Guerreiras da Amazônia: homenagem a todas as mulheres

A floresta mais biodiversa do mundo tem o nome inspirado nas corajosas mulheres indígenas avistadas pelo espanhol Francisco Orellana no século XVI às margens do Rio Amazonas, em alusão às guerreiras da mitologia grega.

A homenagem não poderia ser mais justa para um território que também é uma “floresta de mulheres ” corajosas, que protegem, semeiam e cultivam vidas e empunham o arco e flecha de esperança e resiliência.

Neste Dia Internacional da Mulher, compartilhamos a visão e desafios de quatro mulheres amazônidas que representam e inspiram muitas outras no desejo de cuidar e proteger a vida.

Marcivana Sateré-Mawé

Ela foi a primeira mulher a liderar a coordenação dos Povos Indígenas de Manaus. Nascida no território tradicional do povo Sateré Mawé foi registrada como Marcivana Rodrigues Paiva. Mudou-se para Manaus ainda na infância, junto com sua família, em busca de condições melhores de educação e saúde.

“A história da minha família é a de muitas mulheres que saem de seus territórios em direção às grandes cidades para ter acesso aos serviços públicos e melhores oportunidades para os filhos. Todas precisam se munir de muita coragem para deixar seu território e ir para um lugar totalmente diferente e se reinventar”.

Sua mãe, dona Ana, foi sua grande inspiração como defensora dos direitos das mulheres e da preservação da tradição cultural dos povos indígenas.

“Eu sinto essa força em mulheres de todos as etnias. Elas protegem a vida de seus filhos, seus territórios e suas tradições. São mulheres com terçado na mão, nas roças, ou produzindo artesanato na cidade, sempre transmitindo sua cultura e tradição para as novas gerações. Lembro, na época da Covid, que muitas delas confeccionaram máscaras de tecido com símbolos de sua etnia”.

Para garantir a transmissão de seus saberes e tradições, elas também enfrentam muitos desafios.

“Há um sério desrespeito na atuação das mulheres por seus saberes ancestrais. Por exemplo, embora seja uma prática milenar, não há reconhecimento de uma mulher pajé e nem políticas públicas que garantam esse direito a elas.”

Crise climática, destruição da floresta e deslocamento forçado são dores sentidas especialmente pelas mulheres indígenas.

“Para nós, proteger o território é proteger o próprio corpo. Muitas vezes, as líderes da comunidade percebem o impacto das mudanças climáticas antes que os estudiosos. Uma parente me relatou que vinha percebendo folhas da maniva (planta cuja raiz é conhecida como mandioca ou macaxeira) queimar muito antes da seca ser declarada. Por ter uma relação de quase parentesco com a terra, elas percebem mais rapidamente os efeitos da crise climática.

Proteger a terra, e tudo que há nela, como missão ancestral.

Na cultura sateré-mawé aprendemos que no nukosen (o princípio de todo conhecimento, como uma espécie de paraíso) havia frutas bonitas, águas limpas e tudo era muito equilibrado porque era cuidado pelas mulheres. Essa também é a nossa própria origem do guaraná. Há uma relação de parentesco com a terra. O meio ambiente e o ser humano, ou melhor, os seres, não estão separados. Todos eles vivem em harmonia e todos eles dialoguem entre si".

Ter seus direitos e tradições respeitados é o desejo para todas as mulheres indígenas.

“O que está acontecendo no mundo, nos entristece, mas, continuaremos a existir. A transmissão do conhecimento ancestral não acaba, porque, para nós indígenas, mesmo após a morte, esse conhecimento continua a ser transmitido".

Márcia Verônica Ramos de Macêdo

Professora, acadêmica, escritora, mãe, avó e plantadora de árvores. Nascida em Guajará- Mirim, Rondônia, aos 10 anos mudou-se com a família para Rio Branco, no Acre, e seguiu o exemplo dos pais professores.

““Meu pai costumava dizer que meu marido era meu diploma. E de fato foi um caso de amor, pois sou professora desde os 18 anos. Tive como inspiração também outro Mestre, Daisaku Ikeda, que é o fundador do Instituto Soka Amazônia.”

Com doutorado e pos-doutorado, autora de livros sobre dialetologia regional, o léxico dos seringueiros e lendas da floresta, Márcia abraçou uma nova paixão ligada à Amazônia: plantar árvores.  Junto com seu pai, dirige uma ONG que planta cerca de 150 mudas de árvores frutíferas na cidade semanalmente. Orgulha-se de ser mãe do advogado e chef de cozinha, Carlos Vinícius, da advogada Ana Beatriz e da gastróloga Ana Ceila, além de ser a avó de Yasmin e Nathália.

“A força da mulher na Amazônia é marcada por uma conexão profunda com a terra e as tradições. Ela desempenha papéis fundamentais na preservação da cultura, das tradições e do meio ambiente, sendo líder de família e das suas comunidades. Frequentemente é a guardiã do saber tradicional, na medicina, nas práticas artesanais ou na transmissão da história, de geração em geração."

Gá muitas Amazônias e múltiplos, também, são os desafios nos caminhos das mulheres que lá vivem.

