Um novo ano, uma nova diretoria no Instituto Soka Amazônia

Em toda instituição, a diretoria tem a missão de liderar e supervisionar as atividades diárias de forma a garantir o pleno desenvolvimento da organização

Assegurar a perenidade da organização é a principal função de uma diretoria. A nova direção do Instituto Soka Amazônia assumiu em outubro com a missão de dar continuidade aos objetivos estratégicos, representar a instituição perante a sociedade, zelar pelos valores e promover a disseminação dos ideais Soka em relação à preservação ambiental e sustentabilidade. A nova diretoria é composta pelo diretor presidente Luciano Gonçalves do Nascimento; e seu vice Milton Massayuki Miyahara Fujiyoshi.

Segundo Luciano, a partir de 2023, o Instituto Soka quer consolidar as bases da gestão administrativa que foram instituídas em 2022.

“Estabelecer uma cultura organizacional de forma que as cinco Divisões recém-criadas (Proteção da Natureza, Educação Ambiental, Pesquisa e Produção Científica, Comunicação Social e Administrativo -Financeira) possam se desenvolver a fim de contribuir para o crescimento e plena consolidação do Instituto Soka Amazônia junto à sociedade amazonense e também à comunidade científica nacional”, enumerou.

Planos para 2023

A nova diretoria classificou assim as expectativas para 2023:

  1. Consolidação do planejamento estratégico do Instituto rumo a 2030;
  2. Capacitação dos funcionários visando o desenvolvimento profissional de cada um;
  3. Melhorias, reformas e adequações do prédio administrativo para melhor desenvolvimento dos funcionários;
  4. Estabelecer um calendário de eventos com base no planejamento estratégico;
  5. Renovação do projeto Sementes da Vida.

Os novos diretores enfatizaram que uma das preocupações é a manutenção da excelente reputação e credibilidade conquistada ao longo das décadas de atuação competente, sempre focada na valorização das parcerias e árduo trabalho.

“Atualmente o Instituto possui uma reputação muito positiva. Daqui para frente a expectativa é torná-lo um centro de referência para difusão dos ideais humanísticos do dr. Daisaku Ikeda, que fundou o Instituto para contribuir com a defesa do meio ambiente e a proteção da floresta Amazônica”, ressaltou Luciano.

Outro grande desafio para 2023 é a ampliação da base de doadores para viabilizar novos projetos e proporcionar maior estabilidade financeira para os projetos já em andamento. “Em 2022 foi possível estabelecer uma estrutura administrativa com a criação do conselho gestor. Isso permitiu criar um corpo gestor proativo que contribui com sugestões e principalmente participam das deliberações dos assuntos do Instituto”, explicou. Afinal, muitas mentes coesas e focadas pensam e contribuem com muito mais ideias e planos.

O momento é crucial para o Instituto que se vê prestes a ingressar no processo para estabelecer as bases administrativas para o futuro e, para tanto, pretende estimular cada Divisão criada de forma que cada uma tenha seu planejamento, metas e ações específicas, com vistas ao seu desenvolvimento como um todo. Afinal, cabe à diretoria: liderar, planejar, organizar e controlar as atividades das diversas áreas da organização, fixando políticas de gestão dos recursos financeiros, administrativos, estruturação, racionalização, e adequação dos serviços diversos, de forma a projetar, de forma exitosa, o Instituto às metas de curto, médio e longo prazo.

Breve resumè dos novos diretores:

Luciano é casado com Sayuri Karina Komesu e pai de Karen e Enzo; Milton também é casado, sua esposa é Sueli Himeno Fujiyoshi e é pai de Sophie. O novo diretor presidente é graduado em Ciências Econômicas, com pós em Comunicação Social e Relações Públicas. Já seu vice é arquiteto e mestre em Engenharia, com ênfase em Planejamento Urbano

Um novo ano, uma nova diretoria no Instituto Soka Amazônia

Em toda instituição, a diretoria tem a missão de liderar e supervisionar as atividades diárias de forma a garantir o pleno desenvolvimento da organização

Assegurar a perenidade da organização é a principal função de uma diretoria. A nova direção do Instituto Soka Amazônia assumiu em outubro com a missão de dar continuidade aos objetivos estratégicos, representar a instituição perante a sociedade, zelar pelos valores e promover a disseminação dos ideais Soka em relação à preservação ambiental e sustentabilidade. A nova diretoria é composta pelo diretor presidente Luciano Gonçalves do Nascimento; e seu vice Milton Massayuki Miyahara Fujiyoshi.

Segundo Luciano, a partir de 2023, o Instituto Soka quer consolidar as bases da gestão administrativa que foram instituídas em 2022.

“Estabelecer uma cultura organizacional de forma que as cinco Divisões recém-criadas (Proteção da Natureza, Educação Ambiental, Pesquisa e Produção Científica, Comunicação Social e Administrativo -Financeira) possam se desenvolver a fim de contribuir para o crescimento e plena consolidação do Instituto Soka Amazônia junto à sociedade amazonense e também à comunidade científica nacional”, enumerou.

Planos para 2023

A nova diretoria classificou assim as expectativas para 2023:

  1. Consolidação do planejamento estratégico do Instituto rumo a 2030;
  2. Capacitação dos funcionários visando o desenvolvimento profissional de cada um;
  3. Melhorias, reformas e adequações do prédio administrativo para melhor desenvolvimento dos funcionários;
  4. Estabelecer um calendário de eventos com base no planejamento estratégico;
  5. Renovação do projeto Sementes da Vida.

