximos dias está a colaboração da Semmas no programa Sementes da Vida – que prevê o plantio de uma árvore nativa para cada criança nascida em maternidade pública na cidade de Manaus – auxiliando na definição de locais e na execução dos serviços de plantios das mudas de espécies nativas, cultivadas no Instituto.

O secretário e comitiva puderam visitar também a praia de Pontas da Lajes, a qual margeia a RPPN Doutor Daisaku Ikeda (sede do Instituto Soka Amazônia).


Instituto Soka Amazônia informa como ajudar o povo Yanomami

Acompanhando a intensa cobertura jornalística sobre a tragédia humanitária e emergência de saúde pública na Terra Indígena Yanomami, o Instituto Soka Amazônia expressa solidariedade e desejo de que toda ajuda humanitária necessária chegue a esse território e que mais ações sejam empreendidas para real e perene proteção dos povos originários da Amazônia.

O Instituto é defensor do valor de Justiça Ecológica e, inspirado na visão humanística do seu fundador o pacifista, Dr. Daisaku Ikeda, enstá comprometido com proteção da integridade ecológica da Amazônia, atuando nas frentes de educação ambiental, proteção da natureza e pesquisas científicas. Entre suas ações realiza parcerias e apoio a comunidades indígenas circunscritas, por enquanto, à região de Manaus, embora tenha a consciência da proporção gigantesca do território amazônico*, que se estende por vários estados brasileiros.

Atendendo a solicitação de alguns doadores e parceiros, o Instituto esclarece que não está em operação no território Yanomami, que fica localizado em uma região remota no oeste do estado de Roraima.

Informamos aos interessados em realizar doações ou outras ações de apoio ao povo Yanomami os seguintes canais:

Como ajudar

Associações de apoio aos Yanomami em solo

Associações que trabalham in loco em Roraima, ajudando com o envio de alimentos e também com ferramentas para a criação de roças locais:

  • Hutukara Associação Yanomami – Pix via CNPJ: 07.615.695/0001-65
  • Associação Ypasali Sanuma – Banco do Brasil – Ag.: 0250 – c/c: 125.892-3
    Pix via CNPJ: 34.141.441/0001-25
  • Urihi Associação Yanomami – Banco do Brasil – Ag.: 2617-4 – c/c: 59027-4
    Pix: conselhodaf@gmail.com   | Pix via CNPJ: 34.807.578/0001-76
  • Conselho Indígena de Roraima também criou campanha para ajudar na compra de alimentos e remédios. Mais informações, pelo site: http://cir.org.br

VOLUNTÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

  • Força Nacional do SUS cadastra voluntários médicos, enfermeiros e nutricionistas que queiram apoiar voluntariamente. Para reforçar as equipes no território Yanomami, os voluntários prestarão atendimento direto aos pacientes localizados na Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami e no hospital de campanha do Exército. Os interessados devem se inscrever no site oficial, clique aqui
  • Associação Médicos da Floresta: presta assistência junto a comunidades indígenas e tem operação no Território Yanomani. Saiba mais no site da Associação
  • Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade: divulga informações sobre chamada de médicos voluntários. Mais informações, acesse o site.

OUTRAS FORMAS DE AJUDAR:

  • Ação da Cidadania: campanha dedicada a levar alimento para a população da região, em coordenação com o Ministério do Desenvolvimento Social, Funai e entidades locais. Acesse o site da campanha.
  • Central Única das Favelas (CUFA): recebe doação de alimentos não perecíveis e doações em dinheiro. Os alimentos serão transportados até Roraima com apoio logístico da Favela Log, e as ações de separação e distribuição podem ser acompanhadas na página da Cufa no Twitter.
  • Editora Companhia das Letras está doando todo o lucro obtido com a venda do livro “O espírito da floresta”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, para o fundo emergencial de apoio aos Yanomami. A Campanha é valida até 15/02.   Para adquirir o livro, acesse aqui.

* SAIBA MAIS SOBRE A AMAZÔNIA:

Instituto Soka Amazônia unido à SGI no propósito de promoção da paz

Soka Gakkai Internacional
26 de janeiro é uma data especial para constelação de organizações filiadas à Soka Gakkai Internacional (SGI), entre as quais o Instituto Soka Amazônia. Nessa data se comemora a fundação da SGI, entidade que há 48 anos vem promovendo ações em defesa da paz, cultura e educação

Todos os anos, o dia 26 de janeiro é marcado pela entrega do documento Proposta de Paz à Organização das Nações Unidas (ONU) pelo líder da SGI e idealizador do Instituto Soka Amazônia, Dr. Daisaku Ikeda.

Em várias dessas propostas anuais, a preservação da Amazônia e do meio ambiente esteve no foco, assim como a crença no potencial do ser humano para transformação positiva da sociedade por meio da educação, cultura e promoção da paz.

