Instituto Soka promove,  com IFAM e Universidade Soka, Workshop para Práticas de Ciência e Educação Ambiental na Amazônia brasileira

por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia

Como parte dos esforços de fortalecer  intercâmbios culturais e acadêmicos entre universidades amazônicas e Universidade Soka,  foi realizado nos dias 27 e 28 de março, a segunda edição do Workshop de Ciências Práticas e Educação Ambiental, uma promoção cojunta do Instituto Soka Amazônia, Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade Soka do Japão.

Cerca de cem alunos de graduação dos cursos de agroecologia, medicina veterinária, engenharia em aquicultura, administração e direito participaram  da intensa e dinâmica programação com atividades na sede do Instituto Soka e em dois campi do IFAM: o da zona leste de Manaus e de Presidente Figueiredo.

 

A abertura do evento contou com a participação do reitor da Universidade Soka, professor doutor Masashi Suzuki, que, direto do Japão, apresentou palestra sobre as iniciativas e projetos da Universidade com foco o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organização das Nações Unidas.

O presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento, agradeceu ao reitor Suzuki e aos professores da Universidade Soka e IFAM pelos esforços na realização do evento.

 

Dirigindo-se aos estudantes, o presidente do Instituto Soka manifestou seu desejo que  desfrutassem a visita à sede do Instituto –  a Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda – e que levassem grandes aprendizados desse local.

Como inspiração para os futuros profissionais e pesquisadores compartilhou quatro conselhos proferidos pela diretora executiva da Carta da Terra Internacional, Dra Mirian Vilela, aos formandos da Universidade Soka: “que jamais deixem de estimular o livre pensamento; que mantenham a dignidade e modo de vida baseado na ética; que não deixem-se abalar por coisas insignificantes; e que mantenham o entusiasmo e a paixão”.

 

Representando o reitor, Dr. Jaime Cavalcante, o diretor de Pesquisa e Inovação Tecnológica do IFAM,  Prof. Dr. Paulo Aride, ressaltou a importância da parceria das instituições para os estudantes.

“A atividade que desenvolvemos com o Instituto Soka e Universidade Soka tem possibilitado aos nossos alunos, professores e  corpo acadêmico desenvolverem habilidades que vão muito além da parte acadêmica. Uma prova disso foi a atividade do primeiro workshop (no ano passado)  que, de forma prática, culminou na publicação de um artigo que foi muito importante para a vida acadêmica dos nossos discentes”, afirmou.

Nesta mesma semana, em encontro entre representantes da Universidade Soka e reitores e pró-reitores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Instituto Federal do Amazonas (IFAM) foi estabelecido acordo que dará oportunidade de alunos dessas instituições participem de programas de estudos no Japão a partir de 2025.

Palestras e Mesa Redonda

Ainda pela manhã, na sede do Instituto Soka Amazônia, foram proferidas as palestras internacionais dos professores Tatsuki Toda e Shinjiro Sato, da Universidade Soka (Japão) e palestra do professor Dr. Jean Dalmo Oliveira, do IFAM.

 

Professor Dr. Tatsuki Toda apresentou as parcerias estratégicas interdisciplinares realizadas pela Faculdade de Engenharia da Universidade Soka, entre as quais os projetos de Pesquisa Científica e Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável, com enfoque na construção de uma sociedade orientada para a reciclagem.

Professor Shinjiro Sato, que foi um dos idealizadores do Workshop, apresentou os resultados e relatórios do Primeito Workshop para Ciências Práticas na Amazônia Brasileira realizado em 2023.

O professor Jean Dalmo Oliveira, do Programa de Pós-Graduação do Ensino Tecnológico do IFAM-AM,  apresentou palestra “Utilização de Recursos Naturais Amazônicos no Ensino e Aprendizado”, exemplificando o trabalho desenvolvido por aluna do IFAM que tornou-se instrumento de educação ambiental  as trilhas interpretativas  na RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

Visita ao IFAM Zona Leste

No período da tarde, a programação se estendeu com visita técnica ao Centro de Referência em Agroecologia no Campus Zona Leste do IFAM e plantio comemorativo com a participação dos professores e alunos das duas instituições em torno do lago.

As espécies plantadas foram capitari ( Tabebuia barbata ) e seringa (Hevea brasiliensis). De acordo com Rodrigo Izumi, coordenador de Divisão de Proteção da Natureza do Instituto Soka, seguiu-se o critério de serem nativas da amazônia, desenvolverem-se em áreas de várzea e terem o potencial de contribuição  para biodiversidade. Os frutos dessas espécies são  nutritivos e apreciados pela avifauna e peixes do lago.

Workshop na terra das cachoeiras

Na quinta-feira (28), a programação do evento foi desenvolvida na cidade de Presidente Figueiredo há 134 quilômetros de Manaus. As atividades foram divididas no campus do IFAM e na Reserva Particular de Patrimônio Natural Cachoeira da Onça.

 

O diretor do IFAM Campus Figueiredo, professor Dr. Jackson Lima, avaliou o reflexo da realização de evento para ampliar as perspectivas dos alunos.

“Essa ação de internacionalização do IFAM com a Universidade Soka do Japão é muito importante, pois nos permite interagir com pesquisadores renomados na área de aquicultura, ecologia, sistemas aquáticas e nossos estudantes tem a oportunidade de ver tecnologias que estão sendo desenvolvidas lá fora e que podem ser desenvolvidas aqui”.

