Com o tema Preservando a biodiversidade da Amazônia: Implicações pedagógicas para a coexistência harmoniosa, a sustentabilidade e a cidadania global, artigo de autoria das doutoras Namrata Sharma e Tamy Kobashikawa faz uma análise das atividades educacionais do Instituto como um espaço não formal de aprendizagem para a cidadania global.
O estudo foi publicado na edição de maio da Revista Científica ZEP, uma das mais conceituadas dedicada à Pedagogia, e ganhou destaque nas Conferências Internacionais nas áreas de Educação e Cidadania Global.
A publicação também examina as múltiplas contribuições da Instituição para a sustentabilidade, englobando aspectos como a preservação da biodiversidade na região amazônica; apoio ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por meio do HUB ODS Amazonas; o uso da Carta da Terra como uma estrutura ética; e relevante visão do fundador para a coexistência harmoniosa de todas as formas de vida.
De acordo Sharma buscou-se apresentar um exemplo do trabalho crítico do que vem sendo feito por organizações não governamentais (ONGs) como atores chave nos campos da sustentabilidade e da educação global. Como estudo de caso avaliou as ações educações realizadas no Instituto Soka Amazônia que trazem como referência à Carta da Terra Internacional.
A Revista ZEP ( Zeitschrift für Internationale Bildungsforschung und Entwicklungspädagogik) é uma das mais antigas publicações científicas dedicadas a refletir sobre os desenvolvimentos sociais (globais) como um desafio para a educação. Em edições especiais, traz a opinião de pesquisadores sobre globalização, educação, aprendizagem e desenvolvimento, bem como sobre os desafios decorrentes da cooperação acadêmica.
Instituto Soka Amazônia participa do Global Big Day com ação dedicada à Reserva da Biosfera Amazônia Central
por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia
Na mesma semana em que se comemora o Dia das Árvores Migratórias (13 de maio) foi realizado o Global Big Day, jornada mundial de observação de aves. Em 24 horas, pessoas de todas as idades observaram e registraram aves que avistaram em suas cidades, contribuindo assim para ampliar o conhecimento sobre a variedade de espécies nas várias regiões do Planeta.
A iniciativa, criada em 2002 pela Universidade Cornell, incentiva a população a conhecer mais sobre a biodiversidade de sua localidade. Como prática de Ciência Cidadã as jornadas de observação estimulam o envolvimento e engajamento dos participantes na preservação da biodiversidade.
O Instituto Soka Amazônia, dentro da parceria com a Universidade do Estado do Amazonas, recebe jornadas de observação de aves organizadas pelo Vem Passarinhar Manaus na Reserva de Patrimônio Natural RPPN Dr. Daisaku Ikeda, que tornou-se pontos de observação de aves registrado na plataforma e-Bird.
Com participação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Soka Amazônia, Museu do Amazonas (MUSA), Instituto Mamirauá, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e grupo Vem Passarinhar Manaus, o Global big Day irá potencializar, neste ano, os registros de espécies da avifauna avistadas na Reserva da Biosfera da Amazônia Central, com apoio da UNESCO.
As aves visualizadas no dia serão registradas na plataforma e-Bird, contribuindo para ampliar conhecimento de espécies com incidência na Amazônia Central. Dados como esses são de relevância para estudos sobre comportamento de espécies, efeitos das mudanças climáticas e impacto da poluição sobre biodiversidade.
É o caso da andorinha azul (Progne subis) – ave migratória que se descola dos Estados Unidos e Canadá para a Amazônia – cuja pesquisa do biólogo Jonathan Maycol Branco, do Instituto de Biociência da USP, apontou diminuição da população em decorrência de contaminação por mercúrio na Amazônia. De acordo com o biólogo, o mercúrio detectado nas penas das aves afeta diretamente a capacidade da espécie de se deslocar em vôos em grandes distâncias. Para o especialista, é algo realmente preocupante em se tratando de aves migratórias pois elas necessitam ter grandes reservas de gordura, sua unica fonte de energia durante o processo migratório.
Reservas da Biosfera união para preservação
Otimizar a convivência homem-natureza é um dos focos das ações propostas para as Reservas da Biosfera, conceito criado pela Unesco na década de 1970.
Na prática é uma área designada que favoreça a descoberta de soluções para problemas como o desmatamento das florestas tropicais, desertificação, a poluição atmosférica, o efeito estufa e tantos outros. Atualmente, existem 738 Reservas da Biosfera classificadas em 134 países. O Brasil contempla sete: Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Serra do Espinhaço e Amazônia Central, criada em 2001.
