A Academia Ambiental e sua intensa atividade anual

Educação Ambiental
3 palestras e muito material de raciocínio para os jovens

Um dos projetos mais sólidos do Instituto Soka Amazônia é a Academia Ambiental, que inclui neste início de agosto (agosto 2022) três das diversas aulas-palestras de educação ambiental que estão programas e que ao serem ministradas percorrem diversos pontos da RPPN Dr. Daisaku Ikeda como a Baby Sumaúma, o Encontro das Águas, a Castanheira Centenária, as Ruínas das Olarias, o Meliponário, o Viveiro de Mudas, a trilha da terra-preta-de-índio. O roteiro das palestras é adaptado de acordo com o período do ano e das condições meteorológicas e continuará dentro de um calendário ao longo do ano. Compartilhamos aqui o conteúdo de três dessas palestras: 1) Encontro das Águas, 2) Ruínas das Olarias, e 3) Castanheira e os benefícios das árvores

1. Encontro das águas

No mirante do Instituto Soka é possível ter a visão de um dos principais pontos turísticos de Manaus, o “Encontro das águas”. É ali que os rios Negro e Solimões se encontram dando origem ao rio Amazonas, mas suas águas não se misturam por aproximadamente 7 quilômetros. Diante das explicações que são dadas, os alunos passam a conhecer as razões de águas não se misturarem e são levados a raciocinar sobre uma referência do fenômeno em relação aos seres humanos. 

Nas explicações, são lembrados os principais fatores que provocam o fenômeno: velocidade dos rios, temperatura, formação geológica, partículas em suspensão, e o diferente pH de cada um dos rios. Ao serem dadas as explicações, é feita uma reflexão sobre as características que nos tornam seres humanos diferentes uns dos outros, aproveitando o potencial de construir coisas grandiosas como o rio. Quem apresenta o tema aproveita para comparar a logomarca do Instituto com o Encontro das Águas.

Do mirante também é possível visualizar uma estação de captação de água que é um dos responsáveis pelo abastecimento da cidade de Manaus, feito através do rio Negro. Os alunos são instados, então, a refletir sobre a qualidade de água que chega às suas casas e a compreenderem a relação que há entre o processo de tratamento da água com o que aprenderam sobre as propriedades que levam as águas de cada rio a não se misturarem. 

Encontro das Águas em Manaus – Vista do Instituto Soka Amazônia

A cidade de Manaus é cortada por igarapés que deságuam no rio Negro. Um dos propósitos da palestra é que os alunos se conscientizem da importância de preservar os igarapés com a consciência do significado deles para o rio Negro, de onde se extraem muitos recursos, lembrando que suas águas são parte fundamental para criação do rio Amazonas, o maior rio de água doce do mundo, responsável por um alto porcentual da água doce despejada no oceano, com influência na vida marinha. 

2. Ruínas das olarias 

Nos anos de 1910, durante o auge do ciclo da borracha na cidade de Manaus, no local onde hoje funciona o Instituto, existia uma rede de olarias que forneciam material para construção do centro histórico da cidade de Manaus. Por conta dessas fábricas, uma grande área foi desmatada para se produzir lenha para os fornos de tijolos. Próximo ao rio, hoje, ainda é possível ver algumas estruturas dessas antigas fábricas e, principalmente, ver a retomada da floresta sobre as ruínas, uma vez que o local foi restaurado, possibilitando o surgimento de uma nova floresta.  

Os alunos realizam uma pequena trilha dentro das ruínas, ou no seu entorno, dependendo da vazante. Enquanto se conta a história dessa área, é feita uma reflexão sobre a importância de novas tecnologias para a preservação do meio ambiente e a importância de ambos estarem alinhados na construção de uma sociedade mais sustentável. 

Por estar à beira do rio e ser uma área de várzea sazonalmente alagada pela vazante do rio Negro, também é um local onde se acumula muito lixo trazido pela correnteza do rio. Os alunos são estimulados a refletir sobre o descarte correto do lixo e as possibilidades de reaproveitamento e reciclagem.

3. Castanheira e os benefícios das árvores

Ao pé de uma castanheira centenária, os alunos refletem sobre os principais benefícios que uma árvore e uma floresta podem trazer para as nossas vidas. 

O primeiro benefício discutido é o “sequestro de carbono” feito pelas árvores. Uma árvore é capaz de absorver 180 kg de CO2. A fase em que uma árvore mais absorve carbono é durante o crescimento, uma vez que o carbono é essencial para a constituição podendo representar até 80% da formação do tronco. Os alunos são estimulados a sempre plantar árvores para garantir que o processo seja mantido. 