"O isolamento geográfico é um dos principais desafios, pois muitas comunidades estão localizadas em áreas remotas e de difícil acesso, dificultando a chegada de serviços básicos como saúde, educação e segurança."

A falta ou dificuldade de acesso à educação coloca a região Norte numa posição de alto índice de alfabetismo e baixa escolaridade e, consequentemente, com condição de vida menos privilegiada. A região Norte também exibe altos índices de violência doméstica. O Acre, em particular, tem o maio número de feminicídios na região.

"Apesar dos desafios, as mulheres amazônidas encontram forças nas suas raízes, na solidariedade entre as mulheres e na sua relação com a natureza. Elas também protagonizam a luta por direitos, por educação e por um futuro mais justo para suas famílias e comunidades. É uma mulher que se reinventa, se fortalece e se transforma, sendo pilar essencial para a resistência e a construção de um futuro mais sustentável e igualitário na região".

Em um território cultural e biodiverso, múltiplas também são as mulheres.

"A mulher amazônida é símbolo de coragem. Vemos na Amazônia essa força das mulheres indígenas, ribeirinhas, quilombolas, negras, rurais, urbanas e de outras diversas realidades. Desejo a todas que façam o seu sonho acontecer, que acreditem no seu potencial. "

Dona Raimunda Pereira Viana, do Catalão

Professora, mãe, líder comunitária, ribeirinha, vive na vila de casas flutuantes, a cidade sobre as águas

"“Passei por muitas situações difíceis. Perdi minha mãe quando eu tinha 4 anos. Meu pai tinha sete filhos e foi só luta. Mas sempre com fé a gente foi vivendo e vencendo. Hoje, com 63 anos, não me troco por duas novinhas de 20. Tenho tido a graça da saúde, da força e da coragem."

Nascida próximo a uma aldeia indígena na região do Alto Juruá e Rio Xeruã, Raimunda Pereira Viana, é conhecida como dona Rai do Catalão, mas, poderia ser chamada de Coragem ou Resiliência, pois, como disse, nunca perde a esperança. 

“A força da mulher da Amazônia, para mim, é inexplicável. A gente tira de onde não tem e sempre consegue resolver as situações. E são muitos os desafios. Somos sujeitas a abusos, preconceitos e perigos constantes”.

Uma vida entre e sobre os rios.

“Faz um tempo que vim morar no Lago Catalão. Vim descendo, descendo, o rio Juruá, Xeruã, Solimões e estou agora aqui próximo ao Encontro das Águas onde se encontram o Rio Negro e Solimões. Vivo no Catalão, uma comunidade flutuante, conhecida como cidade sobre as águas."

Professora certificada, Dona Raimunda é líder comunitária há mais de 20 anos. Su marca é habilidade de reunir pessoas para ajudar.

“Ser mulher na Amazônia é isso: acordar muito cedo e ir pra labuta, pegar o seu transporte e ir pro rio pra fazer o que precisa ser feito”.

Dinâmica e inquieta, Dona Raimunda responde a nossa pergunta enquanto dirige um barco:

“Tenho orgulho de ser amazonense e usufruir dessa natureza, do nosso verde. Estou atravessando agora o rio, dirigindo o barco com outro barco atrás".

Aprendendo com o ritmo constante das águas.

“Moramos sobre as águas, em casas flutuantes. Todos os dias estamos como se estivéssemos em um barco, flutuando. Agora estou do outro lado do rio.

Ressurgir sempre, como águias.

“Às vezes quero pendurar a chuteira devido as dificuldades e falta de apoio. Mas meus sonhos nunca cessa, cada vez tenho mais sonhos. Sem sonhos a mulher da Amazônia não tem vida. Somos como águias, quando estamos muito cansadas, paramos, pensamos e somos renovadas."

Eliane Rocha

Paraense, nascida na cidade de Óbidos, chegou a Manaus na infância. Na grande cidade formou-se, tornou-se mãe de três filhos e avó de quatro netos. Construiu uma carreira de 27 anos na área de Recursos Humanos e orgulha-se por atuar em uma empresa que oferece oportunidades de crescimento profissional para jovens mães

“A força da mulher na Amazônia está na sua resiliência e na sua capacidade de transformar desafios em oportunidades. Muitas são mães solo, que assumem sozinhas a responsabilidade de criar seus filhos, trabalhando incansavelmente para garantir um futuro melhor."

Desde o início de sua instalação no bairro da Compensa, na zona Leste de Manaus, a indústria Gaia Eco, identificou a difícil realidade presente em muitas periferias das cidades brasileiras: um grande número de jovens mães, solteiras, desempregadas e que se responsabilizam sozinhas pelo sustento e criação dos filhos.

“As mulheres da Amazônia mostram todos os dias sua capacidade de superar obstáculos, reinventar-se e seguir em frente com determinação. Muitas enfrentam a dificuldade de equilibrar trabalho e maternidade e ter acesso a oportunidades de crescimento profissional. A falta de uma rede de apoio torna a realidade econômica e a jornada diária dessas mulheres ainda mais desafiadora."