O professor Dr. Shinjiro Sato, especialista em Ciências do Solo, apresentou os resultados do projeto de pesquisa desenvolvido na Etiópia para produção de biocarvão a partir da planta aquática Eichhornnia Crassipes, conhecida como aguapé e considerada invasora. Esse biocarvão tem aplicação na produção de energia e tratamento do solo.

A professora Railma Moraes, apresentou a gestão de pesquisa ambiental e os projetos realizados por alunos do IFAM Campus Presidente Figueiredo

 

 

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Dia Internacional de Meninas e Mulheres na Ciência e o desafio da Amazônia

*artigo foi gentilmente escrito pela autora para o Instituto Soka Amazônia, em alusão ao dia 11 de fevereiro, Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma iniciativa lançada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), com o objetivo de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, especialmente na educação. O artigo expressa a opinião da autora.

Descobertas científicas têm impulsionado o desenvolvimento da humanidade no propósito de viver mais e melhor. A busca sistemática pelo conhecimento implica acesso à escola, oportunidades, suportes para pesquisa que, durante muito tempo, foram vedados às mulheres.

Apesar disso temos, na história, exemplos como Marie Curie (1867-1934), física e química, a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, ea cientista Rachel Carson (1907-1964), bióloga americana cujo livro Primavera Silenciosa, com seu estudo científico sobre os riscos do uso de pesticida agrícola, tornou-seum marco na história da ecologia.

Mas, a Ciência ainda é uma questão de gênero. No mundo, apenas um terço dos pesquisadores é constituído por mulheres.

O desafio do acesso das meninas e mulheres à escola, às universidades, aos financiamentos de pesquisa tem sido enfrentado, tanto pelo trabalho insistente da ONU e da UNESCO, bem como por programas nacionais e locais. E, também, pelo extraordinário desempenho das mulheres quando conquistam esse acesso. No Brasil, dados do MEC, divulgados em abril de 2023, revelam que, dos 405 mil alunos de mestrado e doutorado no país, 221 mil são mulheres: 54%.

Certamente há muitos outros desafios a superar numa sociedade que ainda tem preconceitos de gênero, que passam pela ocupação de cargos, remunerações desiguais e, até, escolha de temas de pesquisa.

Por isso é importante celebrar iniciativas como o movimento Mulheres e Meninas na Ciência. E, especialmente, na Amazonia.

“Nós podemos preparar o caminho para um futuro em que a Ciência não tenha fronteiras de gênero.”

Audrey Azoulay, Diretora geral da UNESCO

A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que tem investido no protagonismo das mulheres na Ciência, lançou, em março de 2023, uma série de vídeos intitulada “Mulheres Cientistas no Amazonas”. Em uma das entrevistas, Elisabeth Gusmão, doutora em Ecologia e Recursos Naturais, lembrou que “superar a invisibilidade foi o meu maior desafio.”

Na Amazonia é preciso superar a invisibilidade das mulheres pesquisadoras e a invisibilidade dos conhecimentos tradicionais preciosos para a Ciência contemporânea, pois, como afirma a Carta da Terra, é necessário “Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.”

ROSE MARIE INOJOSA

Advisor e professora no Centro Internacional Carta da Terra de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, com sede na Universidade para a Paz, na Costa Rica. Conselheira e ex-Diretora da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ) da prefeitura do município de São Paulo.

O Instituto Soka Amazônia é filiado à Carta da Terra Internacional. Em seus programas de Educação Socioambiental e de Apoio a Pesquisas Científicas, estimula e inspira novas gerações de cientistas.

O Instituto mantém parcerias e acordos de cooperação técnicas com instituições acadêmicas e de pesquisa, como as Universidades Federais do Amazonas (UFAM) e de Rondônia (UFIR), Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Universidade do Estado Amazonas (UEA), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e Soka University (Japão).

Essas iniciativas e parcerias contribuem para alcance dos seguintes OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:

ODS 4 – Educação de Qualidade; ODS 5 – Igualdade de Gênero; ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico; ODS 17 – Parcerias para Implementação

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Instituto Soka Amazônia apresenta resultados de seus programas em 2023 e dá início às comemorações dos 10 anos

O Instituto Soka Amazônia deu início às comemorações do 10º aniversário manifestando agradecimento a sua rede de apoiadores.

Com a mensagem Gratidão Amazônia, inspirada na  benevolência das árvores amazônicas, o Instituto Soka concluiu o ciclo de atividades de 2023 convidando seus doadores, colaboradores e parceiros a conhecerem mais sobre a biodiversidade da floresta que protege a vida e clima do Planeta e que merece todo o nosso cuidado.

A instituição, que completará 10 anos no mês de julho, também compartilhou os resultados de seus programas no ano 2023, em seu Relatório Anual.

Entre as realizações estiveram expedições para comunidades ribeirinhas, exposições e eventos de difusão científica e sensibilização social, plantios e mutirões de limpeza ecológica, ação solidária em prol das vítimas da seca história na Amazônia e a ampliação do alcance das ações de educação socioambiental para um público de mais de 4000 pessoas.

Como destaca o diretor presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento, o ano de 2023 foi marcado por muitos desafios, aprendizados e também conquistas.

“Para o Instituto foi um ano de fortalecimento de suas bases. Tivemos a honra de celebrar nossa filiação à Carta da Terra Internacional e novas parcerias floresceram, mostrando resultados práticos de ações de sensibilização para os desafios impostos pelas mudanças climáticas”, ressaltou.

Todos os resultados dessas realizações podem ser conferidos no Relatório Anual, disponível para download no final da página.

