Em defesa das abelhas nativas

Apaixonada pelas polinizadoras brazucas, Iris Andrade da Cruz vai desenvolver estudo sobre elas no Instituto Soka Amazônia

Chegam a somar centenas de espécies e possuem particularidades únicas e preciosas. A simbiose perfeita entre as abelhas nativas sem ferrão (tribo Meliponini) e a nossa flora é crucial para a sustentabilidade da imensa e rica biodiversidade brasileira. A pesquisadora Iris Andrade da Cruz nasceu em Belém, mas ainda bebê foi para Manaus e lá fincou sólidas raízes. “Me considero manauara já”, reafirma. Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela ONU, o Instituto Soka Amazônia homenageia todas as cientistas com este breve perfil de uma jovem pesquisadora humanista.

Espécie de abelha sem ferrão. Melipona seminigra coletando nectar em flor de Antigonon leptopus. Foto do acervo do Grupo de Pesquisa em Abelhas
Carreira “mais rentável” por quê?

Budista desde o nascimento, a criança Iris interessou-se desde cedo pelas Ciências Biológicas. Na fase pré vestibular, porém, chegou a prestar Administração, influenciada pelas vozes contrárias que a aconselhavam a buscar uma carreira mais “rentável”.

Porém, acaso ou não, foi reprovada na seletiva. Voltou-se então para a paixão e prestou a prova para a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) com sucesso. “Foi a vocação!”, exclama.

Antes das abelhas, formigas

Seu primeiro interesse foram as formigas. Ao longo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, seu plano era estudar esses insetos, todavia, não teve a oportunidade. Mas ao buscar o mestrado em Entomologia no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) voltou-se para as abelhas, em especial, as nativas sem ferrão.

“Há muito queria conhecer sobre as nossas abelhas e sobre as suas propriedades únicas”, explica. Uma delas é a importância que têm na preservação de determinadas espécies da flora amazônica polinizadas somente por elas.”

Abelha sem ferrao, Melipona interrupta. Foto do acervo do Grupo de Pesquisa em Abelhas – GPA – INPA

Outras propriedades – O mel das abelhas nativas sem ferrão possui ainda uma alta atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado para combater doenças pulmonares, resfriados, gripes, fraqueza e infecção nos olhos em diversas partes do país. Os povos tradicionais conhecem e utilizam seu mel para tratar ferimentos e outras afecções cutâneas pela ação cicatrizante e antioxidante.

Além disso, o mel das abelhas sem ferrão é considerado o mais saboroso que existe. Além de ser variado, é diferenciado por sua consistência, aroma, coloração. No entanto, quase todas as características físico-químicas desse mel não atendem aos padrões exigidos pela legislação brasileira. Há necessidade de uma legislação específica para os méis dessas abelhas pois as normas são pautadas pelo mel produzido pelas abelhas africanizadas que é o que predomina no mercado nacional. Uma das principais vantagens do mel das abelhas nativas é o seu baixo teor de açúcar, que pode chegar a 70% menos que o mel produzido pelas abelhas africanizadas (Apis mellifera).

Mais adiante, o doutorado

“Foi a melhor escolha que fiz!”, conta Iris. Quanto mais estudava maior se tornava sua paixão. Tanto que pretende fazer o doutorado com o mesmo grupo de estudo, as abelhas sem ferrão, sob a orientação da profa. dra. Gislene Almeida Carvalho-Zilse, uma das grandes especialistas do assunto no país, no que se refere às abelhas nativas.

Um meliponário

Iris foi convidada pelo Instituto Soka Amazônia para montar um meliponário[i] dentro da Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda (RPPN). Além de contribuir para um maior conhecimento sobre esses animais preciosos, o projeto terá também uma importante finalidade educativa já que as abelhas sem ferrão são seguras e podem ser apresentadas sem receio aos milhares de escolares que visitam o Instituto todos os anos. “Quando as atividades normais forem retomadas, quero ajudar as novas gerações a conhecerem essas abelhas e compreenderem a sua importância para a preservação das nossas matas”, ressalta.

Há ainda muito o que se descobrir. A primeira tarefa de Iris será construir o meliponário. Para tanto vem se dedicando à captura das espécies de forma segura. Um desses métodos foi o tema de sua dissertação de mestrado que estudou a eficiência dos ninhos-isca para a obtenção de enxames de abelhas sem ferrão, feitos utilizando garrafas pet.

Desafio: as abelhas estão desaparecendo

Uma das questões mais desafiadoras deste século é o crescente desaparecimento das abelhas em escala global. Mais do que simples produtoras de mel, as abelhas são responsáveis pela polinização de uma imensa parcela de plantas utilizadas na alimentação. Os especialistas são unânimes em afirmar que, com a contínua extinção desses animais, a segurança alimentar do planeta está ameaçada. Ou seja: delas dependem a sobrevivência humana. Cerca de 70% de todo alimento produzido no mundo depende de serem polinizadas pelas abelhas.