Os novos diretores enfatizaram que uma das preocupações é a manutenção da excelente reputação e credibilidade conquistada ao longo das décadas de atuação competente, sempre focada na valorização das parcerias e árduo trabalho.

“Atualmente o Instituto possui uma reputação muito positiva. Daqui para frente a expectativa é torná-lo um centro de referência para difusão dos ideais humanísticos do dr. Daisaku Ikeda, que fundou o Instituto para contribuir com a defesa do meio ambiente e a proteção da floresta Amazônica”, ressaltou Luciano.

Outro grande desafio para 2023 é a ampliação da base de doadores para viabilizar novos projetos e proporcionar maior estabilidade financeira para os projetos já em andamento. “Em 2022 foi possível estabelecer uma estrutura administrativa com a criação do conselho gestor. Isso permitiu criar um corpo gestor proativo que contribui com sugestões e principalmente participam das deliberações dos assuntos do Instituto”, explicou. Afinal, muitas mentes coesas e focadas pensam e contribuem com muito mais ideias e planos.

O momento é crucial para o Instituto que se vê prestes a ingressar no processo para estabelecer as bases administrativas para o futuro e, para tanto, pretende estimular cada Divisão criada de forma que cada uma tenha seu planejamento, metas e ações específicas, com vistas ao seu desenvolvimento como um todo. Afinal, cabe à diretoria: liderar, planejar, organizar e controlar as atividades das diversas áreas da organização, fixando políticas de gestão dos recursos financeiros, administrativos, estruturação, racionalização, e adequação dos serviços diversos, de forma a projetar, de forma exitosa, o Instituto às metas de curto, médio e longo prazo.

Breve resumè dos novos diretores:

Luciano é casado com Sayuri Karina Komesu e pai de Karen e Enzo; Milton também é casado, sua esposa é Sueli Himeno Fujiyoshi e é pai de Sophie. O novo diretor presidente é graduado em Ciências Econômicas, com pós em Comunicação Social e Relações Públicas. Já seu vice é arquiteto e mestre em Engenharia, com ênfase em Planejamento Urbano

A paz é uma opção viável.

Há esperança mesmo diante de cenários devastadores
Cada indivíduo tem um papel essencial nesse processo de mudança radical de comportamento e atitude frente às mudanças climáticas

A busca pelo equilíbrio ambiental rumo à tão desejada paz global. Embora a grande mídia não retrate, há esforços positivos ocorrendo em todos os pontos do planeta por iniciativa de indivíduos e de grupos. A energia do bem é uma poderosa força que provê os sistemas a despeito dos efeitos negativos de ações nefastas. Em sua proposta de paz deste ano, Transformar a história humana com a luz da paz e da dignidade[i], o dr. Daisaku Ikeda enfatiza que o

“O espírito de solidariedade proverá a energia e a base para enfrentar o espectro amplo de nossos desafios, incluindo a crise climática. Estou certo de que ao enraizarmos nossas ações nesse espírito de solidariedade e ao avançarmos na construção de uma sociedade global que seja inabalável diante de quaisquer ameaças, deixaremos algo de imenso valor para as futuras gerações”.

Isso posto, vamos aos principais pontos relacionados às mudanças climáticas levantados por Ikeda nesse texto.

Há muitas décadas pesquisadores e autoridades vêm alertando sobre os perigos do ritmo acelerado das mudanças climáticas. Os efeitos dessa aceleração são visíveis em todas as partes do globo, numa escalada acentuada e preocupante. São muitos os efeitos dessas mudanças no clima: secas e incêndios frequentes em muitas partes do mundo; aumento crescente das temperaturas e da acidificação marítimas, resultando em deterioração da capacidade dos ecossistemas terrestres e aquáticos de absorver os gases de efeito estufa. E estes são somente alguns aspectos. Infelizmente há muito mais.

Porém, mesmo diante de um cenário tão devastador, há esperança. Ikeda aponta caminhos de superação dessa crise.]

“De acordo com relatório do Instituto de Recursos Mundiais, se os países do G20, responsáveis por 75% das emissões de gases estufa, lançarem o objetivo ambicioso de redução de emissões correspondente a 1,5 grau [Celsius] até 2030 e alcançarem a meta de zero emissões líquidas até 2050, o aumento da temperatura global pode ser limitado a 1,7 grau — abaixo apenas do objetivo de 2 graus do Acordo de Paris.”

Somado a isso, Ikeda sugere também o fortalecimento da estrutura de parcerias entre a ONU e a sociedade civil. Reconhecer que os recursos necessários à sobrevivência dos povos sejam considerados “bens comuns globais”. Nesse conjunto se incluem o clima e a biodiversidade. Ele propõe o estabelecimento de espaço dentro do sistema da ONU onde a sociedade civil, liderada pelos jovens, possa discutir livremente a proteção abrangente aos bens comuns globais.

EUA e China

Ikeda apontou ainda que para a plena execução das mudanças necessárias é fundamental a cooperação entre as duas maiores potências econômicas da atualidade: EUA e China. Embora tensas, as relações entre estas duas nações precisam chegar a um consenso em prol do bem global. Houve um avanço na COP26 e nessa COP27 [ii] realizada no Egito, em novembro último, as duas potências (e as mais poluidoras do mundo) retomaram as negociações formais pois sua cooperação é considerada crucial para evitar mais danos causados por possíveis mudanças climáticas radicais. Uma leitura oficial do posicionamento de ambos os países, reforçou que os líderes “concordaram em capacitar altos funcionários importantes para manter a comunicação e aprofundar os esforços construtivos sobre essas e outras questões”. É um avanço.