Celebração dos 10 anos do Instituto

As sinergias e as conexões para a proteção da Amazônia serão o enfoque das comemorações dos 10 anos do Instituto.

Uma série de encontros com empresas e instituições parceiras vem sendo realizados desde o início do ano para troca de experiências e promoção de ações conjuntas.

A comemoração de aniversário está programada para o mês de julho, mas ao longo do ano vários eventos promovidos pelo Instituto farão alusão aos 10 anos.

A programação anual será divulgada em breve.

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ESPECIAL: Em memória ao fundador do Instituto Soka Amazônia

No último dia 15 de novembro, faleceu, de causas naturais aos 95 anos, o fundador do Instituto Soka Amazônia, Dr. Daisaku Ikeda.

Filósofo, escritor e líder pacifista, Ikeda foi presidente honorário da organização Soka Gakkai e presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI) e reconhecido pela extensa trajetória em defesa da paz, educação e direitos humanos.

Com propósito de criar bases de uma cultura de paz duradoura, o líder humanista fundou instituições educacionais,  culturais e de disseminação de conhecimento, entre as quais: o Instituto de Filosofia Oriental  (Japão), Fundação Makiguchi para a Edudação, Centro Ikeda para Paz, Aprendizado e Diálogo (originalmente Centro de Pesquisa de Boston para o Século 21), Instituto Toda para Paz, Sistema Soka de Educação (Colégios e Universidades no Japão, Estados Unidos, Brasil, Coreia, Malásia e Cingapura), Associação de Concerto Min-On, Museu de Arte Fuji em Tokyo (Japão) e o Instituto Soka Amazônia (Brasil).

Clamor pela paz, pela Amazônia e pela  vida

Descrever em poucas palavras a extensa obra deixada por Daisaku Ikeda não é uma tarefa fácil.

Em sua trajetória de mais de sete décadas de vida pública, ele dedicou-se incansavelmente em defesa da paz, da educação e direitos humanos e inspirou gerações para os propósitos de valorização da vida e do potencial do ser humano para transformação social.

Dialogo com a Natureza por Daisaku Ikeda

Com sensibilidade criativa, traduziu em fotos e poesia a importância da relação mais harmônica do homem com a natureza.

Na exposição  Diálogo com a Natureza, exibida pela primeira vez em 1982, Ikeda convida o público a ter um olhar atento a si mesmo e ao mundo ao redor: “A vida reage da maneira mais sensível a cada momento que nunca mais voltará”, afirmou.

O renomado escritor e critico de arte francês, René Huygue,  classificou suas  fotografias como poesias e afirmou: “Lutando  pela verdade na vida, ele capta a pulsação de cada expressão da vida e torna a eternidade da vida visível e palpável

Relação com a Amazônia

Embora não tenha visitado pessoalmente a Amazônia, Ikeda sempre nutriu profunda admiração pela floresta e seus rios.

Por ocasião da inauguração do Laboratório de Pesquisas Ecológicas Dr. Daisaku Ikeda, atual sede do Instituto Soka Amazônia, Ikeda relembrou sua forte ligação com a região:

O famoso naturalista inglês Charles Darwin, que elaborou a Teoria da Evolução das Espécies, ficou muito impressionado com a riqueza natural da floresta amazônica, o colorido verdejante das matas, os sons e o silêncio formando uma harmonia perfeita na sombra de suas árvores centenárias. E o escritor Stefan Zweig, quando esteve na Amazônia, disse que seu sonho de infância era ver a majestosa correnteza do Rio Amazonas.

Eu também, quando criança, acalentei a esperança de um dia viajar pelo mundo para conhecer o grande Amazonas. Por isso, quando ouço sobre o Amazonas, ressurgem em meu coração essas lembranças de infância cheias de sonhos e fantasias e sinto-me como se os jubilosos braços da rica terra-mãe da vida envolvessem todo o meu ser. Neste momento, meu coração palpita ansioso por voar imediatamente para o Amazonas com um sentimento muito mais intenso do que o de Darwin e Zweig

Desse sentimento surgiu o desejo de estabelecer na região uma base para contribuir efetivamente para preservação da biodiversidade amazônica, culminando, no início da década de 1990, na criação de um centro de estudos e projetos de educação ambiental na Reserva Particular de Patrimônio Natural  RPPN Dr. Daisaku Ikeda, na região do icônico Encontro das Águas.

Em diversos discursos e iniciativas Dr. Ikeda enfatizou a importância da educação ambiental humanística, de valorização da dignidade da vida e vinculada à paz e aos direitos humanos. 

Por suas contribuições, ele recebeu homenagens e títulos de diversas instituições e universidades brasileiras, como a Medalha de Mérito Social pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (2018) e Medalha Nilo Peçanha do Instituto Federal do Amazonas (2019), títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades Federais do Amazonas (2019), do Acre (2017) de Pernambuco (2021), de Rio de Janeiro (1997) e do Paraná (1993), entre outros títulos e condecorações. Em 1993,  foi eleito para a cadeira 14 de sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras.

Eterno diálogo pela paz

Ikeda empreendeu relevantes diálogos com líderes e personalidades mundiais, dando sua visão sobre temas como cidadania global, abolição das armas nucleares, proteção ao meio ambiente, direitos humanos e relação harmônica entre ser humano e natureza. Parte desses diálogos foram transformados em livros, deixando um legado de reflexões e conhecimento em diversas áreas.

