Instituto Soka Amazônia no Jungle Matsuri 2022:

Meio ambiente também é geek

Nos dias 23, 24 e 25 de setembro foi realizado na cidade de Manaus o Jungle Matsuri, considerado como a maior feira de cultura japonesa da Região Norte do país. O Instituto Soka Amazônia fez parte como um dos apoiadores, tendo exposto para os visitantes um pouco do trabalho que é realizado em sua sede em Manaus. 

O verde num cenário multicolorido

Muitos jovens e adultos circularam pelo local ao longo dos três dias de feiras. Alguns até fantasiados, representando heróis ou personagens de animes. Nesse cenário multicolorido, o verde se sobressaiu no stand do Instituto Soka Amazônia. Quem chegava ao stand, se deparava com plantas e sementes de árvores que fazem parte do manejo diário de pesquisadores e técnicos do ISA.

Lista de mudas para o evento

  1. Açaí
  2. Andiroba
  3. Angelim
  4. Bacaba
  5. Cacau
  6. Camu-camu
  7. Capitari
  8. Cedro-vermelho
  9. Chuva de ouro da Amazônia
  10. Copaíba
  11. Cumaru
  12. Cupuaçu
  13. Ipê-pau d’arco
  14. Itaubarana
  15. Jatobá
  16. Jenipapo
  17. Lacmelia
  18. Mai-mari-rosa
  19. Mogno
  20. Orelha-de-macaco
  21. Pau-rosa
  22. Paricá
  23. Seringa
  24. Sumauma
  25. Tento-vermelho
Sementes da Esperança

Durante o Jungle Matsuri também foi apresentada parte da Exposição Sementes da Esperança e Ação. A mostra, com um total de 26 painéis baseados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), levou os visitantes a refletirem sobre o nosso papel enquanto cidadãos na proteção e cuidado com o planeta Terra. Quem passava pela exposição, saía mais consciente e determinado a contribuir em prol da sociedade.

Ao todo mais de 1.200 visitantes passaram pelo stand do Instituto Soka. Eles eram guiados por técnicos do Instituto e por um time de voluntários, que explicavam cada detalhe e interagiam com muita animação e sorriso no rosto com os participantes. 

Para esses voluntários, o Jungle Matsuri também foi significativo. Não só pela oportunidade de conhecer um pouco mais a cultura e a culinária do Japão, mas por passarem a ter, a partir do evento, melhores condições de fazer a diferença na vida de pessoas.  

Depoimentos de voluntários

Talita Oliveira, 35 anos:

Foi uma valiosa oportunidade de ampliar o diálogo sobre conservação ambiental, humanismo e revolução humana, além de divulgar o trabalho realizado pelo Instituto Soka, engajando novos interessados como doadores e voluntários.

Patrícia Sonoda, 47 anos:

Fiquei muito agradecida pela oportunidade de ser uma voluntária pelo Instituto Soka Amazônia. O evento me fez perceber o quanto as pessoas estão dispostas a contribuir para a preservação do meio ambiente. Cada pessoa com quem conversei me dizia que se cada um plantasse uma árvore, poderia contribuir para salvar vidas! Cada plantinha que pude entregar, meu coração se enchia de felicidade!

Beatriz Drosdeck, 50 anos:

Encontrei várias pessoas interessadas no movimento para proteger a floresta Amazônica e o meio ambiente para futuras gerações em ação conjunta de todos por um mundo melhor. O certo é que ainda temos muitas missões a realizar. Muito obrigada pela oportunidade de poder atuar junto a vocês.

Izis Andrade, 33 anos:

Evento extremamente necessário por inserir a sustentabilidade e educação ambiental em sua programação com o Instituto Soka. Parabéns a todos os envolvidos, principalmente ao Instituto Soka por valorizar ainda mais a cultura local, conscientizando as pessoas sobre o necessário cuidado com o meio ambiente, através de ações práticas.

Equipe do Instituto Soka Amazônia e Voluntários
Novos doadores voluntários

Registre-se, ainda, que durante o Jungle Matsuri, diversos visitantes decidiram se tornar doadores voluntários do Instituto. A eles, nós agradecemos por fazerem parte dessa corrente humana de respeito à dignidade da vida e preservação do meio-ambiente. Para sinalizar nosso reconhecimento aos novos doadores eles receberam mudas de plantas, que cada um poderá plantar em sua própria residência.

