Março: mês de cuidar do Planeta

O mês de março é um símbolo de mudança de ciclos, como o fim do verão, e que faz renascer esperança. O período é marcado por datas que incentivam reflexões e mobilizações em prol da proteção e saúde do meio ambiente e do planeta.  

16 de março – Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas 

Um chamado para proteção dos ecossistemas, combate à poluição por meio da redução de resíduos sólidos e do consumo de combustíveis fósseis. A data, criada por uma lei federal, faz alusão ao Protocolo de Kyoto, um dos primeiros tratados internacionais a reduzir a emissão de gases causadores do aquecimento global.

 

 21 de março – Dia Internacional das Florestas 

Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data chama a atenção para a preservação e o manejo sustentável das florestas. No mundo, as florestas  abrigam cerca de 80% da biodiversidade do planeta e são vitais para o equilíbrio climático, entre outros benefícios para a humanidade.    

22 de março – Dia Mundial da Água 

Criada na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, a data convida à consciência para a proteção do bem mais essencial à  vida das populações e equilibro do planeta e traz o alerta para necessidade de uso consciente,  proteção de rios, nascentes e todos os sistemas aquáticos.

O Instituto Soka, ao longo de todo o mês de março, proporciou aos participantes  do programa Academia Ambiental oportunidades de aprender sobre importância a de cada uma dessas datas e atuar pela proteção do meio ambiente.  

No laboratório de sementes, no meliponário e nas trilhas da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Daisaku Ikeda, os alunos da rede pública de ensino de Manaus (AM), aprendem sobre os mecanismos da natureza para a proteção da vida e a importância de preservá-los.   

“Eles aprendem o impacto desses fenômenos nas florestas com a perda da biodiversidade, diminuição de polinizadores e a alteração no regime das chuvas e reconhecem importância de tornarem-se protetores do meio ambiente”, explica Rodrigo Izumi, coordenador da Divisão de Proteção da Natureza do Instituto Soka Amazônia. 

Celebrando o Dia da Água, os estudantes descobrem curiosidades sobre os rios Negro e o Solimões presenciando o fenômeno Encontro das Águas “Diante desse cenário eles se conscientizam sobre evitar desperdício e poluição dos rios e igarapés”, completa Carla Osawa, assistente de comunicação e voluntária do programa. 

“Eles aprendem o impacto desses fenômenos nas florestas com a perda da biodiversidade, diminuição de polinizadores e a alteração no regime das chuvas e reconhecem importância de tornarem-se protetores do meio ambiente”, explica Rodrigo Izumi, coordenador da Divisão de Proteção da Natureza do Instituto Soka Amazônia. 

Celebrando o Dia da Água, os estudantes descobrem curiosidades sobre os rios Negro e o Solimões presenciando o fenômeno Encontro das Águas “Diante desse cenário eles se conscientizam sobre evitar desperdício e poluição dos rios e igarapés”, completa Carla Osawa, assistente de comunicação e voluntária do programa. 

Árvores nas escolas e praças

A partir de março, o programa Academia Ambiental, que ganhou a certificação de Sala Verde do Ministério do Meio Ambiente, passou a incorporar o plantio de árvores nas escolas com a participação dos estudantes.  

“Queremos dar a oportunidades de vivenciarem o cuidado com a natureza e fazerem algo para mudar suas realidades. Isso é enriquecedor para o desenvolvimento deles como cidadãos, que é o objetivo também da Academia Ambiental”, explica Jean Dinelli, coordenador de educação ambiental do instituto.  

Na Escola Municipal Professora Francisca Campos Correa, os alunos plantaram mudas de açaí e ipê e ainda receberam a doação de outras espécies nativas, como chuva-de-ouro da-Amazônia, cupuaçu, ingá-chichica e bacuri-graúdo. 

Já na Escola Municipal Professor Themistocles Pinheiro Gadelha, as espécies escolhidas foram açaí e acerola, explica a engenheira florestal Karoline Emily.  “São espécies que os alunos conhecem e apreciam. Para nós, é gratificante vê-los tão felizes em plantar e cuidar dessas árvores”, comentou a especialista  

Para muitas das crianças é uma grande descoberta conhecer as árvores dos frutos que só consomem e a rica biodiversidade da região. Na Escola Municipal Antonina Borges de Sá, foram plantadas mudas de graviola e cupuaçu e foi feita doação de mudas de chuva-de-ouro-da-Amazônia, araçá-boi, taperebá, ingá-de-macaco, bacuri, pitomba, e bacaba, entre outras espécies da região. 

Quando não há espaço para plantio de árvores nas escolas, os alunos recebem doação de mudas ou realizam plantios em espaços públicos. Foi o caso da Escola Municipal Frei Mario Monacelli de Grello, no bairro Colônia Antonio Aleixo.

A programação de plantios em escolas participantes da Academia Ambiental Soka segue até o mês de novembro.

Comissão da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente participa de vivência da Academia Ambiental Soka

a comissão de articulação regional para a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente visitou a sede do Instituto Soka Amazônia na Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda, em Manaus (AM). O grupo, formado por grupo de jovens, educadores e representantes do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc-AM), vivenciou práticas educativas da Academia Ambiental Soka que, este ano, foi certificada como Sala Verde pelo Ministério do Meio Ambiente.