O Instituto Soka Amazônia contribui significativamente para a Reserva da Biosfera Amazônia Central, com ações de apoio a pesquisas científicas, educação socioambiental e conservação da biodiversidade, promovendo a coexistência harmônica entre homem e natureza
Benefício às pessoas, biodiversidade e à Ciência
A prática de observação de aves traz diversos benefícios à saúde de seus praticantes; Ouvir a vocalização de pássaros, por exemplo, pode trazer ganhos para a saúde mental, diminuindo o estresse e ajudando em casos depressivos, como demonstrou pesquisa divulgada em 2022 pelo Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College Londres. Segundo o estudo os efeitos podem durar por até oito horas. Embora novas pesquisas devam distinguir esses efeitos considerando sons gravadas ou reais, outros estudos apontaram benefícios para a saúde integral por caminhadas e permanências em áreas verdes ou florestais. Para o experiente observador de aves da Amazônia, Pedro Nassar, as jornadas de observação de aves promovidas pelo Vem Passarinhar Manaus e o Global Big Day traduzem bem esses ganhos: ” são oportunidades excelentes par se integrar a grupos de pessoas apaixonadas pela natureza. É um estilo de vida saudável e de quebra a gente contribui para a ciência”. A bióloga e co-fundadora do Vem Passarinhar Manaus, Bruna Kathlen da Silva, considera gratificante práticas de Ciência Cidadã como essas: “É muito especial ver pessoas de todas idades admirar as aves e entender a importância delas e, principalmente, como podemos protegê-las e ao meio ambiente para continuarmos existindo”.
2023 foi marcado por emergências climáticas, entre as quais, a seca extrema que atingiu os principais rios amazônicos, resultando grandes prejuízos à biodiversidade e as comunidades ribeirinhas.
O Rio Negro esteve entre os mais atingidos pela seca, chegando a baixar 12 metro em seu nível. Algo histórico em mais de 121 anos!
Na região do Encontro das Águas, onde está localizado o Instituto Soka Amazônia, na cidade de Manaus, desde o início de janeiro, o nível das águas do Rio Negro vem subindo mudando completamente a paisagem.
Antes, durante e depois da seca do Rio Negro, no limite entre o Instituto Soka Amazônia e Praia das Lajes
No último dia 5 de fevereiro, o Rio Negro atingiu a marca de 21 metros e 42 centímetros, quase o dobro do nível mais baixo atingido.
Apesar da lenta recuperação os impactos dos fenômenos climáticos no ciclo hidrológico amazônico ainda são sentidos por vários municípios da região e boa parte deles ainda encontram-se em estado de emergência por conta da seca.
Em outubro de 2023, no auge da seca, o Instituto Soka Amazônia mobilizou empresas parceiras e realizaram uma ação emergencial solidária para levar água, alimentos e filtros de água para comunidades ribeirinhas no município de Iranduba, próximo ao Encontro das Águas.
Vida interligada por rios
A medida que sobe o nível dos rios, sobe também a esperança da população local.
A região Amazônica concentra a maior floresta tropical e uma das maiores bacias hidrográficas do mundo. Todo o ecossistema e a vida de quem vive por lá muda de acordo com as cheias e baixas dos rios.
A economia local depende do transporte fluvial, assim como o turismo que, literalmente, precisa das águas para fluir. Quando ocorre uma seca extrema, todos são afetados pois dependem dos rios para se locomoverem e receber alimentos e demais itens de primeira necessidade.
Alerta às mudanças climáticas
As chuvas que precipitaram em dezembro de 2023 e janeiro de 2024 contribuíram para a elevação nos níveis de umidade no solo em grande parte do Brasil, mas, principalmente, no sul da região Norte e em áreas da região central do País, de acordo com o boletim Painel El Niño 2023-2024, divulgado pela Agência Nacional das Águas.
Porém, o levantamento alerta de que a previsão climática para os meses de fevereiro, março e abril indica maior probabilidade de chuva abaixo do normal em parte da porção central e Norte do Brasil.
Embora as previsões indiquem condições mais úmidas do que o normal entre o centro e leste do país, em grande parte das demais regiões do país – incluindo região amazônica – a previsão indica o predomínio de condições mais secas do que o normal.
O dia 31 de janeiro é considerado, por Lei Federal, o Dia Nacional das Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN). A data foi instituída para valorizar o modelo de proteção ambiental em unidades de conservação privadas.