Visite-nos

Instituto Soka Amazônia no Jungle Matsuri

Os visitantes terão a oportunidade de vivenciar a cultura japonesa com diversos shows, workshops, exposições culturais, além de uma grande praça de alimentação com culinária típica do Japão!

O Festival será realizado no Studio 5 Centro de Convenções, o principal espaço de eventos da Amazônia nos dias 23, 24 e 25 de setembro.

O Instituto Soka Amazônia participará do evento com a Exposição Sementes da Esperança e Ação e algumas atividades especiais. O stand do Instituto estará na Rua D2 ao lado do Card Game.

Veja a programação do evento:

Mais informações visite o site do evento: https://junglematsuri.com.br

Voluntariado: cidadania ativa e contributiva

Voluntários Instituto Soka Amazônia
Desde 1985 celebra-se o Dia Nacional do Voluntariado em 28 de agosto e desde então o termo vem ganhando significado cada vez maior frente às inúmeras questões que afligem o planeta

Contribuir ativamente para o bem comum de forma a ser parte da solução, não um mero espectador é a representação do trabalho voluntário. o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que “o voluntariado é um mecanismo poderoso para envolver as pessoas, especialmente as que são deixadas mais para trás no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Para celebrar a data, trouxemos depoimentos de algumas voluntárias do Instituto Soka Amazônia.

A veterinária Beatriz Nobuco Enomoto Drosdeck, conheceu o trabalho do Instituto Soka por meio de notícia lida no Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai do Japão. Segundo ela, seu interesse pelo meio ambiente sempre foi grande e buscou aperfeiçoar-se nisso ao cursar a faculdade de Veterinária. Sua área de maior interesse são os animais e por isso foi até o Paraguai receber treinamento num zoológico, “para poder fazer algo para manter e proteger o meio ambiente, dentro e fora da organização de Soka Gakkai”. Mas disse também que gosta muito da atividade de preparação da terra para receber as mudas: “gosto de plantas, plantar uma árvore significa plantar a vida para futura geração”.

A voluntária Talita Oliveira conheceu o trabalho do Instituto por meio dos companheiros da BSGI. “Meus colegas budistas me falaram sobre o importante trabalho desenvolvido pelo Instituto em prol do meio ambiente. No início de 2022, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente e fiquei emocionada, pois lá vi a grandiosidade do trabalho que é desenvolvido”, contou. A partir desse sentimento, surgiu em Talita o desejo de contribuir efetivamente de alguma maneira. Disse ter gostado muito de participar da Semana do Meio Ambiente, pois a programação diversa e interessante ensinou e cativou bastante o público e a ela, “além disso foi lindo ver a equipe do instituto e os voluntários trabalhando coletivamente e recebendo tantas pessoas!”.

Natália Leão conheceu o Instituto por intermédio de sua amiga budista. “Quis me voluntariar pela experiência de participar e conhecer as ações que o Instituto promove”, explicou. O evento que mais gostou foi no Bosque da Ciência, ocorrido no primeiro dia da Semana do Meio Ambiente, onde pôde apreciar a ação e conhecer pessoas maravilhosas.

Mais sobre o trabalho voluntário:

“Voluntário é o cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário”.(Comunidade Solidária, Comunitas)

“Voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social ou outros campos” (Organização das Nações Unidas – ONU).

O trabalho voluntário gera uma realização pessoal, um bem-estar interior originado do prazer de servir a quem precisa. É um sentimento de solidariedade e amor ao próximo aliado à importância de se sentir socialmente útil. No voluntariado, todos ganham: o voluntário, aquele com quem o voluntário trabalha e a comunidade.

Instituto Soka sedia encontro e debate sobre LGPD e ESG dentro das corporações

Num mundo que ainda tem alto consumo de papel, especialista prega: “Digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente

Na manhã da última quarta-feira (27.9.2022), mais de 200 participantes, de forma presencial e virtual, se reuniram com o objetivo de debater a sustentabilidade e a proteção de dados no ambiente corporativo. O evento, denominado “LGPD e ESG: Digitalização como caminho para a sustentabilidade”, foi realizado pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU e pelo Instituto Soka Amazônia. O Instituto é o hub das ODS no estado do Amazonas, e foi o palco presencial da conferência. O encontro reuniu especialistas nos temas abordados e representantes de empresas sediadas no Amazonas. 