As abelhas, as queimadas e uma peculiaridade

E as abelhas nativas têm mais um grave fator a ameaçá-las. Diferente das africanizadas, as abelhas nativas sem ferrão não abandonam suas colmeias quando ocorrem incêndios ou desmatamentos. Elas dependem da preservação da mata em que estão. Hoje são cerca de 500 espécies conhecidas, cada qual com sua caraterística e peculiaridades. O projeto que Iris vai realizar no Instituto Soka Amazônia trará grandes benefícios a todo ciclo de vida da maior floresta do planeta, além de ajudar a conscientizar novas gerações de brasileiros quanto à importância da preservação desses animais fantásticos.


Fontes:

https://ecoa.org.br/6-tipos-de-abelhas-nativas-do-brasil-para-voce-conhecer/?gclid=Cj0KCQiAjKqABhDLARIsABbJrGmjoMg7G4IdkzE1h85iOg_F-zd68DkhZcgFeCWjXZhqaGtamqZFYg8aAvxYEALw_wcB

MELO, G.A.R. Stingless Bees (Meliponini). In: STARR, C. (Ed.) Encyclopedia of Social Insects. Springer, Cham, 2020. p. 1-17. Disponível em: https://doi.org/10.1007/978-3-319-90306-4_117-1

[i] Meliponário (coleção de colmeias de abelhas nativas sem ferrão)

Uma organização global pela harmonia e simbiose social

Soka Gakkai Global
Há 46 anos nascia a Soka Gakkai Internacional para a promoção dos alicerces de um equilíbrio planetário

‘‘A Amazônia é o tesouro maior do mundo, é onde resplandece a luz da vida, onde ecoa a contínua canção da vida. Quando a Amazônia adoece, o planeta agoniza; quando a Amazônia chora, a Terra se desespera; e quando a Amazônia projetar suas asas livremente, a humanidade poderá voar altivamente.’’
Daisaku Ikeda

Consta nos objetivos da Soka Gakkai Internacional – SGI – desde a sua fundação: Promover, com base no ideal budista da simbiose, a proteção da natureza e do meio ambiente. Tem a ver com um dos mais importantes princípios da filosofia humanística do budismo de Nichiren Daishonin: a relação entre as ações humanas e o meio ambiente em que está inserido (em japonês = esho funi). Há 46 anos, a SGI é a materialização dessa relação, à medida que desde a sua fundação, é uma entidade global que promove a harmonização do ser humano com seu entorno. E o Instituto Soka Amazônia é um dos braços ativos da SGI que atua incansavelmente para edificar esse sonho de solidariedade e convivência humana com a natureza e os demais seres viventes do planeta, com ações práticas e permanentes para preservar a biodiversidade da Amazônia.

Cada ser vivo e seu ambiente são independentes, porém e ao mesmo tempo, interdependentes. Embora paradoxal, cada qual atua como um elo de uma corrente harmônica que subsistem em prol de um ciclo de coexistência.

Há quem olhe para os noticiários apocalípticos e só veja o lado sombrio da civilização humana. Esquecem-se do que a mídia não mostra, que está acontecendo neste exato momento em que leem este texto: bilhões de anônimos fora das notícias, que desafiam todos os dias suas limitações e vencem, dia após dia. E, dentre estes bilhões, 12 milhões são membros da SGI que fazem uso do esho funi para promover o bem, promovendo com base na filosofia budista a proteção do meio em que habitam, reverberando essa força e energia em todo o seu entorno.

Pois a SGI nasceu para congregar entidades locais – filiadas em países e territórios – organizando, orientando e protegendo. Sob a ótica do esho funi ninguém pode existir separadamente. A partir de sua fundação o planeta passou a contar com uma instituição mundial que atua efetivamente para compor um ambiente global a partir da transformação individual de cada um dos seus integrantes. E a arma mais poderosa dessa batalha diária pé a esperança!

É com esse sentimento que o Instituto Soka Amazônia vem empreendendo todas as suas ações em favor da convivência harmoniosa do Homem com a Natureza. Cada projeto visa preservar a maior floresta tropical do planeta, cuja importância para o futuro do planeta é reconhecida internacionalmente por toda a comunidade científica mundial.

Consta em um escrito budista: “Sem a vida, o meio ambiente não pode existir”. O dr. Daisaku Ikeda, fundador do Instituto Soka Amazônia e da SGI, proclamou: “Da guerra à paz! Do ódio à amizade! Do conflito à harmonia!”. Havia, nessas poderosas palavras, um claro clamor à uma coalisão de forças afins, dispostas a empregar seus esforços em prol de um planeta em que haja coexistência harmônica, solidária e fraterna entre todos os seres vivos. Pois a vida e seu ambiente são dois aspectos integrantes de uma mesma entidade. O ambiente, que abarca todo fenômeno universal, não pode existir exceto numa dinâmica relação com a atividade internamente gerada pela própria vida.