O segundo benefício diz respeito à qualidade térmica nas cidades. A sombra de árvores e a diminuição da sensação térmica são alguns dos pontos expostos. Apesar de Manaus ser a capital da floresta Amazônica brasileira, no CENSO de 2010 feito pelo IBGE foi constatado que a cidade é uma das capitais com o pior índice de arborização urbana. Segundo o Centro de Monitoramento da UFAM, Manaus conta com apenas 22% de cobertura vegetal.  Nesse ponto, os alunos refletem sobre a necessidade de preservação da vegetação dentro da cidade. 

O terceiro ponto é o processo conhecido como “rios voadores”, massa de ar carregada de gotículas de água que é levada pelos ventos no céu para boa parte do sudeste e centro-oeste do Brasil, regiões do país em que se produz a maior parte dos alimentos. 

de todo o país e o quanto o impacto da preservação da floresta amazônica influencia não só a economia local, como a qualidade de vida de todo o Brasil bem como de outros países.

Instituto Soka sedia encontro e debate sobre LGPD e ESG dentro das corporações

Num mundo que ainda tem alto consumo de papel, especialista prega: “Digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente

Na manhã da última quarta-feira (27.9.2022), mais de 200 participantes, de forma presencial e virtual, se reuniram com o objetivo de debater a sustentabilidade e a proteção de dados no ambiente corporativo. O evento, denominado “LGPD e ESG: Digitalização como caminho para a sustentabilidade”, foi realizado pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU e pelo Instituto Soka Amazônia. O Instituto é o hub das ODS no estado do Amazonas, e foi o palco presencial da conferência. O encontro reuniu especialistas nos temas abordados e representantes de empresas sediadas no Amazonas. 

Apresentação do Dr. Oscar Kenjiro Asakura

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi promulgada no Brasil em 2018, exigindo mudanças e adaptações em empresas dos mais variados setores. Ela visa tratar sobre a proteção dos dados pessoais, e a garantir o direito fundamental de liberdade e de privacidade. Engenheiro formado pela Politécnica da USP, com mestrado e doutorado nas áreas de Gestão de Dados e Vida Artificial, o Dr. Oscar Kenjiro Asakura foi um dos palestrantes.

Logo na abertura, ele deu explicações claras sobre a LGPD, ressaltando que apesar da sanção ter sido um avanço para o Brasil, a lei não é algo recente no mundo, pois já é aplicada em outros países há anos. O Dr. Oscar lembrou, ainda, que a lei não trata apenas de dados digitais, mas, também de dados físicos, como em papel. E que cada empresa precisa ter um setor de dados, para manusear da forma correta dados de funcionários, clientes, fornecedores e demais públicos com que se relaciona sem ferir os princípios estabelecidos em lei.

Por fim, fez uma conexão de como o consumo de dados também afeta o meio ambiente, pois, mesmo em um mundo tratado como digital, ainda há um alto e crescente consumo de papel. “Tratem seriamente sobre isso. LGPD tem tudo a ver com o ambiental. Façam um projeto de LGPD nas empresas, digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente” disse o Engenheiro Oscar.

Quem também palestrou sobre o tema foi a Isabella Becker, advogada formada pela FGV-SP e Data Protection Officer (DPO) do Grupo O Boticário. Isabella é especialista na área de segurança cibernética, após experiência internacional em threat intelligence e monitoramento ativo de dados vazados em ambientes de deep web e surface.

Isabella Becker – Grupo O Boticário

A facilitadora, termo usado para denominar a sua atividade, falou sobre o conceito de ESG, que é uma expressão em inglês que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo está totalmente integrado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Vai até além da preservação da natureza, tratando sobre o ambiente de convivência corporativa e social. “A digitalização invoca também a governança. Então precisamos entender onde começa o dado e onde ele termina” afirmou, Isabella.

Isabella expôs, ainda, como fazer o mapeamento e organizar o setor de tratamento de dados em uma corporação. E lembrou as políticas de respeito à dignidade de vida e não-discriminação de qualquer natureza. 

O Diretor-Presidente do Instituto Soka Amazônia, Edison Akira Sato, falou sobre a satisfação do Instituto em ser o palco do importante encontro. “Como sede do Hub ODS Amazonas, entendemos que a missão do Pacto Global é estabelecer um ambiente sustentável e saudável para a humanidade. Preservando os direitos do cidadão e da natureza”.

Edison Akira Sato – Diretor-Presidente Instituto Soka Amazônia

Já a Cecilia Galli, Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU no Brasil, lembrou a importância de discutir o tema dentro das empresas. E que elas não fiquem sem se atualizar e aprofundar a compreensão e aplicação tanto do que determina a LGPD como o conceito ESG. “Trata-se de tema que aborda questões éticas. Por isso trouxemos dois especialistas no assunto, para fazermos um rico debate”, disse Cecília.

