Mogno brasileiro: uma preciosidade à beira da extinção

Mogno Brasileiro

É a espécie madeireira mais valiosa do país e, seguindo os passos do pau-brasil, a mais ameaçada pelo seu alto valor comercial

No dia 18 de novembro, data em que se celebra o aniversário de fundação da Soka Gakkai – organização que deu origem à SGI – o Instituto Soka Amazônia homenageou o dia com o plantio de uma árvore de mogno brasileiro, simbolizando com isso seu total engajamento com o ideal da entidade: paz, cultura e educação.

Elevando-se a cerca de 70 metros de altura e com 3,5 metros de diâmetro, o mogno-brasileiro (Swietenia macrophylla) é uma das árvores nativas da Amazônia mais ameaçadas de extinção devido ao seu alto valor comercial. O metro cúbico da madeira pode custar perto de R$ 5 mil no exterior e um quilo de sementes varia de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil no Brasil.

Segundo manual de cultivo e manejo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – plantando apenas 625 árvores em um hectare é possível obter (com o plantio e manejo corretos), em apenas 10 anos, um lucro de R$ 5 milhões, uma verdadeira aposentadoria verde.

A árvore é mais comum no sul do Pará, mas também pode ser encontrada no Acre, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Outros países como México e Peru também registram a ocorrência da espécie. O mogno é encontrado em floresta clímax, de terra firme, argilosa. De crescimento rápido, pode atingir quatro metros em 2 anos de idade, com o tronco chegando a 50~80 cm de diâmetro.

A época da florescência ocorre nos meses de novembro a janeiro e seus frutos amadurecem de setembro a meados de novembro. Serve ainda como ornamentação de parques, praças e jardins, mas possui uma grande importância na recuperação de áreas degradadas devido ao crescimento rápido. De boa tolerância à luz, apresenta um bom desenvolvimento em áreas de clareiras.

A cor atrativa, sua grande durabilidade, estabilidade dimensional e fácil manuseio fazem dela uma das madeiras mais apreciadas da indústria moveleira, artigos de decoração como painéis, adornos, laminados e até embarcações leves. É muito utilizada também na construção civil e na confecção de instrumentos musicais, principalmente em guitarras e violões, pelo timbre característico e ressonância sonora, que tende ao médio-grave. Depois de polida, a madeira apresenta um aspecto castanho-avermelhado brilhante, que chama atenção pela beleza.

Além da extração ilegal, outro fator de ameaça é a lagarta Hypsypyla grandella, conhecida como broca-do-mogno. Ela ataca a árvore, impedindo seu desenvolvimento, especialmente em áreas de reflorestamento, onde a densidade é muito maior que na floresta. É recomendado o plantio de outras espécies ao redor dela para amenizar os efeitos negativos dessa lagarta.

Quase extinto

A principal ameaça à sua sobrevivência, entretanto é, de longe, a extração ilegal, fator que promove enorme devastação. A espécie já desapareceu de grandes áreas da floresta e resiste apenas em regiões de difícil acesso e em áreas protegidas. Porém, mesmo nessas, os madeireiros não se intimidam e abrem estradas na mata em busca das valiosas árvores de mogno e promovem derrubada ilegal e o arraste da madeira, que acaba levando à destruição de até 30 árvores próximas, o que agrava ainda mais o desmatamento.

A exploração, o transporte e a comercialização do mogno brasileiro estão suspensos no Brasil desde outubro de 2001, por meio de Instrução Normativa, editada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

E é por todas essas razões que o Instituto Soka Amazônia homenageia a entidade de origem de todas as afiliadas da SGI – Soka Gakkai Internacional com o plantio dessa preciosidade da flora amazonense: sua majestade, o mogno brasileiro.