Continue reading

Guerreiras da Amazônia: homenagem a todas as mulheres

A floresta mais biodiversa do mundo tem o nome inspirado nas corajosas mulheres indígenas avistadas pelo espanhol Francisco Orellana no século XVI às margens do Rio Amazonas, em alusão às guerreiras da mitologia grega.

A homenagem não poderia ser mais justa para um território que também é uma “floresta de mulheres ” corajosas, que protegem, semeiam e cultivam vidas e empunham o arco e flecha de esperança e resiliência.

Neste Dia Internacional da Mulher, compartilhamos a visão e desafios de quatro mulheres amazônidas que representam e inspiram muitas outras no desejo de cuidar e proteger a vida.

Marcivana Sateré-Mawé

Ela foi a primeira mulher a liderar a coordenação dos Povos Indígenas de Manaus. Nascida no território tradicional do povo Sateré Mawé foi registrada como Marcivana Rodrigues Paiva. Mudou-se para Manaus ainda na infância, junto com sua família, em busca de condições melhores de educação e saúde.

“A história da minha família é a de muitas mulheres que saem de seus territórios em direção às grandes cidades para ter acesso aos serviços públicos e melhores oportunidades para os filhos. Todas precisam se munir de muita coragem para deixar seu território e ir para um lugar totalmente diferente e se reinventar”.

Sua mãe, dona Ana, foi sua grande inspiração como defensora dos direitos das mulheres e da preservação da tradição cultural dos povos indígenas.

“Eu sinto essa força em mulheres de todos as etnias. Elas protegem a vida de seus filhos, seus territórios e suas tradições. São mulheres com terçado na mão, nas roças, ou produzindo artesanato na cidade, sempre transmitindo sua cultura e tradição para as novas gerações. Lembro, na época da Covid, que muitas delas confeccionaram máscaras de tecido com símbolos de sua etnia”.

Para garantir a transmissão de seus saberes e tradições, elas também enfrentam muitos desafios.

“Há um sério desrespeito na atuação das mulheres por seus saberes ancestrais. Por exemplo, embora seja uma prática milenar, não há reconhecimento de uma mulher pajé e nem políticas públicas que garantam esse direito a elas.”

Crise climática, destruição da floresta e deslocamento forçado são dores sentidas especialmente pelas mulheres indígenas.

“Para nós, proteger o território é proteger o próprio corpo. Muitas vezes, as líderes da comunidade percebem o impacto das mudanças climáticas antes que os estudiosos. Uma parente me relatou que vinha percebendo folhas da maniva (planta cuja raiz é conhecida como mandioca ou macaxeira) queimar muito antes da seca ser declarada. Por ter uma relação de quase parentesco com a terra, elas percebem mais rapidamente os efeitos da crise climática.

Proteger a terra, e tudo que há nela, como missão ancestral.

Na cultura sateré-mawé aprendemos que no nukosen (o princípio de todo conhecimento, como uma espécie de paraíso) havia frutas bonitas, águas limpas e tudo era muito equilibrado porque era cuidado pelas mulheres. Essa também é a nossa própria origem do guaraná. Há uma relação de parentesco com a terra. O meio ambiente e o ser humano, ou melhor, os seres, não estão separados. Todos eles vivem em harmonia e todos eles dialoguem entre si".

Ter seus direitos e tradições respeitados é o desejo para todas as mulheres indígenas.

“O que está acontecendo no mundo, nos entristece, mas, continuaremos a existir. A transmissão do conhecimento ancestral não acaba, porque, para nós indígenas, mesmo após a morte, esse conhecimento continua a ser transmitido".

Márcia Verônica Ramos de Macêdo

Professora, acadêmica, escritora, mãe, avó e plantadora de árvores. Nascida em Guajará- Mirim, Rondônia, aos 10 anos mudou-se com a família para Rio Branco, no Acre, e seguiu o exemplo dos pais professores.

““Meu pai costumava dizer que meu marido era meu diploma. E de fato foi um caso de amor, pois sou professora desde os 18 anos. Tive como inspiração também outro Mestre, Daisaku Ikeda, que é o fundador do Instituto Soka Amazônia.”

Com doutorado e pos-doutorado, autora de livros sobre dialetologia regional, o léxico dos seringueiros e lendas da floresta, Márcia abraçou uma nova paixão ligada à Amazônia: plantar árvores.  Junto com seu pai, dirige uma ONG que planta cerca de 150 mudas de árvores frutíferas na cidade semanalmente. Orgulha-se de ser mãe do advogado e chef de cozinha, Carlos Vinícius, da advogada Ana Beatriz e da gastróloga Ana Ceila, além de ser a avó de Yasmin e Nathália.

“A força da mulher na Amazônia é marcada por uma conexão profunda com a terra e as tradições. Ela desempenha papéis fundamentais na preservação da cultura, das tradições e do meio ambiente, sendo líder de família e das suas comunidades. Frequentemente é a guardiã do saber tradicional, na medicina, nas práticas artesanais ou na transmissão da história, de geração em geração."