Cecília Galli – Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU

A transmissão do encontro está disponível no canal da Rede Brasil do Pacto Global, no YouTube, e pode ser acessado pelo link

Se afetar as abelhas, irá também nos afetar

por Iris Andrade da Cruz (*)

Quando pensamos na proteção da fauna (os animais) tendemos a olhar o todo, se observarmos intimamente uma floresta, veremos que desde minúsculos até grandes animais vivem ali. Várias ações humanas ao longo de muitos anos, tem afetado diretamente a fauna, dentre essas ações estão o desmatamento e as queimadas. Os animais muito mais vulneráveis diante disso são os insetos, e entre esses encontram-se as abelhas. 

Espécies Catalogadas

O fogo e a derrubada de árvores causam destruição do habitat, danificam e destroem populações inteiras de abelhas. Muitas espécies de abelhas têm alcances de voo curtos e a escala e a velocidade de incêndios podem facilmente dominá-las. No caso das abelhas sociais, a colônia não migra, o que as torna suscetíveis. Ainda, a grande maioria das abelhas precisam das árvores para sua moradia.

As interferências humanas nos habitats podem favorecer espécies de abelhas mais que outras, e afetar diretamente na polinização. A polinização é a transferência de grãos de pólen entre órgãos masculinos e femininos das flores, uma atividade importantíssima que as abelhas exercem para que as plantas nativas e cultivadas possam se reproduzir e gerar frutos e sementes. De acordo com Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil, dos cultivos de plantas estudadas (114) a maioria são polinizadas por abelhas (78,9%). Cultivos com alto valor econômico são polinizados por abelhas como soja, café, maçã, cebola, erva-mate, melão, tomate e feijão. 

Se as abelhas forem extintas, a produção de alimentos vai enfrentar dificuldades drásticas. Einstein citou uma vez que se as abelhas desaparecerem não haverá polinização, não haverá reprodução das plantas, sem as plantas não haverá animais, sem animais não haverá os seres humanos. Algumas coisas dependem de apoio de políticas públicas, no entanto, nós no lugar onde vivemos, podemos contribuir para a conservação das abelhas com atitudes práticas simples. Um dos lemas de René Dubos era “Pensar globalmente, agir localmente” (formulação de autoria do sociólogo alemão Ulrich Beck), ou seja, a pessoa fazer o máximo que puder no local onde vive para estimular a ação de lidar com problemas.

Dica: cultivar plantas com flores (jardins), pois as abelhas precisam do néctar e pólen para sua alimentação, as flores propiciam esses recursos para elas; e plantar árvores, pois muitas abelhas fazem suas casas em ocos de árvores, e elas também trazem benefícios para nós. No local onde nos encontramos, vamos juntos proteger as abelhas!!!

Apresentação do Meliponário em Academia Ambiental no Instituto Soka Amazônia

(*) Iris Andrade da Cruz, mestre em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA. Tem experiência com levantamento de espécies vegetais, com estudos de abelhas sem ferrão e com a atividade de meliponicultura. Atualmente atua como monitora e palestrante no programa de Educação Ambiental do Instituto Soka Amazônia, além de dar palestras sobre a importância das abelhas, representando o Instituto Soka Amazônia, na ação de educação ambiental ‘OCA vai à escola’, da Secretaria Municipal de Educação de Manaus – SEMED.

REFERÊNCIA

Foto abelha em destaque: do acervo do Grupo de Pesquisas em Abelhas – GPA – INPA

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/gcb.14872

https://www.xerces.org/blog/forests-fires-and-insects

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1461-0248.2003.00394.x

https://doi.org/10.1016/j.agee.2021.107777

Wolowski, M., Agostini, K., Rech, A. R., Varassin, I. G., Maués, M., Freitas, L., … & SILVA, C. D. (2019). Relatório temático sobre polinização, polinizadores e produção de alimentos no Brasil. Editora Cubo, São Carlos.

https://amazoniareal.com.br/abelhas-gafanhotos-sapos-e-tatus-foram-os-mais-atingidos-pelos-incendios-na-amazonia/

Iguais e diferentes superando as diferenças por um objetivo comum

Parcerias: mas pode chamar de trabalho em rede, em que vários atores colaboram dentro dos conceitos de sustentabilidade e interdependência

O elemento humano é peça chave tanto para o desenvolvimento sustentável quanto para o desenvolvimento não-sustentável. O resultado das interações humanas é a formação de redes que se tornam cada vez maiores e mais complexas até se tornarem sistemas.

Um sistema em que os participantes se reúnem com um propósito comum tem base em relações simbióticas, ou seja, associação de dois ou mais seres que, mesmo pertencendo a diferentes espécies, são definidos como um só organismo. Já um sistema em que os participantes não compartilham um propósito comum, tem bases na exploração uns dos outros. O que diferencia um extremo do outro é justamente o propósito ao se criar as interações humanas.

Vários povos, várias etnias

O reconhecimento da interdependência da vida faz parte da crença de muitas etnias e religiões e é fundamental que a humanidade considere tais sabedorias de vida. Por exemplo, os povos originários da tribo Dessana da Amazônia enfatizam que o homem não pode viver isolado e que ele só se desenvolve mantendo a convivência harmoniosa com a natureza. Os povos iroqueses da América do Norte nos encorajam a tomar todas as decisões considerando as gerações futuras (Ikeda, 2002).

O Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) 2020 também enfatiza os povos indígenas como um modelo de percepção da interdependência da vida humana e do meio ambiente.

Rede da comunidade da vida

Todos os seres estão interligados diretamente em uma grande rede da comunidade da vida. As ações de um indivíduo, de uma escola, de uma empresa afetam a comunidade local e a comunidade da vida em âmbito planetário. Iluminar a consciência das pessoas sobre sua interdependência com a natureza e entre si pode transformar a sociedade atual em uma sociedade sustentável e ambientalmente harmoniosa. 

Projeto Manaus Te quero Verde
Educação para o Desenvolvimento Sustentável

015, os Estados membros da ONU estabeleceram os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), que se tornaram um ponto de inflexão no qual a Educação para o Desenvolvimento Sustentável atua em todos os campos e níveis educacionais, e desempenha um papel decisivo para a sustentabilidade. Os ODS evidenciaram a interdependência entre os fatores sociais, econômicos e ambientais, uma vez que esses três campos precisam estar em sinergia, equilibrados e integrados para atender às necessidades das pessoas para uma vida sustentável. Especificamente sobre parcerias, o ODS 17 visa fortalecer os meios de implementação e revitaliza a parceria global para o desenvolvimento sustentável (ONU, 2022).

Entendendo que todos os seres estão interligados, o Instituto Soka Amazônia contribui como ponte de diálogo entre diversos parceiros, com a missão de contribuir com a proteção da integridade ecológica da Amazônia, compartilhando a visão humanística do fundador, Dr. Daisaku Ikeda.

Através do engajamento ativo na transformação do indivíduo como protagonista de uma mudança positiva, o Instituto Soka desenvolve projetos e programas para melhorar o desenvolvimento socioambiental local e cria oportunidades para conectar indivíduos à natureza através de parcerias. Seus projetos estão divididos em três áreas focais principais: (1) desenvolvimento de um banco de sementes que apoia programas e projetos de produção de mudas; (2) educação ambiental voltada para uma ampla gama de idades, setores e públicos; e (3) apoio à pesquisa acadêmica através de parcerias com universidades públicas e privadas no Brasil e no exterior. 

Lançamento TRT Exposição Sementes da Esperança e Ação
Adesão ao HUB Amazonas – Pacto Global
Plantio Sodecia

Voluntariado

As parcerias ocorrem com pessoas físicas por meio de um trabalho voluntariado, doação e desenvolvimento de projetos ou pesquisas ou com pessoas jurídicas por meio de acordos de cooperação que resultam em programas e projetos.

Para conhecer mais sobre as ações do Instituto Soka e se tornar parceiro ao se voluntariar e/ou doar, acesse aqui 

Plantio Musashi

Fonte:

Ikeda, Daisaku (2002). O Desafio do desenvolvimento global: educação para um futuro sustentável. Terceira Civilização – Edição 410 – 01/10/2002 – pág. 1 – Especial

ONU, 2022. Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

Em Junho, 1 ano de “MANAUS TE QUERO VERDE”: plantar árvores é apenas um dos objetivos.

Crianças crescem com o sentimento de estar participando de uma revolução humana em pleno curso

O objetivo central e explícito do projeto “Manaus Te Quero Verde” é evidente, mas o alcance da ideia é muito mais amplo. Ao envolver as novas gerações para conscientizá-las da importância das árvores para a capital amazonense, toda a população, de uma forma ou de outra, acaba participando das atividades.

Faz um ano agora em junho

Proposta ambiciosa

A proposta ambiciosa é deixar para traz a imagem de uma cidade que, apesar de estar no numa região como a Amazônia, é extremamente carente de verde, resultado de um rápido e talvez desordenado crescimento urbano.

Esse objetivo  –dar mais verde à cidade– acaba sendo não o objetivo, mas um dos objetivos.

A cada plantio realizado com a ativa participação de jovens em idade escolar, são feitas exposições fáceis e acessíveis sobre o valor das árvores, sua importância para a qualidade de vida dos habitantes, para a neutralização das emissões de carbono, com resultados a médio e longo prazo. São ensinamentos que ficam para sempre, que mudam hábitos, que influenciam os familiares e têm, com isso, valor educacional que acaba atingindo a sociedade como um todo. Uma eficiente forma de despertar nos estudantes o sentimento de proteção ao meio ambiente e ao patrimônio público,

Plantio realizado na Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos

O Instituto Soka Amazônia tem muito orgulho de participar desse projeto, ao lado da Prefeitura Municipal de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação – SEMED, em parceria com a Fundação Rede Amazônica.