No notável discurso  Era do Soft Power e da Filosofia da Motivação Interior, proferido na Universidade de Harvard, em 1991, Ikeda atribuiu ao conceito de soft power – exposto pelo teórico de relações internacionais Joseph Nye – , o significado da automotivação necessária para se criar uma sociedade pacífica e solidária, considerando a inseparabilidade do homem e seu meio ambiente.

“Tudo está ligado numa intrínseca rede de causa e conexão, e nada — seja no domínio das questões humanas, ou no dos fenômenos naturais — pode existir ou ocorrer de modo isolado. Sob esse ponto de vista, tem sido creditada importância maior às relações interdependentes entre os indivíduos do que ao indivíduo isolado.”

Ikeda foi também um grande incentivador da criação da Carta da Terra, a declaração universal de princípios éticos fundamentais para a construção, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. O documento, considerado um importante guia para a transição para um futuro sustentável, foi resultado de uma década de diálogo intercultural, originada no âmbito das Nações Unidas, mas que se estendeu como uma iniciativa global da sociedade civil.

Por ocasião da filiação do Instituto Soka Amazônia à Carta da Terra Internacional, neste ano, Mirian Vilela, diretora executiva da organização homenageou Dr. Ikeda por seus esforços em prol da paz e meio ambiente.

A exposição Sementes da Esperança e Ação – produzida pela Soka Gakkai, Carta da Terra Internacional com apoio do Instituto Soka Amazônia – teve o objetivo de inspirar o protagonismo das pessoas comuns na proteção do planeta Terra para as futuras gerações

Ikeda sempre louvou os esforços de pessoas comuns em defesa da vida e do meio ambiente, entre as quais a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2004, Wangari Maathai, por quem nutria profunda admiração.

“Ela concebeu seu Movimento Cinturão Verde com compaixão e preocupação com o futuro de seus filhos e sua terra natal, o Quênia. Ela aplaudia as nobres mulheres comuns de seu país que participam do movimento como ‘engenheiras florestais’, sem diplomas”, disse.

Mudanças Climáticas, Solidariedade Global e Amazônia

As diversass Propostas de Paz que enviou, anualmente, à ONU desde 1983, tornaram-se referência para dezenas de pensadores em todo o mundo. Ao todo, foram mais de 40 propostas de paz encaminhadas, algumas delas com proposituras para meio ambiente e as ações de apoio ao desarmamento nuclear.

Na Proposta enviada em 2020, intitulada Rumo ao nosso futuro compartilhado: construindo uma era de solidariedade humana, Ikeda iguala em gravidade a questão climática do Planeta à ameaça das armas nucleares e enfatiza a necessidade de solidariedade global na busca de uma solução:

 “As alterações climáticas são mais do que uma questão ambiental no sentido convencionalmente entendido: representam uma ameaça para todas as pessoas que vivem na Terra, tanto agora como nas gerações futuras. É, tal como as armas nucleares, um desafio fundamental do qual depende o destino da humanidade”, afirmou.

Para Ikeda, a sustentabilidade não deveria ser buscada simplesmente como uma questão de ajuste de políticas, a fim de encontrar um melhor equilíbrio entre os imperativos econômicos e ecológicos.

A sustentabilidade deve ser entendida como um desafio e um empreendimento que exige o compromisso de todos os indivíduos. Na sua essência, a sustentabilidade é o trabalho de construção de uma sociedade que dá a mais alta prioridade à dignidade da vida”, afirmou em sua Proposta de Paz enviada à Organização das Nações Unidas (ONU), em 2012.

Frases célebres de Ikeda sobre Amazônia e Sustentabilidade

A Amazônia é o tesouro maior do mundo, é onde resplandece a luz da vida, onde ecoa a contínua canção da vida. Quando a Amazônia adoece, o planeta agoniza; quando a Amazônia chora, a Terra se desespera; e quando a Amazônia bater suas asas, a humanidade poderá voar altivamente.

Daisaku Ikeda. Discurso para Conferência Internacional Amazônia do Terceiro Milênio: Atitudes Desejáveis. 1999

Creio que não devemos esquecer a ótica da convivência na busca de soluções para os problemas do meio ambiente. O desenvolvimento do meio ambiente requer o desenvolvimento do homem, e para promover o desenvolvimento do homem é indispensável unificar os seres humanos

Daisaku Ikeda. Para a Cúpula da Terra. Rio de Janeiro. 2001

Uma sociedade sustentável é aquela cujo futuro não seja prejudicado pelas necessidades momentâneas do presente, mas onde as melhores escolhas sejam determinadas pelos interesses dos nossos filhos e netos. A procura desses ideais não deve ser acompanhada pela obediência a regras impostas de fora nem como um fardo sufocante de responsabilidade. Pelo contrário, ela deve ser um desejo natural.

Daisaku Ikeda. Proposta de Paz à ONU: Segurança humana e sustentabilidade – Compartilhar o respeito pela dignidade da vida, 2012

As alterações climáticas são mais do que uma questão ambiental no sentido convencionalmente entendido: representam uma ameaça para todas as pessoas que vivem na Terra, tanto agora como nas gerações futuras. É, tal como as armas nucleares, um desafio fundamental do qual depende o destino da humanidade

Proposta de Paz à ONU: “Rumo ao nosso futuro compartilhado: construindo uma era de solidariedade humana”, 2020

Necessitamos do poder da ação conjunta e da solidariedade que transcende as fronteiras nacionais, em ação contra as entrelaçadas crises das mudanças climáticas e dos impactos econômicos relacionados à Covid-19

Daisaku Ikeda. Proposta de Paz à ONU:  “Criação de Valor em Tempos de Crise”, 2022

Legado literário

No campo literário, Ikeda deixou um legado como autor de poesias, romances, ensaios, artigos, histórias infantis. Mais de 250 obras suas foram traduzidas em mais de 50 idiomas. De acordo com seu site oficial, o número de livros publicados ao redor do mundo chega a mais de 2.000. No ano de 1993, ele foi eleito para a cadeira 14 de sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras.