Gá muitas Amazônias e múltiplos, também, são os desafios nos caminhos das mulheres que lá vivem.

"O isolamento geográfico é um dos principais desafios, pois muitas comunidades estão localizadas em áreas remotas e de difícil acesso, dificultando a chegada de serviços básicos como saúde, educação e segurança."

A falta ou dificuldade de acesso à educação coloca a região Norte numa posição de alto índice de alfabetismo e baixa escolaridade e, consequentemente, com condição de vida menos privilegiada. A região Norte também exibe altos índices de violência doméstica. O Acre, em particular, tem o maio número de feminicídios na região.

"Apesar dos desafios, as mulheres amazônidas encontram forças nas suas raízes, na solidariedade entre as mulheres e na sua relação com a natureza. Elas também protagonizam a luta por direitos, por educação e por um futuro mais justo para suas famílias e comunidades. É uma mulher que se reinventa, se fortalece e se transforma, sendo pilar essencial para a resistência e a construção de um futuro mais sustentável e igualitário na região".

Em um território cultural e biodiverso, múltiplas também são as mulheres.

"A mulher amazônida é símbolo de coragem. Vemos na Amazônia essa força das mulheres indígenas, ribeirinhas, quilombolas, negras, rurais, urbanas e de outras diversas realidades. Desejo a todas que façam o seu sonho acontecer, que acreditem no seu potencial. "

Dona Raimunda Pereira Viana, do Catalão

Professora, mãe, líder comunitária, ribeirinha, vive na vila de casas flutuantes, a cidade sobre as águas

"“Passei por muitas situações difíceis. Perdi minha mãe quando eu tinha 4 anos. Meu pai tinha sete filhos e foi só luta. Mas sempre com fé a gente foi vivendo e vencendo. Hoje, com 63 anos, não me troco por duas novinhas de 20. Tenho tido a graça da saúde, da força e da coragem."

Nascida próximo a uma aldeia indígena na região do Alto Juruá e Rio Xeruã, Raimunda Pereira Viana, é conhecida como dona Rai do Catalão, mas, poderia ser chamada de Coragem ou Resiliência, pois, como disse, nunca perde a esperança. 

“A força da mulher da Amazônia, para mim, é inexplicável. A gente tira de onde não tem e sempre consegue resolver as situações. E são muitos os desafios. Somos sujeitas a abusos, preconceitos e perigos constantes”.

Uma vida entre e sobre os rios.

“Faz um tempo que vim morar no Lago Catalão. Vim descendo, descendo, o rio Juruá, Xeruã, Solimões e estou agora aqui próximo ao Encontro das Águas onde se encontram o Rio Negro e Solimões. Vivo no Catalão, uma comunidade flutuante, conhecida como cidade sobre as águas."

Professora certificada, Dona Raimunda é líder comunitária há mais de 20 anos. Su marca é habilidade de reunir pessoas para ajudar.

“Ser mulher na Amazônia é isso: acordar muito cedo e ir pra labuta, pegar o seu transporte e ir pro rio pra fazer o que precisa ser feito”.

Dinâmica e inquieta, Dona Raimunda responde a nossa pergunta enquanto dirige um barco:

“Tenho orgulho de ser amazonense e usufruir dessa natureza, do nosso verde. Estou atravessando agora o rio, dirigindo o barco com outro barco atrás".

Aprendendo com o ritmo constante das águas.

“Moramos sobre as águas, em casas flutuantes. Todos os dias estamos como se estivéssemos em um barco, flutuando. Agora estou do outro lado do rio.

Ressurgir sempre, como águias.

“Às vezes quero pendurar a chuteira devido as dificuldades e falta de apoio. Mas meus sonhos nunca cessa, cada vez tenho mais sonhos. Sem sonhos a mulher da Amazônia não tem vida. Somos como águias, quando estamos muito cansadas, paramos, pensamos e somos renovadas."

Eliane Rocha

Paraense, nascida na cidade de Óbidos, chegou a Manaus na infância. Na grande cidade formou-se, tornou-se mãe de três filhos e avó de quatro netos. Construiu uma carreira de 27 anos na área de Recursos Humanos e orgulha-se por atuar em uma empresa que oferece oportunidades de crescimento profissional para jovens mães

“A força da mulher na Amazônia está na sua resiliência e na sua capacidade de transformar desafios em oportunidades. Muitas são mães solo, que assumem sozinhas a responsabilidade de criar seus filhos, trabalhando incansavelmente para garantir um futuro melhor."

Desde o início de sua instalação no bairro da Compensa, na zona Leste de Manaus, a indústria Gaia Eco, identificou a difícil realidade presente em muitas periferias das cidades brasileiras: um grande número de jovens mães, solteiras, desempregadas e que se responsabilizam sozinhas pelo sustento e criação dos filhos.

“As mulheres da Amazônia mostram todos os dias sua capacidade de superar obstáculos, reinventar-se e seguir em frente com determinação. Muitas enfrentam a dificuldade de equilibrar trabalho e maternidade e ter acesso a oportunidades de crescimento profissional. A falta de uma rede de apoio torna a realidade econômica e a jornada diária dessas mulheres ainda mais desafiadora."