Para apoiar essas mulheres, a indústria Gaia  adotou como política de RH, a contratação de jovens mães.

“Que este dia seja um lembrete de que cada mulher tem dentro de si uma força imensa. Para todas as mães, trabalhadoras e guerreiras que fazem a diferença em suas famílias e comunidades, desejo que acreditem no seu potencial e saibam que não estão sozinhas. Juntas, seguimos construindo um futuro melhor!"

Participe efetivamente da proteção da Amazônia

Com seu apoio, o Instituto Soka Amazônia alcança milhares de vidas, ampliando a consciência para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade amazônica.

Tecnologia Verde: Instituto Soka recebe pesquisadores do Japão para consolidação de novo curso

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Instituto Soka Amazônia recebeu, nesta quarta-feira (12), comitiva de professores da Universidade Soka Japão com o intuito de avançar nas tratativas de novo projeto: a criação do curso de graduação Tecnologia Verde, a ser ofertado pela universidade japonesa a partir de 2026.  

Participaram do encontro os professores Shinjiro Sato, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Soka (Japão)Shinichi Akizuki, do Centro de Pesquisas de Engenharia Plâncton da universidade, e a vice-chefe de divisão de Assuntos Internacionais, Sra. Yuka Ueda.  

Para o  novo curso de graduação está prevista a oferta de treinamento de curta duração na Amazônia, com o apoio do Instituto Soka. A iniciativa foi anunciada pelo reitor da Universidade japonesa em visita recente ao Brasil.  

Professor Sato, que ministrou aulas de Ciências do Solo para alunos do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) nas cidades de Manaus/AM e Presidente Figueiredo/AM nas duas edições do Workshop de Ciências Práticas e Educação Ambiental, explicou a importância dessa experiência e vivência da realidade da Amazônia para a formação dos alunos.  

Para o Pesquisador, o quadro de emergências climática global exige que se caminhe para construção de sociedades carbono neutras adotando-se principalmente eficiência energética e tecnologia sustentáveis  

“O curso Green Technology está sendo desenvolvido de maneira multidisciplinar para dar respostas a isso e estamos com grandes expectativas para essa parceria na realização”.    
PhD. Shinjiro Sato
professor de Ciências do Solo da Faculdade de Ciências e Engenharia da Universidade Soka - Japão

A vice-chefe de divisão de Assuntos Internacionais da Universidade Soka,  Yuka Ueda, expressou sua emoção em conhecer o Instituto Soka Amazônia, diante do espetacular Encontro das Águas.

“Creio que os alunos se sentirão revigorados e emocionados também de conhecer, do outro lado do mundo, o Instituto criado pelo senhor Ikeda, fundador da Universidade, e se sentirão inspirados e gratificados perante esses dois rios que formam o Rio Amazonas”.
Yuka Ueda
vice-chefe de divisão de Assuntos Internacionais da Universidade Soka -Japão

O curso contemplará como eixos de conhecimento: mudanças climáticas, processos de tecnologia de informação, reciclagem, segurança alimentar, inovações tecnológicas, negócios ambientais e cooperação técnica internacional. 

O Instituto Soka Amazônia tem como missão  contribuir para integridade ecológica da Amazônia por meio da convivência harmônica entre ser humano e natureza. 

No campo da Ciência firmou  Acordos  de Cooperação Técnica com universidades da região amazônica – Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Rondonia (UNIR), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) UEA, IFAM, UNIR e INPA – e instituições internacionais da rede Soka de ensino, como Soka University of America e Soka University (Japão).

Voz da juventude frente aos desafios da humanidade

Entre os dias 18 e 20 de outubro, mais de cem jovens, universitários e pesquisadores da organização Brasil SGI, de diversas regiões do país, estiveram em Manaus para conhecer mais sobre a Amazônia e projetos do Instituto Soka e discutir soluções sobre os grandes desafios enfrentados pela humanidade, como as mudanças climáticas.

Intitulado Juventude Soka, o grupo reúne jovens associados à Brasil SGI, organização não-governamental filiada à Soka Gakkai Internacional que está presente em mais de 192 países com ações em prol da paz, cultura e educação baseada nos princípios filosóficos humanistas do budismo. 

Durante a visita à Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Daisaku Ikeda, os participantes conheceram as instalações e projetos do Instituto Soka com enfoque na proteção da biodiversidade e educação ambientall, percorrendo  laboratório de sementes, viveiro de espécies amazônicas, mirante para o Encontro das Águas e as trilhas ecológicas do Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda.

 

Juventude brasileira e COP 30

Em 2030 – ano limite para as metas climáticas e alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU) – os jovens que hoje tem idade entre 18 a 34 anos exercerão papeis relevantes no mercado de trabalho e sociedade.  Parte dessa geração iniciou a fase adulta em plena Pandemia Covid 19.

 

BRASIL: 57, 9 milhões de brasileiros (29% da população) tem entre 16 a 34 anos. Apenas 26% dos jovens entre 18 e 24 anos cursam Ensino Superior.