“Bens comuns globais”

Ikeda lembrou que 2022 marca os 30 anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro. Foi o marco do movimento pela coalisão mundial em prol da vida no planeta Terra. Ali foram estabelecidas as bases para a adoção de medidas fundamentais que até hoje se discutem.

ecretário-geral António Guterres (na tela) discursa na reunião sobre mudanças climáticas realizada em sede da ONU (Estados Unidos, set, 2021)

Em seu texto, Ikeda sugere fortemente a adoção de uma declaração para definir os passos e fortalecer uma abordagem abrangente para as questões ambientais, com a perspectiva de salvaguardar os bens comuns globais. Somam-se a isso decisões firmes na ONU sobre os problemas relacionados a tais bens comuns globais.

São eles (os jovens) os herdeiros deste mundo, portanto, nada mais justo que sejam também protagonistas da transformação que a cada dia se torna mais e mais necessária.

Guia de turismo das Nações Unidas da Alemanha fala a um grupo de jovens visitantes sobre as operações de manutenção da paz da ONU

Um dos possíveis caminhos que Ikeda vem levantando há décadas é a criação de meios para que a juventude se engaje com vigor nos comitês de apoio a serem criados em todos os países membros das Nações Unidas. Ele relembra a Youth4Climate: Driving Ambition (Juventude pelo Clima: Impulsionando Aspirações, em tradução livre), uma conferência pré-COP26, realizada em setembro de 2021, em Milão. Naquela oportunidade foi ofertada uma plataforma para que os jovens de todo o mundo se unissem e transmitissem suas preocupações para os que estão engajados em negociações intergovernamentais. Segundo ele, essa oportunidade evocou precisamente o tipo de conselho jovem das Nações Unidas por ele defendida: cerca de quatrocentos jovens de 186 países — quase todos os signatários do Acordo de Paris — incluindo um jovem membro da Soka Gakkai do Japão, participaram da conferência.

Academia Ambiental – Institituto Soka Amazônia

Um manifesto foi redigido a partir dessas interações e o principal ponto levantado foi o aumento de oportunidades para que a juventude mundial possa contribuir efetivamente. São eles os herdeiros deste mundo, portanto, nada mais justo que sejam também protagonistas da transformação que a cada dia se torna mais e mais necessária.  O que Ikeda deixa claro é que nada será capaz de mudar o que quer que seja sem a participação popular, principalmente dos jovens, que têm a força e o vigor necessários para a árdua batalha a ser travada, conforme o trecho adiante:


[i] Íntegra do texto da proposta de paz de 2022, de Daisaku Ikeda:  http://www.culturadepaz.org.br/media/propostas/proposta_paz2022.pdf

A paz é uma opção viável.

Há esperança mesmo diante de cenários devastadores
Cada indivíduo tem um papel essencial nesse processo de mudança radical de comportamento e atitude frente às mudanças climáticas

A busca pelo equilíbrio ambiental rumo à tão desejada paz global. Embora a grande mídia não retrate, há esforços positivos ocorrendo em todos os pontos do planeta por iniciativa de indivíduos e de grupos. A energia do bem é uma poderosa força que provê os sistemas a despeito dos efeitos negativos de ações nefastas. Em sua proposta de paz deste ano, Transformar a história humana com a luz da paz e da dignidade[i], o dr. Daisaku Ikeda enfatiza que o

“O espírito de solidariedade proverá a energia e a base para enfrentar o espectro amplo de nossos desafios, incluindo a crise climática. Estou certo de que ao enraizarmos nossas ações nesse espírito de solidariedade e ao avançarmos na construção de uma sociedade global que seja inabalável diante de quaisquer ameaças, deixaremos algo de imenso valor para as futuras gerações”.

Isso posto, vamos aos principais pontos relacionados às mudanças climáticas levantados por Ikeda nesse texto.

Há muitas décadas pesquisadores e autoridades vêm alertando sobre os perigos do ritmo acelerado das mudanças climáticas. Os efeitos dessa aceleração são visíveis em todas as partes do globo, numa escalada acentuada e preocupante. São muitos os efeitos dessas mudanças no clima: secas e incêndios frequentes em muitas partes do mundo; aumento crescente das temperaturas e da acidificação marítimas, resultando em deterioração da capacidade dos ecossistemas terrestres e aquáticos de absorver os gases de efeito estufa. E estes são somente alguns aspectos. Infelizmente há muito mais.

Porém, mesmo diante de um cenário tão devastador, há esperança. Ikeda aponta caminhos de superação dessa crise.]

“De acordo com relatório do Instituto de Recursos Mundiais, se os países do G20, responsáveis por 75% das emissões de gases estufa, lançarem o objetivo ambicioso de redução de emissões correspondente a 1,5 grau [Celsius] até 2030 e alcançarem a meta de zero emissões líquidas até 2050, o aumento da temperatura global pode ser limitado a 1,7 grau — abaixo apenas do objetivo de 2 graus do Acordo de Paris.”

Somado a isso, Ikeda sugere também o fortalecimento da estrutura de parcerias entre a ONU e a sociedade civil. Reconhecer que os recursos necessários à sobrevivência dos povos sejam considerados “bens comuns globais”. Nesse conjunto se incluem o clima e a biodiversidade. Ele propõe o estabelecimento de espaço dentro do sistema da ONU onde a sociedade civil, liderada pelos jovens, possa discutir livremente a proteção abrangente aos bens comuns globais.

