Contabilistas no Instituto Soka Amazônia

Plantio da Classe Contábil

A ação é parte do Programa Voluntário da Classe Contábil

A profissão de contador é naturalmente associada a uma tarefa rotineira e árida. Dificilmente se associa a uma ação ambiental e voluntária. Pois no domingo último, dia 13 de setembro, abrindo a Semana do Contador, alusiva à data que se comemora o Dia do Contabilista (22 de setembro), uma comissão de profissionais da classe esteve no Instituto Soka Amazônia para realizar o plantio de mudas e assinar a Carta da Terra, uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação.

Este evento organizado pela associação de Manaus, integra o Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC)[i] e tem por finalidade sensibilizar os profissionais integrantes do Sistema CFC/CRCs e acadêmicos de Ciências Contábeis sobre a importância das ações de voluntariado para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Segundo Irineu Avelino, a escolha do Instituto Soka Amazônia para abrir a Semana do Contabilista surgiu ainda no ano passado, quando ele esteve na sede da entidade.

“Fiquei encantado com o trabalho abnegado e sério da equipe. Quando estávamos planejando a Semana, quis iniciar com uma ação que pudesse trazer conscientização, pois plantar uma árvore é mais do que o ato em si, é o sentimento, é gerar amor pela terra, cuidado, criar raízes com o meio ambiente”, enfatizou Irineu.

Quanto a Carta da Terra, o contador confessou que não a conhecia, mas ficou tocado com a mensagem nela contida e se deu conta de sua importância. “Nós amazonenses temos que nos responsabilizar pela preservação dessa que é a maior floresta tropical do planeta”.

O objetivo é estimular os profissionais à prática cidadã e o espírito de responsabilidade social por meio da difusão do voluntariado organizado, incentivando-os a comprometerem-se com questões sociais relevantes para o País.

Trata-se de um Programa é de abrangência nacional, que dá suporte logístico às comissões locais, recursos e tecnologia da informação necessários à gestão do Programa. Devido à grande relevância e o volume de ações, os Conselhos Regionais de Contabilidade buscam promover parcerias que os auxilie na execução das atividades propostas.

É o que aconteceu entre a associação local e o Instituto Soka Amazônia que, além de fornecer as mudas plantadas, forneceu informações sobre a importância do ato e ainda quanto à necessidade de conhecer, divulgar e assinar a Carta da Terra. Para a equipe do Instituto Soka Amazônia foi uma grata surpresa conhecer o Programa de Voluntariado da Classe Contábil e oferecer-lhes mais informações acerca das ações promovidas pela instituição. São parcerias como essas que vão, aos poucos, transformando e restaurando o sentimento de pertencimento e comunhão com a terra.


[i]  http://www.crcrs.org.br/pvccrs/wp-content/uploads/2016/11/folder_pvcc.pdf

Reconciliação entre conservação ambiental e desenvolvimento econômico

Tamy Yukie Kobashikawa (*)

O principal objetivo deste artigo é introduzir a educação ambiental e como ela dialoga com a Educação Soka e com os ideais do fundador do Instituto Soka Amazônia.

Introdução-histórica sobre educação ambiental

De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, define-se educação ambiental como o processo de reconhecimento de valores e conceitos que desenvolvem habilidades e comportamentos para compreender e apreciar a inter-relação entre um indivíduo, sua cultura e seu entorno biofísico (Palmer & Neal, 1994, p.12). Os esforços para trazer a educação ambiental (e suas questões) para a agenda político-econômica mundial se refletiu na criação do Programa Internacional de Educação Ambiental pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e o Programa Ambiental das Nações Unidas em 1975 (Palmer & Neal, 1994).

Dois anos depois, em 1977, a UNESCO organizou a Conferência sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, estabelecendo três “objetivos da educação ambiental” em seu Relatório Final: i) Promover a consciência e preocupação com aspectos econômicos, sociais, políticos e interdependência ecológica em áreas urbanas e rurais; ii) Proporcionar a cada pessoa a oportunidade de adquirir conhecimentos, valores, atitudes, empenho e aptidões para proteger e melhorar o meio ambiente; e iii) Criar novos padrões de comportamento de indivíduos, grupos e sociedade como um todo em relação ao meio ambiente (Palmer & Neal, 1994, p.18).

Apesar dessas iniciativas, a educação ambiental esclareceu seu ponto de vista apenas na década de 90 (Tilbury, 1995). Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, discutiu como alcançar o desenvolvimento sustentável no século XXI. Essas ações foram definidas em um programa central denominado Agenda 21, no qual introduz a educação ambiental em dois capítulos: capítulo 25 (Crianças e Jovens no Desenvolvimento Sustentável) e capítulo 36 (Promoção da Educação, Conscientização Pública e Treinamento) (Palmer & Neal, 1994).