As RPPNs dão importante contribuição para o enfrentamento da atual crise climática, na avaliação de Flavio Ojidos, Mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável.
“Creio que por serem fruto de um ato voluntário e possuírem caráter perpetuo, as RPPNs são essenciais para o momento atual que exige ações concretas para a conservação e a restauração da natureza”, afirma.
Atualmente, as RPPNs , no Brasil, protegem mais de 800 mil hectares em todos os biomas brasileiros, segundo o especialista.
A região Norte, que contempla a floresta amazônica, concentra a menor quantidade de RPPNs em relação ao resto do país. No âmbito nacional, o bioma mais protegido por RPPNs é a Mata Atlântica, seguido pelo Cerrado e pela Caatinga.
Ojidos elogia a iniciativa do Dr. Daisaku Ikeda e da Soka Gakkai que, por meio da Brasil SGI, criou uma RPPN na Amazônia e em um lugar tão significativo na cidade de Manaus.
“O trabalho de conservação ambiental exercido na RPPN Dr. Daisaku IKeda, somado aos esforços do Instituto Soka Amazônia na área de educação ambiental, são determinantes para legar um futuro melhor para as próximas gerações e, ao mesmo tempo, forjá-las para os desafios climáticos que já se apresentam”, destaca.
O que torna a RPPN Dr. Daisaku Ikeda tão especial?
A Reserva recebeu do ICMBio, em 1996, a denominação de RPPN Daisaku Ikeda, em homenagem aos esforços do pacifista e fundador do Instituto Soka Amazônia em prol do meio ambiente.
Os 52 hectares de área protegida são um exemplo de restauração ambiental em área urbana na cidade de Manaus, fruto de um contínuo trabalho de conservação e recomposição florestal, iniciado há 30 anos atrás.
Na área da RPPN se encontra o Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, rodeado de outros três sítios com achados milenares.
Além de cerâmicas pré-coloniais foram encontrados na Reserva ruínas de uma olaria histórica e nichos de solo terra-preta-de-índio.
Alem da importância como sítio geológico, aRPPN está localizada em frente a uma paisagem icônica: o Encontro das Águas, dos Rios Negros e Solimões.
A RPPN abriga uma grande variedade de espécies da fauna e flora nativa da Amazônia.
O uso sustentável da Reserva é direcionado a atividades de preservação de espécies nativas, estudos e pesquisas científicas sobre a Amazônia e programas de educação ambiental.
O Instituto Soka Amazônia com essa iniciativa apoia o alcance dos OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:
ODS 4 – Educação de Qualidade;
ODS 14 – Vida na Água;
ODS 15 – Vida Terrestre
ODS 13 – Ação Contra Mudança Global do Clima
ODS 17 – Parcerias para Implementação
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No último dia 20 de janeiro, 24 estudantes do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) estiveram na Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda (RPPN), sede do Instituto Soka Amazônia, para participar de uma aula muito especial.
A visita, organizada pela professora de Geografia, Vilma Terezinha de Araujo Lima, teve intuito de apresentar aos futuros educadores uma vivência educativa dentro de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável.
A iniciativa antecedeu duas datas importantíssimas para alunos e educadores: o Dia Mundial da Educação (24/01) e o Dia Mundial da Educação Ambiental (26/01), instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Profesora Vilma Terezinha, da UEA, levam alunos para aula na RPPN Daisaku Ikeda e Sitio Ponta das Lajes. Foto: Dulce Moraes
De acordo professora Vilma, que pesquisa Unidades de Conservação há mais de 20 anos.a escolha da RPPN Daisaku Ikeda como local de trabalho permitiu aos alunos conhecer as práticas de educação ambiental adotadas no Instituto e que são voltadas para escolas e sociedade. “Para um educador ambiental, os espaços conservados representam um tesouro inestimável, uma vez que podemos compará-los com áreas não protegidas que necessitam de cuidado“, ressalta professora Vilma.
Estudantes da UEA participam de aula de campo na sede do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes
De acordo com a especialista, a RPPN Daisaku Ikeda, tem grande valor para a cidade de Manaus, principalmente porque a metrópole oferece poucas áreas verdes aos seus habitantes. “O trabalho de educação ambiental desenvolvido pelos funcionários, o atendimento às escolas e universidades são motivadores para as práticas de ensino; e, além disso, o local está estrategicamente localizado em frente ao Encontro das Águas, um ponto turístico icônico de Manaus, e vizinho a um sítio arqueológico Ponta das Lajes”, afirma.
