Uma senhora idosa, 58 milhões de anos com muito o que celebrar

Milhões de vozes anônimas a clamar em defesa da Amazônia em todo o mundo.

Hoje são milhões de vozes anônimas a clamar em defesa da Amazônia em todo o mundo. No Brasil, entretanto, os debates se acirram quanto ao modelo de desenvolvimento baseado na destruição de seu maior capital: sua inestimável biodiversidade. Mas, quando um grupo de agentes econômicos – normalmente competidores entre si – se junta para pensar numa saída que visa em primeiro lugar a sustentabilidade do processo, há reais condições para otimismo.

Na semana que antecede esta celebração, o Dia da Amazônia de 2020, o grupo formado pelos três maiores bancos privados brasileiros (Itaú, Bradesco e Santander) anunciaram a formação do Conselho Consultivo Amazônia, instância criada para apoiar a implementação de 10 medidas para impulsionar o desenvolvimento da região de forma sustentável. São inúmeros motivos incontestáveis para tal iniciativa ocorrer.

O denso tapete verde e pulsante se estende por 5,5 milhões de quilômetros quadrados, visto de cima. Mata, céu, terra e água formam um único organismo vivo gigantesco que abriga um sem número de espécimes – muitas das quais ainda sequer foram catalogadas – de pujante flora e fauna de inacreditável beleza. Esse organismo vivo – a floresta como um todo – é a melhor solução para o combate à crise climática e sua biodiversidade pois fornece proteção ao ecossistema e paisagem impedindo alterações drásticas no clima que incluem o aquecimento global e o efeito estufa.

É uma senhora idosa de cerca de 55 milhões de anos, por isso mesmo, digna de todo o respeito. Nela habitam simbioticamente cerca de 400 bilhões de árvores de 16 mil espécies diferentes além de 40 mil espécies de plantas; entre a fauna estima-se que sejam quase 1300 espécies de aves, quase 500 de mamíferos, cerca de 400 répteis, 430 anfíbios e mais de 2,5 milhões de espécimes de insetos (mais da metade disso, vive nas copas das árvores) isso somente entre as já catalogadas.

O verde dessa mata impressionante estoca de 80 a 120 bilhões de toneladas de carbono – Mecanismo de Sequestro de Carbono – ou a remoção desse gás da atmosfera do planeta. O verdejante oceano de folhas, em seu processo de fotossíntese, captura o carbono e lança oxigênio – essencial para a vida – de volta ao ar. Ininterruptamente!

Sem falar nos “rios flutuantes”. Todos os dias, esse oceano verde transpira 20 bilhões de toneladas de água que se convertem em vapor e que, por sua vez, é levado pelos ventos até os estados do sul, trazendo chuva que fertiliza os campos semeados, produzindo os alimentos essenciais a todos os brasileiros.

São números superlativos em todos os sentidos. Se pensarmos que mesmo com toda destruição ocorrida ao longo de décadas é ainda possível se avistar do satélite o colossal tapete verdejante de vida da Amazônia, percebe-se que esta floresta é realmente um gigante.

Instituto Soka Amazônia

Sobre ela, o fundador do Instituto Soka Amazônia, Daisaku Ikeda, destacou:

“O homem tem a solução. ‘O grande celeiro da vida chamado Amazônia’ é um espelho natural que faz o homem refletir como ser humano”.

Ele cita o saudoso Austregésilo de Athayde, que foi presidente da Academia Brasileira de Letras para enfatizar sua afirmação: ‘Todos os problemas encontram-se no próprio homem. É isto que sempre sinto quanto estou na Amazônia’. Ikeda considera essas palavras como uma lição: “diante da grandiosidade da Amazônia e de sua cultura, os homens do mundo moderno devem agir com humildade. Creio que daí será aberto o caminho da convivência para um novo e rico desenvolver da nossa civilização”. O Instituto Soka Amazônia, neste 5 de setembro de 2020, Dia da Amazônia, espera que mais e mais vozes se juntem ao contingente otimista de esperança para juntos encontrarmos o melhor caminho para o desenvolvimento que preserve o imenso patrimônio natural da floresta.

Coleta de sementes não em meio à floresta, mas em pleno centro de Manaus

Sementes em Manaus

Autorização para coleta em mais 5 pontos

Isso mesmo: coleta de sementes de árvores da região amazônica em pleno centro da cidade de Manaus.