Instituto Soka e INPA realizam a 8ª Edição do Seminário Águas da Amazônia

2023 ficará marcado na história pela série de eventos climáticos extremos na Amazônia com conseqüências graves para a biodiversidade e populações locais.

A região que concentra a maior floresta tropical e a mais extensa bacia hidrográfica do mundo vivencia a seca dos últimos 122 anos na região. Em 62 municípios do estado do Amazonas, cerca de 600 mil pessoas foram impactadas diretamente pela seca, segundo dados da Defesa Civil do Estado. 

Tal panorama não poderia estar de fora das discussões do Seminário Águas da Amazônia, realizado no último dia 9 de novembro, na sede do Instituto Soka e transmitido ao vivo pela youtube.

Especialistas de diversos segmentos apresentaram suas análises dos impactos dos eventos extremos no ciclo hidrológico amazônico criando oportunidade de reflexões sobre o necessário aprimoramento das relações do ser humano perante a natureza como um todo.

Para o diretor presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento, o Seminário é relevante não apenas para a região.

“Os momentos que estamos vivendo em toda sociedade requerem que possamos refletir, pensar e partir para ações para mudar o futuro de toda a sociedade e construir um mundo melhor”, afirmou, agradecendo o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e demais parceiros na realização do Seminário, que chega à sua 8ª edição

De acordo com a diretora de Tecnologia Social do INPA, Dra. Denise Gutierrez, o Seminário é realizado em parceria com o Instituto Soka, devido aos temas convergentes que ambas instituições trabalham e que são fundamentais para a região.

Ela destacou a convergência em educação ambiental, enfatizando que é impossível atuar  com sustentabilidade, qualidade de vida para as populações e preservação do meio ambiente, sem fortes ações educativas. “Temos a convergência na própria preservação e na visão de preservação, no entendimento que somos depositários de riquezas naturais importantes que são advindas da floresta amazônica e nós lutamos por ela”.

Na palestra “Eventos extremos de seca e cheias na Amazônia“, o doutor Jochen Schongart, pesquisador titular da Coordenação de Uso de Terra e Mudanças Climáticas do INPA descreveu a importância global e magnitude da bacia amazônica.

“São 15 mil quilômetros cúbicos de chuva, que correspondem a mais de 10% de todas as chuvas de todos os continentes do mundo. Metade disso volta em forma de evapotranspiração e grande parte é exportado na forma de rios voadores que levam umidade a outras regiões. É a maior  hidrobacia do  mundo, com 18% de toda a água doce que chega aos oceanos; são 30% de áreas úmidas; reúne 10% de toda a biodiversidade conhecida; e estoca de 150 a 200 bilhões de toneladas de carbono na biomassa e no solo”.

Com base em 122 anos de monitoramento do nível dos rios na cidade de Manaus, o especialista avaliou que o ciclo hidrológico da Amazônia já sofre forte mudança. Nos primeiros 23 anos deste século, a situação de emergência é quase igual a de todo o século anterior. Em outras palavras, 7% desse século é situação de emergência, ou seja, a cada 17º dia é um dia de emergência induzida por  enchentes ou secas. “São enormes desafios para as políticas públicas e para a sociedade, pois essas ocorrências tem dimensões complexas, sociais, econômicas e de biodiversidade”, concluiu.

O consultor da Unicef, Paulo Diógenes, apresentou os impactos da escassez de água de qualidade e tratamento sanitário na vida das crianças e adolescentes no Brasil. De acordo com levantamento recente, apenas 21% das escolas brasileiras tem água tratada disponível e 3,3  milhões de crianças e adolescentes, entre 0 e 17 anos de idade, não tem acesso a água segura.

Para as meninas, o quadro é mais dramático: apenas 3% das estudantes brasileiras frequentam escolas com  banheiro em condições de uso. E no estado do Amazonas, 13,4% das crianças no Amazonas não tem acesso à água segura e quase 72% não tem acesso a saneamento básico.

O pós-Doutorando em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Mestre em Direito Ambiental, Thiago Flores dos Santos, abordou em sua palestra o uso de Pagamento por Serviços Ambientais Hídricos como estratégia de Conservação da Biodiversidade no Amazonas.

Para o especialista há desafios a serem superados quanto à regulamentação, formas de valorar e precificar os ativos e o monitoramento dos resultados.

O professor doutor Sergio Duvoisin Junior, do núcleo permanente do Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente da Universidade do Estado do Amazonas e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (UEA/INPA), apresentou os dados do projeto monitoramento ambiental realizado nas principais bacias hidrográficas amazônicas e onde foram coletadas várias amostras de água e solo para avaliar a qualidade. Os dados completos serão disponibilizados até o final de ano e poderão ajudar os gestores públicos tomarem medidas de planejamento e contenção.

O especialista  fez questão de destacar que a preservação ambiental não é responsabilidade apenas dos gestores públicos ou concessionária.  “A parte de conscientização pessoal – de saber que  cada um de nós tem que fazer o seu papel na preservação dos recursos hídricos – é fundamental. Senão  não chegaremos ao lugar nenhum”.