Parabéns SGI pelos seus 46 anos de existência!

Uma organização global pela harmonia e simbiose social

Soka Gakkai Global
Há 46 anos nascia a Soka Gakkai Internacional para a promoção dos alicerces de um equilíbrio planetário

‘‘A Amazônia é o tesouro maior do mundo, é onde resplandece a luz da vida, onde ecoa a contínua canção da vida. Quando a Amazônia adoece, o planeta agoniza; quando a Amazônia chora, a Terra se desespera; e quando a Amazônia projetar suas asas livremente, a humanidade poderá voar altivamente.’’
Daisaku Ikeda

Consta nos objetivos da Soka Gakkai Internacional – SGI – desde a sua fundação: Promover, com base no ideal budista da simbiose, a proteção da natureza e do meio ambiente. Tem a ver com um dos mais importantes princípios da filosofia humanística do budismo de Nichiren Daishonin: a relação entre as ações humanas e o meio ambiente em que está inserido (em japonês = esho funi). Há 46 anos, a SGI é a materialização dessa relação, à medida que desde a sua fundação, é uma entidade global que promove a harmonização do ser humano com seu entorno. E o Instituto Soka Amazônia é um dos braços ativos da SGI que atua incansavelmente para edificar esse sonho de solidariedade e convivência humana com a natureza e os demais seres viventes do planeta, com ações práticas e permanentes para preservar a biodiversidade da Amazônia.

Cada ser vivo e seu ambiente são independentes, porém e ao mesmo tempo, interdependentes. Embora paradoxal, cada qual atua como um elo de uma corrente harmônica que subsistem em prol de um ciclo de coexistência.

Há quem olhe para os noticiários apocalípticos e só veja o lado sombrio da civilização humana. Esquecem-se do que a mídia não mostra, que está acontecendo neste exato momento em que leem este texto: bilhões de anônimos fora das notícias, que desafiam todos os dias suas limitações e vencem, dia após dia. E, dentre estes bilhões, 12 milhões são membros da SGI que fazem uso do esho funi para promover o bem, promovendo com base na filosofia budista a proteção do meio em que habitam, reverberando essa força e energia em todo o seu entorno.

Pois a SGI nasceu para congregar entidades locais – filiadas em países e territórios – organizando, orientando e protegendo. Sob a ótica do esho funi ninguém pode existir separadamente. A partir de sua fundação o planeta passou a contar com uma instituição mundial que atua efetivamente para compor um ambiente global a partir da transformação individual de cada um dos seus integrantes. E a arma mais poderosa dessa batalha diária pé a esperança!

É com esse sentimento que o Instituto Soka Amazônia vem empreendendo todas as suas ações em favor da convivência harmoniosa do Homem com a Natureza. Cada projeto visa preservar a maior floresta tropical do planeta, cuja importância para o futuro do planeta é reconhecida internacionalmente por toda a comunidade científica mundial.

Consta em um escrito budista: “Sem a vida, o meio ambiente não pode existir”. O dr. Daisaku Ikeda, fundador do Instituto Soka Amazônia e da SGI, proclamou: “Da guerra à paz! Do ódio à amizade! Do conflito à harmonia!”. Havia, nessas poderosas palavras, um claro clamor à uma coalisão de forças afins, dispostas a empregar seus esforços em prol de um planeta em que haja coexistência harmônica, solidária e fraterna entre todos os seres vivos. Pois a vida e seu ambiente são dois aspectos integrantes de uma mesma entidade. O ambiente, que abarca todo fenômeno universal, não pode existir exceto numa dinâmica relação com a atividade internamente gerada pela própria vida.

Parabéns SGI pelos seus 46 anos de existência!

Cumaru: Uma árvore medicinal

Cumaru

Os benefícios da árvore são impressionantes!

Ameaça: cobiça por sua madeira de altíssima qualidade

Todo habitante da floresta conhece suas propriedades medicinais. Há séculos a árvore Cumaru é usada em preparados que, todo mundo garante, são muito eficazes na cura de diferentes males. Desde a casca até os frutos, as folhas, todas as partes da Cumaru (Dipteryx odorata) são valiosas e muito apreciadas.

Monster46, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons https://commons.wikimedia.org/wiki/File:La-Sarrapia.JPG

Com indicação para enfermidades das vias respiratórias, são preparados xaropes e infusões produzidos a partir da extração da casca da árvore. Assegura-se que a semente tem propriedades analgésicas no tratamento de dor de ouvido com um preparado à base de álcool. O chá das folhas é um potente coadjuvante no tratamento de arritmias cardíacas. Já o óleo extraído também da semente é um potente anti-inflamatório, muito utilizado nos casos de reumatismo.