A explicação do fato inusitado não é complicada.

Pode olhar no mapa: Manaus é, a bem dizer, uma mancha urbana no meio da floresta amazônica. Uma enorme mancha, uma cidade cosmopolita, com muitos traços de modernidade, um dos mais importantes aeroportos do país, muitas indústrias, mais de dois milhões de habitantes, claro que com quase todos os problemas comuns senão à totalidade, mas à maioria das cidades brasileiras.

Justamente por ser essa mancha urbana em meio ao verde, não é de admirar que existam vivas, aqui e ali restos intocados da floresta, capazes às vezes, de trazer à tona peculiaridades como essa, de encontrar-se um ponto de coleta de sementes nada mais, nada menos, do que no estacionamento do Fórum de Manaus.

Esse local, e mais quatro já vinham sendo usados pelo Instituto Soka Amazônia em Manaus para coleta de sementes, mas recentemente foi formalizada a autorização para seu uso com esse fim.

O curioso é que nesse local central da Capital há outras pessoas que também fazem coletas e chega a haver, algumas vezes, uma certa corrida para ver quem chega primeiro e quem consegue ter melhores resultados, cada um movido pelas seu interesse pelas preciosas sementes.

Um desses novos locais recentemente liberados para o Instituto Soka Amazônia é no Bosque da Ciência do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia uma enorme reserva, com 13 hectares, um dos pontos de maior visitação por parte de turistas que vão ao Amazonas.

A terceira autorização é a da Fazenda do sr. Raimundo Rodrigo, no bairro de Puraquequara, ao leste da capital do Estado.

A quarta e a quinta são propriedades privadas, uma fazenda na cidade de Itaquatiara a 175 quilômetros de Manaus, e outra em fazenda na cidade de Rio Preto da Eva, a 80 quilômetros da Capital.

Coleta de sementes não em meio à floresta, mas em pleno centro de Manaus

Sementes em Manaus

Autorização para coleta em mais 5 pontos

Isso mesmo: coleta de sementes de árvores da região amazônica em pleno centro da cidade de Manaus.

A explicação do fato inusitado não é complicada.

Pode olhar no mapa: Manaus é, a bem dizer, uma mancha urbana no meio da floresta amazônica. Uma enorme mancha, uma cidade cosmopolita, com muitos traços de modernidade, um dos mais importantes aeroportos do país, muitas indústrias, mais de dois milhões de habitantes, claro que com quase todos os problemas comuns senão à totalidade, mas à maioria das cidades brasileiras.

Justamente por ser essa mancha urbana em meio ao verde, não é de admirar que existam vivas, aqui e ali restos intocados da floresta, capazes às vezes, de trazer à tona peculiaridades como essa, de encontrar-se um ponto de coleta de sementes nada mais, nada menos, do que no estacionamento do Fórum de Manaus.

Esse local, e mais quatro já vinham sendo usados pelo Instituto Soka Amazônia em Manaus para coleta de sementes, mas recentemente foi formalizada a autorização para seu uso com esse fim.

O curioso é que nesse local central da Capital há outras pessoas que também fazem coletas e chega a haver, algumas vezes, uma certa corrida para ver quem chega primeiro e quem consegue ter melhores resultados, cada um movido pelas seu interesse pelas preciosas sementes.

Um desses novos locais recentemente liberados para o Instituto Soka Amazônia é no Bosque da Ciência do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia uma enorme reserva, com 13 hectares, um dos pontos de maior visitação por parte de turistas que vão ao Amazonas.

A terceira autorização é a da Fazenda do sr. Raimundo Rodrigo, no bairro de Puraquequara, ao leste da capital do Estado.

A quarta e a quinta são propriedades privadas, uma fazenda na cidade de Itaquatiara a 175 quilômetros de Manaus, e outra em fazenda na cidade de Rio Preto da Eva, a 80 quilômetros da Capital.

Nos dias de pandemia

Pandemia Amazonia

Durante o período de pandemia (Covid 19), os serviços de manutenção da Reserva, coleta, beneficiamento e repicagem continuaram sendo executados com os cuidados recomendados para essa atividade.