Apresentação do Dr. Oscar Kenjiro Asakura

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi promulgada no Brasil em 2018, exigindo mudanças e adaptações em empresas dos mais variados setores. Ela visa tratar sobre a proteção dos dados pessoais, e a garantir o direito fundamental de liberdade e de privacidade. Engenheiro formado pela Politécnica da USP, com mestrado e doutorado nas áreas de Gestão de Dados e Vida Artificial, o Dr. Oscar Kenjiro Asakura foi um dos palestrantes.

Logo na abertura, ele deu explicações claras sobre a LGPD, ressaltando que apesar da sanção ter sido um avanço para o Brasil, a lei não é algo recente no mundo, pois já é aplicada em outros países há anos. O Dr. Oscar lembrou, ainda, que a lei não trata apenas de dados digitais, mas, também de dados físicos, como em papel. E que cada empresa precisa ter um setor de dados, para manusear da forma correta dados de funcionários, clientes, fornecedores e demais públicos com que se relaciona sem ferir os princípios estabelecidos em lei.

Por fim, fez uma conexão de como o consumo de dados também afeta o meio ambiente, pois, mesmo em um mundo tratado como digital, ainda há um alto e crescente consumo de papel. “Tratem seriamente sobre isso. LGPD tem tudo a ver com o ambiental. Façam um projeto de LGPD nas empresas, digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente” disse o Engenheiro Oscar.

Quem também palestrou sobre o tema foi a Isabella Becker, advogada formada pela FGV-SP e Data Protection Officer (DPO) do Grupo O Boticário. Isabella é especialista na área de segurança cibernética, após experiência internacional em threat intelligence e monitoramento ativo de dados vazados em ambientes de deep web e surface.

Isabella Becker – Grupo O Boticário

A facilitadora, termo usado para denominar a sua atividade, falou sobre o conceito de ESG, que é uma expressão em inglês que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo está totalmente integrado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Vai até além da preservação da natureza, tratando sobre o ambiente de convivência corporativa e social. “A digitalização invoca também a governança. Então precisamos entender onde começa o dado e onde ele termina” afirmou, Isabella.

Isabella expôs, ainda, como fazer o mapeamento e organizar o setor de tratamento de dados em uma corporação. E lembrou as políticas de respeito à dignidade de vida e não-discriminação de qualquer natureza. 

O Diretor-Presidente do Instituto Soka Amazônia, Edison Akira Sato, falou sobre a satisfação do Instituto em ser o palco do importante encontro. “Como sede do Hub ODS Amazonas, entendemos que a missão do Pacto Global é estabelecer um ambiente sustentável e saudável para a humanidade. Preservando os direitos do cidadão e da natureza”.

Edison Akira Sato – Diretor-Presidente Instituto Soka Amazônia

Já a Cecilia Galli, Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU no Brasil, lembrou a importância de discutir o tema dentro das empresas. E que elas não fiquem sem se atualizar e aprofundar a compreensão e aplicação tanto do que determina a LGPD como o conceito ESG. “Trata-se de tema que aborda questões éticas. Por isso trouxemos dois especialistas no assunto, para fazermos um rico debate”, disse Cecília.

Cecília Galli – Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU

A transmissão do encontro está disponível no canal da Rede Brasil do Pacto Global, no YouTube, e pode ser acessado pelo link

O fenômeno das cheias do Rio Amazonas

Provocadas pelo fenômeno La Niña são cada vez mais frequentes e intensas

Estamos em julho, período de inverno no Hemisfério Sul e um dos fenômenos dessa estação é a cheia do Rio Amazonas. As cheias são um fenômeno natural que ocorre nas extensas áreas de terras baixas às margens do rio Amazonas denominadas várzeas. 

Nesses períodos, dois importantes processos ocorrem: “o primeiro é a deposição sedimentar que aumenta os diques marginais, popularmente conhecido como “crescimento da terra” e o segundo corresponde ao processo natural de fertilização do solo, que fica rico em nutrientes e o torna propício a agricultura de ciclo rápido e também é muito utilizado para a criação de animais, principalmente bovinos e bubalinos.” (Souza e Almeida, 2010).

Nos últimos anos, as enchentes foram maiores, mostrando o impacto do homem na natureza.

Cheia do rio

As enchentes extremas, segundo os especialistas, são provocadas pelo fenômeno La Niña (esfriamento do Oceano Pacífico), que vem ocorrendo desde meados de 2020, além dos efeitos antrópicos. Entretanto, nos últimos anos, o fenômeno de cheias tem se tornado mais frequente, mais extremo, com menores intervalos entre um e outro. 