Para apoiar essas mulheres, a indústria Gaia  adotou como política de RH, a contratação de jovens mães.

“Que este dia seja um lembrete de que cada mulher tem dentro de si uma força imensa. Para todas as mães, trabalhadoras e guerreiras que fazem a diferença em suas famílias e comunidades, desejo que acreditem no seu potencial e saibam que não estão sozinhas. Juntas, seguimos construindo um futuro melhor!"

Participe efetivamente da proteção da Amazônia

Com seu apoio, o Instituto Soka Amazônia alcança milhares de vidas, ampliando a consciência para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade amazônica.

Diálogo e cooperação: visita do Cônsul-geral do Japão em Manaus ao Instituto Soka

Nesta terça-feira (25) o Instituto Soka Amazônia recebeu a visita oficial do Cônsul-Geral do Japão em Manaus, Yuichi Miyagawa, acompanhado cônsul-geral adjunto, Suzuki Akira.

O objetivo foi conhecer as atividades e programas desenvolvidos pelo Instituto em prol da proteção da biodiversidade, educação ambiental e apoio a pesquisas científicas. 

 

Cônsul-Geral do Japão em Manaus, Yuichi Miyagawa, e Milton Fujiyoshi, vice-presidente do Instituto Soka Amazônia

No laboratório de sementes florestais senhor Miyagawa foi apresentado ao trabalho conservação de espécies florestais realizado pelo Instituto na Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda, que engloba coleta e armazenamento de sementes de espécies nativas e o cultivo de árvores em viveiro para ampliar a variabilidade genéricas e, consequentemente, resiliências dessas espécies.  

Mudanças climáticas e perda de biodiversidade

 engenheiro ambiental Rodrigo Izumi, coordenador da Divisão de Proteção da Natureza Instituto, explicou sobre o impacto das mudanças climáticas no trabalho de conservação. 

Tanto o aquecimento global, como o desmatamento e incêndios florestais ameaçam sistematicamente  a floresta e toda biodiversidade, ressaltou. “Tudo está interligado. A diminuição de insetos polinizadores, por exemplo, afeta a produção de alimentos e o florescimento de árvores na floresta que, consequentemente, afetará o regime de chuvas e o clima global” .

Educação Ambiental com criação de valores

Jean Dinelli Leão, coordenador da Divisão de Educação Ambiental do Instituto comentou que o Laboratório do Instituto semanalmente torna-se uma sala de aula para turmas de alunos da rede pública de ensino atendidas pelo projeto Academia Ambiental.

 “Aqui despertamos nas crianças a curiosidade de aprender sobre a natureza e o orgulho de proteger a  floresta e os patrimônios naturais e culturais da Amazônia”. 

Dinelli também apresentou peças do acervo arqueológico do Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, que registram várias fazes de ocupação desse território, hoje, integralmente dedicado à conservação, pesquisa e educação ambiental.  

 “Conhecer esse passado é realmente importante para se pensar em soluções para o futuro”, afirmou o cônsul-geral.

 

Em diálogo com a equipe de coordenadores do Instituto, Cônsul-geral ressaltou a importância da atuação e cooperação com empresas, instituições e comunidades diante dos desafios sociais e climáticos e se dispôs a participar das próximas ações ambientais promovidas pelo Instituto junto com a comunidade.

Academia Ambiental Soka é certificada como Sala Verde pelo Ministério do Meio Ambiente

O programa Academia Ambiental do Instituto Soka Amazônia recebeu a certificação de Sala Verde, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em um reconhecimento como instrumento de construção de consciência e ação para proteção do meio ambiente.

A iniciativa  Salas Verdes reconhece centros de informação e formação ambiental que atendem às diretrizes prioritárias do Ministério do Meio Ambiente, atendam os princípios da Política Nacional da Educação Ambiental (PNEA) e que preconizem a compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações.

Para Jean Dinelli Leão, coordenador da Divisão de Educação Ambiental do Instituto Soka, receber o certificado do programa Salas Verdes é um reconhecimento da trajetória de 10 anos do Instituto Soka Amazônia na promoção da Educação Ambiental na região amazônica.

“Essa certificação reforça nosso compromisso com a sustentabilidade, com os ODS e a Carta da Terra, ampliando o impacto das nossas ações junto a estudantes, comunidades e parceiros”.

Em operação há quase uma década, o programa Academia Ambiental vem colhendo resultados significativos com sua didática imersiva e humanista. Mais de 20 mil estudantes da rede publica de Manaus já passaram pelo programa.

Por meio de trilhas educativas na Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda, a Academia Ambiental permite que estudantes da rede pública de Manaus aprendem sobre ecologia, biodiversidade, rios e história da Amazônia de maneira imersiva em contato com a natureza.

O programa também estimula nos alunos a cidadania planetária baseada nos valores e princípios da Carta da Terra e na visão do fundador do Instituto, o pacifista Daisaku Ikeda, de coexistência harmônica entre ser humano e natureza.

A educação ambiental, de acordo com o PNEA, é componente essencial e permanente da educação do País, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Entrevista
Jean Dinelli Leão
Coordenador da Divisão de Educação Ambiental do Instituto Soka Amazônia

INSTITUTO SOKA AMAZÕNIA – Qual a importância de receber o certificado do programa Salas Verdes?