Pandemia Amazonia

Devido às restrições de mobilidade, todas as sementes coletadas nesse período foram coletadas na própria RPPN. Novas sementes foram catalogadas, proporcionando maior capacidade de diversidade biológica.

Pelo menos 3.000 mudas – algumas incluídas entre as que fazem parte da lista de estado de vulnerabilidade (IUCN) – foram plantadas em novo espaço com capacidade ampliada e maior diversificação de espécies. 

A implementação de medidas no controle dos resíduos florestais garantiu uma produção sustentável de matéria orgânica tão necessária à produção de mudas.

Nos dias de pandemia

Pandemia Amazonia

Durante o período de pandemia (Covid 19), os serviços de manutenção da Reserva, coleta, beneficiamento e repicagem continuaram sendo executados com os cuidados recomendados para essa atividade.

Pandemia Amazonia

Devido às restrições de mobilidade, todas as sementes coletadas nesse período foram coletadas na própria RPPN. Novas sementes foram catalogadas, proporcionando maior capacidade de diversidade biológica.

Pelo menos 3.000 mudas – algumas incluídas entre as que fazem parte da lista de estado de vulnerabilidade (IUCN) – foram plantadas em novo espaço com capacidade ampliada e maior diversificação de espécies. 

A implementação de medidas no controle dos resíduos florestais garantiu uma produção sustentável de matéria orgânica tão necessária à produção de mudas.

Amazônia sem antagonismos

Edison Akira Sato (*)

A Região amazônica provoca sempre sentimentos extremos.

Discussões e mais discussões em todas as partes do mundo.

Quase sempre acaloradas, cheias de paixão, às vezes com exageros, nem sempre com todo o bom senso, lucidez, equilíbrio, serenidade que seriam desejáveis.

Numa disputa entre antagônicos há, de um lado os que anteveem risco iminente de devastação incontrolável e de outro os que advogam o uso sem limites do solo e de suas riquezas em nome do suposto desenvolvimento do país. 

Opiniões expostas de forma exacerbada em que predomina mais a emoção, menos a razão.

Exageros à parte, o Instituto Soka Amazônia está convicto de que, sim, há cuidados que poderiam, mas nem sempre são tomados, da mesma forma que há pessoas, entidades, órgãos públicos e privados que se dedicam diuturnamente às causas da região. Sua atividade incansável leva à certeza de que a Amazônia, embora ameaçada, é e continuará sendo aquilo que sempre foi, cheia de vida. 

Por nos sentirmos cada vez mais integrados com esta parte tão especial do planeta, procuramos compreender os seus problemas e participar das mais diferentes campanhas que apontem para soluções de seus problemas.  

No início de fevereiro, por exemplo, recebemos aqui em nossa sede a Diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, senhora Mariana Maia Lopes que veio abordar conosco uma ação ambiental proposta pelo Ministério e que teve, de pronto, nosso apoio, uma ação que aconteceu no Encontro das Águas e na praia da RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural), onde foram coletados resíduos na beira do rio e na praia, projeto que busca ao menos minorar o sério problema do lixo urbano de Manaus.

O apoio a causas como essa está no DNA do Instituto Soka Amazônia.

Seja por opção, seja por vocação, esse sentido foi dado pelo nosso fundador, uma direção com que concordamos e nos motiva a levar nossos projetos à frente. 

(*) Presidente do Instituto Soka Amazônia

Inovação no programa Academia Ambiental

Sabe uma daquelas típicas e gostosas situações de ganha/ganha?

Foi assim que aconteceu o encontro que os diretores e técnicos do Instituto Soka tiveram com representantes da Secretaria de Educação Municipal de Manaus e gestores das dez primeiras escolas públicas de ensino médio que serão atendidas no primeiro semestre de 2020 dentro do programa Academia Ambiental.

Ganhamos nós, do Instituto Soka Amazônia, pois mais um grupo de jovens viverá uma experiência prática e dinâmica de educação ambiental – essa, afinal, é uma das razões de nossa existência. Ganharão as escolas por proporcionarem essa possibilidade aos seus alunos, valorizando seu sistema de ensino. Ganharão muito os alunos, seja por terem vivido uma experiência que contribuirá para torná-los melhores cidadãos, seja pela conscientização da importância da preservação do meio ambiente e seja, claro, por terem passado um dia diferente de sua rotina diária.

