Dois cursos d’água que caminham fraternalmente

Negro e Solimões são dois rios que proporcionam um espetáculo único no mundo, denominado Encontro das Águas

É literalmente impossível descrever em palavras a beleza desse fenômeno. Não há foto que lhe faça jus. O visitante desavisado olha para o Encontro das Águas e percebe que está diante de um evento no mínimo inusitado; já os mais sensíveis são tomados pela emoção imediata: os olhos se enchem d’água, inexplicavelmente. A imagem extasiante fica automaticamente gravada nas retinas. Os rios Negro e Solimões são os protagonistas desse fenômeno que só acontece aqui, por longos 6 quilômetros, até que finalmente se mesclam e formam o majestoso Amazonas.

Temperatura e densidade

Estes dois fatores – temperatura e densidade – são decisivos para a ocorrência do fenômeno. O biólogo, mestre em Biodiversidade e doutorando em Ciências Ambientas pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Diego Oliveira Brandão, explicou que cada rio tem sua origem e composição e que cada uma dessas característica é fundamental para a formação do fenômeno.

“O rio Negro é mais quente e menos denso. Possui menos partículas de solo suspensas na água, por isso a radiação solar é mais absorvida, o que eleva sua temperatura. Já o Solimões, é o contrário, mais denso e, por isso, reflete mais radiação solar e aquece menos, por isso é mais frio”, explicou

Origens, velocidade e acidez

Ele é mais escuro e se origina na Colômbia. A coloração vem da grande quantidade de matéria orgânica. O rio Negro corre a uma velocidade de 2 km/h, a uma temperatura de 28ºC em média. Ele nasce no leste colombiano e percorre cerca pouco menos de dois mil quilômetros, com o nome de Guainia. Segue para o nordeste e sul, sendo a barreira natural da fronteira com a Venezuela. Somente quando se junta com o rio Cassiquiare se torna o rio Negro.

O Solimões tem origem nos Andes peruanos e, por descer de uma altitude imensa, traz consigo uma carga igualmente grande de sedimentos de solo, o que lhe dá o aspecto barroso, composto por solos de origem vulcânica e se locomovendo a uma velocidade média de 4 a 6 km/h e com uma temperatura de 22ºC em média. O Solimões é o principal afluente do rio Amazonas e banha três países da América do Sul.

O último fator que concorre para a formação do fenômeno é a acidez de cada curso: o Negro possui um grau de acidez elevado, entre 3,8 e 4,8 de pH, devido à alta concentração de ácidos orgânicos advindos da decomposição vegetal obtidos durante seu longo percurso até se encontrar com o Solimões.

O Instituto Soka Amazônia está localizado diante desse fenômeno natural e seu mirante é o ponto alto da visitação das escolas nas aulas de Educação Ambiental promovidas por sua equipe. A vista desse “cartão postal” de Manaus, não só emociona, mas contagia para a questão da preservação da Amazônia, patrimônio natural da Humanidade.

Descoberta “agridoce”: novos peixes da Amazônia descritos por brasileiros já estão ameaçados de extinção

Peixes fazem parte de subfamília que teve a última espécie identificada em 1965. Descoberta só foi possível porque a região já vem sendo explorada

Autora: Bianca Camatta Arte: Ana Júlia Maciel

Artigo publicado originalmente em 17/05/2022

Não é usual a publicação neste blog, de artigos de terceiros. Neste caso abrimos uma exceção, seja pela qualidade do texto, o valor do artigo em si e sobretudo pelo alerta que traz a respeito de um fato importante sobre a Amazônia, região que é foco de muita atenção em todo o mundo e o centro das atividades que o Instituto Soka Amazônia aqui desenvolve continuamente

Duas espécies de peixes encontradas por pesquisadores brasileiros na Amazônia, a Poecilocharax callipterus e a Poecilocharax rhizophilus, acabam de ser descritas – e já “nascem” em perigo de extinção. 