EUA e China

Ikeda apontou ainda que para a plena execução das mudanças necessárias é fundamental a cooperação entre as duas maiores potências econômicas da atualidade: EUA e China. Embora tensas, as relações entre estas duas nações precisam chegar a um consenso em prol do bem global. Houve um avanço na COP26 e nessa COP27 [ii] realizada no Egito, em novembro último, as duas potências (e as mais poluidoras do mundo) retomaram as negociações formais pois sua cooperação é considerada crucial para evitar mais danos causados por possíveis mudanças climáticas radicais. Uma leitura oficial do posicionamento de ambos os países, reforçou que os líderes “concordaram em capacitar altos funcionários importantes para manter a comunicação e aprofundar os esforços construtivos sobre essas e outras questões”. É um avanço.

“Bens comuns globais”

Ikeda lembrou que 2022 marca os 30 anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro. Foi o marco do movimento pela coalisão mundial em prol da vida no planeta Terra. Ali foram estabelecidas as bases para a adoção de medidas fundamentais que até hoje se discutem.

ecretário-geral António Guterres (na tela) discursa na reunião sobre mudanças climáticas realizada em sede da ONU (Estados Unidos, set, 2021)

Em seu texto, Ikeda sugere fortemente a adoção de uma declaração para definir os passos e fortalecer uma abordagem abrangente para as questões ambientais, com a perspectiva de salvaguardar os bens comuns globais. Somam-se a isso decisões firmes na ONU sobre os problemas relacionados a tais bens comuns globais.

São eles (os jovens) os herdeiros deste mundo, portanto, nada mais justo que sejam também protagonistas da transformação que a cada dia se torna mais e mais necessária.

Guia de turismo das Nações Unidas da Alemanha fala a um grupo de jovens visitantes sobre as operações de manutenção da paz da ONU

Um dos possíveis caminhos que Ikeda vem levantando há décadas é a criação de meios para que a juventude se engaje com vigor nos comitês de apoio a serem criados em todos os países membros das Nações Unidas. Ele relembra a Youth4Climate: Driving Ambition (Juventude pelo Clima: Impulsionando Aspirações, em tradução livre), uma conferência pré-COP26, realizada em setembro de 2021, em Milão. Naquela oportunidade foi ofertada uma plataforma para que os jovens de todo o mundo se unissem e transmitissem suas preocupações para os que estão engajados em negociações intergovernamentais. Segundo ele, essa oportunidade evocou precisamente o tipo de conselho jovem das Nações Unidas por ele defendida: cerca de quatrocentos jovens de 186 países — quase todos os signatários do Acordo de Paris — incluindo um jovem membro da Soka Gakkai do Japão, participaram da conferência.

Academia Ambiental – Institituto Soka Amazônia

Um manifesto foi redigido a partir dessas interações e o principal ponto levantado foi o aumento de oportunidades para que a juventude mundial possa contribuir efetivamente. São eles os herdeiros deste mundo, portanto, nada mais justo que sejam também protagonistas da transformação que a cada dia se torna mais e mais necessária.  O que Ikeda deixa claro é que nada será capaz de mudar o que quer que seja sem a participação popular, principalmente dos jovens, que têm a força e o vigor necessários para a árdua batalha a ser travada, conforme o trecho adiante:


[i] Íntegra do texto da proposta de paz de 2022, de Daisaku Ikeda:  http://www.culturadepaz.org.br/media/propostas/proposta_paz2022.pdf

Vem passarinhar Manaus: aprendizado e bem-estar garantidos

O objetivo: observar as exuberantes aves amazônicas em seu habitat natural seja para recreação, seja para fins de estudo

É indiscutível o relevante papel das aves para o equilíbrio dos ecossistemas. Cada grupo de animais tem um propósito e uma função a desempenhar e, graças às características únicas como hábitos alimentares e agilidade no deslocamento pelo ar, as aves formam um contingente essencial para o pleno êxito da harmonia entre os diferentes ecossistemas.

As birdwatching, termo cunhado nos EUA onde a atividade se originou, como são chamadas as ações de grupos para a observação desses animais, além de uma atividade que se complementa à terapia de Banho de Floresta (matéria já publicada neste blog: https://institutosoka-amazonia.org.br/que-tal-um-banho-de-floresta/ ), é ainda uma ação muito eficaz de educação ambiental.

A professora doutora Katell Uguen, da Universidade Estadual do Amazonas, é a orientadora do projeto Vem Passarinhar Manaus, que consiste em ações de observação de pássaros, com alunos e público em geral, em Manaus.

Sensação de bem estar

“Tudo começou na pandemia, em 2020 e vem se realizando com uma periodicidade de aproximadamente 30 a 45 dias”, contou a professora. Francesa de nascimento, vive no Amazonas há 25 anos. Embora tenha se graduado em engenharia agronômica, fez o doutorado em Ecologia Ambiental. “Desde a primeira vez que fui a uma passarinhada*, no Museu da Amazônia, a sensação de bem-estar me conquistou”, contou ela.

Ela se apressa a esclarecer que a iniciativa do Vem Passarinhar Manaus foi de uma aluna de graduação. “Ela veio com o projeto que eu imediatamente abracei por enxergar grandes oportunidades de estudo e também de compartilhamento de vivências saudáveis”, contou. Basicamente, o Vem Passarinhar Manaus uniu o utilíssimo ao agradabilíssimo.