 

A participação juvenil nos fóruns mundiais ganha relevância, como no Youth20 (Y20), o fórum de engajamento jovem do G20 que, em julho deste ano, se reuniu em Belém/PA, contando coma participação de representantes do JUVENTUDE SOKA.

Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka, destacou a importância de ouvir a voz dessa a nova geração que busca de soluções para os graves problemas que a sociedade e o Planeta enfrentam. 

Anseios e soluções

Reunir jovens que vivem diferentes realidades para promover troca de experiencias e diálogos foi um dos objetivos do evento. Todos foram convidados a, em grupos, discutir desafios e soluções para problemas ambientais e sociais e relacioná-los aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Para o advogado Fernando Mendonça, um dos organizadores do evento, a iniciativa  conseguiu aproximar esses jovens estudantes e pesquisadores à realidade da Amazônia e ao legado ambiental do fundador do Instituto Soka, Dr. Daisaku Ikeda. “Foi um momento para resgate de esperança e inspiração para eles que são engajados com as temáticas ambientais, sociais e de direitos humanos”, afirmou Mendonça. 

 

O coordenador da Divisão de Proteção da Natureza do Instituto Soka Amazônia, Rodrigo Izumi, apresentou os quatro passos para a conscientização ambiental –  aprender, refletir, empoderar, agir e liderar – aplicado ao Projete Sementes da Vida do Instituto que associa um plantio de árvore a cada criança nascida na maior maternidade pública da cidade de Manaus.  

O professor Valmir Oliveira, pró-reitor de Extensão da Universidade Federal do Amazonas, foi um dos palestrantes convidados do evento. Respondendo aos questionamentos dos participantes sobre negacionismo climático e desigualdades sociais, ele enfatizou a importância de mudanças de comportamentos e valores e do necessário combate a cultura “narcisista” que impera na Modernidade e que coloca em xeque a possibilidade de cooperação.

“Eu acredito que a solução está sempre na mudança de comportamento e diante de valores assentados na construção de um Planeta vivo, com lideranças com espírito público, ambiental e socialmente aceitos. Com esses elementos vamos alcançar um planeta mais equilibrado. Eu espero que seja com a geração de vocês”, afirmou Oliveira.

Diálogo internacional

O evento contou ainda com a participação virtual da diretora executiva da Carta da Terra Internacional, Mirian Vilela, e da professora da Universidade de Nova York e especialista em Educação Internacional, a PhD Namrata Sharma, que dialogaram com os jovens por videoconferência.

Doutora Mirian Vilela solicitou aos estudantes que tivesse a esperança e visão de futuro e não desacreditar que é possível reverter a situação atual. Segundo ela, a mudança global precisa da energia, potencial, criatividade dos jovens e do modo de trabalhar de maneira colaborativa para o vem comum. Finalizou destacando que a Carta da Terra, para o Brasil. é um convite para ampliar a consciência planetária e a visão de ética do cuidado.

 

Depoimentos

“Achei muito bacana como no Instituto se utiliza os elementos e recursos naturais locais para trabalhar a educação ambiental. Isso me inspirou a levar isso como modelo para as práticas na minha localidade”.
Aline Hitomi
professora de educação infantil e Mestranda de Educação Ambiental na UNESP, Santa Barbara D’Oeste/SP
"Aprendi nesse encontro a importância do diálogo com todos. Saí da Selva Amazônica para a Selva de Pedra. Meu sentimento é que Independente do lugar onde estivermos podemos abraçar essas sementes de esperança e a educação socioambiental e mostrar que podemos salvar a humanidade”
Everton Sampaio

advogado e professor universitário, nasceu de Santarém/PA e mora em São Paulo

“Vim da região do Capão Redondo em São Paulo. Foi lindo conhecer o Instituto e o inspirador o programa educacional que realizam. Emocionante saber, por exemplo, que há pesquisas sobre as castanheiras e o Mal de Alzheimer. Ver esse futuro construído aqui com as crianças é muito lindo.”
Bárbara de Paula
jornalista, São Paulo/SP

Mais que doar, participe efetivamente da proteção da Amazônia

Com seu apoio as ações e programas do Instituto Soka Amazônia alcançam milhares de vidas, ampliando a consciência para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade amazônica.

LGPD e ESG: Digitalização como caminho para a sustentabilidade.

Nesta palestra, você saberá tudo sobre como a digitalização quando realizada de maneira responsável e garantindo a privacidade das pessoas envolvidas, pode ser uma forma de reduzir o desmatamento da região.

A palestra será proferida pelo Dr. Oscar K. N. Asakura, especialista em LGPD e digitalização. Ele é empresário na área de inteligência de dados, com foco de atuação nas 1500 Maiores e Melhores Empresas listadas pelo Jornal Estado de São Paulo e atende, além das multinacionais que atuam no Brasil, empresas públicas. É engenheiro formado pela escola politécnica da USP, com mestrado e doutorado nas áreas de Gestão de Dados e Vida Artificial. Iniciou sua carreira atuando como Analista de Sistemas, onde se interessou pelo poder que os Dados exerciam e exercem nas organizações, projetando, desenvolvendo e implementando diversos sistemas.