O Instituto Soka Amazônia, em sua atuação de proteção da natureza, pesquisas científicas e educação ambiental, alinha-se inteiramente a esses propósitos da SGI, tendo como inspiração a filosofia dos seus fundadores.

O doutor Daisaku Ikeda descreve a importância de se defender a Amazônia como a “Casa da Vida” e harmonizando esse ato ao desenvolvimento sustentável.

Organizações filiadas à SGI

  • Instituto De Filosofia Oriental
  • Centro Ikeda para a Paz, Aprendizado e Diálogo
  • Instituto Toda para Paz
  • Sistema Educacional Soka
  • Associação de Concertos Min-On
  • Museu de Arte Fuji de Tokyo.

Para saber mais sobre essas instituições, clique aqui.

Para alcançar esse propósito, segundo ele, é necessário concentrar toda a sabedoria do homem e, inclusive, inspirar-se na cosmovisão dos povos originários. “Uma das formas dessa sabedoria é o conhecimento dos próprios nativos da Amazônia, com o qual podemos aprender muito. A sua herança nos ensina que o céu, a terra, os pássaros, os animais e o homem mantêm um perfeito inter-relacionamento e respiram igualmente como se fossem um único corpo. Eles nos ensinam a ver a Terra como uma única grande vida.”

Essa mesma visão foi defendida, cem anos atrás, pelo professor e geógrafo japonês Tsunessaburo Makiguti (1871-1944), um dos fundadores da Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Criadora de Valores para Educação), precursora da atual Soka Gakkai, em seu  livro Geografia da Vida Humana.

Descrevemos abaixo um excerto dessa obra, publicada no ano de 1903, que ainda ecoa como verdade e importante reflexão para os dias atuais.

Livro de Tsunessaburo Makiguti

Nascemos na Terra. Somos inspirados pela Terra e morremos na Terra. A Terra é nosso lar.

Lidar com a Terra pode ser um importante primeiro passo em nossos preparativos para aprender sobre o mundo que nos foi dado nascer, a Terra que nos nutre a cada dia que vivemos.

Então, como podemos observar e fazer contato com nosso ambiente? Em primeiro lugar, podemos dizer que há duas formas como interagimos com a Terra. Uma é física, a outra é espiritual.

Nosso contato direto e inicial com a Terra é físico, como com os outros animais e as plantas. Em outras palavras, todas as conexões que fazemos com a Terra são feitas através de nosso organismo.

Mas é por meio de nossa interação espiritual com a Terra que as características que pensamos como verdadeiramente humanas são despertadas e nutridas em nós.

Imagine-se em ambiente tranquilo cercado de campos verdes, água límpida, montanhas majestosas e rios dirigindo-se aos oceanos, o vento tocando suavemente nossas faces enquanto os raios de sol descem através das nuvens. Seu coração e espírito ficam arrebatados pela beleza, frescor e maravilha da experiência.

Esse estado inquiridor da mente é o ponto de partida para uma interação mais profunda com o nosso ambiente e um verdadeiro aprendizado. É como se o coração e a mente que estavam adormecidos são repentinamente despertos e estimulados para buscar uma comunhão intelectual com o ambiente.

Nossa curiosidade natural acelera e começamos a apreciar a maravilhosa diversidade da natureza, quem sabe nos tornando curiosos sobre a cultura e os costumes do local.

Esse estado inquiridor da mente é o ponto de partida para uma interação mais profunda com o nosso ambiente e um verdadeiro aprendizado.

Interação e crescimento. Inicialmente, nossa interação com o ambiente pode ser superficial. Você observa as montanhas e os rios, por exemplo, apenas em um nível muito superficial, como alguma coisa “lá”. Mas, à medida que desenvolve sua própria vida e seus interesses pessoais, não ficará satisfeito com essa superficialidade. Desejará ir além e experimentar formas mais profundas de associação.

 O tipo ou tipos particulares de interação que terá com o mundo ao redor em um momento de sua vida dependerá, em primeiro lugar, de quem ou o que você é, e em segundo, quando e como a interação ocorre.

 Algumas pessoas, assim que se tornam familiarizadas com seu ambiente, ficam curiosas para aprender mais sobre as rochas, árvores, qualidade da água, energia hidráulica etc. e começam a pensar como fazer uso delas. Podem imaginar e conhecer mais sobre alturas, extensão, formas, origens e meios pelos quais essas várias características fundamentais influenciam seu ambiente. Ou podem querer ver essas mesmas coisas com olhos artísticos e expressar essa experiência na poesia, literatura, pintura ou música.