JEAN DINELLI LEÃO Ser  Sala Verde reafirma nossa missão e amplia nossas possibilidades de cooperação para um futuro sustentável.

Ao longo da última década, temos promovido iniciativas transformadoras, como o programa Academia Ambiental e de visitação da RPPN Dr. Daisaku Ikeda para vários públicos, fortalecendo a conscientização socioambiental

INSTITUTO SOKA – Qual o diferencial educativo da Academia Ambiental?

JDL – Acredito que o grande diferencial da Academia Ambiental Soka está em sua experiência imersiva, que vai além da simples transmissão de conhecimento. O Instituto promove um ambiente harmonioso e inspirador, onde os participantes não apenas aprendem sobre o meio ambiente, mas interagem profundamente com a natureza, desenvolvendo uma conexão genuína com a Amazônia.

INSTITUTO SOKA – A prática acontece apenas na Reserva Ambiental?

JDL – Na verdade, a jornada com os alunos e professores começa antes mesmo da visita à RPPN Dr. Daisaku Ikeda, com uma palestra sobre sustentabilidade, preparando os alunos para uma vivência ainda mais significativa. No campo, a experiência se transforma em um processo de aprendizado, reflexão, empoderamento e ação, incentivando cada participante a se tornar um agente de mudança e liderança para o futuro da Amazônia.

INSTITUTO SOKA AMAZÕNIA A mensagem da Academia Ambiental Soka alcança quais públicos?

JDL – Além dos alunos, impactamos também os educadores, pais e voluntários que participam dessa experiência transformadora. Muitos professores compartilham relatos inspiradores e demonstram o desejo de trazer seus próprios filhos e familiares para vivenciarem essa conexão com a natureza.

INSTITUTO SOKA – Como é o impacto em termos de aprendizado deste programa?

JDL – Os alunos criam um vínculo muito forte com o Instituto que fazem questão de repetir a visita, reforçando seu compromisso com a preservação ambiental. Para os pais, a transformação é visível.

Recebemos relatos de pais que, após a experiência, os filhos passaram a enxergar a natureza de uma nova forma, despertando interesses como fotografia ambiental, cursos na área e mudanças no estilo de vida.  É gratificante receber esse feedback de pais dos pais de crianças e adolescentes com necessidades especiais.

INSTITUTO SOKA – O programa conta com a participação de voluntários. Como é a experiência para eles?

JDL – Os voluntários descrevem um profundo sentimento de gratidão, por fazerem parte de um movimento que não apenas educa, mas também inspira e fortalece uma rede de pessoas comprometidas com o futuro da Amazônia.

 Esse impacto coletivo reforça o propósito da Academia: despertar a consciência socioambiental e transformar realidades através da educação.

Tecnologia Verde: Instituto Soka recebe pesquisadores do Japão para consolidação de novo curso

Dynamic Meta widget allowed only for Posts listing source or in Post context

Instituto Soka Amazônia recebeu, nesta quarta-feira (12), comitiva de professores da Universidade Soka Japão com o intuito de avançar nas tratativas de novo projeto: a criação do curso de graduação Tecnologia Verde, a ser ofertado pela universidade japonesa a partir de 2026.  

Participaram do encontro os professores Shinjiro Sato, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Soka (Japão)Shinichi Akizuki, do Centro de Pesquisas de Engenharia Plâncton da universidade, e a vice-chefe de divisão de Assuntos Internacionais, Sra. Yuka Ueda.  

Para o  novo curso de graduação está prevista a oferta de treinamento de curta duração na Amazônia, com o apoio do Instituto Soka. A iniciativa foi anunciada pelo reitor da Universidade japonesa em visita recente ao Brasil.  

Professor Sato, que ministrou aulas de Ciências do Solo para alunos do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) nas cidades de Manaus/AM e Presidente Figueiredo/AM nas duas edições do Workshop de Ciências Práticas e Educação Ambiental, explicou a importância dessa experiência e vivência da realidade da Amazônia para a formação dos alunos.  

Para o Pesquisador, o quadro de emergências climática global exige que se caminhe para construção de sociedades carbono neutras adotando-se principalmente eficiência energética e tecnologia sustentáveis  

“O curso Green Technology está sendo desenvolvido de maneira multidisciplinar para dar respostas a isso e estamos com grandes expectativas para essa parceria na realização”.    
PhD. Shinjiro Sato
professor de Ciências do Solo da Faculdade de Ciências e Engenharia da Universidade Soka - Japão

A vice-chefe de divisão de Assuntos Internacionais da Universidade Soka,  Yuka Ueda, expressou sua emoção em conhecer o Instituto Soka Amazônia, diante do espetacular Encontro das Águas.

“Creio que os alunos se sentirão revigorados e emocionados também de conhecer, do outro lado do mundo, o Instituto criado pelo senhor Ikeda, fundador da Universidade, e se sentirão inspirados e gratificados perante esses dois rios que formam o Rio Amazonas”.
Yuka Ueda
vice-chefe de divisão de Assuntos Internacionais da Universidade Soka -Japão

O curso contemplará como eixos de conhecimento: mudanças climáticas, processos de tecnologia de informação, reciclagem, segurança alimentar, inovações tecnológicas, negócios ambientais e cooperação técnica internacional. 