Por exemplo, em 2021, a cheia histórica no Amazonas afetou cerca de 450 mil pessoas e atingiu mais de 100 mil famílias, de acordo com a Defesa Civil e a de 2022 é a quarta maior cheia desde o início dos registros, em 1902.

Aqui no Instituto Soka, também podemos observar tal fenômeno. Para aqueles que estão habituados com a RPPN e conhecem a samaúma adulta. o rio sobe até ela, quase chegando no nosso viveiro de mudas. Para quem não conhece a RPPN, vocês podem apreciar o vídeo aéreo. 

Referências:

de Souza, José Camilo Ramos e Almeida, Regina Araujo de (2010). VAZANTE E ENCHENTE NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: IMPACTOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS em https://www.uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema4/jose_camilo#:~:text=Recebe%20o%20nome%20de%20rio,sempre%20de%20dezembro%20a%20junho.

https://amazoniareal.com.br/amazonas-enfrenta-segunda-cheia-extrema-em-menos-de-um-ano/#:~:text=Em%202021%2C%20a%20cheia%20hist%C3%B3rica,2021%20no%20document%C3%A1rio%20%E2%80%9CAgachados%E2%80%9D.

https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/06/16/nivel-do-rio-negro-chega-a-2970-metros-em-manaus-e-alcanca-a-4a-maior-cheia-da-historia.ghtml

Os 27 anos bem vividos da nossa RPPN

RPPN Instituto Soka Amazônia
Em 1995 a realidade dos nossos 52 hectares já era bem diferente da que imperava nos anos 1980, quando a área foi adquirida

Fez 27 anos agora que o IBAMA credenciou a área hoje pujante do Instituto Soka Amazônia como RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural, um status especial que, segundo a Lei brasileira, é uma “unidade de conservação de domínio privado e perpétuo, com objetivo de conservação da biodiversidade, sem que haja desapropriação ou alteração dos direitos de uso da propriedade

À época, 1995, a realidade dos nossos 52 hectares já era bem diferente da que imperava nos anos 1980, quando a área foi adquirida pela BSGI (Brasil Soka Gakkai). Em tempos passados tinham funcionado ali várias olarias e era lamentável o resultado dessa atividade. Pouco a pouco o espaço vinha sendo vitalizado.

Um pedaço relevante da história do local está narrado neste mesmo blog, numa matéria disponível aqui. Nessa matéria há um depoimento da sra. Ieda Vieira Carvalho, que mostrou o porquê de sua ligação emocional com este pedaço de terra onde está instalado o Instituto.

Da. Ieda é filha do sr. Petrônio Pinheiro, que era proprietário dos 52 hectares e vendeu a área nos anos 1980 para que mais adiante fosse concretizado o projeto do então presidente da Soka Gakkai, Daisaku Ikeda, que já naquela época visualizava tudo o que poderia ser feito nessas terras.

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural, ou seja, sem desapropriação de terra. No momento que decide criar uma RPPN, o proprietário assume compromisso perpétuo com a conservação da natureza

Dra Ieda Vieira de Carvalho

Ela lembra uma das falas que ouviu dos pais às vésperas da negociação:

“A gente vai vender para um projeto que tem os valores que temos, de respeito à vida, ao meio ambiente, conservação. Nossa história vai estar sempre aqui”.

Criação formal em 2014

O Instituto Soka Amazônia, como pessoa jurídica de direito, só seria criado formalmente bem mais adiante, em 2014, mas o resultado de anos e anos de trabalho contínuo já estavam à vista de todos bem antes.

O sonho do idealizador, anos e anos lá atrás, é hoje uma concreta realidade, seja em seus aspectos físicos –muito verde, pássaros, fauna cada vez mais variada, trilhas, viveiros de mudas, laboratórios e muito mais– seja na importante obra social que vem sendo realizada ininterruptamente, sobretudo com atividades de Educação Ambiental.

Nas visitas que o Instituto recebe constantemente, as pessoas têm muito o que ver, sendo que é particularmente impressionante a variedade de pássaros e, nesta época do ano, início do verão, os ipês roxos que dão cores incríveis à floresta.

Os pássaros

Sobre pássaros, um detalhe de significado muito especial para o Instituto, um trabalho realizado na RPPN Dr. Daisaku Ikeda por um grupo de estudiosos da Universidade do Estado do Amazonas, o “Projeto Vem Passarinhar Manaus” com o objetivo de colocar em prática os conhecimentos adquiridos sobre a observação de aves, sua relação com a conservação das espécies e geração de dados para a chamada “ciência cidadã”.