Prof. Érica Amorim – Coordenadora das OCAS do Conhecimento Ambiental

ODS em um visão e ações práticas

Ao aderir à iniciativa o Instituto Soka Amazônia fez questão de salientar a visão prática que tem em relação aos chamados ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU, com 17 focos que se complementam. Pode ficar, talvez, o sentimento de que são objetivos muito meritórios, mas de difícil compreensão e execução.

O que um projeto como o Manaus Te Quero Verde faz, é pôr em prática de forma simples o que propõem os ODS e dar a todos a certeza de que são muito mais do que palavras bonitas, escritas no ar condicionado de um edifício em Nova Iorque.

Conscientização com o olhar no futuro

Árvores plantadas, da forma como isso está sendo feito, com a alegre mas profunda conscientização de jovens, proporcionam resultados práticos que mudam a vida das pessoas.

Coisas como saúde e bem estar (ODS no. 3) educação de qualidade (ODS no. 4), cidades e comunidades sustentáveis (ODS no. 11), ação contra a mudança global do clima (ODS no. 13), parcerias e meios de implementação (ODS no. 17)  –cinco dos ODS, que podem parecer metas abstratas e talvez inalcançáveis–  ganham forma e passam a ser compreendidas e vividas por crianças que vão crescer com o sentimento de estarem participando de uma revolução humana em pleno curso.

Este primeiro ano do Manaus Te Quero Verde foi vivido intensamente.

As árvores plantadas em 56 escolas de Manaus –o número de árvores em si não é o aspecto mais importante– crescerão, melhorarão as condições de vida da capital do Amazonas e serão para sempre parte fundamental da educação de novas gerações.

Como foi dito, ao analisar projetos como esse, o Instituto Soka Amazônia dá-se por feliz ao ver que a finalidade de sua existência está sendo compreendida e transformada em realidade.

7 milhões de hectares amazônicos regenerados naturalmente

Pesquisadora da IMAZON salienta: “Ação da natureza não reduz a importância das ações humanas”

Amazônia legal tem mais de 7 milhões de hectares de área naturalmente regeneradas, que antes haviam sido desmatadas. 

Um levantamento feito pelo IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostrou que a floresta amazônica, ao longo de nove estados que compõem a Amazônia Legal possui 7,2 milhões de hectares que passaram por uma regeneração natural. 

Isso significa que áreas que haviam sido desmatadas e depois abandonadas pelo homem voltaram a criar árvores. Segundo Jayne Guimarães, pesquisadora responsável pelo estudo, foi identificado que grande parte desses espaços havia sido ocupada por agricultores, que tentaram plantar, mas ao longo do tempo não tiveram sucesso na colheita e por isso migraram para outro local.

“As árvores acabaram se recompondo. A natureza fez esse trabalho. Elas têm seu próprio “banco de sementes”, os animais e o vento se encarregam de fazer a dispersão de sementes naquela área.” Afirma, Jayne.

Segundo o Imazon, o Amazonas é o segundo estado com mais áreas regeneradas da floresta amazônica, em um período de 6 anos. Cerca de 1,18 milhão de hectares. Fica atrás apenas do estado do Pará. 88% da área regenerada no estado tem baixa aptidão para a atividade agrícola. 

Em meio a dados cada vez mais alarmantes do desmatamento da floresta que é o “pulmão do mundo”, a regeneração natural traz esperança para os pesquisadores e também para a sociedade. Mas, se engana quem pensa que esse processo diminui a importância das ações humanas promovidas em prol da proteção ambiental. Na verdade, é uma soma. 

Fonte Imagem: Imazon

De acordo com a pesquisadora do Imazon, ainda há milhares de hectares a serem recuperados, e os plantios, como os realizados pelo Instituto Soka Amazônia, são fundamentais para a concretização desse objetivo.

“Uma intervenção humana certeira e bem planejada pode ser o caminho. O manejo adequado, o plantio de variadas espécies, podem ser a alavanca que falta para o Brasil recuperar milhões de hectares” afirma.

Todos os meses o Instituto Soka realiza e participa de diversas ações de plantios, sem falar nos trabalhos de pesquisa e educação ambiental desenvolvidos. Dessa forma, não só age de forma prática pela preservação da Amazônia, como consegue incentivar cidadãos comuns a também o fazerem em suas comunidades e núcleos.

Essa forma de atuação vai ao encontro do que é proposto pelos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.

Fonte: Guimarães, J., Amaral, P., Pinto, A. e Salomão, R. “Oportunidades para a Restauração Florestal em Larga Escala no Bioma Amazônia Priorizando a Vegetação Secundária” em https://amazonia2030.org.br/wp-content/uploads/2022/03/AMZ2030-34.pdf

Em abril, mais de 600 novas árvores nativas na Amazônia

Isso é muito ou é pouco? Não é a quantidade que importa. Estamos falando da forma de plantar e da diversidade de espécies para preservar a riqueza da floresta

O ato de plantar é mais do que abrir um buraco no solo e depositar ali uma muda ou semente. Aliás, no Instituto Soka Amazônia respeitamos tanto o plantio de árvores, que usamos outra palavra em lugar de “buracos”. Chamamos de berços.