“Já fizemos, no Instituto Soka, oito ações do projeto com a equipe e uma com o público em geral e já identificamos 71 espécies, mas isso ainda é pouco”

Muitas espécies de plantas das florestas amazônicas e de áreas periodicamente alagadas produzem frutos carnosos, com cores vivas e odor forte. Tais características atraem tanto aves como mamíferos que fazem o importante trabalho de dispersar as sementes para longe da árvore-mãe, o que garante a perpetuação e a conquista de novos ambientes para muitas espécies e sua permanência no ecossistema a longo prazo.

Alterações nos habitats podem gerar desequilíbrio, por isso, devido ao bom estado de conservação da cobertura vegetal e a diversidade de ambientes ao longo de um gradiente do rio para a terra firme, as passarinhadas no ISA são tão interessantes. “Já fizemos, no Instituto Soka, três ações do projeto com a equipe e uma com o público em geral e já identificamos 71 espécies, mas ainda é pouco”, explicou. Segundo ela, a área do Encontro das Águas pode reunir facilmente, mais de 300 espécies de aves devido às condições únicas que essas águas oferecem.

Dia mundial da observação de aves

O dia 8 de outubro é o Big Global Day, para o movimento do birdwatching. No mundo todo os apaixonados pela observação de aves saem a campo para reunir dados de extrema relevância para as pesquisas e/ou simplesmente se deleitar com o prazer de estar em meio ao verde, pois é um momento da Primavera (no hemisfério Sul) e Outono (no hemisfério Norte) em que as migrações estão em plena preparação e/ou em andamento. Em outubro, a equipe do projeto fez um levantamento no Instituto Soka onde levantou 28 espécies, contribuindo para o esforço mundial de monitoramento da biodiversidade.

Arquivo de sons de pássaros

Após cada ação do Vem Passarinhar Manaus são produzidos relatórios com os dados coletados. Os espécimes podem ser atraídos por meio de arquivo de sons de pássaros, o que possibilita a observação mais objetiva. A professora explica que a observação de aves é uma atividade que existe desde que o homem começou a interessar-se pelo comportamento de outras formas de vida. Há grupos que se dedicam a essa atividade regularmente em praticamente todos os parques nacionais. Aqui no Brasil o birdwatching é recente mas já conta com muitos clubes de observadores de aves e todos os estados.

É também uma atividade que resulta em benefícios para toda a coletividade, como o desenvolvimento do turismo responsável, pois esse turista não degrada e não polui, por ter a consciência da importância de preservar para que sempre haja espécimes a serem observados. Outro benefício é a geração de renda e valores agregados às comunidades locais, além, é claro, da sensibilização para a importância da conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Outro ponto abordado pela professora é a educação ambiental. “Quem já foi a um birdwatching será naturalmente um defensor do meio ambiente”, finalizou.

(*) A professora dá a essa expressão (passarinhada) um sentido muito mais nobre do que tem em muitos lugares do país onde o termo se refere a uma especialidade gastronômica como a famigerada “Passarinhada de Embu”, churrascada de confraternização política numa cidade da região da grande São Paulo, em que foram mortos de 2 mil a 3 mil pássaros.

Vem passarinhar Manaus: aprendizado e bem-estar garantidos

O objetivo: observar as exuberantes aves amazônicas em seu habitat natural seja para recreação, seja para fins de estudo

É indiscutível o relevante papel das aves para o equilíbrio dos ecossistemas. Cada grupo de animais tem um propósito e uma função a desempenhar e, graças às características únicas como hábitos alimentares e agilidade no deslocamento pelo ar, as aves formam um contingente essencial para o pleno êxito da harmonia entre os diferentes ecossistemas.

As birdwatching, termo cunhado nos EUA onde a atividade se originou, como são chamadas as ações de grupos para a observação desses animais, além de uma atividade que se complementa à terapia de Banho de Floresta (matéria já publicada neste blog: https://institutosoka-amazonia.org.br/que-tal-um-banho-de-floresta/ ), é ainda uma ação muito eficaz de educação ambiental.

A professora doutora Katell Uguen, da Universidade Estadual do Amazonas, é a orientadora do projeto Vem Passarinhar Manaus, que consiste em ações de observação de pássaros, com alunos e público em geral, em Manaus.

Sensação de bem estar

“Tudo começou na pandemia, em 2020 e vem se realizando com uma periodicidade de aproximadamente 30 a 45 dias”, contou a professora. Francesa de nascimento, vive no Amazonas há 25 anos. Embora tenha se graduado em engenharia agronômica, fez o doutorado em Ecologia Ambiental. “Desde a primeira vez que fui a uma passarinhada*, no Museu da Amazônia, a sensação de bem-estar me conquistou”, contou ela.

Ela se apressa a esclarecer que a iniciativa do Vem Passarinhar Manaus foi de uma aluna de graduação. “Ela veio com o projeto que eu imediatamente abracei por enxergar grandes oportunidades de estudo e também de compartilhamento de vivências saudáveis”, contou. Basicamente, o Vem Passarinhar Manaus uniu o utilíssimo ao agradabilíssimo.

“Já fizemos, no Instituto Soka, oito ações do projeto com a equipe e uma com o público em geral e já identificamos 71 espécies, mas isso ainda é pouco”

Muitas espécies de plantas das florestas amazônicas e de áreas periodicamente alagadas produzem frutos carnosos, com cores vivas e odor forte. Tais características atraem tanto aves como mamíferos que fazem o importante trabalho de dispersar as sementes para longe da árvore-mãe, o que garante a perpetuação e a conquista de novos ambientes para muitas espécies e sua permanência no ecossistema a longo prazo.