O grupo coordenado pelo professor Katell Uguen e formado por uma bióloga e estudantes de ciências biológicas e medicina veterinária, envolvendo, ainda, os birdwatchers Odette Araújo e Stefano Avila, ambos pesquisadores do meio educacional-ambiental. Também foi convidada a egressa do curso de Licenciatura em Biologia – UEA Sandra Duque dos Santos.

O grupo percorreu diversas áreas de nossa Reserva com o propósito de observar pássaros como anu-preto, carrapateiro, saíra-de-bando, bem-te-vi, sanhaços, jaçanã e o arapaçu-de-bico-branco. E registrar em áudio o arapaçu-de-bico-branco, periquito e bem-te-vi que se abrigavam nas árvores.

Grupo participante dirigindo-se ao lago.
Foto: Odette Araújo

Segundo o autor Sabino Pivatto, estudos como esse criam um novo aliado à conservação da biodiversidade nativa, bem como a constante atualização dos registros ornitológicos da cidade de Manaus, auxiliando em pesquisas da área,  promovendo a ciência cidadã e a consciência ecológica dos praticantes, pois uma vez que pessoas  observem aves em ambientes naturais, aprendem sobre o papel dos animais num determinado hábitat. No caso das aves, elas dispersam sementes, atuam no controle de pragas e populações de outros animais, e até na limpeza de matéria orgânica (no caso, aves carniceiras), proporcionando um conhecimento amplo sobre a ecologia local.

Leitura sobre RPPNs

Sobre RPPNs no Brasil, recomendamos a leitura do material contido em https://www.cooperacaobrasil-alemanha.com/APL/RPPNM.pdf. Trata-se de um estudo técnico original de José Luciano de Souza, Rosan Valter Fernandes e Mônica Fonseca que contém uma série de informações com os mais diferentes enfoques, desde experiências e boas práticas de boas gestão, até informações práticas sobre a implantação de RPPNs municipais e resumos sobre algumas das mais expressivas RPPNs do país, entre as quais a do Instituto Soka Amazônia.

Pequenas ações no dia a dia de cada um, sementes capazes de fazer enorme diferença

Uma grande parte das pessoas acredita que não pode fazer nada ou que assuntos como esses são responsabilidade exclusiva do Poder Público.

Há, no entanto, coisas simples, pequenas ações (sementes) no dia a dia de cada um, capazes de fazer enorme diferença. E o melhor: no íntimo, essa forma de agir proporciona sempre muita satisfação pessoal.

A principal mensagem da exposição “Sementes da Esperança e Ação” talvez seja a de conscientização sobre a importância de se repensar a relação entre os seres humanos para superar os conflitos decorrentes da discriminação – intolerância étnico-religiosa, social, política e econômica.

Uma longa história

A exposição tem uma longa história. 

Em 2002, durante a Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável realizada na África do Sul, a Soka Gakkai Internacional (SGI), em parceria com a Earth Charter Initiative (ECI), apresentou pela primeira vez, a montagem Sementes da Mudança – a Carta da Terra e o Potencial Humano.

De lá para cá a exposição já foi vista por quase 2 milhões de pessoas em mais de 24 países e territórios, como o Palácio de Haia, na Holanda; Centro para a Educação Ambiental da Índia; Conferência Anual da NGO do Departamento de Informações Públicas das Nações Unidas, em Bonn; Olimpíada da Juventude, em Cingapura.

No Brasil, em seu formato original, com o uso de painéis fixos, teve pelo menos 10 montagens anteriores em locais como a Rio+20 e o Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em 2021. 

Ruan Matheus Lopes Pereira, 26 anos, carioca de Madureira é um Embaixador Sementes da Esperança e Ação (ver quadro) e “descobriu” a exposição durante a leitura de uma mensagem. De pronto se interessou. “Achei fantástico. Vivemos num mundo de contrastes com pessoas conscientes e outras que não fazem a mínima ideia do impacto que estão causando ao nosso mundo. Vi a exposição e foi como se me dissessem: Você também tem oportunidade, chegou o momento de dar esse passo. Pelo simples fato de ver a exposição, comecei a fazer por assim dizer, micro revoluções”.

5 temas

São 5 temas básicos —pesquisar, aprender, refletir, empoderar, agir & liderar— que se traduzem em ações práticas para tornar realidade os 17 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que têm por objetivo acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar a paz e prosperidade para todos.