A partir do fruto, que possui uma fragrância inconfundível, produz-se um personalíssimo e muito agradável perfume. Como dizem os coletores extrativistas: “A gente colhe, seca e abre. O cheiro da semente pega e o perfume fica o dia todo nas mãos!”.

Tanto essas propriedades são reconhecidamente válidas, que grandes empresas vêm fomentando o plantio da árvore em enormes áreas na Amazônia. Esse plantio contribui para o reflorestamento e ao mesmo tempo incentiva a fixação do trabalhador rural na região. A semente do cumaru é conhecida como fava-tonka ou fava-tonca, e vem sendo utilizada pela perfumaria desde o século XIX. O princípio ativo responsável pelo seu perfume é a cumarina e a fragrância remete a uma fusão de aromas de baunilha e amêndoa.

Mas e a madeira?

Todos os benefícios listados são salutares tanto para floresta como para as comunidades, já que a extração dos insumos mantém a árvore em pé e proporciona renda aos povos que habitam a floresta. Porém, uma das características que assombram a manutenção dessa harmonia é a altíssima qualidade da madeira dessa árvore muito resistente ao ataque de cupins e de fungos que provocam apodrecimento. A indústria moveleira de luxo é a grande consumidora dessa matéria prima, o que acaba por ameaçar a continuidade de sua existência nos ambientes naturais.

Características físicas

Árvore de copa globosa, tronco ereto e cilíndrico, de 50-70 cm de diâmetro. Sua casca é lisa e amarela, pouco espessa, rugosa e descamante em placas irregulares. Suas flores pequenas em tons brancos com as pontas rosas; a fruta é carnosa (drupa) de cor amarela esverdeada com gosto meio amargo, e suas sementes são de coloração vinho, mas quando maduras escurecem e ficam pretas.

É uma árvore de porte grande que pode atingir 30 metros de altura em ambiente natural, mas quando cultivada não chega a esse patamar. Daí a indústria madeireira buscar seus insumos na floresta. Embora seja abundante na região amazônica, pode ser encontrada também desde o estado do Acre até o Maranhão.

O fruto da Cumaru é uma noz ovoide, de casca verde-amarelada, que envolve uma semente que possui uma amêndoa oleosa, de forma alongada. Essa amêndoa é rija e envolta por uma película fina de cor pardo-clara, com uma semente verde. Quando a amêndoa está seca, a semente adquire uma tonalidade vermelho-escura.

A floração árvore ocorre entre os meses de dezembro e abril e o amadurecimento dos frutos acontece, principalmente, entre maio e setembro.

Propriedades medicinais

Cardiotônica: atua como tonificante do coração

Antiespasmódica: melhora quadros de cólica uterina

Antiasmático: alivia os sintomas da asma

Emenagoga: facilita o fluxo da menstruação diminuindo a cólica menstrual

Diaforética: estimula a transpiração, contribuindo para a desintoxicação do organismo

Anti-inflamatória: trata e combate estados inflamatórios como feridas, aftas e úlceras e em caso de sinusite

Analgésica: minimiza estados de dor, como a do reumatismo e da cefaleia

Broncodilatadora: alivia congestionamento pulmonar, em casos de gripe, asmas e bronquites

Alerta: A cumarina (Cumaricanhydride), principal princípio ativo desta planta, é uma substância branca de sabor acre no começo e depois agradável, solúvel em água fervente, é responsável por grande parte das propriedades da árvore Cumaru. O extrato da cumarina tem efeito anestésico sobre o sistema nervoso central e, em altas doses pode resultar em morte.

Fonte:

https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-ecologica/especies/cumaru

https://www.youtube.com/watch?v=8RZnUTl9fqwhttps://www.greenmebrasil.com/usos-beneficios/6617-cumaru-beneficios-como-usar/

Décadas de vida dedicadas à Amazônia

Equipe Instituto Soka Amazônia

Jomber Chota Inuma é talvez uma das pessoas no mundo que mais compreendem a floresta e sua biodiversidade.

Cidade Tamshiyacu

Ele nasceu na vila Tamshiyacu, povoado que tem hoje uma população de cerca de 8 mil habitantes e se dedica à pesca e à pequena agricultura familiar. Situa-se às margem direita do rio Amazonas, 30 km acima da cidade de Iquitos, na região Loreto-Peru. O turista que vai à Tamshiyacu busca conhecer a beleza e o encanto da floresta, ainda pouco explorada pelo agronegócio. Foi nesse lugar paradisíaco e quase intocado que surgiu o hoje pesquisador residente do Instituto Soka Amazônia, Jomber Chota Inuma.

Indigena da Amazônia peruana

Como um descendente dos povos tradicionais da floresta, indígena da Amazônia peruana, filho de pais humildes que lidavam com extrativismo, caça de subsistência e agricultura, chegou a se doutorar no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia? Ele próprio se faz essa pergunta e sua resposta não deixa dúvida de que suas raízes ancestrais de amor à floresta são o principal componente dessa equação inimaginavelmente possível.