Data: 27/07/22 (Quarta-Feira)
Horário: 11h:00 (10:00 de Manaus)

Para partipar do evento, confirme sua presença no link abaixo. É Online, gratuito e aberto ao público

Online: link para inscrição para assistir online – clicar aqui

Conheça o programa Ambição 2030

Traçar metas não é suficiente: é preciso planejar, realizar, acompanhar

Ambição é uma palavra definida pelo dicionário da seguinte forma: “Desejo de atingir um objetivo específico; anseio, aspiração, determinação, pretensão.” É fato que quando se trata de meio-ambiente e de desafios para preservá-lo é difícil alcançar algo sem meta ou ambição. 

Com o foco voltado para o cumprimento desses objetivos, este ano foi lançado o programa “Ambição 2030” pela Rede Brasil do Pacto Global, que é um braço da Organização das Nações Unidas envolvendo o setor empresarial.

O Ambição 2030 trabalha com sete segmentos, que estão conectados aos principais desafios enfrentados atualmente no Brasil. São questões que estão interligadas entre si, mas, com possibilidades de serem superadas, se houver um esforço conjunto, ao qual o Instituto Soka Amazônia está inserido. O Instituto, aliás, é o hub desse movimento no Amazonas

O programa estabelece metas e prazos que estão interligadas aos ODS’s (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Cada segmento tem metas a serem colocadas em prática e sua realização é acompanhada de perto.

Este são os segmentos do Ambição 2030:

  • Elas Lideram 2030
  • + Água
  • Salário Digno
  • Raça é prioridade
  • Ambição Net Zero
  • Transparência 100%
  • Mente em Foco

Vale a pena conhecer um pouco esses segmentos:

Elas Lideram 2030

Segundo o IBGE, 51,7% da população brasileira é composta de mulheres. Mas esse dado não se reflete no mundo corporativo, especialmente quando falamos de cargos de liderança nas empresas. Por isso, dentro da ODS 5, o Ambição 2030 propõe como meta para as empresas que aderem ao programa ter até 2025 30% das mulheres ocupando cargos de liderança e 50% até 2030.

+ Água 

Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água potável e mais de 100 milhões não têm acesso a saneamento básico, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Regional. O movimento + Água está interligado à ODS 6, e entre suas metas propõe que até 2030 seja feita a conservação e reflorestamento de 50% de áreas críticas que auxiliam na produção natural de água.

Ambição Net Zero

Esse segmento traz propostas dentro da ODS 13, e está relacionado ao trabalho coletivo e local que consiga reduzir emissões de gases de efeito estufa. A meta traz a proposta de redução de 2 giga toneladas de CO2 e em emissões acumuladas.

Salário Digno

Atualmente, ¼ da população brasileira está abaixo da linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 450 por mês. A transformação desse quadro está na ODS 8. O Ambição 2030 traz como proposta estabelecer 100% de salário digno para funcionários, incluindo operações, contratados, e/ou terceirizados, e promover e engajar toda a cadeia de suprimentos para desenvolver metas de salário digno.

Raça é prioridade

O racismo histórico é traduzido de forma prática em diversos campos sociais. Dentro das corporações brasileiras, apenas 4,7% dos cargos de alta liderança são ocupados por negros. Com o propósito de reverter esse quadro, baseado na ODS 10, o movimento Raça é Prioridade estabelece como meta ter 30% de pessoas negras, indígenas, quilombolas e demais grupos étnicos minoritários em posição de liderança até 2025; e 50% até 2030.

Transparência 100%

Quando se fala em erradicar a corrupção, é comum imaginar que as ações para tornar isso possível sejam exclusivas do Poder Público, quando na verdade, a solução está no esforço conjunto, que também passa pelas empresas. O Ambição 2030 traz algumas metas, entre elas: 100% de transparência das interações com a Administração Pública; 100% de transparência da estrutura de Compliance e Governança; 100% transparência sobre os canais de denúncias.

Mente em Foco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o Brasil como o país mais ansioso do mundo. Parte considerável desse problema está relacionado ao trabalho. Ainda segundo a OMS, o Brasil está em segundo lugar quando o assunto é síndrome de Burnout, que é uma doença ocupacional. As metas propostas pelo Ambição 2030 para reduzir isso incluem profissionais de referência para aconselhamento e atendimento; oferta de orientação e manejo de crises, criação de um programa ante estigma, promoção de debates abertos e intervenções em grupo com assuntos que busquem reduzir o estigma relacionado ao sofrimento psíquico, inserindo-o como pauta permanente nas organizações.

Conheça o programa Ambição 2030

Traçar metas não é suficiente: é preciso planejar, realizar, acompanhar

Ambição é uma palavra definida pelo dicionário da seguinte forma: “Desejo de atingir um objetivo específico; anseio, aspiração, determinação, pretensão.” É fato que quando se trata de meio-ambiente e de desafios para preservá-lo é difícil alcançar algo sem meta ou ambição. 