Alterações nos habitats podem gerar desequilíbrio, por isso, devido ao bom estado de conservação da cobertura vegetal e a diversidade de ambientes ao longo de um gradiente do rio para a terra firme, as passarinhadas no ISA são tão interessantes. “Já fizemos, no Instituto Soka, três ações do projeto com a equipe e uma com o público em geral e já identificamos 71 espécies, mas ainda é pouco”, explicou. Segundo ela, a área do Encontro das Águas pode reunir facilmente, mais de 300 espécies de aves devido às condições únicas que essas águas oferecem.

Dia mundial da observação de aves

O dia 8 de outubro é o Big Global Day, para o movimento do birdwatching. No mundo todo os apaixonados pela observação de aves saem a campo para reunir dados de extrema relevância para as pesquisas e/ou simplesmente se deleitar com o prazer de estar em meio ao verde, pois é um momento da Primavera (no hemisfério Sul) e Outono (no hemisfério Norte) em que as migrações estão em plena preparação e/ou em andamento. Em outubro, a equipe do projeto fez um levantamento no Instituto Soka onde levantou 28 espécies, contribuindo para o esforço mundial de monitoramento da biodiversidade.

Arquivo de sons de pássaros

Após cada ação do Vem Passarinhar Manaus são produzidos relatórios com os dados coletados. Os espécimes podem ser atraídos por meio de arquivo de sons de pássaros, o que possibilita a observação mais objetiva. A professora explica que a observação de aves é uma atividade que existe desde que o homem começou a interessar-se pelo comportamento de outras formas de vida. Há grupos que se dedicam a essa atividade regularmente em praticamente todos os parques nacionais. Aqui no Brasil o birdwatching é recente mas já conta com muitos clubes de observadores de aves e todos os estados.

É também uma atividade que resulta em benefícios para toda a coletividade, como o desenvolvimento do turismo responsável, pois esse turista não degrada e não polui, por ter a consciência da importância de preservar para que sempre haja espécimes a serem observados. Outro benefício é a geração de renda e valores agregados às comunidades locais, além, é claro, da sensibilização para a importância da conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Outro ponto abordado pela professora é a educação ambiental. “Quem já foi a um birdwatching será naturalmente um defensor do meio ambiente”, finalizou.

(*) A professora dá a essa expressão (passarinhada) um sentido muito mais nobre do que tem em muitos lugares do país onde o termo se refere a uma especialidade gastronômica como a famigerada “Passarinhada de Embu”, churrascada de confraternização política numa cidade da região da grande São Paulo, em que foram mortos de 2 mil a 3 mil pássaros.

Unidos na ciência contra a mudança climática

Mudanças climáticas Amazonas

Autor: Diego Oliveira Brandão[1]

Unidos na Ciência (título original: United in Science 2022) é uma síntese científica relacionada às mudanças climáticas, impactos e respostas. O relatório foi produzido por várias organizações científicas com atuação global, sendo publicado em 13/09/2022. Os tópicos do relatório abordaram gases de efeito estufa (GEE), clima atual, clima futuro, impactos e adaptação. A mensagem principal de cada tópico foi traduzida livremente e interpretada em um contexto da Amazônia, sendo apresentada abaixo.

O relatório mostrou que as concentrações atmosféricas de GEE continuam a aumentar. Houve uma queda em 2020 e 2021. Isso aconteceu devido aos efeitos da pandemia de COVID-19. No entanto, as emissões de GEE agora estão tão altas quanto o período pré-pandemia.

A temperatura atmosférica sobre o solo e oceano tem sido crescente. Foi estimada uma média probabilidade de que, entre 2022 e 2026, a temperatura média anual seja temporariamente 1,5°C mais alta do que em 1850-1900.

Bilhões de pessoas em todo o mundo estão expostas aos impactos das mudanças climáticas. Os impactos socioeconômicos serão crescentes. As populações mais vulneráveis sofrerão mais, como as comunidades tradicionais (andirobeiras, extrativistas, indígenas, quebradeiras de coco babaçu, quilombolas e ribeirinhas) e agricultores familiares da Amazônia que dependem das plantas nativas para subsistência. Vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade e incapacidade dos sistemas humanos e naturais de lidar com os efeitos negativos da mudança do clima.

Comunidades tradicionais e agricultores familiares da Amazônia estão altamente ameaçados pela mudança climática. Crédito da imagem: Diego Oliveira Brandão, arquivo pessoal

A adaptação é crucial para reduzir os riscos aos impactos climáticos. Medidas de adaptação são iniciativas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.

As evidências científicas alertam que são necessárias medidas aprimoradas para evitar o aquecimento contínuo do sistema terrestre. Isso é essencial para reduzir a probabilidade de mudanças irreversíveis no sistema climático. O relatório destacou que os sistemas de alerta precoce podem salvar vidas, reduzir perdas e danos, contribuir para a redução do risco de desastres e apoiar a adaptação às mudanças climáticas.