Ambas as espécies foram encontradas próximas ao município de Apuí, na Amazônia. “A gente foi a campo com o objetivo de amostrar esses peixes ao longo da América do Sul, voltar em pontos e localidades de peixes da ordem Characiformes (pacus, piranhas, piaus, lambaris, e etc.) que considerávamos raros em coleções científicas, e também mostrar lugares novos”, conta ao Jornal da USP, Murilo Pastana, doutor pela USP e atualmente pós-doutorando pelo Museu Nacional de História Natural, em Washington, nos Estados Unidos.

Murilo Pastana – Foto: Arquivo Pessoal

“Durante a descoberta, em 2016, nós detectamos que a região estava sofrendo muito com o impacto ambiental. Esse fato só se agravou nos anos seguintes e, enquanto enviávamos nosso estudo para publicação, o boletim do desmatamento da Amazônia Legal de abril de 2021 classificou a região como o segundo município com maior perda de cobertura vegetal. Por conta disso, sugerimos a classificação das duas espécies como em perigo de extinção, sendo que uma delas já indicamos como ”criticamente ameaçada’, por existir em apenas um riacho da região”, explica Pastana.

Além de Murilo Pastana, o artigo publicado no dia 16 de maio no periódico Zoological Journal of the Linnean Society tem como autores Willian Ohara, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), e Patrícia Camelier, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O trabalho começou entre 2015 e 2016, quando os três eram doutorandos do Museu de Zoologia (MZ) da USP.

Os dois lados da descoberta

Os pesquisadores fizeram um trajeto de Rondônia até o estado do Pará, atravessando o sul do estado do Amazonas, região da Amazônia antes intransitável. “A ideia era chegar aonde os pesquisadores ainda não chegaram, e teríamos chances de encontrar possíveis espécies novas”, conta Murilo Pastana. 

O pesquisador diz que foi preciso ter alimentos e equipamentos para um período de cerca de duas semanas em campo. Lá, eles utilizavam principalmente redes para conseguir identificar as espécies. “Dependendo do tipo de ambiente, uma rede diferente é usada, por exemplo, a rede de arrasto, que você abre com duas pessoas e vai arrastando em direção à margem do rio”, pontua.

O equipamento utilizado depende da região analisada, se é um riacho, uma cachoeira ou um rio, por exemplo. Porém, Pastana esclarece que todos os métodos que cabiam em um determinado ambiente eram utilizados, como forma de padronização.

Murilo Pastana (centro) e Willian Ohara (direita), coletando espécies próximos à margem de um rio após pescar com rede de cerco perto de Apuí – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

No entanto, apesar da descoberta das espécies, que fazem parte da subfamília Crenuchinae ser a primeira desde 1965, na visão de Pastana, ela carrega consigo um sabor agridoce.

 “Ao mesmo tempo em que podemos descobrir novas espécies tão espetaculares, isso só está acontecendo porque aquela região está sob intensa exploração: as estradas que usamos foram abertas provavelmente por madeireiros, garimpeiros e grileiros.”

Mais de uma vez, a gente estava coletando dentro de parque nacional, dentro de floresta nacional e olhávamos para o lado e tinha gado”, complementa. 

Fazenda de gado perto do município de Apuí. Esses animais foram criados em áreas recentemente desmatadas – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

As espécies como expressão artística

As novas espécies descobertas, que fazem parte da mesma subfamília, foram identificadas por características que a destacam de outras já conhecidas. Poecilocharax callipterus foi identificada por meio de sua mancha escura na cauda e nadadeiras alaranjadas. Essa espécie foi sugerida pelos pesquisadores como ameaçada, aproximando-se do critério de criticamente ameaçada de extinção, por existir em apenas um riacho da região.

Imagem da Poecilocharax callipterus. Em cima vemos o macho e embaixo a fêmea – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

Pastana complementa explicando a diferença entre o macho e a fêmea. O primeiro é mais avermelhado que a segunda, tem uma coloração mais escura e tem nadadeiras dorsais e anais mais alongadas. 