O Instituto Soka Amazônia tem como missão  contribuir para integridade ecológica da Amazônia por meio da convivência harmônica entre ser humano e natureza. 

No campo da Ciência firmou  Acordos  de Cooperação Técnica com universidades da região amazônica – Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Rondonia (UNIR), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) UEA, IFAM, UNIR e INPA – e instituições internacionais da rede Soka de ensino, como Soka University of America e Soka University (Japão).

Oito curiosidades da Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda

Dia de janeiro 31 de janeiro é comemorado o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural, comumente conhecidas por RPPN.

A data foi instituída pela Lei Federal nº 13.544 de 2017, para celebrar e valorizar esse importante instrumento de conservação ambiental e ecológico.

Mas o que seria essa “sopa de letrinhas”?

Mas o que seria essa "sopinha de letras"?

RPPNs são propriedades particulares cujos donos voluntariamente decidiram destinar de maneira perpétua ara a conservação ambiental e que  obtiveram o  reconhecimento por parte do Ibama e ICMBio.

No Brasil, segundo dados da Confederação Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural existem  mais de 1850 RPPNs, que protegem juntas acima de  800 mil hectares, constituindo uma das maiores redes privadas de proteção ambiental do mundo.

As RPPNs desempenham papel importante na conservação ambiental pois:

  • Protegem a biodiversidade e ecossistemas ameaçados
  • Colaboram com a formação de corredores ecológicos
  • São instrumentos de educação ambiental, pesquisas científicas e turismo ecológico.

 

8 curiosidades da RPPN Daisaku Ikeda

01- Histórico reflorestamento
Boa parte dos 52 hectares da Reserva já foi área degradada. Atualmente a Reserva apresenta floresta recomposta por plantios de mais de 20 mil árvores nativas, que foram plantadas, ao longo dos últimos 30 anos, por pesquisadores e voluntários.
02 - Paisagem única
A Reserva está localizada em frente a exuberante paisagem do Encontro das Águas, afluência dos Rios Negros e Solimões, na cidade de Manaus, próximo aos municípios de Iranduba e Careiro da Várzea.
03 - Refúgio de Aves
Devido aos vários microclimas, compondo floresta, buritizal e mata de igapó (margem de rio) a Reserva é um refúgio da vida natural que atrai grande variedade de aves. Na plataforma e-Bird foram registradas mais de 100 espécies de aves, tornando-se um ponto de observadores de aves.
04 - Rica biodiversidade
A Reserva ajuda a compor corredor ecológico na região de Manaus e adjacências favorecendo o fluxo gênico entre as populações da fauna e flora.
05 - Espaço para a Ciência
A Reserva acolhe estudos, pesquisas científicas e práticas acadêmicas de diversas campos, como ecologia, botânica, geologia, educação, geografia, arqueologia, entre outros.
06 - Arqueologia
A área da Reserva é classificada como Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN). O Sitio Arqueológico Daisaku Ikeda está circundado pelos Sítios Arqueológicos Lages, Ponta das Lajes e Porto Encontro das Águas.
07 - Sala Verde
A Reserva recebe turmas de escolas para a realização de trilhas educativas do programa Academia Ambiental. Outros programas e visitas de educação ambiental e ecológica são realizados na Reserva.
08 - O nome da Reserva
A Reserva recebeu o nome de RPPN Daisaku Ikeda, pelo ICMBio, em homenagem ao pacifista Daisaku Ikeda, fundador do Instituto Soka Amazônia. Anteriormente, a Reserva se chamava RPPN Nazaré das Lajes

Saiba mais sobre a RPPN Daisaku Ikeda no site do Instituto:

Universidade Soka do Japão renova parceria com Instituto Soka Amazônia

Dynamic Meta widget allowed only for Posts listing source or in Post context

Nesta terça (28/01) o reitor da Universidade Soka do Japão, Masashi Suzuki, conheceu a sede do Instituto Soka e oficializou a renovação do Termo de Parceria com a entidade.

A visita contemplou principais pontos na Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Daisaku Ikeda, como o mirante e monumento Encontro das Águas, viveiro florestal e o Laboratório de Sementes Amazônicas. 

No laboratório, Suzuki conheceu os projetos em andamento no Instituto e curiosidades sobre os achados arqueológicos e espécies florestais nativas encontradas na Reserva.

Ao conhecer a folha da Cocoloba (Coccoloba gigantifolia) – que já foi considerada a maior do arbórea do mundo – Suzuki traçou um paralelo entre o desafio de sobrevivência dessa espécie com os esforços dos pesquisadores que se dedicaram à sua identificação e do Instituto Soka Amazônia, em prol da proteção da biodiversidade amazônica.

 “Esta folha representa a grandiosidade dos desafios e do esforço de vocês”, parabenizou. 

No diálogo entre o reitor e a equipe do Instituto, Luciano Nascimento, diretor presidente do Instituto, agradeceu a visita e relembrou que a Universidade Soka do Japão fez parte do trabalho de restauração florestal iniciado, há mais de 30 anos, na Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Daisaku Ikeda.