Referências:

  • United in Science 2022: A multi-organization high-level compilation of the most recent science related to climate change, impacts and responses. Disponível em: https://public.wmo.int/en/resources/united_in_science. Acesso em: 14/09/2022.
  • Política Nacional sobre Mudança do Clima. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12187.htm. Acesso em: 14/09/2022.
  • Brandão, D. O. Mudanças climáticas e seus impactos sobre os produtos florestais não madeireiros na Amazônia. In: SIMPÓSIO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SISTEMA TERRESTRE, 10. (SPGCST), 2021, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Anais… São José dos Campos: INPE, 2021. On-line. ISBN 978-65-00-33306-0. IBI: < 8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP >. Disponível em: < http://urlib.net/ibi/8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP  >.
  • Brandão, D. O.; Barata, L.E.S.; Nobre, C. A. The effects of environmental changes on plant species and forest dependent communities in the Amazon region. Forests, v.13, n.3, p. 466, 2022. Disponível em: < https://www.mdpi.com/1999-4907/13/3/466  >
  • Imagens do arquivo pessoal de Diego Oliveira Brandão.

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[1] Biólogo CRBIO 116152

Contato: diegobrandao779@gmail.com

Unidos na ciência contra a mudança climática

Mudanças climáticas Amazonas

Autor: Diego Oliveira Brandão[1]

Unidos na Ciência (título original: United in Science 2022) é uma síntese científica relacionada às mudanças climáticas, impactos e respostas. O relatório foi produzido por várias organizações científicas com atuação global, sendo publicado em 13/09/2022. Os tópicos do relatório abordaram gases de efeito estufa (GEE), clima atual, clima futuro, impactos e adaptação. A mensagem principal de cada tópico foi traduzida livremente e interpretada em um contexto da Amazônia, sendo apresentada abaixo.

O relatório mostrou que as concentrações atmosféricas de GEE continuam a aumentar. Houve uma queda em 2020 e 2021. Isso aconteceu devido aos efeitos da pandemia de COVID-19. No entanto, as emissões de GEE agora estão tão altas quanto o período pré-pandemia.

A temperatura atmosférica sobre o solo e oceano tem sido crescente. Foi estimada uma média probabilidade de que, entre 2022 e 2026, a temperatura média anual seja temporariamente 1,5°C mais alta do que em 1850-1900.

Bilhões de pessoas em todo o mundo estão expostas aos impactos das mudanças climáticas. Os impactos socioeconômicos serão crescentes. As populações mais vulneráveis sofrerão mais, como as comunidades tradicionais (andirobeiras, extrativistas, indígenas, quebradeiras de coco babaçu, quilombolas e ribeirinhas) e agricultores familiares da Amazônia que dependem das plantas nativas para subsistência. Vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade e incapacidade dos sistemas humanos e naturais de lidar com os efeitos negativos da mudança do clima.

Comunidades tradicionais e agricultores familiares da Amazônia estão altamente ameaçados pela mudança climática. Crédito da imagem: Diego Oliveira Brandão, arquivo pessoal

A adaptação é crucial para reduzir os riscos aos impactos climáticos. Medidas de adaptação são iniciativas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.

As evidências científicas alertam que são necessárias medidas aprimoradas para evitar o aquecimento contínuo do sistema terrestre. Isso é essencial para reduzir a probabilidade de mudanças irreversíveis no sistema climático. O relatório destacou que os sistemas de alerta precoce podem salvar vidas, reduzir perdas e danos, contribuir para a redução do risco de desastres e apoiar a adaptação às mudanças climáticas.

Referências:

  • United in Science 2022: A multi-organization high-level compilation of the most recent science related to climate change, impacts and responses. Disponível em: https://public.wmo.int/en/resources/united_in_science. Acesso em: 14/09/2022.
  • Política Nacional sobre Mudança do Clima. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12187.htm. Acesso em: 14/09/2022.
  • Brandão, D. O. Mudanças climáticas e seus impactos sobre os produtos florestais não madeireiros na Amazônia. In: SIMPÓSIO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SISTEMA TERRESTRE, 10. (SPGCST), 2021, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Anais… São José dos Campos: INPE, 2021. On-line. ISBN 978-65-00-33306-0. IBI: < 8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP >. Disponível em: < http://urlib.net/ibi/8JMKD3MGPDW34P/45U3UDP  >.
  • Brandão, D. O.; Barata, L.E.S.; Nobre, C. A. The effects of environmental changes on plant species and forest dependent communities in the Amazon region. Forests, v.13, n.3, p. 466, 2022. Disponível em: < https://www.mdpi.com/1999-4907/13/3/466  >
  • Imagens do arquivo pessoal de Diego Oliveira Brandão.

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[1] Biólogo CRBIO 116152

Contato: diegobrandao779@gmail.com

A árvore mais alta da Amazônia

Foi encontrada em região remota com incríveis 88 metros de altura: a gigante angelim-vermelho

Dentre os diferentes e impressionantes espécimes da floresta Amazônica, um se destaca: o angelim-vermelho que detém o recorde de árvore mais alta da maior floresta tropical do planeta, com 88 metros, equivalente a um prédio de 25 andares. Só perde para a sequóia-vermelha dos EUA com 115,7 metros e para a shorea faguetiana da Malásia, com 100,8 metros. O Instituto Soka Amazônia vem plantando mudas de angelim-vermelho há muitos anos, sempre com o objetivo de preservar a floresta e sua inestimável biodiversidade.

Recentemente, pesquisadores de diferentes países identificaram esse exemplar de 88 metros e o classificaram como um recorde para a Amazônia brasileira, pois até então não havia sido registrada nenhuma árvore acima de 70 metros de altura. No mesmo local foram vistos outros espécimes de angelim-vermelho com mais de 80 metros.