Já na Poecilocharax rhizophilus, a característica que se destacou foi o seu tamanho, que a fez ser considerada uma miniatura. “Quando a vimos, achamos que poderia ser juvenil, mas, quando olhamos na lupa, vimos que eles já tinham maturidade sexual”, conta Pastana. Ele ainda esclarece que, quando um peixe tem a medida máxima de 2,6 cm e já tem maturidade sexual, a espécie é considerada uma miniatura.

A Poecilocharax rhizophilus tem apenas 2 cm de comprimento – Foto: Murilo N.L. Pastana e Willian M. Ohara

A importância desses novos peixes para o ambiente em que vivem ainda não pode ser medida apenas com esse estudo, mas Pastana lembra que qualquer espécie que some em uma região causa um desequilíbrio ecológico. 

Já para a área de estudo de Pastana, a descoberta dessas espécies pode contribuir para a compreensão da evolução dos peixes e também a evolução dos rios. “Tem pessoas que casam dados geológicos e hidrológicos com a distribuição de peixes, para entender a conexão entre os rios ao longo do tempo”, exemplifica. 

O pesquisador também comenta que, como as obras de arte, cada espécie de peixe é insubstituível

“Como você se sentiria se eu fosse num museu de arte, pegasse um quadro e rasgasse na sua frente? É assim que eu me sinto quando um peixinho é extinto, porque aquilo para mim é uma expressão quase que artística da morfologia, da genética e é insubstituível, como qualquer obra”, lamenta ele.

Artigo original originalmente em 17/05/202 Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/descoberta-agridoce-novos-peixes-da-amazonia-descritos-por-brasileiros-ja-estao-ameacados-de-extincao/

Encontrar um bom livro é como encontrar um grande mestre

Palavras do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda lembradas a propósito da participação do Instituto Soka Amazonas da 37ª. Feira do Livro (SESC Amazonas)

Certa vez, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, proferiu as seguintes palavras sobre a importância da leitura e seu incentivo:

Encontrar um bom livro é como encontrar um grande mestre. Por meio da leitura, podemos entrar em contato com centenas e milhares de vidas além da nossa, e entrar em comunhão com sábios e filósofos que viveram há dois milênios. Ler é como sair para uma jornada.

Pode-se viajar para o leste ou para o oeste, para o norte ou para o sul, e conhecer novas pessoas e novos lugares. Ler transcende o

Tempo.

Com esse propósito em mente, o Instituto Soka Amazônia participou da 37a Feira do Livro, realizada pelo Sesc Amazonas. No evento, o Instituto apresentou a exposição Sementes da Esperança e Ação, e expôs aos visitantes o trabalho desenvolvido em sua sede. Eles também conheceram as ações realizadas pelo Instituto, tais como: árvore da interação, em que cada pessoa pode deixar sua mensagem de esperança e de ação; exposição de mudas nativas; plantio de uma semente de Jatobá (espécie nativa da Amazônia); e palestra sobre a importância das abelhas.

Sementes da Esperança e Ação

A exposição Sementes da Esperança e Ação conta com 26 painéis baseados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e tem como objetivo principal fazer com que os visitantes reflitam sobre o nosso papel enquanto cidadãos na proteção e no cuidado com o planeta Terra.

Mensagem da Carta da Terra

Cristina Moreno, representante da Carta da Terra Internacional, enviou mensagem para a abertura do evento na qual ela salientava a importância da educação ambiental.