Fontes:

https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/julho_mogno/

https://www.sementescaicara.com/ImagensDiversas/file/mognomaisinfo.pdf

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1007849/1/Doc114A5.pdf

Créditos de carbono: simbiose entre as matas e o clima

Crédito de Carbono

A cada 10 mil novas árvores plantadas é possível neutralizar cerca de 1,6 milhão de toneladas de CO2 (dióxido de carbono)

Qualquer desavisado percebe que mesmo em meio ao calor intenso do verão brasileiro, a sombra de uma frondosa árvore traz um frescor revigorante. Isso porque uma única árvore é capaz de regular a temperatura na sombra de sua copa. Árvores captam a água do subsolo pelas raízes e do ambiente em toda a sua superfície e evaporam por meio de estruturas microscópicas localizadas nas folhas. O Instituto Soka Amazônia, nos 55 hectares de sua Reserva Particular do Patrimônio Natural já neutralizou dezenas de milhões de toneladas de CO2 devido as ações de recuperação ambiental. Em 2025, quando se completarão os 30 anos do credenciamento pelo Ibama serão cerca de 98 milhões de toneladas de dióxido de carbono neutralizados.

No dia 7 de novembro celebra-se o dia da Floresta e do Clima. A relação floresta e clima são simbióticas e, desde o estabelecimento do Protocolo de Quioto[i] (em vigor desde 2005), o mercado de créditos de carbono passou a ser um foco importante para a neutralização dos gases de efeito estufa e minimizar o aquecimento global.

Mas como funciona o mercado de créditos de carbono?

Uma unidade de crédito de carbono corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono emitido (tCO2e). Funciona assim: empresas e países têm uma cota de emissão de gases de efeito estufa, os que não atingem a quantidade estabelecida, podem vender essa “sobra”. Os que não superam a meta compram de empresas que possuem créditos ou de quem produz esses créditos como as Reservas neutralizadoras, um exemplo é RPPN Dr. Daisaku Ikeda do Instituto Soka.

Obviamente, a Floresta Amazônica Brasileira é um dos maiores – senão o maior – reservatório de créditos de carbono do planeta. Além de equilibrar o clima, ela protege cerca de 10% da biodiversidade do mundo. A floresta proporciona ainda, sobrevivência e renda a dezenas de povos tradicionais, junto com todo o conhecimento milenar da cultura preservada a gerações por essas populações. Tais fatos evidenciam a gravidade dos problemas ocasionados pelo desmatamento, degradação das matas, as mudanças do uso do solo devido as atividades agropecuárias. Tais ações são responsáveis por 24% de todas as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) que repercutem em todo o mundo.

Somente no Brasil, tais atividades na região ocasionaram 71% de todas as emissões em 2017 (SEEG, 2019)[ii]. Embora a taxa de desmatamento brasileira tenha diminuído de 2004 a 2012, esses valores voltaram a crescer nos últimos anos. Dessa forma, manter a floresta em pé é crucial, não apenas à nossa gente brasileira, mas também a todas as nações do globo.

Mercado de créditos de carbono

Este início de milênio trouxe novos olhares para a Economia florestal que, há muito, deixou de ser somente um campo de atuação de militantes e ambientalistas. Muitos especialistas apontam que se trata de um mercado em crescimento, mesmo diante de diversos entraves, principalmente nos últimos anos em que se colocou em dúvida algumas certezas estabelecidas quanto às questões ambientais.

Há todo um universo de títulos verdes[iii] disponíveis que, num único ano (2017), registrou um saldo de quase 900 bilhões de dólares, um crescimento de mais de 200 bilhões em relação a 2016. Deste total, 61% foi para comercialização de baixo carbono e 19% para energia limpa. Para estes que reduziram suas emissões, são emitidos créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões.