Ruan Pereira, Embaixador Sementes da Esperança e Ação

Embaixadoras e embaixadores Qualquer pessoa que percorra a exposição poderá responder a algumas perguntas bem simples (a partir de pequenos pontos pulsantes facilmente notados) e se tornar “embaixadora” ou “embaixador” da Sementes da Esperança. Esses embaixadores chamam para si uma missão muito especial: divulgar a exposição e os seus temas tanto diretamente como através de seus contatos regulares nas mídias sociais.

Já no início é lembrada a frase de Anne Frank,

“Que maravilhoso é ninguém ter que esperar um único momento para começar a melhorar o mundo”

e em seguida, através de textos e vídeos as pessoas vão se dando conta de medidas fáceis de serem adotadas e tornadas até rotineiras, mas capazes de proporcionar flagrantes resultados.

Outra embaixadora

Gabrielle Maia, (tem foto) em sua atuação na área de ensino profissional em Sergipe é outra embaixadora que não se cansa de divulgar a exposição. “Tomei conhecimento dela através de um grupo de WhatsApp e logo logo me identifiquei com o conteúdo, seus temas atuais, com os hiperlinks que levam a depoimentos e outras matérias. Abordei o assunto em aula e o interesse foi muito grande. Como participo do Programa Academia Magia da Leitura, que envolve uma gama muito ampla de pessoas, do pós letramento ao pós doutorado, ali também fiz a divulgação e por certo serão inscritos ali novos embaixadores”.

A urgência

Há um sentido de urgência que não pode ser ignorado e números que falam por si: 85% dos pântanos já foram perdidos; 25% dos mamíferos, 41% dos anfíbios e 33% dos recifes de coral estão ameaçados de extinção; 32 milhões de hectares de floresta primária ou em recuperação nas regiões tropicais foram perdidos entre 2010 e 2015. A concentração de riqueza é flagrante: em 2018, 45% da riqueza mundial pertencia a apenas 4% das pessoas. Os gastos militares, por outro lado, cresceram 76% desde 1998.

Gabrielle Maia, Embaixadora Sementes da Esperança e Ação
Reservas inexploradas de sabedoria

Fica a pergunta: o que eu posso fazer?

Em verdade, todos nós possuímos reservas inexploradas de sabedoria, coragem e esperança. Somos todos diferentes uns dos outros, mas cada um tem suas próprias ideias e soluções únicas que podem transformar uma sociedade inteira, a começar por nós mesmos, nossa família e amigos.

Semana do Meio Ambiente do Instituto Soka Amazônia

Ação e conscientização marcam os múltiplos eventos promovidos pela instituição

Mais de 10 eventos e centenas de vidas impactadas com ações e vivências ímpares. Esse foi o saldo mais positivo da Semana do Meio Ambiente 2022 do Instituto Soka Amazônia que aconteceu em diferentes locais, entre os dias 30 de maio a 6 de junho. Nos semblantes de quem esteve nesses eventos, o sorriso largo e o olhar pujante de quem se orgulha de ali estar. À equipe do Instituto fica a certeza de que cada ação é mais um tijolinho na construção de um futuro mais promissor à gigantesca e inestimável biodiversidade brasileira. 

Ao longo da Semana aconteceram palestras, oficinas, plantios, vivências. Cada evento contemplou um público; cada qual saiu da experiência tocado e emocionado de formas diferentes, mas não menos intensas. 

Palestras

No primeiro dia, 30 de maio, a programação foi aberta pela palestra sobre Sustentabilidade no Tribunal Regional do Trabalho da 11a. Região, em Manaus. No dia 3 de junho, nova palestra sobre Sustentabilidade e Carta da Terra foi realizada na empresa parceira Caloi, para funcionários. Participaram online colaboradores de todo o Brasil e mais 110 pessoas presencialmente. E, no dia 6 de junho, a pesquisadora do Instituto Soka, Iris Andrade, no Centro de Instrução de Guerra na Selva – CIGS, discorreu sobre a Importância das Abelhas Nativas Sem Ferrão para a manutenção da vida no planeta para 300 estudantes da rede pública de Manaus. Os alunos ficaram encantados com as abelhas, seus formatos, tamanhos, funções. A Secretaria Municipal de Educação – Semed, proporcionou uma contação de histórias com uma personagem chamada Abelinda e, ao final, todos puderam visitar as instalações da CIGS.