“Veremos na exposição Sementes da Esperança e Ação, que o Instituto Soka Amazônia nos presenteia, uma amostra da Carta da Terra em ação. Agradecemos à BSGI, parceira importante da Carta da Terra, divulgando sempre mensagens e ações de paz, fraternidade e cuidado com a comunidade de vida em toda a sua diversidade. ”

Palavras do presidente do Instituto Soka Amazônia

Luciano Nascimento, diretor-presidente do instituto, na abertura do evento, teceu as seguintes palavras: “Estamos muito contentes por poder colaborar com essa iniciativa de sucesso e trazer nosso foco de atenção para um público antenado e preocupado em conhecer, pensar e agir em benefício de um mundo melhor para todos”. E, ao final, solicitou aos participantes:

“Vamos nos engajar no desafio de tornar este planeta um lugar de vida, de coexistência e de crescimento, que se dará por meio de livros, mas também pelas atitudes que cada um dos visitantes desta feira e da exposição Sementes da Esperança e da Ação, possa tomar na direção da preservação, da solidariedade, da convivência pacífica, entre os seres humanos, a natureza e o nosso planeta”.

Ao todo, mais de 4 mil pessoas visitaram o estande do Instituto Soka Amazônia e apreciaram a exposição e os ideais de preservação ambiental.

Sua excelência o ipê amarelo: A exuberância de uma árvore símbolo do país:

Neste aniversário da nossa BSGI, nada melhor do falar das flores que por assim dizer fazem parte de nossa história

O ipê amarelo que decora a entrada do prédio da Sede Central da BSGI em São Paulo, é alvo de muita admiração por todos os transeuntes que por ali passam. Mesmo quem não conhece sua história se deslumbra com sua majestade, pois ela é a testemunha viva de uma histórica visita à Organização. Ainda em sua fase quase embrionária, essa árvore protagonizou um evento emblemático, eternizou a quarta visita ao Brasil do presidente da SGI, o dr. Daisaku Ikeda que foi quem realizou seu plantio no jardim do antigo Centro Cultural da BSGI. Posteriormente, quando da construção do prédio da Sede Central, a árvore foi cuidadosamente replantada no atual berço.

A eficiência e o dinamismo do dr. Ikeda

Uma das pessoas presentes ao evento, a atual coordenadora educacional da BSGI, Sonia Kato, contou que ninguém imaginava, à época, a eficiência e o dinamismo do dr. Ikeda. “Foi realmente espantoso ver a agilidade e destreza com que o dr. Ikeda realizou o plantio. Era uma manhã clara e ensolarada. Eu segurava um balde com terra e outra pessoa o regador. Jovial e bem humorado, ele chegou, cumprimentou a todos, pegou a pá e, num piscar de olhos, já estava feito! ”, exclamou Sonia. Segundo ela, quem lá estava sentiu-se parte daquele instante e a alegria que resultou daquele simples plantio foi contagiante. Ainda hoje, é impossível olhar para essa árvore e não se alegrar.

Porquê o ipê

A escolha da espécie é óbvia, pois é impossível não a compreender: frondosa, magnífica, majestosa, dominando o céu azul que lhe serve de moldura. Sua presença ocorre em todos os sistemas do Brasil e, suas flores de um amarelo cintilante, ao deitarem ao solo verde, remetem à bandeira nacional. Não é à toa que o ipê amarelo, é vista como árvore símbolo do Brasil.

A presença de membros da BSGI da Amazônia naquela cerimônia foi mais um fator a ser acrescido à escolha dessa espécie, já que se trata de uma árvore que ocorre em praticamente toda a imensa floresta amazônica. Na Sede Central da BSGI, a cada florada anual, ela é alvo da admiração e do respeito de todos que por ali passam.

Biofilia: Amor pela vida

“Biofilia” vem do grego bios, que significa vida e philia, que significa amor, afeição, ou necessidade de satisfação

Sabe aquele sentimento único ao se deparar com aquela paisagem deslumbrante, ao vivo e em cores? Pode ser um campo florido, ou uma montanha nevada, ou simplesmente o mar com seu fluxo e refluxo interminável. Isso é parte da biofilia. Pode parecer um termo estranho, mas ele envolve os benefícios biopsicossociais decorrentes da interação humanos/natureza e, por isso, tem sido inserida nos protocolos de cuidados paliativos. A jornalista, publicitária, associada da BSGI e especialista no assunto, Dulce Ferreira de Moraes, enfatiza que essa interação biofílica é essencial para o nosso bem-estar.