Alunos da UEA conhecem detalhes da criação da RPPN Daisaku Ikeda em Auditório do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes
Para maioria dos alunos foi a primeira visita à unidade de Conservação em Manaus. Na RPPN Daisaku Ikeda, eles tiveram a oportunidade de percorrer o mesmo roteiro de aulas do programa Academia Ambiental praticado com estudantes da rede pública de ensino e absorver e discutir participativamente dos conhecimentos sobre a flora e fauna da Amazônia e sua inter-relação com a geologia, história, biologia, arqueologia, nutrição, geografia, linguagem, artes, entre outros.
A singularidade da natureza engloba humanos, fauna, flora e o meio físico-natural em toda a sua rica biodiversidade e geodiversidade. Depender dela é incontestável, tornando crucial que a tratemos com maior cuidado e responsabilidade.
Vilma Terezinha de Araújo Lima, Professora do Curso de Geografia/PPGED/UEA
Para Lara Figueiredo de Oliveira, Marcela Coutinho Mendonça, Silmara Mendonça dos Santos e Tiago Henrique Azevedo Rodrigues – alunos da disciplina Geografia na Educacão Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, que participaram de aula de campo na RPPN Daisaku Ikeda, em 2023, – a visualização de paisagens diversas permite refletir sobre a riqueza de conceitos que podem ser construídos na experiência individual de cada sujeito. “Essas experiências nos ajudam a ‘romper com as práticas tradicionais’ no ensino da Geografia nos dando autonomia para ler as paisagens e ressignificá-las”, concluem.
Estudantes da UEA em aula no Laboratorio do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes
Shelda Helena Batista Ferreira, aluna do 6º período de Pedagogia,comentou que conhecer o Instituto Soka a fez pensar em como trabalhar a educação ambiental com crianças e como despertar o interesse em atividades em prol da preservação do meio ambiente.
Um dos pontos da visitação mais marcantes para ela foi a trilha da Terra Preta de Índio (TPI), que a fez lembrar de sua irmã que participou de um curso sobre o tema: ela chegava em casa e falava sobre as experiências dela; também me lembrou o sítio do meu tio que ficava no meio do mato e que tinha trilhas assim”.
Estudantes da UEA em trilha educativa da Academia Ambiental do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes
Mathias Bernard Lira de Almeida, também aluno do 6° período de Pedagogia, descreve a experiência educativa na RPPN como um revigorante momento de contemplação. “A beleza do rio e ouvir os banzeiros que se chocam com as pedras me trouxe um importantíssimo momento de paz. Observar as paisagens, conhecer a história do local e conhecer os pedacinhos daquela vastidão de biodiversidade renovou as minhas forças e me inspirou para momentos futuros trabalhando como pedagogo”, ressaltou.
Trilhas Educativas da Academia Ambiental
O roteiro educativo desenvolvido para essa aula de campo iniciou-se com a contemplação de um exemplar de Sumaúma e do monumento dedicado à nascente do Rio Amazonas.
Estudantes da UEA em trilha educativa da Academia Ambiental do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes
Conduzidos pelas explicações do coordenador de Educação Ambiental, Jean Dinelli Leão, os alunos visitaram o Mirante – por onde puderam contemplar o Encontro das Águas e e saber mais sobre os rios – o Laboratório do Instituto – onde puderam conhecer o trabalho desenvolvido para preservação de árvores nativas amazônicas e a amostra do acervo arqueológico da região.
Estudantes da UEA em aula no Laboratorio do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes
Finalizaram a experiência percorrendo a trilha da Terra Preta e acessando parte do Sítio Arqueológico Ponta das Lages, hoje quase totalmente coberto pelas águas do Rio Negro, após meses de seca extrema.
Estudantes da UEA em Sitio Ponta das Lajes com Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes
O Instituto Soka Amazônia com essa iniciativa apoia o alcance dos OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:
ODS 4 – Educação de Qualidade;
ODS 14 – Vida na Água;
ODS 15 – Vida Terrestre;
ODS 17 – Parcerias para Implementação
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Devido a relevância do tema, reproduzimos na íntegra a Nota oficial do Instituto do Patrimônio Histório e Artístico Nacional (IPHAN) sobre o Sítio Arqueológico Ponta das Lajes, onde recentemente aflorou grande número de gravuras rupestres por conta da seca no Rio Negro. O Sítio Arqueológico Ponta das Lajes é vizinho ao Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda (veja o mapa ao final).