Estudantes das universidades e representantes da sociedade civil presentes fizeram suas perguntas aos especialistas e considerações. Em seguida, duas as duas palestras finais trouxeram reflexão e esperança.

O antropólogo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN Amazonas), Mauro Augusto Dourado Menezes, destacou que, dentro da lógica do antropoceno,  a seca  vem revelando de diversas formas como homem tem se relacionado com o lugar e o espaço em que ele vive.

Ao se referir ao elemento água como patrimônio cultural enfatizou: “Falar de água, falar de ambiente, falar de natureza, portanto,estamos falando de referencias  que a água,  o meio ambiente e a natureza como portadores de identidade e memória. Talvez quando as políticas publicas se derem conta de natureza não apenas como recursos mas como pessoas, como gentes, teremos outra vertente para pensar na questão ambiental”.

Por fim,  o  engenheiro ambiental e coordenador de Educação Socioambiental do Instituto Soka Amazônia,  Jean Dinelly Leão , apresentou os resultados dos projetos e práticas de educação ambiental, de apoio a pesquisa e de proteção da biodiversidade amazônica, a partira da RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

Ao final do evento cerca de 40 quilos de alimentos não perecíveis doados pelos participantes foram destinados à comunidade ribeirinha vizinha ao Instituto.

Assista, a seguir o Seminário na íntegra:

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Nota oficial do IPHAN sobre o Sitio Arqueológico Ponta das Lajes

Devido a relevância do tema, reproduzimos na íntegra a Nota oficial do Instituto do Patrimônio Histório e Artístico Nacional (IPHAN) sobre o Sítio Arqueológico Ponta das Lajes, onde recentemente aflorou grande número de gravuras rupestres por conta da seca no Rio Negro. O Sítio Arqueológico Ponta das Lajes é vizinho ao Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda (veja o mapa ao final).

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informa que vem realizando fiscalizações regularmente na área do sítio arqueológico Ponta das Lajes, com apoio do Instituto Soka Amazônia, em Manaus (AM).

O Iphan procurou os órgãos competentes para evitar possíveis danos aos bens arqueológicos, especialmente a Polícia Federal, o Batalhão de Polícia Ambiental e a Secretaria Municipal de Segurança Pública. Esta, por sua vez, deverá realizar patrulhas de modo a impedir qualquer dano ao Patrimônio Cultural brasileiro. 

Outras providências estão sendo organizadas em um Plano Emergencial devido à estiagem, incluindo a instalação de um grupo de trabalho para gestão compartilhada do sítio, envolvendo diversos órgãos.

Importante destacar que todos os bens arqueológicos pertencem à União, sendo que a legislação veda qualquer tipo de aproveitamento econômico de artefatos arqueológicos, assim como sua destruição e mutilação. Além disso, para realização de pesquisas de campo e escavações, é preciso o envio prévio de projeto arqueológico ao Iphan, que avaliará e, só então, editará portaria de autorização. Assim, qualquer pesquisa interventiva realizada sem autorização do Iphan é ilegal e passível de punição nos temos da lei.

Atualmente, está em execução um Plano de Ação cujo objetivo é pesquisar e cadastrar sítios arqueológicos no estado do Amazonas. Com isso, pretende-se produzir conhecimento sobre o Patrimônio Arqueológico da região amazônica, promovendo, ao mesmo tempo, ações educativas que, também, são uma forma de prevenir futuros prejuízos a esses bens.

Assessoria de Comunicação Iphan 

Localização dos Sítios Arqueológicos da região

Colaboração: Roger Biondani

Ação emergencial pela seca no Rio Negro: Instituto Soka Amazônia e empresas parceiras doam água potável e alimentos a comunidades ribeirinhas

por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia (Manaus/AM)

Puxirum – palavra de origem tupi que significa ajuda entre vizinhos ou comunidade – é como foi apelidada a ação solidária realizada, nesta quarta-feira (11), pelo Instituto Soka Amazônia e empresas parceiras, em benefício de famílias ribeirinhas.

As duas comunidades flutuantes atendidas – a do Lago do Catalão e a do Paraná do Xiborena – fazem parte do município de Iranduba/AM e estão entre as várias vitimadas pela emergência climática deflagrada pela seca extrema (e histórica) de rios e igarapés que acomete a região, situação agravada pela forte fumaça das queimadas que cobre cidade de Manaus e região.

A ação – mobilizada pelo Instituto Soka em parceria com as empresas Breitener Energética, Gaia Eco, Tutiplast e Associação Brasil SGI – levou galões de água potável, cestas básicas e kits purificadores de água e de doces para o Dia das Crianças, atendendo mais de 120 famílias ribeirinhas das comunidades de flutuantes.

A distribuição foi organizada pela líder da Associação Comunitária e Agrícola do Lago Catalão, Raimunda Ferreira de Viana, que montou uma tenda improvisada à beira do rio, onde as famílias se reuniram para se proteger do sol escaldante e temperatura que alcançou os 38 graus.

Dona Rai, como é conhecida, compartilhou os itens recebidos com as famílias da comunidade Paraná do Xiborena, que também enfrentam difoculdade de acesso à água e alimentos. “Hoje nós sabemos que os ribeirinhos estão sofrendo essa escassez. E esse sofrimento é no geral, não é só no Catalão. O que der para eu ajudar outra comunidade, eu vou ajudar”, afirmou dona Rai.

Afonso, representante da comunidade Paraná do Xiborena agradeceu a partilha: “Isso é comunidade, um ajudando a outro. Estamos todos no mesmo sofrimento. Dói em todos. Obrigado dona Raimunda e as empresas que se mobilizaram. Porque o que está em jogo é a saúde das crianças”.