Cada vez mais as empresas vêm se conscientizando sobre a necessidade de desenvolver ações efetivas de combate às suas emissões de gases nocivos. Todo projeto passa necessariamente por uma avaliação de órgãos internacionais e, se e quando aprovado, torna-se elegível para gerar créditos verdes. Aí, a cada tonelada de CO2 não emitido estas empresas conquistam uma unidade de crédito, possível de ser negociado diretamente com empresas ou na bolsa de valores. Kenny Fonseca, professor do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), enfatiza que “os países só podem usar esses créditos para suprir uma pequena parte de suas metas”. Ou seja: cumprir o acordo estabelecido no Protocolo de Quioto tem de ser o principal objetivo dos países que firmaram o documento.

O avanço das descobertas não cessa. Sabe-se hoje que não são só os gases que provocam o efeito estufa. A fuligem da fumaça, chamada de carbono negro, tem também um papel bastante nocivo e preponderante. Esse carbono negro ocasiona um sombreamento da superfície atmosférica resultando em aquecimento desta. E também adultera significativamente a formação das nuvens, causando o desequilíbrio térmico do globo.

O pesquisador alerta ainda que, ao contrário do resto do mundo, o Brasil ainda não tem metas a cumprir, apesar de estar na lista dos 20 países que mais poluem. Segundo Kenny, 2/3 das emissões brasileiras estão ligadas à mudança drástica do uso do solo (desmatamento, queimadas e conversão de florestas em sistemas agropecuários). Fato que coloca o país num patamar delicado, que deve afetar todo o planeta.

Fontes:

https://novaescola.org.br/conteudo/1089/como-funcionam-os-creditos-de-carbono#:~:text=A%20negocia%C3%A7%C3%A3o%20dos%20cr%C3%A9ditos%20de,que%20causam%20o%20efeito%20estufa.&text=Nesse%20caso%2C%20a%20cada%20tonelada,meio%20da%20bolsa%20de%20valores

https://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/protocolo-de-quioto.html https://bluevisionbraskem.com/inteligencia/economia-florestal-como-funcionam-os-creditos-de-carbono/


[i] Acordo internacional entre os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), firmado com o objetivo de se reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e o consequente aquecimento global.

[ii] Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa

[iii] Títulos verdes são modelos de títulos de investimento nos quais os recursos são usados exclusivamente para financiar projetos verdes, sendo os créditos de carbono sua principal matriz

As muitas águas da Amazônia

A quinta edição do Seminário Águas da Amazônia trouxe dados essenciais para a reflexão e busca de soluções para as questões atuais envolvendo a floresta

Sempre que se fala em Amazônia logo vem à mente as imagens das queimadas e o desmatamento ilegal. Mas a região é muito mais que isso. O V Seminário Águas da Amazônia, que aconteceu online nos dias 20 e 21 de outubro[i], abordou diversos aspectos extremamente relevantes para o futuro da maior floresta tropical do planeta. Cerca de uma centena de privilegiados e interessados participantes se inscreveram puderam ter acesso a informações atuais e necessárias para gerar reflexão e caminhos criativos rumo à sustentabilidade efetiva.

O primeiro dia, 20 de outubro, foi brindado com a preciosa Abertura pela Prof. Dra. Denise Gutierrez, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que discorreu sobre a importância do evento cujo objetivo principal é popularizar a ciência. E, no caso específico deste Seminário, a questão das Águas da Amazônia, fonte essencial da vida e que representa cerca de 20% de toda a água doce do planeta.

Amazônia e suas potencialidades, palestra proferida pelo Prof. Dr. Phelippe Daou Junior/CEO do Grupo Rede Amazônica, que congrega 13 emissoras de tevê da região Norte do país em cinco estados. Daou enfatizou bastante a questão das potencialidades da região, afinal são pelo menos 25 mil quilômetros de rios navegáveis o que proporciona uma infraestrutura logística invejável.

O Prof. Ms. Oscar Asakura/CBO, da All Bi Technologies, discorreu sobre a Inteligência Artificial para promover Inovações Disruptivas. O termo inovação disruptiva foi cunhado por Clayton M. Christensen, professor de Administração na Harvard Business School. Mas inovação disruptiva não é somente uma ideia criativa. Trata-se de inovação real em uma tecnologia, produto ou serviço cujas características são disruptivas e não somente evolutivas.