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informa que vem realizando fiscalizações regularmente na área do sítio arqueológico Ponta das Lajes, com apoio do Instituto Soka Amazônia, em Manaus (AM).
O Iphan procurou os órgãos competentes para evitar possíveis danos aos bens arqueológicos, especialmente a Polícia Federal, o Batalhão de Polícia Ambiental e a Secretaria Municipal de Segurança Pública. Esta, por sua vez, deverá realizar patrulhas de modo a impedir qualquer dano ao Patrimônio Cultural brasileiro.
Outras providências estão sendo organizadas em um Plano Emergencial devido à estiagem, incluindo a instalação de um grupo de trabalho para gestão compartilhada do sítio, envolvendo diversos órgãos.
Importante destacar que todos os bens arqueológicos pertencem à União, sendo que a legislação veda qualquer tipo de aproveitamento econômico de artefatos arqueológicos, assim como sua destruição e mutilação. Além disso, para realização de pesquisas de campo e escavações, é preciso o envio prévio de projeto arqueológico ao Iphan, que avaliará e, só então, editará portaria de autorização. Assim, qualquer pesquisa interventiva realizada sem autorização do Iphan é ilegal e passível de punição nos temos da lei.
Atualmente, está em execução um Plano de Ação cujo objetivo é pesquisar e cadastrar sítios arqueológicos no estado do Amazonas. Com isso, pretende-se produzir conhecimento sobre o Patrimônio Arqueológico da região amazônica, promovendo, ao mesmo tempo, ações educativas que, também, são uma forma de prevenir futuros prejuízos a esses bens.
Muitas são as percepções e sensações que se pode ter em caminhadas em unidades de conservação ou áreas florestais. Reconhecer os variados sons e aromas ou apenas observar diversas formas de vida na paisagem natural já trazem muita informação e saberes.
Mas o conhecimento proporcionado por essa experiência pode ser ampliado e trazer mais compreensão sobre a floresta e as relações ecológicas, com a técnica de interpretação ambiental, um método de aprendizagem utilizado em trilhas educativas ou interpretativas.
Quem visita ou participa dos programas educativos do Instituto Soka Amazônia já usufruem dessa experiência em trilha pela Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda (RPPN Daisaku Ikeda), localizado em frente ao Encontro das Águas.
Parte do aprendizado é obtido nas monitorias e atividades propostas ao longo desses caminhos. Outro recurso disponível, encontrado ao longo das trilhas, enriquece mais experiência: as placas interpretativas.
Nesses painéis estão sintetizados dados relevantes e, até surpreendentes, de cada trilha, como relevo, vegetação, temperatura, características do solo, informações sobre biodiversidade e até dados históricos.
O fato curioso sobre os painéis é que foram desenvolvidos a partir de outra enriquecedora experiência de aprendizado. Na verdade, eles são resultado de um projeto realizado por pesquisadores do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), com alunos de Ciências Biológicas, e pesquisadores e equipe do Instituto Soka Amazônia.
Jean Dalmo de Oliveira Marques, doutor em Ecologia e professor do IFAM e que orientou o trabalho, explica que as trilhas na Reserva já existiam e eram utilizadas por equipes de manutenção ou para simples visitações. Com a aplicação da interpretação ambiental a experiência do visitante foi aprimorada, dando-se acesso a informações essenciais para completar a aula ou o passeio.
“Demos um novo olhar para aquelas trilhas e, hoje, as placas interpretativas orientam os visitantes, inclusive sobre o nível de dificuldade, extensão da trilha, acessibilidade, tempo estimado de duração da caminhada”, conclui.
O projeto fez parte da cooperação técnica firmanda entre o IFAM e Instituto Soka Amazônia e resultou na publicação do Guia para instrumentalização de trilhas interpretativas numa perspectiva de ensino e aprendizagem, importante manual para interessados em Gestão Ambiental e Ecologia da Amazônia.
Jean Dalmo destaca a relevância do Instituto Soka para experiências como essa. Para ele, a RPPN Dr Daisaku Ikeda, uma unidade de conservação sustentável de 52 hectares, é mais que ideal para ser estudada e conhecida, sendo um bem sucedido exemplo de mata amazônica em plena recuperação.
O pesquisador destaca outros motivos para o local ser boa opção para estudos e pesquisas sobre o bioma amazônico. “A RPPN está localizada em um ponto estratégico e contem elementos preciosos, como a terra-preta-de-índio, falésia, formação litológica, ruínas históricas, às margens do Rio Negro e a vegetação nativa em franca recuperação”, comenta Jean Dalmo.