Ações mais concretas foram tomadas dez anos depois, em 2002, na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo. Neste encontro, foi definido a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), cujo objetivo era “integrar os princípios, valores e práticas do desenvolvimento sustentável em todos os aspectos da educação e aprendizagem” (UNESCO, 2005).

Já na “Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável” de 2012, definiu-se os direcionamentos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o papel da educação ambiental no contexto do desenvolvimento sustentável. Dentre os 17 objetivos lançados, inclui-se um específico sobre educação global (ODS 4): “garantir uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” (UNESCO, 2019).

Dentro da ODS 4 há a Meta 4.7 – Desenvolvimento sustentável e cidadania global – que está relacionada à educação ambiental. Afirma-se que “até 2030, garantir que todos os alunos adquiram os conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, incluindo, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não -violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável ”(UNESCO, 2019). Na Meta 4.7, as competências superiores são Educação para o Desenvolvimento Sustentável (ESD) e Educação para a Cidadania Global (ECG).

Educação Soka e educação ambiental

A Educação Soka é um sistema educacional baseado na abordagem humanística criada por Tsunesaburo Makiguchi (1871-1944), quem também fundou a Soka Gakkai, uma “organização budista baseada na comunidade que promove paz, cultura e educação centrada no respeito pela dignidade da vida” (Soka Gakkai Internaional [SGI], 2020). Através da habilidade de encontrar significado em sua vida e contribuindo para o bem-estar dos outros, a Educação Soka é uma educação centrada nas pessoas para a felicidade e para o desenvolvimento da humanidade em cada pessoa (Ikeda, 2017). Para Makiguchi, a felicidade está relacionada ao empoderamento (Gebert, 2009).

Na obra “Geografia da Vida Humana”, escrito por Makiguchi em 1930, ele explora a ideia de comunidade como um “micromundo”. Ele encoraja as crianças a observar as relações complexas em seu entorno e, se assim for, elas serão capazes de compreender o mundo inteiro (Ikeda, 2017). Para Makiguchi, a comunidade local era um “lugar para observar, confirmar, aprender e colocar em prática” (Gebert, 2009, p.149) princípios universais, bem como compreender as relações históricas e complexas entre o ser humano e a natureza. Ikeda (2012) elabora três qualidades da educação baseada na comunidade – afeto, apreço e proteção:

“Não deve se limitar a simplesmente fornecer conhecimento sobre o ambiente natural, costumes e história da comunidade local, mas deve estimular sentimentos de afeto por essa comunidade e a determinação de valorizá-la. Deve inspirar um profundo apreço pelas maneiras pelas quais o ambiente circundante, incluindo as atividades produtivas e econômicas de outras pessoas que vivem na comunidade, melhora nossas vidas: deve incentivar ações diárias com base nesse sentimento de apreço. Deve permitir que as pessoas considerem as questões da comunidade local em termos do que devemos proteger para o bem das gerações futuras e do tipo de sociedade que devemos construir em seu nome, colocando isso no centro de nosso modo de vida” (p. 11)[1].

Gebert (2009) enfatiza que apesar da crítica de que a comunidade local é “muito comum, limitada e superficial” (p.150), na perspectiva de Makiguchi, mesmo neste “micromundo” é possível compreender os conhecimentos essenciais necessários para incorporar sociedade. No entanto, Makiguchi repete sua afirmação de que neste pequeno mundo estão plenamente compreendidos os contornos essenciais do conhecimento e das qualidades morais de que uma pessoa mais tarde precisará ao emergir na ampla sociedade (Gebert, 2009). Portanto, por meio de interações em uma comunidade local, um indivíduo pode aprender sobre o mundo; em outras palavras, pode se tornar um cidadão global (Ikeda, 2017).

Ikeda (2017) afirma que a cidadania global não é determinada pelo número de línguas que se fala, nem pelo número de países para os quais se viajou. A cidadania global tem os seguintes três elementos: sabedoria, coragem e compaixão, como ele afirma:

“A sabedoria para perceber a inter-relação de todos os tipos de vida e ambiente; a coragem Para não temer nem negar diferenças, mas para respeitar e se forçar em compreender pessoas de diferentes culturas e crescer por meio do contato com elas; e a compaixão para cultivar uma empatia imaginativa que alcance além do ambiente ao nosso redor e se estenda a outras pessoas que sofrem em lugares distantes” (p. 122).

Compaixão significa perceber as qualidades daqueles de quem não gostamos e apreciar a chance de fazer crescer a nossa humanidade. Sabedoria e compaixão estão interligadas, portanto, o desejo de contribuir para o bem-estar dos outros (compaixão) proporciona sabedoria infinita (Ikeda, 2017).