A reunião foi no nosso auditório no dia 19 de fevereiro último, quando foram feitos os acertos para que o projeto ocorra sem problemas.

As principais inovações do projeto para este ano também foram expostas detalhadamente:

  1. Inclusão de uma aula sobre ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  2. Atualização dos temas
  3. Inclusão de mini projetos de baixo custo a serem desenvolvidos pelas escolas a partir das reflexões feitas durante a visita ao Instituto Soka
  4. O calendário das visitas de 2020 será equivalente ao do ano anterior. Em 2019 foram 25 grupos que estiveram no Instituto; em 2020, uma visita a mais.

Para cada escola será disponibilizado um ônibus pela manhã e pela tarde, e em cada período, 40 alunos serão recebidos no Instituto. Além disso, durante a visita, um lanche será oferecido.

Nada como um jogo em regime ganha-ganha

Sabe uma daquelas típicas e gostosas situações de ganha/ganha?

Foi assim que aconteceu o encontro que os diretores e técnicos do Instituto Soka tiveram com representantes da Secretaria de Educação Municipal de Manaus e gestores das dez primeiras escolas públicas de ensino médio que serão atendidas no primeiro semestre de 2020 dentro do programa Academia Ambiental.

Ganhamos nós, do Instituto Soka Amazônia, pois mais um grupo de jovens viverá uma experiência prática e dinâmica de educação ambiental – essa, afinal, é uma das razões de nossa existência. Ganharão as escolas por proporcionarem essa possibilidade aos seus alunos, valorizando seu sistema de ensino. Ganharão muito os alunos, seja por terem vivido uma experiência que contribuirá para torná-los melhores cidadãos, seja pela conscientização da importância da preservação do meio ambiente e seja, claro, por terem passado um dia diferente de sua rotina diária.

A reunião foi no nosso auditório no dia 19 de fevereiro último, quando foram feitos os acertos para que o projeto ocorra sem problemas.

As principais inovações do projeto para este ano também foram expostas detalhadamente:

  1. Inclusão de uma aula sobre ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  2. Atualização dos temas
  3. Inclusão de mini projetos de baixo custo a serem desenvolvidos pelas escolas a partir das reflexões feitas durante a visita ao Instituto Soka

O calendário das visitas de 2020 será equivalente ao do ano anterior. Em 2019 foram 25 grupos que estiveram no Instituto; em 2020, uma visita a mais.

Para cada escola será disponibilizado um ônibus pela manhã e pela tarde, e em cada período, 40 alunos serão recebidos no Instituto. Além disso, durante a visita, um lanche será oferecido.

Na Califórnia dois dias de intensa troca de experiências.

Tais Tokusato(*)

Há mais de um ano a SESRP vem trabalhando para facilitar
este evento, proporcionando espaço e oportunidade para
que todos os participantes aprofundem sua compreensão da
Soka Education, pedagogia humanística focada na
construção da paz e na cidadania global.
Carta de introdução à 16ª. Conferência sobre Educação Soka

Confira no mapa onde fica Aliso Viejo.

Fica no sul da Califórnia, não muito longe de Los Angeles, uma beleza de cidade tranquila, perto do Pacífico, embora entre a cidade e o mar, uma distância que se cobre nuns 5 minutos, haja um canyon, espécie de barreira montanhosa.

É justamente em Alison Viejo que fica a Universidade Soka América. Foi ali, em dois dias de intenso trabalho e rica troca de experiências envolvendo cerca de 50 pessoas dos 5 continentes, tanto jovens estudantes como maduros professores e pesquisadores, que se realizou nos dias 15 e 16 fevereiro a 16ª. Conferência sobre Educação Soka. Os mais variados temas foram abordados, expostos e debatidos – entre tantos outros, justiça ambiental, consentimento sexual como meio de pacificação, Iran – diálogo na busca da paz num país que rotulamos como violento.

Foram apresentadas 11 pesquisas e aconteceram 3 workshops. Ainda que em inglês, vale a pena conhecer maiores detalhes da Conferência – Clique aqui (https://m.box.com/shared_item/https%3A%2F%2Fsoka.box.com%2Fv%2Fsec16booklet ) .