Suzuki afirmou estar gratificado por conhecer pessoalmente o Instituto e manifestou expectativa de que os futuros alunos do curso de Tecnologias Verdes, que será lançado nos próximos meses, conhecer também a Amazônia e o Instituto Soka. “Vamos trabalhar para que isso aconteça”, afirmou.

A visita foi concluída com o plantio de um exemplar da árvore Pau-Rosa (Aniba rosaeodora Ducke – Lauraceae) – espécie amazônica classificada como em perigo de extinção na lista vermelha da IUCN e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

O plantio simbólico pela renovação da parceria também foi uma contribuição efetiva ao enriquecimento florestal da RPPN Daisaku Ikeda.

O Instituto Soka tem Acordo de Cooperação Técnica com cinco relevantes universidades da região amazônica – Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Rondonia (UNIR), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) UEA, IFAM, UNIR e INPA – e com as universidades internacionais Soka University of America e Soka University (Japão).

Parcerias para Difusão do Conhecimento sobre a Amazônia

Educação Ambiental: debate necessário na Conferência do Clima (COP-30)

Há 50 anos foi criado o Dia Mundial da Educação Ambiental. A data comemorada foi estabelecia no mesmo período que foi assinada a Carta de Belgrado –documento estabeleceu os princípios básicos para a Educação Ambiental – como resultado da primeira conferência promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente e Ação Humana, em Estocolmo.

Desde então, várias iniciativas se somaram ao redor do mundo para tornar a educação ambiental prioritária e a reconhecendo como instrumento de formação de cidadãos para o desenvolvimento sustentável.  

A educação ambiental é um instrumento de justiça climática e pode permear os debates em torno da Cúpula do Clima (COP-30), que acontece em novembro em Belém/PA. 

Emergências climáticas impactam o acesso à educação em comunidades ribeirinhas. Foto na comunidade Catalão durante a estiagem de 2024

O fundador do Instituto Soka Amazônia, Daisaku Ikeda, em  proposta enviada à ONU, em 2020, fez um apelo à comunidade internacional para que recursos fossem destinados para assegurar a educação durante as emergências. 

Essa providência constituirá grande contribuição para criar uma sociedade global sustentável na qual todos poderão viver com dignidade e segurança.

Ação solidária e educativa organizada pelo Instituto Soka na comunidade ribeirinha Catalão durante a estiagem de 2024

Educação ambiental do Instituto Soka

Durante o Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, que será realizado em julho em Manaus,  programa Academia Ambiental Soka compartilhará suas experiências e práticas educativas. O Congresso é um evento preparatório para COP-30 e traz como tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”.

O que é Academia Ambiental Soka

Metodologia

Trilhas educativas na Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda. Transmissão de conhecimentos sobre a ecologia, biodiversidade, rios e arqueologia amazônica, Carta da Terra e ODS, conectados à  realidade dos estudantes.

Alcance

Ja atendeu mais de 20 mil estudantes, prioritariamente, da rede pública de ensino na cidade de Manaus. Também recebeu Turmas de alunos de necessidades especiais, escolas particulares.

Reconhecimentos

Resultados apresentados na Conferência Internacional da Rede Acadêmica de Educação e Aprendizagem Global da UNESCO, em Paris; e na Conferência Global sobre Educação Ecológica, promovida pela Carta da Terra Internacional (Flórida, EUA). Credenciado como Sala Verde do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

O programa do Instituto é inspirado na visão do fundador de que a educação é capaz de fazer as pessoas considerarem os problemas ambientais como questão pessoal e, assim, conduzirem esforços em prol de um futuro comum.

Na proposta enviada para Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), Ikeda enfatizou a importância da educação ambiental nos primeiros anos do currículo escolar:

Nesse estágio de crescimento a sensibilidade, a imaginação e a criatividade das crianças são mais aguçadas e sua vontade de aprender e absorver tudo é maior ... Cultivar no coração das crianças o desejo de prezar a natureza e proteger a Terra é um passo importante para garantir seu futuro

Para a pesquisadora e Mestranda de Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas, Ana Maria Pinheiro, a educação ambiental tem importância vital diante dos desafios climáticos e sociais atuais. 

“Acompanhei as atividades do programa Academia Ambiental e reconheço que Instituto Soka pratica a educação ambiental voltada para sustentabilidade e cidadania global. Percorri as trilhas interpretativas com os alunos das escolas municipais aqui de Manaus, e pude constatar que, por meio da educação ambiental, os alunos conseguem construir valores, transformar hábitos diários, com vista com a preocupação com a sustentabilidade”.

Educação ambiental para todos

O Instituto Soka promove a educação ambiental por meio de palestras e oficinas para empresas e por meio de ações socioambientais.

Também realiza palestras de reeducação ambiental em parceria com da Vara Especializada do Meio Ambiente do Amazonas do Tribunal de Justiça do Amazonas.

Educação Ambiental : momentos históricos

1972

Conferência de Estocolmo, que introduziu a questão ambiental no cenário global.

1975

Carta de Belgrado, considerada o marco inicial da Educação Ambiental mundial.