Com 21 anos de docência, Jean Dalmo relata que conheceu Instituto Soka em sua busca por ambientes propícios para completar o processo ensino-aprendizagem. A cada semestre, cerca de 40 novos alunos de graduação são convidados a visitar a área da reserva e verificar na prática o que aprendem em teoria na sala de aula. Além das aulas práticas, pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado se beneficiam desse ambiente natural para pesquisa.
Trilhas educativas do programa Academia Ambiental
Vestígios Históricos
Em uma das trilhas podem ser visualizados elementos históricos como as ruínas da antiga olaria, que existia no local até o início do século XX, e aprender mais sobre os achados arqueológicos encontrados em 2001 durante a construção das edificações do centro administrativo do Instituto. Nesse trajeto foram identificadas peças cerâmicas, como uma urna funerária e um alguidar (panela utilizada pelos índios da região amazônica).
Terra-Preta-de-Índio
Terra-preta-de-índio é um solo de coloração escura, rico em cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono. Sua composição proporciona grande fertilidade, atributo raro na região amazônica, onde os solos ácidos são desfavoráveis à agricultura.
Abelhas sem-ferrão
Nesse ponto da trilha é possível saber mais sobre as nativas abelhas-sem-ferrão em uma instalação de meliponário para fins didáticos e de pesquisa. São 52 gêneros e mais de 300 espécies identificadas com distribuição registrada para América do Sul, América Central, Ásia, Ilhas do Pacífico, Austrália, Nova Guiné e África.
Rainha da Floresta
A Samaúma ou Sumaúma (Ceiba pentranda) é uma das árvores gigantes da Amazônia. Sagrada entre os povos da antiguidade do continente, como os maias, seu nome remete à fibra que pode ser obtida a partir de seus frutos. Nas trilhas da RPPN Daisaku Ikeda é possível visualizar duas sumaúmas e que são destaque nas aulas práticas de educação ambiental. Um exemplar tem de 25 anos de vida e 30 metros de altura; a outra, chamada carinhosamente de sumaúma-bebê, tem 5 anos e 10 metros de altura..
Encontro das Águas
Do mirante do Instituto Soka se vê um dos principais pontos turísticos de Manaus, o Encontro das Águas. É ali que os rios Negro e Solimões se encontram dando origem ao rio Amazonas. Durante a trilha, os visitantes passam a conhecer as razões das águas não se misturarem e a relação desse fenômeno com os seres humanos. Nas explicações, são lembrados os principais fatores que provocam o fenômeno: velocidade dos rios, temperatura, formação geológica, partículas em suspensão.
Fonte:
Trilhas interpretativas em unidade de conservação: espaço pedagógico para o ensino de ecologia. Jean Dalmo de Oliveira Marques, Laís Cássia Monteiro de Souza Barreto, Elizalane Moura de Araújo Marques. DOI: https://doi.org/10.5335/rbecm.v4i2.11525
LIVRO : Guia para instrumentalização de trilhas interpretativas numa perspectiva de ensino e aprendizagem. Laís Cássia Monteiro de Souza Barreto, Jean Dalmo de Oliveira Marques, Rosa Oliveira Marins Azevedo, Jean Dinelly Leão, JomberChota Inuma, Tais TyotoTokusato .DOI: 10.24824/978854443435.2 Acesso ao Livro
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Quem visita a sede do Instituto Soka Amazônia é presenteado pela exuberante beleza da biodiversidade da Reserva de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda (RPPN Dr. Daisaku Ikeda).
Neste final de julho, é possivel avistar também uma grata presença na paisagem: a florada do ipê amarelo.
Considerada a flor oficial do Brasil, o ipê amarelo desabrocha em várias cidades brasileiras, podendo se assim chamada as árvores de diferentes gêneros (Handroanthus, Tabebuia e Tecoma) de uma mesma família botânica (Bignoniaceae).
Na Amazônia é comum a presença da espécie Tabebuia aurea que pode chegar a 12 e 20 metros. Sua florada ocorre, normalmente, entre julho e setembro, quando há menor incidência de chuva. Se o período chuvoso for curto, a florada se antecipa; se as chuvas se estenderem por mais tempo, a floração é retardada, como explica o professor Felipe Fajardo, doutor em botânica e docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Breve espetáculo em benefício da biodiversidade
O nome ipê é de origem tupi e significa “árvore cascuda”.