Tive muita honra e satisfação em fazer a apresentação “Educação Ambiental no Amazonas: Um Caso de Estudo sobre o Instituto Soka Amazônia” em que expus, ao lado da pesquisadora brasileira Tamy Kobashikawa os resultados da pesquisa realizada em outubro de 2019 com o intuito de avaliar a eficiência do projeto “Academia Ambiental”. Estudante de doutorado na Universidade Soka, atualmente Tamy é membro do Centro de Pesquisa de Humanismo Ikeda da Universidade Federal de Rondônia e da Sociedade Japonesa para o desenvolvimento Internacional.

Para mim e Tamy foi especialmente muito bom ter recebido demonstrações vivas e inequívocas do interesse despertado pelo conteúdo apresentado.

Em relação aos dois dias de trabalho, talvez uma das mais importantes constatações tenha sido a da praticidade dos casos e experiências apresentados, capazes de tornar cada vez mais efetiva a nossa atuação no dia a dia dentro da realidade brasileira e das peculiaridades de uma região tão especial e rica como a Amazônia.

E as praias da Califórnia?

Deu apenas para contemplar um lindo pôr-do-sol e perceber que as águas são geladas e as areias, curiosamente, talvez mais geladas ainda.

(*) Graduanda em Ciências Naturais (UFAM) e Coordenadora de Projetos Ambientais

Na Califórnia dois dias de intensa troca de experiências.

Tais Tokusato(*)

Há mais de um ano a SESRP vem trabalhando para facilitar
este evento, proporcionando espaço e oportunidade para
que todos os participantes aprofundem sua compreensão da
Soka Education, pedagogia humanística focada na
construção da paz e na cidadania global.
Carta de introdução à 16ª. Conferência sobre Educação Soka

Confira no mapa onde fica Aliso Viejo.

Fica no sul da Califórnia, não muito longe de Los Angeles, uma beleza de cidade tranquila, perto do Pacífico, embora entre a cidade e o mar, uma distância que se cobre nuns 5 minutos, haja um canyon, espécie de barreira montanhosa.

É justamente em Alison Viejo que fica a Universidade Soka América. Foi ali, em dois dias de intenso trabalho e rica troca de experiências envolvendo cerca de 50 pessoas dos 5 continentes, tanto jovens estudantes como maduros professores e pesquisadores, que se realizou nos dias 15 e 16 fevereiro a 16ª. Conferência sobre Educação Soka. Os mais variados temas foram abordados, expostos e debatidos – entre tantos outros, justiça ambiental, consentimento sexual como meio de pacificação, Iran – diálogo na busca da paz num país que rotulamos como violento.

Foram apresentadas 11 pesquisas e aconteceram 3 workshops. Ainda que em inglês, vale a pena conhecer maiores detalhes da Conferência – Clique aqui (https://m.box.com/shared_item/https%3A%2F%2Fsoka.box.com%2Fv%2Fsec16booklet ) .

Tive muita honra e satisfação em fazer a apresentação “Educação Ambiental no Amazonas: Um Caso de Estudo sobre o Instituto Soka Amazônia” em que expus, ao lado da pesquisadora brasileira Tamy Kobashikawa os resultados da pesquisa realizada em outubro de 2019 com o intuito de avaliar a eficiência do projeto “Academia Ambiental”. Estudante de doutorado na Universidade Soka, atualmente Tamy é membro do Centro de Pesquisa de Humanismo Ikeda da Universidade Federal de Rondônia e da Sociedade Japonesa para o desenvolvimento Internacional.

Para mim e Tamy foi especialmente muito bom ter recebido demonstrações vivas e inequívocas do interesse despertado pelo conteúdo apresentado.

Em relação aos dois dias de trabalho, talvez uma das mais importantes constatações tenha sido a da praticidade dos casos e experiências apresentados, capazes de tornar cada vez mais efetiva a nossa atuação no dia a dia dentro da realidade brasileira e das peculiaridades de uma região tão especial e rica como a Amazônia.

E as praias da Califórnia?

Deu apenas para contemplar um lindo pôr-do-sol e perceber que as águas são geladas e as areias, curiosamente, talvez mais geladas ainda.

(*) Graduanda em Ciências Naturais (UFAM) e Coordenadora de Projetos Ambientais