Em relação ao papel da educação para o desenvolvimento sustentável, Ikeda discute que a educação é essencial para que as pessoas tomem as questões ambientais como preocupação pessoal e harmonizem seus esforços por um futuro comum (Ikeda, 2002), no qual a dignidade da vida é fundamental (Ikeda, 2012). As questões ambientais estão interligadas com as questões globais, como população, pobreza, direitos humanos, etc., o que significa que a sustentabilidade está ligada a essas questões também. Assim, para superá-los, é necessário transformar nosso modo de vida (Ikeda, 2002) e ter “um senso de responsabilidade para com aqueles com quem compartilhamos o planeta, e um senso de responsabilidade para com o futuro”[2] (Ikeda, 2012, p.3).

Para alcançar a educação para o desenvolvimento sustentável, Ikeda (2002) enfatiza a importância de aumentar a conscientização por meio de três etapas: primeiro, aprender e aprofundar a consciência das questões e realidades ambientais; segundo, refletir sobre nossos modos de vida, renovando-os em direção à sustentabilidade; e terceiro, capacitar as pessoas a tomarem medidas concretas para resolver o desafio que enfrentamos.

Aprender é fundamental para aprofundar a compreensão e a consciência (Ikeda, 2002). É importante não apenas compreender as causas e a estrutura social que impulsionam a destruição ambiental, como também aprender a compreender a realidade daqueles que sofrem, ter compaixão por eles e estar atento à nossa interconexão (Ikeda, 2002). Ikeda enfatizou que esses esforços darão origem a uma consciência renovada e determinação para agir (Ikeda, 2002).

A reflexão funciona para esclarecer os valores éticos de uma pessoa. A educação deve estimular a compreensão de como as questões ambientais estão relacionadas a nós e deve inspirar-nos a assumir a responsabilidade por nossas ações em nível global. (Ikeda, 2002).

Finalmente, empoderar significa agir com coragem e esperança. É um voto pessoal profundo e um compromisso ao meio ambiente (Ikeda, 2002). Empoderamento não é um modo de vida passivo e dependente em que a vida de alguém está à mercê de mudanças nas circunstâncias. O empoderamento é um modo de vida contributivo, baseado na consciência da natureza interdependente de nossas vidas com o meio ambiente, na qual nos esforçamos ativamente para alcançar a felicidade, tanto para nós quanto para os outros (Ikeda, 2002). O empoderamento exerce liderança e gera transformação real na sociedade (Ikeda, 2012).

Este artigo apresentou uma breve história da educação ambiental e os principais conceitos da Educação Soka que são relacionados ao meio ambiente. O Instituto Soka Amazônia desenvolve programas de Educação Ambiental, especificamente, o Projeto Academia Ambiental com base nestes ideais do fundador, e em convergência com as ações da ONU e da Carta da Terra.

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[1] Tradução tentativa

[2] Tradução tentativa

(*) A brasileira Tamy Yukie Kobashikawa, está fazendo Doutorado em Economia pela Universidade Soka no Japão. Atualmente estuda a interseção da filosofia de Ikeda e Educação para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Global. Ela é especialmente apaixonada por educação, desenvolvimento sustentável e alívio da pobreza.

Nada como um jogo em regime ganha-ganha

Sabe uma daquelas típicas e gostosas situações de ganha/ganha?

Foi assim que aconteceu o encontro que os diretores e técnicos do Instituto Soka tiveram com representantes da Secretaria de Educação Municipal de Manaus e gestores das dez primeiras escolas públicas de ensino médio que serão atendidas no primeiro semestre de 2020 dentro do programa Academia Ambiental.

Ganhamos nós, do Instituto Soka Amazônia, pois mais um grupo de jovens viverá uma experiência prática e dinâmica de educação ambiental – essa, afinal, é uma das razões de nossa existência. Ganharão as escolas por proporcionarem essa possibilidade aos seus alunos, valorizando seu sistema de ensino. Ganharão muito os alunos, seja por terem vivido uma experiência que contribuirá para torná-los melhores cidadãos, seja pela conscientização da importância da preservação do meio ambiente e seja, claro, por terem passado um dia diferente de sua rotina diária.

A reunião foi no nosso auditório no dia 19 de fevereiro último, quando foram feitos os acertos para que o projeto ocorra sem problemas.

As principais inovações do projeto para este ano também foram expostas detalhadamente:

  1. Inclusão de uma aula sobre ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  2. Atualização dos temas
  3. Inclusão de mini projetos de baixo custo a serem desenvolvidos pelas escolas a partir das reflexões feitas durante a visita ao Instituto Soka
  4. O calendário das visitas de 2020 será equivalente ao do ano anterior. Em 2019 foram 25 grupos que estiveram no Instituto; em 2020, uma visita a mais.

Para cada escola será disponibilizado um ônibus pela manhã e pela tarde, e em cada período, 40 alunos serão recebidos no Instituto. Além disso, durante a visita, um lanche será oferecido.