Plantio na UNIR – Projeto Memorial Vida

É um ato simples, mas que representa profundo respeito para com a própria humanidade, proporcionando-lhe fé e esperança no futuro.

Como em tudo que se decide produzir, para plantar o que quer que seja é preciso, antes, preparar o solo, fertilizá-lo, torná-lo um terreno propício para que a vida se estabeleça.

Plantio na UNIR – Projeto Memorial Vida

Em abril deste 2022 foram plantadas 627 novas árvores nativas, em verdade, 627 promissoras vidas. Como já registramos em outro artigo publicado neste blog em 15 de dezembro de 2021, cada vez mais se defende a ideia de que os vegetais são seres sencientes[1], ou seja, capazes de sentir e reagir a muitas variáveis do ambiente como luz, água, gravidade, temperatura, estrutura do solo, nutrientes, toxinas, micróbios, herbívoros, sinais químicos de outras plantas. Seres que se desenvolverão e, ao longo dos anos vão promover mais vida, por meio das sementes de chuva, ou os compostos orgânicos voláteis[2] que atuam na formação das chuvas.

Plantio Evento TRT no Instituto Soka Amazônia
Mudas para plantio OCB Siscoob

Esses plantios integraram dois diferentes projetos, Memorial da Vida e Manaus Te Quero Verde, e foram realizados nos seguintes locais: Centro Integrado Municipal de Educação (CIME) Josefina Rosa de Mattos Pereira de Castro; e Águas de Manaus ETA-Leste.

Entre as espécies, destacam-se: Açaí-de-touceira, Acerola; Andiroba-cascuda, Cedro-branco, Cedro-vermelho, Chuva-de-ouro da Amazônia, Cumarú, Mogno num total de 20 espécies diferentes.

Cada qual crescerá e se tornará um ecossistema[3]  micro dentro de um macro sistema gigantesco, perpetuando o ciclo natural dessa que é a maior e mais exuberante floresta tropical do planeta.


[1] https://institutosoka-amazonia.org.br/plantas-sao-seres-sencientes/

[2] https://institutosoka-amazonia.org.br/como-as-condicoes-ambientais-impactam-nas-chuvas/

[3] https://institutosoka-amazonia.org.br/uma-arvore-um-ecossistema-inteiro/

Plantar a semente de uma nova consciência no coração das pessoas

Um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) propõe educação de qualidade para assegurar a educação inclusiva, equitativa, de qualidade, e proporcionar oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Esse é um dos propósitos da atuação do Instituto Soka Amazônia

Baseado nos valores humanistas do fundador, Dr. Daisaku Ikeda, o Instituto Soka Amazônia é uma organização não governamental que trabalha em prol da integridade ecológica da Amazônia, que cria oportunidades para seus visitantes e parceiros se conectarem com a natureza em uma perspectiva baseada em valores. 

Suas ações estão diretamente relacionadas com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e nesta coluna apresentaremos a contribuição do Instituto com o ODS 4 – Educação de qualidade, cujo objetivo é “assegurar a educação inclusiva, equitativa, de qualidade para proporcionar oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” (ONU, 2022). Dentre as diversas metas no Objetivo 4 da Agenda 2030, a meta 4.7 inclui a temática de educação ambiental: “Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável” (ONU, 2022).

Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável

Educação não é exclusividade de determinado grupo

No Instituto Soka, a educação ambiental não é exclusividade para um determinado público; todos que entram em contato têm chance de aprender sobre educação ambiental. Assim, criam-se oportunidades para os indivíduos se conectarem com o meio ambiente de diversas formas: numa aula ou palestra, numa simples visita à nossa Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) ou até numa expedição na floresta onde é possível colaborar com ribeirinhos, plantar uma muda. Uma das ações mais regulares do Instituto é a conscientização e o engajamento ambiental por meio do envolvimento dos parceiros em processos do plantio. O ato de plantar uma árvore é uma experiência inesquecível, que cria um laço entre o ser e o meio ambiente. Projetos de plantio têm sido realizados em associação com escolas, instituições religiosas, empresas privadas e públicas.

Plantio Escola Indigena Katana T_ykua
Educação Ambiental não é sinônimo de ecologia

O propósito Abordagem de Criação de Valor significa fazer com que cada pessoa (alunos em especial) encontre a felicidade e transforme a sociedade. O ponto de partida para aplicar tal abordagem na educação ambiental é o respeito à dignidade da vida, na qual todos os seres humanos são iguais em essência e todas as formas de vida merecem ser igualmente respeitadas. 

O ambiente é qualquer lugar onde uma pessoa se encontre, uma casa, uma escola, uma empresa, uma cidade, qualquer lugar é considerado um ambiente.