Palestra do Instituto Soka Amazônia – Jean Dinelli
Oficinas e Vivências

No segundo dia da Semana, dia 31 de maio, aconteceu a Ação Voluntária de Paisagismo, no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com a participação de 85 voluntários de empresas parceiras do Instituto, como a Ambev, Agea e outras. 

Dia 1º de junho, aconteceu o evento Portas Abertas RPPN Dr. Daisaku Ikeda, na sede do Instituto, com a participação de 160 pessoas. O público teve a oportunidade de conhecer as instalações, os viveiros de mudas, o laboratório de sementes, o sítio arqueológico da Olaria Andersen e muito mais.

No dia 2, aconteceram as Oficinas: de Observação de Pássaros com o auxílio da plataforma Ebird; e de Observação de Espécies, tanto da fauna como da fauna do Instituto. Participaram 65 pessoas. O objetivo é promover a conscientização ambiental a partir de um olhar diferenciado e mais apurado para a biodiversidade.

Também no dia 2 foi realizada a Oficina de Produção de Mudas com a equipe do Instituto. Os 45 participantes puderam conhecer tudo o que envolve o trabalho do Instituto na produção de mudas.

Plantios

A manhã do dia 3 de junho na empresa Copag, se iniciou intensa com o plantio de 20 mudas por participante na área externa da fábrica. Os 35 colaboradores se declararam orgulhosos e felizes pela oportunidade de contribuir para a melhoria da qualidade do ar no entorno da empresa em que trabalham, por meio do plantio de árvores.

No mesmo dia, à tarde, foi realizado um plantio comemorativo ao Dia do Meio Ambiente na empresa parceira Caloi. Cinquenta pessoas compareceram ao evento onde foram plantadas 81 mudas e 50 outras foram doadas. No dia seguinte pela manhã, aconteceu mais um plantio que envolveu voluntários de diversas instituições: Águas de Manaus, Ambev, Tutiplast. Cerca de 78 voluntários realizaram os plantios com grande empenho.

Conferência sobre Emergência Climática e Justiça Climática 

O evento foi uma iniciativa do Poder Judiciário de São Paulo com a participação do Instituto Soka Amazônia e foi realizado no Fórum Ruy Barbosa do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, no dia 6 de junho. Para disseminar ao público em geral sobre a importância do tema dessa 1ª Conferência, foi inaugurada a versão física da exposição Sementes da Esperança e Ação – Transformando os ODS em Realidade, e ficará em exibição no local até o dia 23 de junho. O Instituto Soka foi representado por seu diretor-presidente, Akira Sato e o gestor da Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, Jean Dinelly.

A chefe da seção de Gestão Socioambiental do TRT-11, Paula Sauer Dichl, enfatizou que “a sustentabilidade permeia todos os aspectos de nossas vidas, tem suas dimensões social, econômica e ambiental, e é muito importante tratarmos deste assunto em um evento que foca no papel do Poder Judiciário para o enfrentamento das questões relacionadas à Emergência Climática”. 

O diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia, Akira Sato, discorreu sobre a meta de construir mais e mais pontes de colaboração e confiança por meio de parcerias entre os diferentes setores da sociedade. Congratulou os esforços do TRT-2 e seu plano de Logística Sustentável, visando a agenda 2030. “O Instituto Soka Amazônia tem como missão contribuir com a proteção da integridade ecológica da Amazônia (…)No ato de plantar uma árvore ou apreciar esta exposição, criamos uma conscientização ambiental, no qual a mudança de uma única pessoa contribui para a transformação social do presente e do futuro”, explicou.

Serviço:

Exposição Sementes da Esperança e Ação

De 6 a 23 de junho, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 18h

Fórum Ruy Barbosa do TRT2 — Térreo

Rua Marquês de São Vicente, 235 – Barra Funda, São Paulo, SP

Instituto Soka Amazônia promove “Semana do Meio Ambiente”, em Manaus

Há quase cinquenta anos a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 5 de junho como Dia do Meio Ambiente. Visando celebrar esta data, o Instituto Soka Amazônia em conjunto com empresas e instituições públicas estará promovendo a Semana do Meio Ambiente entre os dias 30 de maio e 06 de junho.

A programação está recheada de atividades, palestras e oficinas com o objetivo de reforçar de forma prática a preservação do meio ambiente, que é a marca do Instituto Soka desde a década de 90. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda, sede do instituto que fica localizada na Rua Colônia Antônio Aleixo, em Manaus, estará aberta para visitação do público geral no dia 1° de junho com vagas limitadas aos inscritos no link.