Dulce Ferreira de Moraes
A popularização do termo

Foi obiólogo estadunidense Edward O. Wilson quem popularizou o termo em seu livro de mesmo nome publicado em 1984. Segundo o autor, a hipótese da biofilia sugere que os humanos possuem uma tendência inata de buscar conexões com a natureza e outras formas de vida. Ele define a biofilia como “o desejo de se afiliar a outras formas de vida”.

Dulce explicou que a Biofilia vem sendo incorporada em outras aplicações práticas, como a Arquitetura e Design. Ela própria foi tomada pela sensação biofílica ao assistir à exposição Diálogos com a Natureza, de Daisaku Ikeda. E essa experiência na adolescência a fez se envolver com paisagismo e preservação de áreas verdes urbanas, atuando em conselho consultivo de parques, como Parque Trianon, localizado na Avenida Paulista, um dos cartões postais da cidade de São Paulo. “Em uma pesquisa que realizei durante o Mestrado, sobre a percepção dos paulistanos sobre as áreas verdes em seus trajetos diários, verifiquei que boa parte das pessoas que caminhavam na Paulista não se lembraram do Parque Trianon”, contou Dulce. Essa pesquisa fez com que ampliasse suas perspectivas sobre a biofilia no contexto das cidades. Hoje é uma autoridade na área e atua fornecendo consultoria a empresas e gestores públicos.

Segundo ela, a biofilia descreve “as conexões que os seres humanos buscam subconscientemente com o resto da vida”. Não só ela como diversos teóricos propõem a possibilidade de que as profundas afiliações que os humanos têm com outras formas de vida e com a natureza como um todo estejam enraizadas em nossa biologia. Afiliações positivas e negativas (incluindo fóbicas) em relação a objetos naturais (espécies, fenômenos) em comparação com objetos artificiais são evidências de biofilia. Diversos estudos comprovam os benefícios do convívio com a natureza para a saúde humana. Recentemente publicamos uma matéria sobre o Shinrin-yoku, ou o Banho de Floresta (leia matéria aqui).

Uma atração quase irresistível

Um exemplo bastante comum de como a biofilia age em nosso cotidiano é a nossa atração (quase irresistível) como mamíferos adultos por rostos de mamíferos filhotes. Estes despertam em nós o instinto de proteção e sentimento de afeição imediata. O contorno dos olhos dentre outras características singulares faz com que os jovens mamíferos nos despertem para a meiguice de suas feições, algo necessário para garantir a sobrevivência da espécie.

Isso também explica porque certas pessoas arriscam suas vidas para salvar pets e mantém verdadeiros jardins em seus estreitos apartamentos. De alguma forma instintiva, os humanos percebem como a proximidade com a natureza lhes faz bem. Conhecimentos ancestrais inseridos talvez no código genético, como a predileção por flores. Estas são simbolicamente o prenúncio da produção de alimentos. Todo fruto precisou ser flor um dia.

A biofilia envolve também esse conhecimento ancestral que nos atrai instintivamente de forma a manter a vida.

Em termos práticos

Dulce alerta para um dado importante: somos impactados pelas experiências pessoais, sociais e culturais nas quais estamos inseridos e vivemos desde a primeira infância. Portanto, mesmo que a biofilia seja algo intrínseco ao ser, considerando que vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico e urbano, é fundamental reforçar o contato com a natureza, por meio de ações simples, como caminhar no parque, cultivar hortas domésticas, fazer seu próprio composto a partir do lixo orgânico, apreciar paisagens, entre outros. “Nós, humanos, precisamos ser constantemente expostos a estímulos naturais para garantir tanto a saúde física quanto a mental”, concluiu a especialista.

Fonte:

https://www.ecycle.com.br/biofilia/

https://www.scielosp.org/article/sdeb/2019.v43n122/949-965/pt/

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/article/view/34272