Jomber nasceu em lar humilde e pobre, mas não pobre de herança genética, algo que ciência alguma é capaz de explicar, embora seja ele próprio um cientista. Aluno aplicado e brilhante, sua postura não passou despercebida pelos professores que enxergaram um promissor talento e, assim que terminou a graduação, foi convidado a lecionar. Foram 11 anos na docência superior, na mesma instituição em que se graduou: a Universidade Nacional de la Amazonía Peruana-UNAP, Iquitos.

A engenharia florestal era pouco

A engenharia florestal ainda era pouco para esse homem com sede de saber.

Ao longo dos anos vividos na docência, estabeleceu muitos contatos importantes, dentre os quais pesquisadores da Universidade de Colúmbia de Nova York e do Jardím Botânico de Nova Iorque (EUA). Daí o convite: fazer parte da equipe de implantação da primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, reserva Mamirauá, em Tefé, situada a 523 km de Manaus. Foi assim que Jomber, em 2 de janeiro de 1994, desembarcou em solo brasileiro. Acostumado à mata, destacou-se e sua paixão pela floresta aprofundou-se. Aí veio o desejo de mergulhar ainda mais no universo acadêmico e optou pelo mestrado.

Uma fala foi decisiva em sua decisão.

Em 1995 uma pesquisadora do INPA chegou à reserva e lhe disse: “você tem que fazer mestrado, ou não passará de um mero coletor de dados”. Assim, munido da paixão e da decisão de ir além, tornou-se mestre em Ciências de Florestas Tropicais, na sétima turma desse curso que formou pelo menos 11 grandes mestres. Entre estes estava um jovem japonês recém graduado em Economia pela Universidade Soka do Japão, Akira Tanaka.

Chegada ao Instituto Soka

Outro apaixonado pela floresta, Tanaka veio ao Brasil especificamente para contribuir com o Instituto Soka Amazônia. Assim que conheceu Jomber, ambos se tornaram grandes amigos. Foi Akira quem levou o colega de mestrado ao Instituto, onde permaneceu até agora. Tornou-se um voluntário, conheceu a filosofia humanística do budismo Nichiren que norteia todas as ações da instituição e igualmente encantou-se. Tornou-se budista também. E, pouco tempo depois, se tornou o pesquisador residente do Instituto Soka.

O doutorado também pelo INPA se deu em 2005. “Queria e quero mostrar a Amazônia para os amazonenses e ao mundo. A verdadeira Amazônia, suas espécies, sua gente, sua fauna”, conta. A RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) Dr. Daisaku Ikeda é um dos muitos legados que ajudou a edificar. Quem caminha pela densa mata da reserva não imagina que há 30 anos toda aquela área não passava de uma área devastada. Jomber conhece cada árvore ali plantada, suas características e seus benefícios. Dezenas de milhares de árvores vicejam altivas e esplendorosas graças aos esforços desse filho da floresta, caçula de 7 filhos, 2ª geração de indígenas da etnia Jeberos que fala o idioma Shiwilo, natural da pequena Tamshiyacu, pai de 7 filhos, dois dos quais são também engenheiros florestais.

Aposentado, sim. Inativo, não

Este texto tem como propósito: prestar uma justa homenagem a esse grandioso ser HUMANO que se aposenta em 2021, mas vai continuar em Manaus, ajudando o Instituto Soka, dando consultorias tanto no Brasil como em outros países a empresas e instituições e, principalmente, vai continuar a zelar pela floresta que o concebeu e a quem dedicou toda a sua vida!

Equipe Insituto Soka Amazônia e Jomber
Equipe Instituto Soka Amazônia com Jomber

Décadas de vida dedicadas à Amazônia

Equipe Instituto Soka Amazônia

Jomber Chota Inuma é talvez uma das pessoas no mundo que mais compreendem a floresta e sua biodiversidade.

Cidade Tamshiyacu

Ele nasceu na vila Tamshiyacu, povoado que tem hoje uma população de cerca de 8 mil habitantes e se dedica à pesca e à pequena agricultura familiar. Situa-se às margem direita do rio Amazonas, 30 km acima da cidade de Iquitos, na região Loreto-Peru. O turista que vai à Tamshiyacu busca conhecer a beleza e o encanto da floresta, ainda pouco explorada pelo agronegócio. Foi nesse lugar paradisíaco e quase intocado que surgiu o hoje pesquisador residente do Instituto Soka Amazônia, Jomber Chota Inuma.

Indigena da Amazônia peruana

Como um descendente dos povos tradicionais da floresta, indígena da Amazônia peruana, filho de pais humildes que lidavam com extrativismo, caça de subsistência e agricultura, chegou a se doutorar no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia? Ele próprio se faz essa pergunta e sua resposta não deixa dúvida de que suas raízes ancestrais de amor à floresta são o principal componente dessa equação inimaginavelmente possível.