Com o foco voltado para o cumprimento desses objetivos, este ano foi lançado o programa “Ambição 2030” pela Rede Brasil do Pacto Global, que é um braço da Organização das Nações Unidas envolvendo o setor empresarial.

O Ambição 2030 trabalha com sete segmentos, que estão conectados aos principais desafios enfrentados atualmente no Brasil. São questões que estão interligadas entre si, mas, com possibilidades de serem superadas, se houver um esforço conjunto, ao qual o Instituto Soka Amazônia está inserido. O Instituto, aliás, é o hub desse movimento no Amazonas

O programa estabelece metas e prazos que estão interligadas aos ODS’s (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Cada segmento tem metas a serem colocadas em prática e sua realização é acompanhada de perto.

Este são os segmentos do Ambição 2030:

  • Elas Lideram 2030
  • + Água
  • Salário Digno
  • Raça é prioridade
  • Ambição Net Zero
  • Transparência 100%
  • Mente em Foco

Vale a pena conhecer um pouco esses segmentos:

Elas Lideram 2030

Segundo o IBGE, 51,7% da população brasileira é composta de mulheres. Mas esse dado não se reflete no mundo corporativo, especialmente quando falamos de cargos de liderança nas empresas. Por isso, dentro da ODS 5, o Ambição 2030 propõe como meta para as empresas que aderem ao programa ter até 2025 30% das mulheres ocupando cargos de liderança e 50% até 2030.

+ Água 

Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água potável e mais de 100 milhões não têm acesso a saneamento básico, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Regional. O movimento + Água está interligado à ODS 6, e entre suas metas propõe que até 2030 seja feita a conservação e reflorestamento de 50% de áreas críticas que auxiliam na produção natural de água.

Ambição Net Zero

Esse segmento traz propostas dentro da ODS 13, e está relacionado ao trabalho coletivo e local que consiga reduzir emissões de gases de efeito estufa. A meta traz a proposta de redução de 2 giga toneladas de CO2 e em emissões acumuladas.

Salário Digno

Atualmente, ¼ da população brasileira está abaixo da linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 450 por mês. A transformação desse quadro está na ODS 8. O Ambição 2030 traz como proposta estabelecer 100% de salário digno para funcionários, incluindo operações, contratados, e/ou terceirizados, e promover e engajar toda a cadeia de suprimentos para desenvolver metas de salário digno.

Raça é prioridade

O racismo histórico é traduzido de forma prática em diversos campos sociais. Dentro das corporações brasileiras, apenas 4,7% dos cargos de alta liderança são ocupados por negros. Com o propósito de reverter esse quadro, baseado na ODS 10, o movimento Raça é Prioridade estabelece como meta ter 30% de pessoas negras, indígenas, quilombolas e demais grupos étnicos minoritários em posição de liderança até 2025; e 50% até 2030.

Transparência 100%

Quando se fala em erradicar a corrupção, é comum imaginar que as ações para tornar isso possível sejam exclusivas do Poder Público, quando na verdade, a solução está no esforço conjunto, que também passa pelas empresas. O Ambição 2030 traz algumas metas, entre elas: 100% de transparência das interações com a Administração Pública; 100% de transparência da estrutura de Compliance e Governança; 100% transparência sobre os canais de denúncias.

Mente em Foco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o Brasil como o país mais ansioso do mundo. Parte considerável desse problema está relacionado ao trabalho. Ainda segundo a OMS, o Brasil está em segundo lugar quando o assunto é síndrome de Burnout, que é uma doença ocupacional. As metas propostas pelo Ambição 2030 para reduzir isso incluem profissionais de referência para aconselhamento e atendimento; oferta de orientação e manejo de crises, criação de um programa ante estigma, promoção de debates abertos e intervenções em grupo com assuntos que busquem reduzir o estigma relacionado ao sofrimento psíquico, inserindo-o como pauta permanente nas organizações.

Jovens empoderados com os ODS

ODS
Entrevista com Daniel Calarco

O jovem Daniel Calarco, 24, advogado e ativista de direitos humanos compartilha com o Instituto Soka Amazônia seu trabalho na disseminação dos ODS como presidente do Observatório Internacional da Juventude e embaixador da Geração 17, coordenado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e a Samsung Global.

Daniel fala sobre a importância de empoderar os jovens e como podemos colocar em prática a agenda dos ODSs rumo a 2030.

Confira a entrevista do Daniel para a Academia Ambiental Virtual do Instituto Soka Amazônia

Entrevista Daniel Calarco

Empresa do futuro não pode estar isolada entre quatro paredes

Visão de Claudio Antonio Barrella, diretor da Tutiplast ao expor o programa aos colaboradores da empresa

Adriana Costa é mãe do jovem aprendiz Thiago Tavares da Costa, que se diz orgulhoso em trabalhar na Tutiplast. Na sala de chat da live no YouTube[i] do evento de abertura do projeto Meio Ambiente & Sustentabilidade, da empresa com o Instituto Soka Amazônia, Adriana registrou:

“Ótima iniciativa da empresa em querer preservar o meio ambiente e sustentabilidade por meio de boas práticas do dia a dia. Enquanto o Thiago está trabalhando, estou conhecendo um pouco mais a empresa  que ele tem orgulho de trabalhar. Live de suma importância para preservação”.