A espécie é bastante cobiçada devido à qualidade da madeira que pode durar por muitos e muitos anos. Portas, janelas, projetos decorativos, móveis em geral entre outros itens, tudo que é feito com angelim-vermelho tem sua durabilidade assegurada, pois essa madeira é quase imune ao cupim, principal agente biológico causador de danos a esse material.

Gorgens, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons

A descoberta

Ao longo de 2016 e 2017, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) colecionou imagens de grandes extensões da floresta amazônica, por meio da tecnologia radar laser que permite registros remotos com bastante precisão. Foram mapeadas 850 áreas, numa região bastante remota devido à dificuldade de acesso, cada qual com cerca de 12 quilômetros de comprimento por 300 metros de largura. Sete delas foram encontradas na região do rio Jari, um dos afluentes do rio Amazonas, entre os estados do Amapá e Pará. São gigantes com mais de 80 metros.

A equipe acredita que o gigantismo desses espécimes é justificado pela imensa distância de áreas urbanas e industriais, já que esses angelins-vermelhos tão cobiçados devido ao seu alto valor de mercado são praticamente inacessíveis, o que salvaguardou as gigantes, e o que se espera, é que elas se mantenham intocadas por muito tempo.

Afora seu grande valor comercial, cada angelim-vermelho é de importância inestimável pois uma árvore adulta consegue reter a mesma quantidade de carbono que um hectare inteiro de floresta tropical, o que significa que uma única árvore pode armazenar até 40 toneladas de carbono, equivalente à totalidade da absorção de 300 a 500 pequenas árvores.

A título de curiosidade

Apenas para se ter uma ideia mais precisa de equivalências: a Estátua da Liberdade, em Nova York, tem 93 metros de altura, incluindo a base. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros da base até o topo da cabeça; ou seja, a árvore encontrada é somente um pouco menor que o símbolo de Nova York e mais que o dobro da estátua símbolo do Rio de Janeiro.

Fontes:

https://portalamazonia.com/amazonia/a-arvore-mais-alta-da-amazonia-conheca-o-angelim-vermelho

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/408633/1/Angelim-vermelho-Dinizia.pdf

http://www.remade.com.br/madeiras-exoticas/114/madeiras-brasileiras-e-exoticas/angelim-vermelho

A árvore mais alta da Amazônia

Foi encontrada em região remota com incríveis 88 metros de altura: a gigante angelim-vermelho

Dentre os diferentes e impressionantes espécimes da floresta Amazônica, um se destaca: o angelim-vermelho que detém o recorde de árvore mais alta da maior floresta tropical do planeta, com 88 metros, equivalente a um prédio de 25 andares. Só perde para a sequóia-vermelha dos EUA com 115,7 metros e para a shorea faguetiana da Malásia, com 100,8 metros. O Instituto Soka Amazônia vem plantando mudas de angelim-vermelho há muitos anos, sempre com o objetivo de preservar a floresta e sua inestimável biodiversidade.

Recentemente, pesquisadores de diferentes países identificaram esse exemplar de 88 metros e o classificaram como um recorde para a Amazônia brasileira, pois até então não havia sido registrada nenhuma árvore acima de 70 metros de altura. No mesmo local foram vistos outros espécimes de angelim-vermelho com mais de 80 metros.

A espécie é bastante cobiçada devido à qualidade da madeira que pode durar por muitos e muitos anos. Portas, janelas, projetos decorativos, móveis em geral entre outros itens, tudo que é feito com angelim-vermelho tem sua durabilidade assegurada, pois essa madeira é quase imune ao cupim, principal agente biológico causador de danos a esse material.

Gorgens, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons

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Ao longo de 2016 e 2017, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) colecionou imagens de grandes extensões da floresta amazônica, por meio da tecnologia radar laser que permite registros remotos com bastante precisão. Foram mapeadas 850 áreas, numa região bastante remota devido à dificuldade de acesso, cada qual com cerca de 12 quilômetros de comprimento por 300 metros de largura. Sete delas foram encontradas na região do rio Jari, um dos afluentes do rio Amazonas, entre os estados do Amapá e Pará. São gigantes com mais de 80 metros.

A equipe acredita que o gigantismo desses espécimes é justificado pela imensa distância de áreas urbanas e industriais, já que esses angelins-vermelhos tão cobiçados devido ao seu alto valor de mercado são praticamente inacessíveis, o que salvaguardou as gigantes, e o que se espera, é que elas se mantenham intocadas por muito tempo.

Afora seu grande valor comercial, cada angelim-vermelho é de importância inestimável pois uma árvore adulta consegue reter a mesma quantidade de carbono que um hectare inteiro de floresta tropical, o que significa que uma única árvore pode armazenar até 40 toneladas de carbono, equivalente à totalidade da absorção de 300 a 500 pequenas árvores.

A título de curiosidade

Apenas para se ter uma ideia mais precisa de equivalências: a Estátua da Liberdade, em Nova York, tem 93 metros de altura, incluindo a base. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros da base até o topo da cabeça; ou seja, a árvore encontrada é somente um pouco menor que o símbolo de Nova York e mais que o dobro da estátua símbolo do Rio de Janeiro.

Fontes:

https://portalamazonia.com/amazonia/a-arvore-mais-alta-da-amazonia-conheca-o-angelim-vermelho

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/408633/1/Angelim-vermelho-Dinizia.pdf

http://www.remade.com.br/madeiras-exoticas/114/madeiras-brasileiras-e-exoticas/angelim-vermelho