É importante ressaltar que educação ambiental não é sinônimo de ecologia. Educação Ambiental não é o estudo da natureza. O ambiente é qualquer lugar onde uma pessoa se encontre, portanto, uma casa, uma escola, uma empresa, uma cidade, qualquer lugar é considerado um ambiente. Além disso, o estudo da educação ambiental não se limita exclusivamente à educação formal; ela inclui o aprendizado formal e não-formal, ou seja, qualquer faixa etária e qualquer lugar são apropriados para aplicar os ensinamentos da educação ambiental.  

Especificamente sobre a Abordagem de Criação de Valor na educação ambiental, o idealizador do Instituto propôs “Quatro Passos para a Conscientização”: (1) aprendizagem, (2) reflexão, (3) empoderamento e (4) liderança.

Aprender é essencial para adquirir uma compreensão e uma consciência mais profunda. É importante não apenas compreender as causas e a estrutura social que impulsionam a destruição ambiental, mas também aprender sobre a realidade daqueles que sofrem, ter compaixão por eles e estar atento à nossa interconexão. 

Reflexão significa esclarecer os valores éticos de uma pessoa. A educação deve estimular a compreensão de como as questões ambientais estão relacionadas a nós e deve inspirar-nos a assumir a responsabilidade por nossas ações em nível global (Ikeda, 2002). O primeiro passo, aprendizagem, é fundamental para dar as ferramentas necessárias para o estudante fazer as escolhas livremente, com pensamento crítico através do exercício de reflexão.

Visita ao Instituto E.M Jorge de Resende

Dessa forma, a pessoa se empodera. Empoderar significa agir com coragem e esperança, é um profundo comprometimento com o meio ambiente. O empoderamento não é um modo de vida passivo e dependente, no qual a vida de alguém está à mercê de mudanças das circunstâncias; é uma forma de vida contributiva, baseada na consciência da natureza interdependente de nossas vidas com o meio ambiente, na qual nos esforçamos ativamente para alcançar a felicidade, tanto para nós mesmos quanto para os outros (Ikeda, 2002). 

Transformação real na sociedade

O empoderamento exerce liderança e gera transformação real na sociedade (Ikeda, 2012), porque um estudante empoderado inspira outros a agir, causa engajamento social e cria uma rede de colaboração. Assim, o aluno impacta sua comunidade, sua nação e o planeta, tornando-se um cidadão global.

O constante exercício dos quatro passos para conscientização ilumina as capacidades do ser humano, o faz aprimorar novas habilidades, aprender e repensar valores e crenças, e ter a liberdade de fazer escolhas conscientes. Quando os alunos vivem uma vida de auto realização, eles transformam a sociedade, o meio ambiente e, no final, os alunos encontram a própria felicidade.

Bibliografia:

Ikeda, Daisaku (2002). Education for Sustainable Development Proposal, disponível em https://www.daisakuikeda.org/main/educator/education-proposal/edu-proposal-2002.html

Ikeda, Daisaku (2012). For a Sustainable Global Society: Learning for Empowerment and Leadership, disponível em https://www.sgi.org/content/files/about-us/president-ikedas-proposals/environmentproposal2012.pdf

ONU (2022). Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/4

Parcerias sempre. E parcerias tão especiais como a formalizada com o Tribunal Regional do Trabalho

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar

Trabalhar junto, dividir responsabilidades, empenhar-se em favor de objetivos comuns, enfim, somar, é dessa forma que o Instituto Soka Amazônia tem firmado parcerias que viabilizam a operacionalização dos muitos projetos com foco em Educação Ambiental  que hoje são realidade e que passam, sempre, pelo plantio de árvores na muitas vezes maltratada Floresta Amazônica.

Há parcerias, no entanto, que têm significado ainda mais especial.

É o caso do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. região.

As atividades práticas, já iniciadas, estão vivendo neste instante um momento muito especial, com a assinatura de documentos pela Desembargadora Federal Presidente Ormy da Conceição Dias Bentes, Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª. Região e pelo sr. Thiago Augusto Terada, diretor presidente da Águas de Manaus (AM) e Águas de São Francisco (PA), juntamente com o presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, que formalizaram a adesão ao Pacto Global da ONU e ao HUB ODS Amazonas.  

Pacto Global

Na cerimônia que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 29 de abril de 2022, foi ressaltado o significado do Pacto Global da ONU, criado em 2000 com objetivo de conceder a seus membros acesso a ferramentas que contribuirão para ampliar o envolvimento com temas de sustentabilidade. A iniciativa mobiliza entidades públicas e privadas a promoverem o crescimento sustentável e a cidadania, estimulando seus integrantes a enfrentar os principais desafios contemporâneos da humanidade, atualmente representados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Parcerias regionais

Por sua vez, o programa Hub ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar, por meio de parcerias regionais, o envolvimento de setores público e privados com a Agenda do Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030. 