Os gestores da empresa visitaram a sede do Instituto Soka Amazônia, no lançamento do programa, previsto para se estender por 6 meses (quadro abaixo).

Cronograma do Projeto Tutiplast – Instituto Soka Amazônia

O principal objetivo desse primeiro momento do projeto foi apresentar aos gestores, o Instituto Soka e suas ações, e o cronograma do projeto. Contemplados nele há a apresentação da Carta da Terra[ii] por ser o documento norteador de todas as ações programadas; o início da Campanha de Redução do Consumo de Água e de Energia por parte da empresa; com base nos 17 ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), a reutilização de bens inservíveis e coleta seletiva; plantio de mudas e semeadura no entorno da fábrica; e plantio de mudas em igarapé. Todas as ações são orientadas e monitoradas pelo Instituto, visando contribuir com a sustentabilidade do planeta.

Todo o projeto foi pensado para promover a conscientização dos colaboradores da Tutiplast sobre a importância de agir localmente pensando no bem global. A previsão é que esse conjunto de ações coordenadas se prolonguem por anos, não se findando com as atividades listadas nessa primeira fase.

Cláudio Antônio Barrella (foto) diretor presidente da Tutiplast citou a ideia que vem norteando as empresas mais progressistas há poucos anos: “a empresa do futuro tem que estar junto com a sociedade, não pode mais estar isolada, desvinculada, entre quatro paredes”. Barrella enfatizou sobre a necessidade de envolvimento das empresas nas questões relacionadas ao meio ambiente e a Amazônia – patrimônio natural da humanidade – é um bem que precisa ser protegido por todos e, para tanto, é fundamental promover a conscientização.

Já Mariana Reis Barrella, diretora da empresa, ressaltou sua constante preocupação em realizar ações efetivas que minimizem o impacto que sua empresa causa. “Finalmente encontramos o começo de um longo processo de aprendizado que certamente causará uma mudança significativa de comportamento”, declarou ela sobre seu sentimento quanto à parceria com o ISA. Para tanto ela conta com o contingente de mil colaboradores, suas famílias e seus grupos sociais para iniciar essa transformação na base da sociedade.

Semeadura

Semear uma árvore é um gesto simbólico de grande significado. Na última semana de agosto, – em 5 turnos –, todos os mil colaboradores da Tutiplast participaram da semeadura de mil novas árvores de Chuva de Ouro (denominação científica: acácia fistula) na própria fábrica. Após assistirem um vídeo sobre a Carta da Terra preparado pela equipe do Instituto, cada participante plantou uma semente. Estas foram colhidas pela equipe do ISA na cidade de Manaus, como parte de um dos projetos permanentes do Instituto. A Chuva de Ouro é uma árvore bastante comum na cidade e a previsão é de que em cerca de 6 a 7 meses será iniciado o plantio dessas mudas em escolas, creches, e demais locais públicos do município.

Houve ainda o anúncio de uma competição salutar entre os colaboradores: quem mais divulgar os eventos em suas mídias sociais receberá brindes. Outro anúncio que causou grande interesse entre os participantes: há algum tempo, como parte das ações de RH, foi colocada em votação “o local de Manaus que eu gostaria de conhecer”. O lugar vencedor foi o Instituto Soka Amazônia.

“Somos a primeira empresa local, 100% nacional a tomar uma iniciativa dessa natureza. É, portanto, uma responsabilidade muito grande (…) é preciso repensar o modelo de desenvolvimento atual para que possamos legar ao futuro um planeta viável (…) por meio de ações sustentáveis”, finalizou Maria Alice.

Tutiplast

Fundada em 1993, a empresa iniciou suas atividades com apenas 3 máquinas injetoras e 3 funcionários, num galpão de 150m2. Atualmente possui um parque fabril de 5,5 mil m2 e 83 máquinas e cerca de mil colaboradores em 3 turnos diários. Detém certificações importantes como a ISO 9001, ISO 14001 e a IATF 16949.

Tem como missão: “Gerar resultados sustentáveis utilizando tecnologias modernas na gestão, na fabricação de peças plásticas e prestação de serviços, aliando qualidade custo e flexibilidade sendo uma extensão de nossos clientes”.

Recentemente anunciou a fabricação de uma caixa d’água verde – em contraponto com as tradicionais azuis – cuja meta é plantar uma árvore a cada item vendido em parceria com o Instituto Soka (custeando todos os insumos e serviços advindos dessa ação).


[i] Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=YRgjZKljEWM

[ii] Carta da Terra é uma importante declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação. O documento é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e valores compartilhados. O projeto começou como uma iniciativa das Nações Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil.