A beleza da flor é marcante pelo cor intensa, mas também efêmera, durando poucos dias. Seguindo o ciclo natural, após o período de floração, a árvore perde as folhas e frutifica. Neste momento as sementes “aladas” entram em ação e são carregadas pelo vento, especialmente no verão.
O curto tempo de florescimento é resultado de uma sabedoria natural da espécie. Para concretizar a sua propagação, a planta floresce rápido provocando a dispersão de sementes no período com menos chuvas. Ao fim do período da florada e frutificação, a planta encerra o ciclo e aguarda o período de chuvas, investindo em seu crescimento e manutenção.
O tom intenso de amarelo das flores atrai vários visitantes, como beija-flores, abelhas e outros polinizadores, essenciais na manutenção dos ecossistemas.
Alunos e professores ganham aula extra com a abordagem dos ODS e orientações sobre cuidados em unidades de conservação
Um dos pilares mais relevantes do Instituto Soka Amazônia é a Academia Ambiental, programa que trabalha a educação ambiental de forma experiencial para conscientizar as futuras gerações sobre a grandiosidade e imporância da floresta amazônica para o planeta.
Em 17 de julho, uma nova dinâmica teve início no programa com a aula prévia, ministrada pela equipe do Instituto Soka, na Escola Municipal Professor Álvaro Valle, na zona noroeste de Manaus.
Ao todo, 74 alunos e 4 educadores receberam orientações sobre cuidados ecológicos e de segurança necessários em visitas à universidades de conservação, como a RPPN Dr. Daisaku Ikeda.
De acordo com Jean Dinelli Leão, coordenador da Divisão de Educação Socioambiental do Instituto Soka, é um item importante no processo de aprendizagem, pois funciona como preparação e incentivo para as aulas ao ar livre que acontecem na RPPN Dr. Daisaku Ikeda. A nova dinâmica foi uma das sugestões apresentadas na reunião com os gestores de escolas municipais, realizadas em junho.
Para completar a participação na Academia Ambiental, professores e alunos participam da visitação à RPPN Dr Daisaku Ikeda, sede do Instituto Soka localizada em frente ao Encontro das Águas, onde experienciam conteúdos interativos, com atividades ao ar livre e como a caminhada nas trilhas educativas da Reserva.
Outra novidade no programa é a inclusão de material didático sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) produzido especialmente para o público infantil, pelos Estudios Maurício de Souza e a ONG Aldeias SOS. Nessa etapa, o primeiro objetivo a ser apresentado aos alunos é o ODS4 – Educação de Qualidade.
Valores e princípios da Carta da Terra também estão sendo incluídos na programaçao da Academia Ambiental.
Aprendendo os ODS com a Turma da Mônica
O almanaque Turma da Mônica em Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável é material didático de apoio para que professores e alunos trabalhem em sala de aula. Os exemplares incluídos no material pedagógico da Academia Ambiental foram doados pela empresa Teleperformance, parceira e apoiadora dos projetos do Instituto Soka Amazônia.
O ODS4 – Educação de Qualidade – é aplicado pelo Instituto Soka Amazôni com a Academia Ambiental, que oferece a estudantes de escolas públicas e particulares atividades dinâmicas de conscientização para a preservação da biodiversidade, da água, direitos humanos, englobando assim, os demais ODS.
O sucesso da Academia Ambiental só é possível com o apoio de empresas e instituições parceiras, como a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) e Ocas do Conhecimento Ambiental, além da participação de educadores e tutores voluntários.
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por Monica Kimura, em colaboração para o Instituto Soka Amazônia
O dia 12 de julho marca a oficialização da Reserva Particular de Patrimônio Natural, hoje denominada RPPN Dr. Daisaku Ikeda.
A Unidade de Conservação (UC), localizada em frente ao Encontro das Águas, em Manaus, chamou-se inicialmente Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Nazaré das Lajes, passando a receber o nome do fundador do Instituto Soka Amazônia, por uma homenagem do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Como destacou, à época, o então diretor de Criação e Manejo e Unidades de Conservação do ICMBio, Luiz Felipe Lima de Souza, o nome da RPPN é um reconhecimento aos tenazes esforços do pacifista em prol do meio ambiente.
“Quando Ikeda falou da relação entre cultura de paz e meio ambiente no ano de 1995, sendo realmente um visionário, teve a grandeza de criar uma reserva natural em um dos biomas mais importantes do globo”.