Jomber nasceu em lar humilde e pobre, mas não pobre de herança genética, algo que ciência alguma é capaz de explicar, embora seja ele próprio um cientista. Aluno aplicado e brilhante, sua postura não passou despercebida pelos professores que enxergaram um promissor talento e, assim que terminou a graduação, foi convidado a lecionar. Foram 11 anos na docência superior, na mesma instituição em que se graduou: a Universidade Nacional de la Amazonía Peruana-UNAP, Iquitos.

A engenharia florestal era pouco

A engenharia florestal ainda era pouco para esse homem com sede de saber.

Ao longo dos anos vividos na docência, estabeleceu muitos contatos importantes, dentre os quais pesquisadores da Universidade de Colúmbia de Nova York e do Jardím Botânico de Nova Iorque (EUA). Daí o convite: fazer parte da equipe de implantação da primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, reserva Mamirauá, em Tefé, situada a 523 km de Manaus. Foi assim que Jomber, em 2 de janeiro de 1994, desembarcou em solo brasileiro. Acostumado à mata, destacou-se e sua paixão pela floresta aprofundou-se. Aí veio o desejo de mergulhar ainda mais no universo acadêmico e optou pelo mestrado.

Uma fala foi decisiva em sua decisão.

Em 1995 uma pesquisadora do INPA chegou à reserva e lhe disse: “você tem que fazer mestrado, ou não passará de um mero coletor de dados”. Assim, munido da paixão e da decisão de ir além, tornou-se mestre em Ciências de Florestas Tropicais, na sétima turma desse curso que formou pelo menos 11 grandes mestres. Entre estes estava um jovem japonês recém graduado em Economia pela Universidade Soka do Japão, Akira Tanaka.

Chegada ao Instituto Soka

Outro apaixonado pela floresta, Tanaka veio ao Brasil especificamente para contribuir com o Instituto Soka Amazônia. Assim que conheceu Jomber, ambos se tornaram grandes amigos. Foi Akira quem levou o colega de mestrado ao Instituto, onde permaneceu até agora. Tornou-se um voluntário, conheceu a filosofia humanística do budismo Nichiren que norteia todas as ações da instituição e igualmente encantou-se. Tornou-se budista também. E, pouco tempo depois, se tornou o pesquisador residente do Instituto Soka.

O doutorado também pelo INPA se deu em 2005. “Queria e quero mostrar a Amazônia para os amazonenses e ao mundo. A verdadeira Amazônia, suas espécies, sua gente, sua fauna”, conta. A RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) Dr. Daisaku Ikeda é um dos muitos legados que ajudou a edificar. Quem caminha pela densa mata da reserva não imagina que há 30 anos toda aquela área não passava de uma área devastada. Jomber conhece cada árvore ali plantada, suas características e seus benefícios. Dezenas de milhares de árvores vicejam altivas e esplendorosas graças aos esforços desse filho da floresta, caçula de 7 filhos, 2ª geração de indígenas da etnia Jeberos que fala o idioma Shiwilo, natural da pequena Tamshiyacu, pai de 7 filhos, dois dos quais são também engenheiros florestais.

Aposentado, sim. Inativo, não

Este texto tem como propósito: prestar uma justa homenagem a esse grandioso ser HUMANO que se aposenta em 2021, mas vai continuar em Manaus, ajudando o Instituto Soka, dando consultorias tanto no Brasil como em outros países a empresas e instituições e, principalmente, vai continuar a zelar pela floresta que o concebeu e a quem dedicou toda a sua vida!

Equipe Insituto Soka Amazônia e Jomber
Equipe Instituto Soka Amazônia com Jomber

Instituto Soka e o Memorial VIDA

Vítimas Covid-19

Projeto está plantando árvores em homenagem às vítimas fatais do covid-19

Desde o seu lançamento em 21 de setembro último – Dia da Árvore – o Instituto Soka Amazônia em parceria com a Rede Amazônica já foram plantadas mais de 4 mil árvores em oito locais de Manaus. A cerimônia de lançamento do projeto Memorial Vida se deu no Clube do Trabalhador do SESI da capital amazonense com a presença de diversas empresas apoiadoras que viram nessa iniciativa, uma maneira grandiosa de honrar as vidas ceifadas por essa pandemia global.

Momento de um dos plantios. Este foi realizado por Cláudia Daou, presidente da Fundação Rede Amazônica

O apoio da Arquidicese de Manaus trouxe um grande incremento que resultou na disposição de outras instituições a oferecerem locais e auxílio nos plantios. Mesmo em meio às chuvas desse período do ano, a equipe do Instituto Soka vem se desdobrando em esforços para cumprir o cronograma de plantios.

Plantio em Parceria com a Arquidiocese de Manaus

Locais em que ocorreram plantios do projeto Memorial Vida:

  1. Clube do Trabalhador
  2. Balneário do SESC
  3. Empresa Musashi
  4. Dom Bosco Zona Leste
  5. DDPM SEMED
  6. Seminário São José
  7. Paróquia São Francisco
  8. Instituto Soka

Memorial da Vida: Uma árvore para cada vítima do Covid 19 no Brasil

Homenagem Vítimas Covid 19

Todas as mudas plantadas são espécimes nativas da Amazônia. O ato de plantar uma árvore – símbolo universal da vida – é uma forma de honrar toda a humanidade que ora encontra-se num momento dramático. Uma árvore representa a perpétua evolução; sua ascensão vertical – tanto para baixo da terra com suas raízes, quanto para cima, com seu tronco, ramos, folhas, flores e frutos – demonstra a grandeza do ciclo da vida em movimento. Esse projeto é a materialização de toda essa simbologia, idealizada pelo Instituto Soka Amazônia e vem sendo implementado por apoiadores que todos os dias chegam oferecendo seus esforços. E é esse o resultado buscado: que a energia do bem de cada plantio se alastre e se mimetize com outras até que cada ser se conscientize da importância de se preservar a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.

Instituto Soka e o Memorial VIDA

Vítimas Covid-19

Projeto está plantando árvores em homenagem às vítimas fatais do covid-19

Desde o seu lançamento em 21 de setembro último – Dia da Árvore – o Instituto Soka Amazônia em parceria com a Rede Amazônica já foram plantadas mais de 4 mil árvores em oito locais de Manaus. A cerimônia de lançamento do projeto Memorial Vida se deu no Clube do Trabalhador do SESI da capital amazonense com a presença de diversas empresas apoiadoras que viram nessa iniciativa, uma maneira grandiosa de honrar as vidas ceifadas por essa pandemia global.

Momento de um dos plantios. Este foi realizado por Cláudia Daou, presidente da Fundação Rede Amazônica

O apoio da Arquidicese de Manaus trouxe um grande incremento que resultou na disposição de outras instituições a oferecerem locais e auxílio nos plantios. Mesmo em meio às chuvas desse período do ano, a equipe do Instituto Soka vem se desdobrando em esforços para cumprir o cronograma de plantios.

Plantio em Parceria com a Arquidiocese de Manaus

Locais em que ocorreram plantios do projeto Memorial Vida:

  1. Clube do Trabalhador
  2. Balneário do SESC
  3. Empresa Musashi
  4. Dom Bosco Zona Leste
  5. DDPM SEMED
  6. Seminário São José
  7. Paróquia São Francisco
  8. Instituto Soka

Memorial da Vida: Uma árvore para cada vítima do Covid 19 no Brasil

Homenagem Vítimas Covid 19

Todas as mudas plantadas são espécimes nativas da Amazônia. O ato de plantar uma árvore – símbolo universal da vida – é uma forma de honrar toda a humanidade que ora encontra-se num momento dramático. Uma árvore representa a perpétua evolução; sua ascensão vertical – tanto para baixo da terra com suas raízes, quanto para cima, com seu tronco, ramos, folhas, flores e frutos – demonstra a grandeza do ciclo da vida em movimento. Esse projeto é a materialização de toda essa simbologia, idealizada pelo Instituto Soka Amazônia e vem sendo implementado por apoiadores que todos os dias chegam oferecendo seus esforços. E é esse o resultado buscado: que a energia do bem de cada plantio se alastre e se mimetize com outras até que cada ser se conscientize da importância de se preservar a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.

Uma raridade amazônica

Muda de Coccoloba

Coccoloba gigantifolia é uma árvore amazônica que detém o título da maior folha do planeta e figura no Guiness Book desde 1997!

No último dia 10 de dezembro, o Instituto Soka Amazônia realizou o plantio de uma muda de Coccoloba gigantifolia, uma rara espécie amazônica, cuja folha pode chegar a 2,5m de comprimento e 1,44m de largura. O exemplar plantado foi um presente do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – à instituição, como forma de celebrar a amizade e a longa e frutífera parceria. O plantio foi realizado pelo presidente da BSGI, Miguel Shiratori, que se encontrava em visita ao Instituto. O plantio foi também um marco que visa projetar os próximos 10 anos, rumo ao icônico ano de 2030, quando a Soka Gakkai completa seu centenário e é também o ano estabelecido pela ONU para a total implementação dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável[i].

Exemplares dessa árvore só são encontrados na bacia do Rio Madeira, nos estados do Amazonas e Rondônia, em áreas altamente impactadas por projetos de infraestrutura como barragens hidrelétricas, estradas e empreendimentos agropecuários. Estes fatores somados à sua pouca incidência colocam a Coccoloba gigantifolia, na lista de espécies ameaçadas de extinção, o que por si é bastante desalentador uma vez que esta árvore foi recém “descoberta”, por assim dizer.

Embora o INPA possua um exemplar de sua imensa folha seca emoldurada em sua sede em Manaus há décadas, foi somente há pouco mais de uma década que a Coccoloba gigantifolia foi oficialmente catalogada, mas ainda seus pesquisadores lutam para o reconhecimento de sua identidade genuinamente nacional.

Foram 13 anos de espera até que uma das plantas floriu e frutificou, em 2018, o que permitiu aos pesquisadores do INPA encerrar o ciclo e identificar a espécie. “Nunca poderíamos descrever a espécie sem flor e sem fruto, por isso que demorou tanto. A planta do campus do INPA floresceu e frutificou aos 13 anos”, explicam os autores do estudo, Cid Ferreira e Rogério Gribel.

São árvores que chegam a 15 metros de altura e tronco fino, de no máximo 15cm de diâmetro. Vem daí o impressionante espetáculo de suas imensas folhas, o que a torna muito visada para ornamentação. E o fruto é muito apreciado por araras, tucanos e araçari.

Fontes:

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0044-59672004000400006&script=sci_arttext

http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2012/06/em-extincao-maior-folha-do-mundo-ainda-e-encontrada-no-amazonas.html

http://portal.inpa.gov.br/index.php/ultimas-noticias/3752-arvore-com-maior-folha-do-mundo-ganha-identificacao-botanica


[i] https://un75.online/partner/google?lang=prt&gclid=CjwKCAiA_eb-BRB2EiwAGBnXXi856xcx41Gu34mOeRPEGjPYZf0TZgtR4q9AgH78iwi1Y7xIoI3w5BoCHowQAvD_BwE

Puro coração manauara

Carla Harumi Ikuno Osawa tem sua jovem vida fortemente ligada ao Instituto Soka Amazônia

A futura bacharel em Administração de Empresas nasceu e cresceu na cidade de Manaus e é uma apaixonada pelo meio que a cerca. E o Instituto Soka Amazônia, seu atual local de trabalho, foi desde muito cedo uma extensão de sua casa, pois seu pai, o engenheiro agrônomo, Charlles Likiyasu Osawa da Silva, foi o primeiro gerente da instituição.

Entender melhor a natureza

Segunda filha de uma prole de 5, Carla desde cedo se interessou pela área científica. “Quando estava na escola sempre gostei de estudar matérias como ciências, biologia e matemática. Biologia atraía muita minha atenção, por poder conhecer plantas e animais, sempre gostei desse contato com a natureza e queria entender ela melhor”, conta. Foi por meio da Ciência que ela pôde realizar experimentos na escola, se encantando ao ver como os fenômenos se interrelacionam, comprovando o que via nos livros, em teoria.

Já os números foram a verdadeira paixão. “Sempre tive gosto pela matemática, eu tinha facilidade de aprender cálculos então me empolgava conseguindo realizá-los”, ressalta Carla.

Administração de empresas e sua abrangência

Ao final do Ensino Médio escolheu a ampla área da Administração “pois, abrange várias matérias e eu sempre quis conhecer um pouco de cada”. Característica que sempre a acompanhou, o empreendedorismo. Já na adolescência, o desejo por independência levou-a abrir uma lojinha de roupas e depois de acessórios. Hoje, cursando o 7º semestre, vê na carreira uma oportunidade para alçar novos voos.

Onde entra o Instituto Soka

Desde julho de 2019 é estagiária administrativa no Instituto Soka. Encarrega-se do dia a dia do escritório, realiza as entradas e saídas da parte contábil, cuida da parte dos contribuintes com quem mantém contato estreito por meio eletrônico, desde o envio de respostas às dúvidas do público até a geração de boletos, relatórios, certificados, pagamentos. Por assim dizer, é a pessoa que mantém a instituição funcionando. Uma importante função para alguém com tão pouca idade.

De um local degradado à realidade atual

“Meu pai foi o primeiro gerente do Cepeam [primeiro nome do Instituto Soka Amazônia] e saiu em 2011”, explica.

Charlles Osawa esteve presente desde a compra do terreno do atualmente Instituto Soka, na época um local completamente degradado. Foi ele quem coordenou a inauguração oficial em 1994, e também a construção do laboratório. Carla, embora muito criança na época, vivenciou cada etapa e estar participando hoje de forma efetiva para o desenvolvimento como um todo é motivo de grande orgulho. “Minha família tem uma ligação muito forte com o Instituto por ter acompanhado toda essa trajetória, meu primeiro encontro com a instituição foi com 20 dias de nascida”, emociona-se. Houve um evento de participação livre e sua mãe levou-a. Daí para frente foram muitos finais de semana na época da construção, às vezes seu pai a levava junto. “Eu amava e não queria ir embora, meu sonho era morar ali, ficar o mais próximo possível e hoje consegui realizar esse sonho. Não moro no Instituto, mas antes da pandemia, podia ir todos os dias e, sempre que estou lá, sinto a mesma energia positiva que sentia quando era criança”, finaliza.