1988

No Brasil, a Constituição Federal estabeleceu no Artigo 225, que a educação ambiental deve ser promovida em todos os níveis de ensino e pela conscientização pública

1992

Conferência Eco-92 (Rio de Janeiro), onde a Educação Ambiental foi reafirmada como estratégia para alcançar o desenvolvimento sustentável.

1999

Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999) é regulamentada no Brasil.

2024

Lei 14.926 entra em vigor a diretriz que determina que temas como mudanças do clima e proteção da biodiversidade entre na grade curricular das escolas brasileiras

Chuvas e tempestades amazônicas: expedições científicas desvendam mecanismos

“O que acontece na Amazônia não fica na Amazônia”. Essa frase dita por ambientalistas e pesquisadores se aplica perfeitamente aos complexo sistema de chuvas da região.  

A umidade produzida pela floresta é dispersada pelos rios voadores a outras regiões do País afetando o quadro meteorológico e influi no equilíbrio do clima global.  Toda essa dinâmica é possível devido uma rede de outros fenômenos que estão atraindo o interesse de pesquisadores expedições científicas na região

Da dir. para esq. Dr. Osmar, o jornalista Ernesto Paglia e a cineasta Iara Cardoso: equipe em cena no Instituto Soka Amazônia (Crédito Foto: Aline Branca/Divulgação Grupo Storm)

Uma das expedições mais recentes, que contou com o apoio do Instituto Soka Amazônia, buscou registrar os super raios na região e foi documentada na série Caça Tempestades – Amazônia, exibida no programa Fantástico da rede Globo de Televisão, nos dias 5 e 12 de janeiro.

A pesquisa contou com a participação de um dos maiores especialistas sobre tempestades no mundo, Dr. Osmar Pinto Junior, pesquisador sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. 

A iniciativa contou com a parceria do Instituto Soka Amazônia, dentro do seu eixo de apoio a pesquisas científicas. A sede do Instituto, na Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda, localizada diante do Encontro das Águas, em Manaus, foi um dos locais escolhidos para captação de registros dos raios, devido a alta incidência dessas ocorrências em períodos mais chuvosos.

Parcerias para Difusão do Conhecimento sobre a Amazônia

Tempestades elétricas

O Brasil é campeão na ocorrência de raios no mundo, mas a Amazônia,  maior floresta tropical e berço da maior biodiversidade do planeta, concentra grande incidência de tempestades e altíssimas descargas elétricas.

São 500 mil tempestades por ano, com raios cuja temperatura pode chegar a 10 vezes a da superfície do Sol.  

O que explica a grande atração de descargas elétricas, na região é a própria floresta que funciona como um grande “oceano verde”, como explica o professor  Osmar Pinto Jr.

“O ambiente de floresta lembra a superfície plana do oceano e, assim como no oceano há alta umidade devido a água do mar, na floresta também elevada umidade devido as árvores”.

Como se formam as chuvas na Amazônia

Outra expedição científica internacional, revelou o mecanismo físico-químico completo que gera a formação chuvas na Amazônia.

Publicado da revista Nature no mês de dezembro, o estudo demonstrou detalhes inéditos sobre a geração de aerossóis produtores de nuvens, como fato de isoprenos gerados pelas árvores conseguirem alcançara camadas superiores da atmosfera.

A grande novidade revelada pela pesquisa é o registro do mecanismo físico-químico completo. Até então não se sabia que o isopreno poderia chegar as camadas superiores da atmosfera.

O conhecimento  gerado pelo estudo será incorporado aos modelos climáticos, melhorando a previsão de chuvas, especialmente em regiões tropicais, e fazendo simulações para compreender o funcionamento presente e futuro do planeta.

Mecanismo noite e dia

Nanopartículas de aerossóis combinadas com descargas elétricas e reações químicas em altitudes elevadas, durante à noite e durante o dia, fazem com que o complexo sistema das chuvas amazônicas funcione.

O estudo conclui que o gás isopreno (liberado pela vegetação por meio de seu metabolismo) consegue chegar a camada da atmosfera acima da superfície terrestre próxima da tropopausa durante tempestades noturnas. Uma série de reações químicas desencadeadas com a radiação solar dá origem a uma grande quantidade de aerossóis que acabam por formar as nuvens. Esta produção de partícula é acelerada por reações com óxidos de nitrogênio produzidos por descargas elétricas na alta atmosfera, em nuvens dominadas por cristais de gelo.

Floresta em pé necessária para o clima

Para autores brasileiros do estudo a pesquisa demonstrou como a floresta amazônica tem grande influência no equilíbrio dos ecossistemas. Luiz Augusto Toledo Machado, pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) fez um alerta: “alterações como as provocadas pelas mudanças climáticas ou pelo desflorestamento podem gerar efeitos inesperados e não estudados ainda”.

O professor Paulo Artaxo, coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável (Ceas) da USP, e também autor do estudo, ressaltou a importância de se combater o desmatamento. “As emissões de isopreno dependem da floresta em pé. Elas não ocorrem se a vegetação nativa for substituída por pastagem ou cultura de soja. Com o desmatamento, esse mecanismo de produção de partículas é destruído”.

Artigo científico publicado na revista Nature: Isoprene nitrates drive new particle formation in Amazon’s upper troposphere