O Instituto Soka Amazônia, criado por Ikeda, realiza a gestão da RPPN e promove a visão de relação mais harmônica entre ser humano e meio ambiente, em programas de conservação da biodiversidade, apoio à pesquisa científica e educação socioambiental.
A importância da RPPN Dr. Daisaku Ikeda para ecologia da região
Quando foi criada a RPPN, no início da década de 1990, a área de 52 hectares era um terreno totalmente degradado onde havia ruínas de a antiga olaria e vegetação rasteira e de pequeno porte, num solo precário, como relembra o biólogo e doutor em Ciência do Sistema Terrestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Diego Oliveira Brandão.
“É surpreendente e singular conhecer as origens dessa RPPN, pois quem a visita hoje só enxerga uma densa e bela floresta regenerada que hoje compõe a Reserva”, conta.
Diego reitera sobre alguns pontos que tornam a RPPN Dr. Daisaku Ikeda ainda mais relevante dentro de um contexto macro. “A primeira é a presença na Amazônia, pois a Região Norte tem o menor número de RPPN do país, , conforme dados do ICMBio”, explicou.
Outro ponto é a sua localização em frente ao Encontro das Águas. Não somente pelo visual espetacular, mas pela biodiversidade que abriga. “Foi uma decisão inteligente e providencial do fundador do Instituto Soka quando, apesar da degradação aparente no momento da decisão, visualizou o potencial existente”, elucidou.
Hoje a cobertura vegetal da Reserva é de tal exuberância que dezenas de pesquisadores da vida natural já passaram por lá e relatam que é um ambiente propício para a realização de estudos científicos.
As RPPNs são Unidades de Conservação essenciais para a biodiversidade, porque servem de habitat para as espécies nativas conhecidas e ainda desconhecidas esperando para serem catalogadas. Toda RPPN é uma Unidade de Conservação privada de Uso Sustentável.
Diego explica que, embora as RPPNs representem ainda um número pouco expressivo (cerca de 1% de todo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, os outros 99% são outras formas de Unidades de Conservação de domínio público e alguns privados), sua relevância extrapola os números, “pois cada RPPN tem o objetivo de conservar a biodiversidade e sua existência garante a sobrevivência de muitas espécies, inclusive as ameaçadas de extinção”.
“Cada RPPN é um banco genético único. Funciona como uma provedora de alimentos e habitat às espécies nativas – fauna e flora silvestre – proporcionando serviços ecossistêmicos importantes, como frutos, polinização e proteção do solo”, explicou Diego.
Outro ponto levantado pelo biólogo é a relevância dessas UCs para o clima regional e global. O ciclo hidrológico de cada região Amazônica depende da reciclagem da água que a floresta executa. E atua também como estoque de carbono na superfície terrestre, como nas folhas, nos troncos, nas populações de fungos e raízes, por exemplo. “Em vez desse carbono estar solto na atmosfera como dióxido de carbono, que é um gás intensificador do efeito estufa que aquece o planeta”, completa Diego.
Apesar da relevante contribuição das RPPNs para a biodiversidade e o clima do planeta Terra, Diego faz um alerta: mesmo com todo poder de regeneração da natureza, estudos indicam que há um limite associado ao desmatamento e às mudanças climáticas globais.
“A combinação entre 25% de desmatamento e aquecimento global de 2,5°C pode mudar o clima da região permanentemente, com alta perda de biodiversidade.E estamos perto desse limite, pois o desmatamento está próximo de 20% e o aquecimento global já ultrapassou 1,15°C.”, disse com preocupação. Só para se ter uma ideia: de 2001 a 2018, a média de desmatamento foi de 17 mil km2 ao ano em toda Amazônia. “Para ficar claro uma comparação básica: a área do Distrito Federal é de 5,7 mil km2, portanto, foi desmatada anualmente mais de três vezes a área total do Distrito Federal”, finalizou o biólogo.
RPPNs m números
Infelizmente, embora abrigue a maior parte da maior floresta tropical biodiversa do planeta, a Região Norte brasileira é a que tem a menor quantidade de RPPNs. Por exemplo, o estado do Amazonas possui somente 14 reservas particulares atualmente.
Em todo território nacional há 1567 RPPNs que, juntas perfazem um total de 890 mil hectares. Os estados campeões são: Minas Gerais (350), Paraná (282) e Bahia (157); seguidos por Rio de Janeiro (152), São Paulo (99) e Santa Catarina (84). O bioma com mais unidades é a Mata Atlântica, seguido pelo Cerrado e pela Caatinga.
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