 Por outro lado, podem perceber a montanha, o rio ou o rochedo diante delas como um campo de treinamento para sua resistência física ou bravura. Ou ainda podem perceber a união da natureza com o cosmo vendo a mesma montanha ou rio.

 Existem, portanto, diferentes níveis ou profundidades pelos quais uma pessoa pode interagir com o ambiente. É por meio da interação com esse mundo exterior que experimentamos um crescimento pessoal saudável e equilibrado.

Portanto, digo que esse mundo exterior, especialmente o ambiente natural, pode ser verdadeiramente um educador, nosso esclarecedor, líder e conselheiro. Nossa felicidade na vida está muito conectada com a natureza; ela depende da intimidade ou da profundidade de nosso relacionamento com a natureza. Quando indivíduos cujas características tornaram-se equilibradas e moralmente maduras por meio de profundas interações com o ambiente natural se reúnem, a sociedade que criam propiciará um ambiente social aberto e saudável, capaz de nutrir o crescimento individual.

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Um novo ano, uma nova diretoria no Instituto Soka Amazônia

Em toda instituição, a diretoria tem a missão de liderar e supervisionar as atividades diárias de forma a garantir o pleno desenvolvimento da organização

Assegurar a perenidade da organização é a principal função de uma diretoria. A nova direção do Instituto Soka Amazônia assumiu em outubro com a missão de dar continuidade aos objetivos estratégicos, representar a instituição perante a sociedade, zelar pelos valores e promover a disseminação dos ideais Soka em relação à preservação ambiental e sustentabilidade. A nova diretoria é composta pelo diretor presidente Luciano Gonçalves do Nascimento; e seu vice Milton Massayuki Miyahara Fujiyoshi.

Segundo Luciano, a partir de 2023, o Instituto Soka quer consolidar as bases da gestão administrativa que foram instituídas em 2022.

“Estabelecer uma cultura organizacional de forma que as cinco Divisões recém-criadas (Proteção da Natureza, Educação Ambiental, Pesquisa e Produção Científica, Comunicação Social e Administrativo -Financeira) possam se desenvolver a fim de contribuir para o crescimento e plena consolidação do Instituto Soka Amazônia junto à sociedade amazonense e também à comunidade científica nacional”, enumerou.

Planos para 2023

A nova diretoria classificou assim as expectativas para 2023:

  1. Consolidação do planejamento estratégico do Instituto rumo a 2030;
  2. Capacitação dos funcionários visando o desenvolvimento profissional de cada um;
  3. Melhorias, reformas e adequações do prédio administrativo para melhor desenvolvimento dos funcionários;
  4. Estabelecer um calendário de eventos com base no planejamento estratégico;
  5. Renovação do projeto Sementes da Vida.

Os novos diretores enfatizaram que uma das preocupações é a manutenção da excelente reputação e credibilidade conquistada ao longo das décadas de atuação competente, sempre focada na valorização das parcerias e árduo trabalho.

“Atualmente o Instituto possui uma reputação muito positiva. Daqui para frente a expectativa é torná-lo um centro de referência para difusão dos ideais humanísticos do dr. Daisaku Ikeda, que fundou o Instituto para contribuir com a defesa do meio ambiente e a proteção da floresta Amazônica”, ressaltou Luciano.

Outro grande desafio para 2023 é a ampliação da base de doadores para viabilizar novos projetos e proporcionar maior estabilidade financeira para os projetos já em andamento. “Em 2022 foi possível estabelecer uma estrutura administrativa com a criação do conselho gestor. Isso permitiu criar um corpo gestor proativo que contribui com sugestões e principalmente participam das deliberações dos assuntos do Instituto”, explicou. Afinal, muitas mentes coesas e focadas pensam e contribuem com muito mais ideias e planos.

O momento é crucial para o Instituto que se vê prestes a ingressar no processo para estabelecer as bases administrativas para o futuro e, para tanto, pretende estimular cada Divisão criada de forma que cada uma tenha seu planejamento, metas e ações específicas, com vistas ao seu desenvolvimento como um todo. Afinal, cabe à diretoria: liderar, planejar, organizar e controlar as atividades das diversas áreas da organização, fixando políticas de gestão dos recursos financeiros, administrativos, estruturação, racionalização, e adequação dos serviços diversos, de forma a projetar, de forma exitosa, o Instituto às metas de curto, médio e longo prazo.

Breve resumè dos novos diretores:

Luciano é casado com Sayuri Karina Komesu e pai de Karen e Enzo; Milton também é casado, sua esposa é Sueli Himeno Fujiyoshi e é pai de Sophie. O novo diretor presidente é graduado em Ciências Econômicas, com pós em Comunicação Social e Relações Públicas. Já seu vice é arquiteto e mestre em Engenharia, com ênfase em Planejamento Urbano