Associação Brasil SGI, proprietária e mantenedora da RPPN Dr. Daisaku Ikeda, também destinou recursos para a doação, viabilizando o transporte da doação até a comunidade. Carla Osawa, que coordena as ações de voluntários do Instituto Soka, organizou doação de doces para as crianças das comunidades.

Para Danielle Viana, gerente de responsabilidade social da Breitener, a ação foi pensada com muita responsabilidade e vontade de fazer o bem. “Aqui estão várias mãos dadas, várias empresas lideradas pelo Instituto Soka. Eu estava em Fortaleza quando vi uma postagem do Instituto Soka sobre o que vocês estão passando aqui, e pensei: precisamos fazer algo. E aqui estamos. É pouco, mas é de todo coração. Por isso, além da água, resolvemos doar 120 cestas básicas”.

Sirlei Bis Oliveira, diretora administrativa da Gaia Eco, destacou que a ação envolveu a todos em um sentimento de solidariedade e compaixão. “Um sentimento bonito que deve aflorar em todos”. Além de galões de água, a empresa doou 50 kits purificadores de água.


Eduardo Schmidt, chefe de operações da Gaia Eco, demonstrou para a comunidade como utilizar o kit (balde, tecido, cano plástico e sachê próprio). De maneira simples cada família poderá, em 30 minutos, tornar própria para o consumo humano a água captada no rio ou poço.

Lindalva Mateus, como voluntária da Tutiplast, expressou seu sentimento de participar da ação: “É um momento de solidariedade com quem está precisando hoje. O nosso rio Amazonas é tão grande que nunca imaginamos passar por isso. Estou aqui há 19 anos e nunca vi isso, de a gente ficar embaixo de onde era o rio. Também nos traz tristeza ver os peixes e botos morrendo. Por isso é linda essa corrente que vocês criaram e que a Tutiplast acatou. Só tenho a agradecer”.

A comunidade flutuante do Lago do Catalão faz parte do município de Iranduba/AM e fica a poucos quilômetros da sede do Instituto Soka Amazônia, na RPPN Dr. Daisaku Ikeda, em frente à Ponta das Lajes e Encontro das Águas.

AÇÃO EM NÚMEROS

Comunidades atendidas: Lago do Catalão e Paraná do Xiborena (Iranduba/AM)
Famílias atendidas: 120 famílias
Itens doados: 255 galões de água (de 20litros) + 120 cestas básicas + 50 kits purificadores de água + 70 kits de doces para o Dia das Crianças

Voluntários mobilizados na entrega:
35 voluntários (diretores, colaboradores e voluntários do Instituto Soka Amazônia e empresas parceiras; moradores da comunidade Catalão; e barqueiros da região)
*devido dificuldade ocasionada pela seca na margem do Rio Negro, o carregamento de água e alimentos da Praia das Lajes até a embarcação foi realizado manualmente pelos voluntários

O Instituto Soka Amazônia agradece o contínuo apoio recebido de doadores e parceiros, o que permite dar continuidade ao trabalho em prol da proteção da integridade ecológica e desenvolvimento sustentável da Amazônia com coexistência harmônica entre ser humano e natureza.

O Instituto Soka Amazônia, como organização filiada à Carta da Terra Internacional promove, em suas ações, os princípios de Respeito e Cuidado com a Comunidade da Vida; proteção da Integridade Ecológica; Justiça Social e Ecológica; e Democracia, Não-Violência e Paz.

Como organização âncora do HUB ODS Amazonas, está comprometida com o alcance e a promoção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável entre as empresas da região. Nesta ação o Instituto Soka e seus parceiros se dedicaram ao cumprimento dos ODS 2 (Fome Zero), ODS 6 (Água Potável e Saneamento) e ODS 17 (Parcerias e Meios de Implementação).

Ajude a preservar o futuro da Amazônia.

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NOTA OFICIAL: Dia Mundial da Natureza e informe sobre seca e calor extremo na Amazônia

Diante da grave estiagem e seca na bacia dos rios da região amazônica nos últimos dias, o  Dia Mundial da Natureza (3 de outubro) e Dia Mundial dos Animais (4 de outubro) ganham contornos de emergência climática.

Acometida por dois fenômenos climáticos simultâneos, a região enfrenta, nos últimos dias, situação dramática do ponto de vista ecológico e social, com perdas significativas para a biodiversidade e para população ribeirinha cuja sobrevivência está diretamente relacionada aos rios e a floresta. 

O Instituto Soka Amazônia manifesta seu profundo pesar pelas vítimas da comunidade do Arumã, em Beruri, no interior do Amazonas, e demais comunidades ribeirinhas que sofrem os efeitos desse evento climático extremo. Manifesta também solidariedade e apoio às equipes de técnicos do Instituto Chico Mendes (ICMBIo) e do Instituto Mamirauá pelo trabalho de monitoramento da água e resgate de botos da região de Tefé/AM. 

Diante da previsão de estiagem prolongada, vale o alerta para aumento na incidência de queimadas e incêndios florestais. Tais ocorrências não só agravam a situação do clima, como tem ameaçado espécies, algumas em risco de extinção, e provocado sérios problemas de saúde à população.

O Rio Negro tem registrado uma acentuada e acelerada queda em seu volume – maior que o índice registrado na seca histórica de 2010, segundo Agência Nacional das Águas (vide gráfico). E as previsões é que o período seco se estenda até o início de 2024.