Empresa do futuro não pode estar isolada entre quatro paredes

Visão de Claudio Antonio Barrella, diretor da Tutiplast ao expor o programa aos colaboradores da empresa

Adriana Costa é mãe do jovem aprendiz Thiago Tavares da Costa, que se diz orgulhoso em trabalhar na Tutiplast. Na sala de chat da live no YouTube[i] do evento de abertura do projeto Meio Ambiente & Sustentabilidade, da empresa com o Instituto Soka Amazônia, Adriana registrou:

“Ótima iniciativa da empresa em querer preservar o meio ambiente e sustentabilidade por meio de boas práticas do dia a dia. Enquanto o Thiago está trabalhando, estou conhecendo um pouco mais a empresa  que ele tem orgulho de trabalhar. Live de suma importância para preservação”.

Os gestores da empresa visitaram a sede do Instituto Soka Amazônia, no lançamento do programa, previsto para se estender por 6 meses (quadro abaixo).

Cronograma do Projeto Tutiplast – Instituto Soka Amazônia

O principal objetivo desse primeiro momento do projeto foi apresentar aos gestores, o Instituto Soka e suas ações, e o cronograma do projeto. Contemplados nele há a apresentação da Carta da Terra[ii] por ser o documento norteador de todas as ações programadas; o início da Campanha de Redução do Consumo de Água e de Energia por parte da empresa; com base nos 17 ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), a reutilização de bens inservíveis e coleta seletiva; plantio de mudas e semeadura no entorno da fábrica; e plantio de mudas em igarapé. Todas as ações são orientadas e monitoradas pelo Instituto, visando contribuir com a sustentabilidade do planeta.

Todo o projeto foi pensado para promover a conscientização dos colaboradores da Tutiplast sobre a importância de agir localmente pensando no bem global. A previsão é que esse conjunto de ações coordenadas se prolonguem por anos, não se findando com as atividades listadas nessa primeira fase.

Cláudio Antônio Barrella (foto) diretor presidente da Tutiplast citou a ideia que vem norteando as empresas mais progressistas há poucos anos: “a empresa do futuro tem que estar junto com a sociedade, não pode mais estar isolada, desvinculada, entre quatro paredes”. Barrella enfatizou sobre a necessidade de envolvimento das empresas nas questões relacionadas ao meio ambiente e a Amazônia – patrimônio natural da humanidade – é um bem que precisa ser protegido por todos e, para tanto, é fundamental promover a conscientização.

Já Mariana Reis Barrella, diretora da empresa, ressaltou sua constante preocupação em realizar ações efetivas que minimizem o impacto que sua empresa causa. “Finalmente encontramos o começo de um longo processo de aprendizado que certamente causará uma mudança significativa de comportamento”, declarou ela sobre seu sentimento quanto à parceria com o ISA. Para tanto ela conta com o contingente de mil colaboradores, suas famílias e seus grupos sociais para iniciar essa transformação na base da sociedade.

Semeadura

Semear uma árvore é um gesto simbólico de grande significado. Na última semana de agosto, – em 5 turnos –, todos os mil colaboradores da Tutiplast participaram da semeadura de mil novas árvores de Chuva de Ouro (denominação científica: acácia fistula) na própria fábrica. Após assistirem um vídeo sobre a Carta da Terra preparado pela equipe do Instituto, cada participante plantou uma semente. Estas foram colhidas pela equipe do ISA na cidade de Manaus, como parte de um dos projetos permanentes do Instituto. A Chuva de Ouro é uma árvore bastante comum na cidade e a previsão é de que em cerca de 6 a 7 meses será iniciado o plantio dessas mudas em escolas, creches, e demais locais públicos do município.

Houve ainda o anúncio de uma competição salutar entre os colaboradores: quem mais divulgar os eventos em suas mídias sociais receberá brindes. Outro anúncio que causou grande interesse entre os participantes: há algum tempo, como parte das ações de RH, foi colocada em votação “o local de Manaus que eu gostaria de conhecer”. O lugar vencedor foi o Instituto Soka Amazônia.

“Somos a primeira empresa local, 100% nacional a tomar uma iniciativa dessa natureza. É, portanto, uma responsabilidade muito grande (…) é preciso repensar o modelo de desenvolvimento atual para que possamos legar ao futuro um planeta viável (…) por meio de ações sustentáveis”, finalizou Maria Alice.

Tutiplast

Fundada em 1993, a empresa iniciou suas atividades com apenas 3 máquinas injetoras e 3 funcionários, num galpão de 150m2. Atualmente possui um parque fabril de 5,5 mil m2 e 83 máquinas e cerca de mil colaboradores em 3 turnos diários. Detém certificações importantes como a ISO 9001, ISO 14001 e a IATF 16949.

Tem como missão: “Gerar resultados sustentáveis utilizando tecnologias modernas na gestão, na fabricação de peças plásticas e prestação de serviços, aliando qualidade custo e flexibilidade sendo uma extensão de nossos clientes”.

Recentemente anunciou a fabricação de uma caixa d’água verde – em contraponto com as tradicionais azuis – cuja meta é plantar uma árvore a cada item vendido em parceria com o Instituto Soka (custeando todos os insumos e serviços advindos dessa ação).


[i] Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=YRgjZKljEWM

[ii] Carta da Terra é uma importante declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação. O documento é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e valores compartilhados. O projeto começou como uma iniciativa das Nações Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil.