Instituto Soka Amazônia promove “Semana do Meio Ambiente”, em Manaus

Há quase cinquenta anos a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 5 de junho como Dia do Meio Ambiente. Visando celebrar esta data, o Instituto Soka Amazônia em conjunto com empresas e instituições públicas estará promovendo a Semana do Meio Ambiente entre os dias 30 de maio e 06 de junho.

A programação está recheada de atividades, palestras e oficinas com o objetivo de reforçar de forma prática a preservação do meio ambiente, que é a marca do Instituto Soka desde a década de 90. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda, sede do instituto que fica localizada na Rua Colônia Antônio Aleixo, em Manaus, estará aberta para visitação do público geral no dia 1° de junho com vagas limitadas aos inscritos no link.

As pessoas terão oportunidade de conhecer de perto as ações promovidas e também ter um contato próximo e interativo com a natureza e com a própria história, através do sítio arqueológico existente no local.

Além da visitação, plantios em diferentes locais de Manaus farão parte da programação da Semana do Meio Ambiente. Como também a realização de palestras e de oficinas que abordarão diversos assuntos, entre eles, mudas de árvores e observação de pássaros. A programação completa está logo abaixo e mais informações sobre as nossas ações podem ser obtidas e nosso calendário: https://institutosoka-amazonia.org.br/semana-do-meio-ambiente/

O Instituto Soka Amazônia é o Hub ODS Amazonas do Pacto Global da ONU.

Programação da Semana do Meio Ambiente do Instituto Soka da Amazônia- 30 de maio a 06 de junho
Links para inscrições nas ações públicas estão disponíveis aqui

30/05 (segunda-feira):

  • Palestra sobre sustentabilidade – TRT-11

31/05 (terça-feira):

  • Ação voluntária de paisagismo no INPA

01/06 (quarta-feira):

  • Portas Abertas para visitação da RPPN Dr. Daisaku Ikeda/ Instituto Soka Amazônia

02/06 (quinta-feira):

  • Oficina de observação de espécies com o Prof. Katel do INPA
  • Oficina de observação de pássaros com uso da plataforma Ebird
  • Oficina de plantação de mudas- Instituto Soka Amazônia

03/06 (sexta-feira) e 04/06 (sábado):

  • Plantios e atividades a serem realizadas em empresas parceiras

06/06 (segunda-feira):

  • Palestra sobre abelhas
  • 1a. Conferência sobre Emergência Climática e Justiça Climática do Poder Judiciário – link

Plantio comemorativo celebra a vida do juiz Adalberto Carim Antonio

Instituto Soka Amazônia homenageia o grande defensor da floresta

Neste 21 de maio o Instituto Soka realizou o plantio de uma chuva-de-ouro-amazônica em homenagem ao Dr. Adalberto Carim Antonio, data que em se completam 30 dias de seu falecimento.

Ao plantar uma árvore, o Instituto deseja imortalizar e honrar essa nobre existência, cercada de imensas realizações e reconhecimentos.

O amazonense Adalberto, desde muito jovem, já tinha a consciência de que a floresta amazônica é um tesouro da humanidade. Iniciou sua trajetória em 1993, em Anamã no interior do Estado. Atuou no juizado criminal e teve grande participação na criação da primeira vara ambiental no Brasil, nos idos de 1997 – a Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias da Comarca de Manaus (Vemaqa), e foi o titular dessa unidade jurisdicional desde então.

Sempre preocupado com a causa ambiental e buscando novas formas de disseminar a ideia preservacionista, em 2016 idealizou, em conjunto com o Instituto Soka, o projeto Sementes da Vida, que consiste no plantio de uma espécie amazônica para cada novo bebê nascido na cidade.

Dr. Carim desenvolveu diversos projetos como a Oca do Conhecimento, a Justiça Volante Ambiental e o Espaço da Cidadania Ambiental (Ecam), todos voltados ao incentivo da cultura da preservação, da sustentabilidade e da educação ambiental, visando maior conscientização do cidadão e da chamada “ecocidadania”. Recebeu Menção Honrosa – Juiz Especial, do Prêmio Innovare, com o trabalho “A Justiça do Século XXI”, foi assessor técnico na Conferência das Partes nº 15 da Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas em Copenhague, Dinamarca, em 2009.

Dr Carim Alberto
Dr Adalberto Carim Antônio

Em uma entrevista feita pelo Instituto Soka em 2019, dr. Carim disse que a parceria firmada entre as suas instituições foi algo inusitado e inédito. “Foi uma grata surpresa encontrar pessoas com esse grau de comprometimento e formação intelectual humanística, como os membros do Instituto Soka. Essas pessoas entraram em nossa vida profissional e têm demonstrado clara intenção de somar esforços no sentido de disseminar a consciência ambiental”, explicou o magistrado. Contou ainda que, por meio do Sementes da Vida, acredita que seja um caminho íntegro e eficaz para promover a consciência na população manauara sobre a sua responsabilidade na preservação dessa inestimável floresta, patrimônio da humanidade.

Reconhecimento e recursos sempre bem-vindos

Cada contribuição é aplicada na execução de projetos que apoiam este pedaço de mundo tão especial e tão ameaçado.

É muito bom para o Instituto ter tido sempre demonstrações claras de reconhecimento da integridade com que conduz a administração e aplica os recursos que recebe, seja na forma de contribuições de Pessoas Físicas tanto do Brasil como de várias partes do mundo, seja na forma de parcerias com empresas que tornam possíveis os muitos plantios que são feitos sem parar.

A verdade é que os crescentes custos operacionais –diferentes formas de mão de obra própria ou terceirizada, manutenção de viveiros, deslocamentos de equipes tanto na coleta de sementes como nas operações de plantio e cuidados posteriores, todas as despesas, enfim, para manter vivo e operacional um espaço como a nossa RPPN Dr. Daisaku Ikeda— não param de crescer e dependem, sim, das contribuições recebidas seja de empresas como de membros da nossa Organização e de pessoas que reconhecem o valor dos trabalhos que realizamos.

Outra forma de reconhecimento não tem ligação com recursos materiais e sim com a forma como nos chegam manifestações de integração ao nosso trabalho. Tem sido cada vez mais constante, ativa e espontânea participação da alta administração e dos funcionários das várias das empresas parceiras, no apoio aos plantios e nos programas de educação ambiental que realizamos.

Plantio Instituto Soka Amazonia

Fica, de forma explícita, o nosso agradecimento a todos os nossos apoiadores.

E o incentivo para que mais pessoas venham nos conhecer ou acompanhem mesmo à distância o trabalho diuturno de realizamos e se assim se sentirem encorajados a dar sua colaboração, entrem em contato conosco, pessoalmente ou de forma remota, através dos canais disponíveis.

Fica o formal compromisso que vem sendo seguido inflexivelmente: cada contribuição terá sempre aplicação na execução de projetos que representam apoio a este pedaço de mundo tão especial e tão ameaçado.

RPPNs – movimento voluntário e crescente de conservação da natureza

Existe um movimento social, voluntário e crescente que a cada ano vem ampliando as áreas de conservação da natureza. Estamos falando do movimento de criação de reservas particulares ou, melhor dizendo, Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN´S, como são conhecidas.

As RPPN´S foram instituídas na década de 90 e passaram a ser consideradas de uso sustentável em 2000, quando incorporadas ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Esse formato de unidade de conservação se distingue das demais unidades, por serem criadas de forma espontânea por seus proprietários, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.

812 mil hectares

As RPPN`S formam hoje o maior movimento civil em prol da conservação da natureza, somando, segundo dados da Confederação Nacional das RPPN`S cerca de 812.027 hectares, protegidas por seus proprietários e mantenedores. Atualmente há 1.748 RPPN´S em todos os biomas do Brasil, proporcionando a conservação da biodiversidade (fonte: CNRPPN).

Nós do Instituto Soka Amazônia, temos a grata missão de gerir uma dessas unidades de conservação no Amazonas, a RPPN Dr. Daisaku Ikeda, uma unidade com 52 hectares que leva o nome do fundador da Organização. A RPPN Dr. Daisaku Ikeda está situada na zona leste de Manaus com vista para o magnifico Encontro das Águas do Rio Negro e Solimões. Nosso trabalho consiste em promover o acesso de alunos, acadêmicos e pesquisadores à rica diversidade de fauna, flora e sítios arqueológico e histórico.

Aproximação com outras organizações

Esse trabalho consistente teve como ponto de partida seu plano de manejo, aprovado em 2017 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, e também permitiu que nos aproximássemos de outras instituições que promovem a conservação da natureza e que atuam no mesmo segmento socioambiental. Fruto desses riquíssimos encontros, hoje o Instituto Soka e a Fundação Rede Amazônica, promovem ações socioambientais e de conservação na Amazônia através de suas unidades de defesa do meio ambiente.

De um lado o Instituto Soka, com a RPPN Dr. Daisaku Ikeda (Manaus/Am) e de outro a Fundação Rede Amazônica com a RPPN Cachoeira da Onça (Presidente Figueiredo/Am). A história de nossas RPPN´S se confundem pela trajetória de seus fundadores, Dr. Daisaku Ikeda e Dr. Phelippe Daou. Suas ações em prol da conservação têm impactado inúmeras pessoas em nossa região. As duas instituições promovem juntas a conservação de mais de 119 hectares no Bioma Amazônico.

A parceria avançou bastante e nos próximos anos irá beneficiar milhares de pessoas nos dois municípios onde as unidades de conservação se encontram.

Acreditamos que as atividades realizadas influenciarão positivamente pessoas e instituições para aumentar ainda mais as áreas de conservação, constituindo novas RPPN´S e indo além, dando a essas áreas o sentido real da conservação, permitindo o acesso responsável que a educação ambiental e pesquisa podem oferecer.

Texto originalmente publicado em: https://portalamazonia.com/echos-da-amazonia/mais-que-um-lugar-bonito-uma-rppn

Participação do Instituto Soka Amazônia na coluna Echos da Fundação Rede Amazônia

Numa região particularmente visada pela mídia de todas as partes do mundo, um longo caminho a ser percorrido

O Portal da Amazônia da Fundação Rede Amazônica reúne notícias, fatos, histórias de lugares e pessoas de toda a Região e inclui agora uma nova coluna, Echos da Amazônia, assinada pela diretora na Fundação Rede Amazônica (FRAM) e pedagoga Marcya Lira. Na sua primeira inserção a coluna aborda a presença da Organização ODS em Manaus e registra palavras do engenheiro ambiental Jean Dinelly Leão, gestor da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda, do Instituto Soka Amazônia.

Os textos adiante são transcritos da Coluna Echo – para ver na íntegra clique aqui.

Marcia:

A região mais verde do planeta é o centro das atenções para o mundo. É daqui que parecem sair todas as “soluções” para salvar o globo. Quantos olhares estão marcados para este lado. Mas será que quem vive aqui, está realmente valorizando o que se tem aqui? Será que as empresas que estão estabelecidas nessa região sabem quais as suas responsabilidades no quesito preservação?

Esta coluna pretende trazer reflexões sobre a pauta ambiental através de grandes vozes da Amazônia que falam, vivem e respiram responsabilidade sócio ambiental.

Hoje, meu convidado especial divide a coluna comigo e traz suas contribuições sobre um tema conhecido de muitos, mas desconhecido de multidões. Estou falando dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Eu conheci há quatro anos o Instituto Soka Amazônia, um instituto seríssimo que atua na região há muitos anos e que vive da simplicidade da boa prática de plantar árvores, mas que agora é o responsável também pela gestão do HUB ODS’s Amazônia.

Aqui vamos falar sobre essas três letrinhas que podem revolucionar o planeta e que está a um passo de distância daqueles que querem contribuir com esta revolução.

Jean Dinelly Leão do Instituto Soka Amazônia:

Com muita alegria recebemos o convite da Marcya Lira para estrear esta coluna que certamente será tão importante na perspectiva de falar sobre o que o planeta precisa de nós como ação. 

Quando ouvimos as expressões: “Ouro sobre o azul”, “Unha e carne”, “A corda e a caçamba”, o que lhe vem à mente?

Há expressões na língua portuguesa que parecem descrever, de maneira bem informal, mas muito fiel, a relação do Instituto Soka com o Pacto Global e seus ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Perfeita unidade na forma de pensar, perfeita unidade na forma de agir. 

Unidade ainda mais intensa agora (e isso nos dá muita satisfação) quando passamos a participar diretamente dos trabalhos de divulgação desse movimento criado pela ONU e a contribuir para que mais portas de empresas da Amazônia se abram para adesões ao HUB e ao Pacto, já que o Instituto Soka passa a integrar ativamente o Comitê Gestor do Hub Amazonas da Organização.

Ficamos particularmente gratos pela confiança depositada e com orgulho nos juntamos à Rede Amazônica, Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), Bemol, Águas de Manaus e Honda para perseguir as metas de crescimento do Pacto Global em nossa Região.

Os ODS são 17, alguns mais flagrantemente associados à atividade específica do Instituto Soka Amazônia, mas todos presentes, de uma forma ou de outra, sobretudo na execução de nossos programas de Educação Ambiental.

O Pacto Global é a inciativa da ONU para o mundo empresarial, já que as empresas estão presentes com muita intensidade em quase todas as discussões — positivas ou negativas — sobre seu papel em relação ao desenvolvimento sustentável, ou em outras palavras, àquilo que é a base do que pregam os ODS e à sua forma colaborativa de atuação.

Os gestores nacionais do movimento têm plena consciência das peculiaridades de cada região e daí a implantação dos hubs em várias partes do país. Há claras diferenças de hábitos, valores, costumes que devem ser respeitados. Nem tudo que é válido e normalmente aceito, digamos, num Estado da região Sul, tem o mesmo significado no Nordeste do país, ou aqui no Norte.

Numa região como a nossa, particularmente visada pela mídia de todas as partes do mundo, na maior parte das vezes da forma negativa, há um longo caminho a ser percorrido e uma das vantagens que têm as empresas, é o seu poder de impactar positivamente a sociedade como um todo, começando pela adoção interna de certas práticas, e atingindo, degrau por degrau os mais diferentes níveis e segmentos da sociedade — colaboradores, suas famílias, seus fornecedores, e por aí vai.

De mangas arregaçadas e com enorme otimismo, estamos prontos para os passos seguintes dessa caminhada. A Amazônia e, em especial as suas populações, merecem esse esforço conjunto.

O que é ser um HUB do Pacto Global?

Para que se concretizem os objetivos da Agenda 2030 é necessário muito mais que boas ideias, é preciso que haja engajamento de todos os setores

A ideia do Pacto Global, desde a sua criação, sempre foi a de engajar o setor empresarial para o desenvolvimento de ações que visem a concretização da Agenda 2030 e que este setor atue de acordo com os 10 Princípios[i]. Ser um HUD ODS da Rede Brasil do Pacto Global é estar nessa linha de frente de atuação. Afinal, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS – não se materializarão sozinhos, sem uma coordenada ação conjunta, serão apenas belas palavras ao vento.

Inscrições para o evento: https://lnkd.in/gYZeJvvv

Por meio de parcerias regionais, o Programa HUB ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar o envolvimento do setor empresarial com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Trata-se de uma ação que vai acelerar a implementação dos ODS em cada Estado, atingindo a mais e mais agentes.

Existem muitas pessoas e empresas que têm a consciência sobre a relevância da Agenda 2030, mas não possuem os meios para engajar-se no processo. O Programa quer ajudar esses agentes. Em 2020, a Rede Brasil lançou o programa HUB ODS em Minas Gerais, em parceria com a Rede Desafio 2030, e no Paraná, em parceria com o Sistema FIEP. Se houver interesse em se candidatar basta enviar um e-mail para hubods@pactoglobal.org.br

Conexões das HUB ODS

A implementação de cada HUB ODS passa pela formulação de um plano de trabalho bianual, que poderá considerar, mas não se restringindo:

a) Diagnóstico sobre os ODS mais relevantes para a região

b) Diagnóstico sobre os ODS mais relevantes para as empresas envolvidas

c) Disseminação dos 10 Princípios do Pacto Global e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável entre o setor empresarial da região

d) Capacitações e iniciativas de engajamento sobre integração dos ODS na estratégia empresarial utilizando metodologias do Pacto Global

e) Projetos e ações coletivas dentro dos temas da Agenda 2030 e sua conexão com o setor empresarial

f) Desenvolvimento de atividades institucionais relacionadas ao tema de ODS e empresas, incluindo seminários, mesas redondas e eventos

Fonte:https://www.pactoglobal.org.br/pg/hub-ods


[i] [i]  https://www.pactoglobal.org.br/10-principios

Neste 26 de janeiro, um convite: conheça melhor o aniversariante do dia.