É um mecanismo criado para aumentar o impacto regional nos ODS dentro da vocação de cada estado. As iniciativas em cada região são conduzidas em parceria com uma organização âncora por estado, que contribui no âmbito operacional e estratégico, criando conjuntamente um plano de ação para aquela região. 

No Amazonas o hub é ancorado pelo Instituto Soka Amazônia. 

Compromisso do TRT

Ao assinar a adesão ao Pacto Global e ao hub ODS Amazonas, o Tribunal reafirma o compromisso com a estratégia nacional do Poder Judiciário 2021-2026, que prevê a adoção, pelos tribunais, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU (ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação), assim como com a política nacional do Poder Judiciário para o meio ambiente e com o plano de logística sustentável do TRT 11, aprovado por meio da resolução administrativa nº 272/2021. 

O valor do convênio para o Instituto Soka Amazônia

O presidente do Instituto Soka Amazônia, o sr. Edison Akira Sato, relembrou o valor do convênio já assinado com o Instituto e falou de sua satisfação ao receber o Tribunal Regional do Trabalho no Instituto Soka Amazônia para a solenidade de assinatura de adesão ao Pacto Global.

“As ações colaborativas baseadas no diálogo e respeito mútuo entre a sociedade civil, as empresas e as Instituições Públicas mostram que é possível criar valores em harmonia com a comunidade da vida” – disse.

Plantios e as perdas do TRT para a pandemia

Após as assinaturas, e em sintonia com o Projeto Memorial Vida, foi programado o plantio de 32 mudas nativas que correm risco de extinção, em homenagem póstuma aos servidores do Regional e ao Ministro do TST Walmir Oliveira da Costa, que foram vítimas fatais do covid-19. Cada servidor falecido terá o nome associado a uma dessas árvores que serão plantadas, em reconhecimento ao trabalho prestado à Instituição.

Essa homenagem é de suma importância para nós. Mesmo que simbólico, é algo que vai enraizar, permanecer e crescer. Fiquei comovida pelo gesto, agradeço!

Viúva do Sr. Benjamin Matias Fernandes Filho, servidor do Tribunal do Trabalho no Gabinete da Dra. Ormy

Eternizar a vida

Projeto Memorial Vida chega a 8 campi da UNIR em homenagem aos professores, funcionários e alunos vítimas da Covid-19

O amplo significado e o valor do Projeto Memorial Vida, que o Instituto Soka Amazônia lançou em 2021, durante a pandemia ficam patentes em momentos como este, em que a UNIR – Universidade Federal de Rondônia se junta a nós e cria espaços em seus 8 campi, para homenagear seus professores, funcionários e alunos que perderam a vida para a covid-19.

O dia 25 de abril de 2022 ficará marcado não só no coração daqueles que estiveram presentes, mas também, no solo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), que foi palco do estabelecimento, ali, do Memorial Vida. Baseado nos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carta da Terra e Propostas de Paz escritas pelo Dr. Daisaku Ikeda, o objetivo do projeto é eternizar por meio do plantio de árvores, a vida das vítimas da Covid-19.

Uma volta às aulas diferente

A cerimônia aconteceu no mesmo dia de retorno das aulas presenciais da universidade. Estavam presentes o corpo docente da UNIR, representantes do Instituto Soka Amazônia, liderados pelo diretor-presidente Edison Akira Sato, e familiares de professores e alunos da UNIR que faleceram em decorrência da pandemia.

Segurar as lágrimas foi uma tarefa difícil para os participantes da cerimônia. Emocionada, a reitora da UNIR, Profª Dra. Marcele Pereira contou que a ideia de levar o Memorial Vida para a Universidade surgiu após ela tomar conhecimento da ação realizada pelo Instituto.

“O momento de plantar uma árvore em homenagem à vida dessas pessoas que estão tão presentes entre nós”, afirma.

Parentes dos homenageados também puderam expressar o sentimento ao participar do momento. Francisco Cordeiro Júnior era professor do departamento de administração, e faleceu em abril de 2021. A irmã dele, Teodora Cordeiro, afirmou que a memória do irmão permanecerá sempre no coração.

“Não vamos esquecer os nossos entes queridos. Não só pelas árvores que plantamos, mas principalmente pelo amor que sentimos por eles.”

Espécies nativas

As mudas plantadas são de diversas espécies nativas da Amazônia, dentre as quais, estão ipê amarelo, mogno, paineira, açaí touceira e outras. Durante as semanas seguintes será a vez de plantios nos demais campi da UNIR.

Ao todo serão 8 bosques plantados com as mudas doadas pelo Instituto Soka Amazônia.

Em suas palavras, o presidente do Instituto, Edison Akira Sato, falou sobre a importância e o significado do Memorial Vida.

“A ideia é eternizar a memória e dar continuidade. Nós abrimos os berços e plantamos vida. Esse é o significado do projeto”.