AÇÕES NA SEDE DO INSTITUTO – RPPN DR. DAISAKU IKEDA

ATIVIDADE DA ACADEMIA AMBIENTAL:
Em virtude da previsão de altas temperaturas para essa quarta-feira (4), e por recomendação da Secretaria Municipal de Educação, foi suspensa a atividade programada para a Academia Ambiental nesta semana.

NIVEL DO RIO NEGRO
A equipe do Instituto Soka tem monitorado diariamente o trecho do Rio Negro que margeia a RPPN Daisaku IKeda e está alerta a comunicar ocorrências às autoridades competentes.  

IMPACTO NA VEGETAÇÃO DA RESERVA
Medidas tem sido realizadas na área florestal para minimizar os impactos da seca sobre a vegetação e na produção de mudas de espécies nativas da RPPN. Plantios que estavam programados para setembro/outubro estão sendo adiados para o período com condições climáticas mais adequadas.

IMAGENS REGISTRADAS NO ÚLTIMO DIA 03 DE NOVEMBRO NA RRPN DR. DAISAKU IKEDA

O Instituto Soka Amazônia agradece o contínuo apoio recebido de doadores e parceiros, o que permite dar continuidade ao trabalho de proteção, educação ambiental e apoio a pesquisa científica, visando a proteção da biodiversidade amazônica.

Dia da Árvore: uma vivência especial no Instituto Soka Amazônia

Todos os anos, milhares de estudantes celebram o Dia da Árvore com o tradicional plantio simbólico.

O Instituto Soka Amazônia decidiu envolver nessa celebração o público adulto de uma maneira especial: sensibilizá-los por meio de vivências de resgate às relações com a natureza e de ampliação do conhecimento sobre a importância das árvores amazônicas.

Na manhã escaldante do dia 21 de setembro, em Manaus, foi realizado um encontro na sede do Instituto Soka Amazônia, na Reserva Particular de Proteção Natural – RPPN Daisaku Ikeda, com objetivo de proporcionar uma experiência imersiva a colaboradores e voluntários de empresas que apoiam os projetos de educação ambiental, conservação da natureza e pesquisa científica do Instituto.

Participaram colaboradores das empresas Aegea/Águas de Manaus, Breitener Energética, Tutiplast, Musashi e Gaia Eco, todas com operações na cidade de Manaus, e professores e alunos da Universidade do Estado do Amazonas, uma das instituições de ensino parceiras do Instituto.

A árvore é um símbolo universal da vida e, não a toa, é representada na logomarca do Instituto Soka, como destacou o vice-presidente do Instituto Soka, Milton Fujiyoshi. As raízes dessa árvore representam os valores humanistas do fundador, Dr. Daisaku Ikeda, e os princípios da Carta da Terra, ao passo que o tronco são pessoas e parcerias, e as folhas são as ações e projetos realizados em conjunto, segundo ele. “Mas o que garante a perenidade dessa árvore e da floresta, são as sementes que representam a conscientização e a transmissão do conhecimento, que o Instituto deseja expandir em prol da proteção da Amazônia e do meio ambiente”, ressaltou

Os benefícios do maior contato com a natureza para a saúde física e mental foram mencionados pela coordenadora de Comunicação do Instituto Soka Amazônia, Dulce Moraes, que é pesquisadora com Mestrado em Urbanismo Biofílico. Ela pontuou evidências de que experiências biofílicas – como observar paisagens naturais, ouvir os sons de aves podem melhoram a concentração, criatividade e diminuir o estresse. A pratica diária de “banho de floresta” – que consiste em permanecer em ambiente com árvores por alguns minutos – mostrou-se como fator de melhora no sistema imunológico, saúde cardiovascular e em quadros de ansiedade, segundo alguns estudos.

Os convidados tiveram momentos de contemplação da paisagem natural e do Encontro das Águas no Mirante do Instituto, onde puderam compartilhar em grupo suas memórias e significados individuais sobre as árvores. Mel Farias, colaboradora da empresa Água de Manaus, relembrou o significado ancestral das árvores para o povo Mura, da qual é descendente. As árvores para o povo Mura e outros etnias indígenas podem representar a presença de um ente falecidos e antepassados.

No Laboratório do Instituto, o s participantes realizaram a quebra de dormência das sementes da árvore paricá (Schizolobium amazonicum) e assistiram a uma aula sobre a riqueza da biodiversidade amazônica e suas sementes, com coordenador de proteção da natureza, Rodrigo Izumi.

Durante o percurso em uma trilha, sob orientação da professora da UEA e Mestre em Ecologia, Katel Uguen, os participantes experienciaram na prática o processo de identificação botânica e conheceram as características ecológicas e culturais de algumas espécies da Reserva, como sumauma (Ceiba pentranda), castanheira (Bertholletia excesea), ipê-amarelo (Androanthus serratifolia), orelha-de-macaco (Enterolobium schomgburkii), buriti (Mauritia flexuosa), louro-do-igapó (Nectandra amazonum), paricarana (Albizia subdimidiata) e caripé (Couepia paraensis).

Os convidados também tiveram a oportunidade de semear mudas de paricá e plantar algumas espécies para a recomposição da mata de igapó dentro da RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

Com essa vivência biofílica e de educação ambiental, o Instituto Soka Amazônia envolveu empresas parceiras do Distrito Industrial de Manaus, destacando a importância vital das árvores amazônicas e fortalecendo os laços entre a comunidade e o meio ambiente.

Essa ação se alinhada aos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU:

Ajude a preservar o futuro da Amazônia.

Junte-se a nós!

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