Intimamente ligado à Soka Gakkai Internacional, que neste 26 de janeiro completa 47 anos de sua fundação, o Instituto Soka Amazônia, tem muito orgulho de suas origens e dentro de seu campo de atividade, ligado à preservação da natureza e à educação ambiental, procura praticar de A a Z o que prega o humanismo, base filosófica da Organização em todo o mundo.

A origem da Organização remonta ao ano de 1930 com a fundação da Soka Kyoiku Gakkai – Sociedade Educacional para a Criação de Valores, que teve nos seus primeiros anos dois presidentes, primeiro o educador e grande pensador Tsunesaburo Makiguchi e mais adiante, depois seu falecimento, seu pupilo Josei Toda.

O dr. Daisaku Ikeda foi o terceiro presidente da Soka Gakkai. Assumiu quando, em 1951, estava com 32 anos de idade.

Aos 47, em 26 de janeiro de 1975, com a fundação da SGI – Soka Gakkai Internacional o dr. Ikeda assumiu a presidência da nova entidade, cerimônia que teve lugar no Centro do Comércio Internacional, na ilha de Guam, com a presença de 158 representantes de 51 países.

Nascemos na Terra. Somos inspirados pela Terra e morreremos na Terra. A Terra é nosso lar. Lidar com a Terra pode ser um importante passo em nossos preparativos para aprender sobre o mundo que nos foi dado nascer, a Terra que nos une a cada dia que vivemos. Estas afirmações são reforçadas e justificadas ao longo de um artigo em que Daisaku Ikeda oferece sua visão incomum e imprescindível sobre a importância de interagir harmonicamente com o planeta. O texto completo pode ser encontrado aqui

Num de seus pronunciamentos, o presidente Ikeda menciona que “quando me tornei o terceiro presidente da Soka Gakkai, iniciei minhas ações concretas pela paz mundial viajando aos Estados Unidos, onde visitei a sede das Nações Unidas em Nova York. Assim estava agindo como herdeiro da visão do meu mestre Josei Toda. A partir de então, o apoio à ONU tornou-se o pilar central do nosso engajamento social, fortalecendo nossas relações colaborativas com indivíduos de mesma visão e organizações civis, enquanto continuamos a desenvolver iniciativas para encontrar soluções para os desafios globais”.

Todos os anos, no dia 26 de janeiro, desde 1983, o presidente Ikeda se dedica a apresentar propostas de paz à ONU, que têm servido para gerar forte diálogo humanístico sobre importantes temas globais entre as pessoas do mundo todo.

Coincidindo com a Cúpula da Terra de 1992, a SGI criou o Instituto Soka — Centro de Pesquisas e Projetos Ambientais do Amazonas (Cepeam) [hoje, Instituto Soka Amazônia] que desde então, tem realizado atividades para restaurar a floresta tropical e proteger sua ecologia única.

Um convite do Instituto Soka Amazônia

Neste 26 de janeiro de 2022, em que se celebram os 47 anos da Soka Gakkai Internacional, o Instituto Soka Amazônia faz um convite: vá percorra os vários sites na internet que contam a história da Organização. Entre, por exemplo, no site da SGI (aqui)

Mesmo que não tenha familiaridade como inglês, a língua predominante em alguns dos textos e nos vídeos, sabe-se que é cada vez mais comum o recurso da tradução automática e além disso o próprio site oferece a alternativa do espanhol, muito familiar para todos os brasileiros.

Será fácil compreender o jeito de ser da Organização e a forma como se aplica o humanismo na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Coisas às vezes simples, mas capazes de fazer enorme diferença.

Aceite esse convite e junte-se a nós na comemoração dos 47 anos da Soka Gakkai.

Família de Sauim-de-coleira tem novo endereço

Sauim de Manaus
O Instituto Soka Amazônia recebeu seus novos moradores em novembro de 2021

A cidade de Manaus é lar de muitas espécies de flora e fauna. Uma das que fazem a alegria e é a paixão dos moradores é o Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), também conhecido por sauim-de-Manaus, sagui-de-duas-cores, sagui-de-cara-nua. Uma família dessa espécie de primatas foi toda alocada no Instituto Soka Amazônia em novembro último e está se adaptando bem, para alegria de toda equipe.