As pessoas terão oportunidade de conhecer de perto as ações promovidas e também ter um contato próximo e interativo com a natureza e com a própria história, através do sítio arqueológico existente no local.

Além da visitação, plantios em diferentes locais de Manaus farão parte da programação da Semana do Meio Ambiente. Como também a realização de palestras e de oficinas que abordarão diversos assuntos, entre eles, mudas de árvores e observação de pássaros. A programação completa está logo abaixo e mais informações sobre as nossas ações podem ser obtidas e nosso calendário: https://institutosoka-amazonia.org.br/semana-do-meio-ambiente/

O Instituto Soka Amazônia é o Hub ODS Amazonas do Pacto Global da ONU.

Programação da Semana do Meio Ambiente do Instituto Soka da Amazônia- 30 de maio a 06 de junho
Links para inscrições nas ações públicas estão disponíveis aqui

30/05 (segunda-feira):

  • Palestra sobre sustentabilidade – TRT-11

31/05 (terça-feira):

  • Ação voluntária de paisagismo no INPA

01/06 (quarta-feira):

  • Portas Abertas para visitação da RPPN Dr. Daisaku Ikeda/ Instituto Soka Amazônia

02/06 (quinta-feira):

  • Oficina de observação de espécies com o Prof. Katel do INPA
  • Oficina de observação de pássaros com uso da plataforma Ebird
  • Oficina de plantação de mudas- Instituto Soka Amazônia

03/06 (sexta-feira) e 04/06 (sábado):

  • Plantios e atividades a serem realizadas em empresas parceiras

06/06 (segunda-feira):

  • Palestra sobre abelhas
  • 1a. Conferência sobre Emergência Climática e Justiça Climática do Poder Judiciário – link

Plantio comemorativo celebra a vida do juiz Adalberto Carim Antonio

Instituto Soka Amazônia homenageia o grande defensor da floresta

Neste 21 de maio o Instituto Soka realizou o plantio de uma chuva-de-ouro-amazônica em homenagem ao Dr. Adalberto Carim Antonio, data que em se completam 30 dias de seu falecimento.

Ao plantar uma árvore, o Instituto deseja imortalizar e honrar essa nobre existência, cercada de imensas realizações e reconhecimentos.

O amazonense Adalberto, desde muito jovem, já tinha a consciência de que a floresta amazônica é um tesouro da humanidade. Iniciou sua trajetória em 1993, em Anamã no interior do Estado. Atuou no juizado criminal e teve grande participação na criação da primeira vara ambiental no Brasil, nos idos de 1997 – a Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias da Comarca de Manaus (Vemaqa), e foi o titular dessa unidade jurisdicional desde então.

Sempre preocupado com a causa ambiental e buscando novas formas de disseminar a ideia preservacionista, em 2016 idealizou, em conjunto com o Instituto Soka, o projeto Sementes da Vida, que consiste no plantio de uma espécie amazônica para cada novo bebê nascido na cidade.

Dr. Carim desenvolveu diversos projetos como a Oca do Conhecimento, a Justiça Volante Ambiental e o Espaço da Cidadania Ambiental (Ecam), todos voltados ao incentivo da cultura da preservação, da sustentabilidade e da educação ambiental, visando maior conscientização do cidadão e da chamada “ecocidadania”. Recebeu Menção Honrosa – Juiz Especial, do Prêmio Innovare, com o trabalho “A Justiça do Século XXI”, foi assessor técnico na Conferência das Partes nº 15 da Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas em Copenhague, Dinamarca, em 2009.

Dr Carim Alberto
Dr Adalberto Carim Antônio

Em uma entrevista feita pelo Instituto Soka em 2019, dr. Carim disse que a parceria firmada entre as suas instituições foi algo inusitado e inédito. “Foi uma grata surpresa encontrar pessoas com esse grau de comprometimento e formação intelectual humanística, como os membros do Instituto Soka. Essas pessoas entraram em nossa vida profissional e têm demonstrado clara intenção de somar esforços no sentido de disseminar a consciência ambiental”, explicou o magistrado. Contou ainda que, por meio do Sementes da Vida, acredita que seja um caminho íntegro e eficaz para promover a consciência na população manauara sobre a sua responsabilidade na preservação dessa inestimável floresta, patrimônio da humanidade.