Manaus é uma cidade que segue crescendo e essa expansão acaba por deixar fragmentos de mata nativa no meio urbano. Sempre que se cogita derrubar algum pedaço desses fragmentos, todo um estudo envolvendo captura, soltura e adaptação da fauna, é feito. O biólogo, mestre em Ecologia e doutor em Zoologia e pesquisador pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Gordo, ressaltou que muito antes da soltura dessa família de Sauim, ela já vinha sendo monitorada para conhecer seus hábitos ao mesmo tempo em que se buscavam locais que poderiam servir de lar.

“É sempre um risco. Minha preocupação inicial com a reserva do Instituto Soka era a grande quantidade de macacos-de-cheiro que predominam ali. Poderia haver disputa por território”, completou. “Mas era fundamental manter essa família de sauim próxima da área a que já estava acostumada, ou a adaptação poderia ser traumática. E a área do Instituto era a ideal”.

Fêmea alfa

Uma singularidade dessa espécie é a presença da fêmea alfa.

“A monitorização possibilitou a identificação da fêmea alfa. Com a sua captura os demais membros se mantêm próximos e isso facilita o processo”, explicou. Apreendidos todos os indivíduos, eles foram levados ao laboratório do ICMBio para coleta de material para exames, colocação de microchip, coleira rádio na fêmea alfa. Por meio desses dispositivos será possível saber com certa precisão como está toda a família.

Isso porque só a fêmea alfa reproduz e o Sauim é uma espécie em risco. Segundo a categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil, ele figura como “Criticamente em Perigo” (CR), devido especialmente à expansão urbana. Cerca de 80% de seu habitat foi perdido desde 1997 e, em consequência, 80% de sua população igualmente se reduziu. Restam somente 46.500 indivíduos segundo a última estimativa. Destes, cerca de 20 mil são adultos, mas a tendência populacional segue, infelizmente, em declínio, daí a importância de se proteger e garantir a adaptação de toda essa família em seu novo endereço.

Segue uma tabela com as características principais:

História de vida

Fonte:https://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7232-mamiferos-saguinus-bicolor-sauim-de-coleira

Morre Thiago de Mello, o guardião da Amazônia aos 95 anos

Poeta Thiago de Mello
— Por favor, não pense em mim como um grande literato.
— Sou filho da floresta. Sou filho do rio e do vento.

Thiago de Mello, poeta brasileiro, nascido no estado do Amazonas em 1926, defensor dos direitos humanos e amigo da floresta morreu na manhã desta sexta-feira, 14 de janeiro.

O Poeta das Florestas, defensor da “casa da vida”, a grande Floresta Amazônica, falava sobre o humanismo, mas além da dedicação à poesia estudou medicina e com o seu conhecimento importou-se em educar os jovens e a trabalhar pelas pessoas mais pobres.

Thiago amava demais as pessoas. O Dr. Ikeda, idealizador e fundador deste Instituto disse: “As palavras de Thiago de Mello […] Elas são o som das ondas do amor pela humanidade que se agigantam, o som do bramir dos ventos das orações fervorosas de um homem unido com a natureza. ”

O Instituto Soka Amazônia presta sua homenagem ao grande amigo e Associado Honorário.

Eu vim da região mais verde do mundo carregando no coração

“o canto dos pássaros” da grande floresta amazônica.

Thiago de Mello

O poeta amazônico Thiago de Mello apresenta a filosofia ambiental do Instituto Soka da Amazônia (formalmente Centro de Conservação Ecológica da Amazônia) e seu fundador Daisaku Ikeda, em um especial que acompanha o filme “Cultivando Sementes de Esperança na Amazônia”. Fonte: canal Youtube Soka Gakkai Oficial

Instituto Soka Amazônia: a preservação da floresta em primeiro lugar

A instituição seguirá com todos os seus compromissos, com possibilidades de parcerias em diversas frentes e boas notícias para 2022.

No início de 2021, embora a esperança da vacina se vislumbrasse no horizonte mundial, havia ainda muita incerteza e desconfiança quanto aos rumos que haveriam de se desdobrar. Em especial, Manaus vivia em meio a uma crise ainda mais desafiadora. O Instituto Soka Amazônia buscou enfrentar tal cenário com cautela, mas jamais deixando de lado a disposição de promover ações em prol da floresta.

“O ano de 2021 nos afetou muito aqui em Manaus. Começamos janeiro sob os efeitos da pandemia que concentrou todas as atenções da sociedade e, naquele momento, a prioridade era a vida para todos”, colocou Edison Akira Sato, diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

Segundo ele, cada ação realizada, principalmente nas aulas presenciais da Academia Ambiental que retornaram em setembro, foram tomadas todas as medidas sanitárias de prevenção ao contágio. Dessa forma, a equipe deu continuidade às atividades cotidianas, como a coleta de sementes que, muitas vezes, é um trabalho quase solitário, continuou e foi possível dar passos importantes nessa frente tão importante para a realização dos objetivos do Instituto.

E os plantios de espécies nativas prosseguiram com ainda mais empenho, já que o país passava por um momento tão delicado, era preciso motivar e oferecer esperança por meio do verde tão precioso. A chegada de novos parceiros trouxe ainda mais força aos propósitos . “Ainda que estivéssemos nesse ambiente mais adverso, pudemos contar com a chegada de novas empresas parceiras que compreenderam a relevância do trabalho que desenvolvemos aqui”, prosseguiu Akira.

Empresas, entidades e órgãos governamentais buscaram o Instituto para estabelecer muitos projetos de importância local e regional e que apesar da situação sanitária, seguiram em frente e dão frutos para a sociedade.

“Uma ação que merece destaque foi a apresentação do aplicativo Tree Earth, desenvolvido em parceria com a Rede Amazônica; IDAAM e VS Academy que será importante no georreferenciamento das mudas plantadas, e seu acompanhamento. Com isso, damos aos nossos parceiros, maior segurança em relação à execução dos projetos”, explicou o diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

E o trabalho não para nunca pois “é urgente conscientizar a sociedade de que a integração com a natureza é fonte de sua vida é missão para toda uma geração”. Akira ressaltou também sobre a importância do trabalho de coleta de sementes, especialmente as de espécies ameaçadas: “transformá-las em mudas viáveis para, de modo planejado, deitá-las em seus berços na terra e ver surgir dali todo um miniecossistema, garantindo assim, sua continuidade.

E, para 2022, tal como as sementes, assegura Akira, “alguns projetos que foram estabelecidos ainda em 2021 irão brotar e trarão benefícios para novas áreas, hoje carentes dessas novas árvores”.

Enfatizou também que a equipe está ansiosa para o retorno das aulas educação ambiental, “recebendo crianças das escolas públicas de Manaus e região porque acreditamos que está nesses jovens a semente da consciência mais ampla da necessidade da preservação da natureza e da viabilidade de vida humana em meio a ela”.

Este ano tivemos a chegada de novos parceiros que muito nos horaram com sua confiança. Nosso Instituto não é grande, mas desenvolve um trabalho contínuo e bastante consistente nas áreas de educação ambiental e preservação da natureza a partir da coleta, preparo e plantio de mudas da flora da Amazônia. Essa consistência tem atraído empresas e organizações que, ao tomarem conhecimento do nosso trabalho e sentirem de perto a dedicação e empenho de todo o time, entendem a necessidade e urgência da preservação ambiental.

A divulgação mais intensa dos ODS da ONU, dos esforços do Pacto Global, da Carta da Terra e das discussões em torno da COP26 colaboram para a ampliação dessas parcerias que tendem a se intensificar nesse novo ano.

Pacto Global
Fonte ONU – https://www.pactoglobal.org.br/

Prova disso é o acordo recém firmado entre o Instituto e o Pacto Global que elegeu o Instituto Soka-Amazônia como Hub de suas ações na região. Isso para nós, mais do que motivo de orgulho, é prova inequívoca do reconhecimento ao trabalho árduo que vimos desenvolvendo ao longo dos anos.

Há várias possibilidades de novos projetos para 2022 que vão desde a aproximação com Universidades e Centros de Pesquisa no Brasil e no exterior, passando pela chegada de novas empresas parceiras, até a ampliação das ações em conjunto com as diferentes instâncias de governo.

Tenho certeza de que quem acompanha os trabalhos do Instituto terá boas notícias em 2022.