O exemplo usado por Asakura foi o Iphone e posteriormente o Smartphone. Embora já seja um produto de uso comum, quando de seu surgimento, provocou verdadeiro assombro, um computador que cabia na palma da mão. Dessa forma, foi uma inovação disruptiva que provocou uma verdadeira ruptura nos padrões anteriormente estabelecidos. É, portanto algo inédito, original e transformador, um feito que todos os desenvolvedores de tecnologia vêm buscando realizar e que deve ser o grande tema dos próximos anos.

Da Universidade Federal do Paraná, o Prof. Dr. Marco Tadeu Grassi, fez a palestra Qualidade da água nas cidades brasileiras. Embora abundante, a água no Brasil tem sido muito maltratada, por diversas questões ao longo das décadas. O professor abriu sua fala alertando para a vulnerabilidade hídrica (imagem ao lado). A foto em destaque é da represa do Passaúna, em abril de 2020, de Curitiba-PR, um dosprincipais reservatórios que abastecem daquela Região Metropolitana. As tabelas demonstram a crescente preocupação dos especialistas quanto a escassez de água que já ocorre. Em Curitiba, por exemplo, os reservatórios estão operando abaixo de 30% de sua capacidade.

Brasil – cerca de 50% dos municípios têm saneamento básico. 31% lançam esgoto não tratado no meio ambiente. 10% não tem acesso a serviços de saneamento básico. E pior ainda: mesmo para aqueles que possuem tratamento de água, a mesma está contaminada por substâncias sem controle ou monitoramento. Os programas governamentais que realizam o monitoramento controlam cerca de 40 a 50 substâncias. Mas sabe-se hoje que o universo de substâncias químicas presentes na água do dia-a-dia é infinitamente superior a esses números.

No segundo dia, 21 de outubro, o Prof. Ms. Vicente Fernandes Tino, das Universidades IDAAM, falou sobre A inteligência de dados e o futuro das profissões. Em uma palestra bastante dinâmica, Tino observou que os dados são o novo petróleo (Data is the new oil), ou seja, o combustível da nova economia e quem souber fazer bom uso deles, aproveitando o seu potencial, pode sair-se muito bem num futuro bem próximo.

Isso se justifica ao se compreender que boa parte de todas as nossas atividades cotidianas tem um traço digital. Difícil encontrar um ser humano no planeta que não esteja com um celular na mão consultando um dado (número de telefone, localização de determinado endereço, fazendo um pagamento, conversando com alguém). São tarefas cotidianas às quais ninguém dá importância, mas são por meio delas que as corporações se valem para estruturar suas ações.

O professor enfatizou que há o lado “luz” e o lado “sombra” e que devido a isso é fundamental que gestores, pesquisadores, população em geral, se posicione para não ser tragado pela torrente que pode advir do lado “sombra”. As recentes eleições presidenciais deixaram claro o potencial destrutivo deste lado sombrio.

Impactos ambientais das grandes construções e hidrelétricas na Amazônia e os Serviços Ambientais da Floresta, foi o tema do Prof. Dr. Philip Fearnside, do INPA. Ele iniciou sua palestra enfatizando o impacto ambiental causado pela construção das grandes hidrelétricas na região amazônica. E que, embora se alardeie que se trata de uma opção energética mais barata que as demais, o custo ambiental a longo prazo é gigantesco. Na verdade, segundo Fearnside, o país teria como gerar muito mais energia por meio de usinas eólicas e solares – possui condição privilegiada quanto aos ventos e ao sol – do que pelas hidrelétricas. Na verdade, juntas – eólica e solar – ultrapassam em muito a energia gerada pelas tradicionais usinas hidrelétricas. E, as duas não causam o impacto ambiental nefasto causado pelo represamento das águas (deslocamento de populações humanas inteiras junto com a perda de referencial dos povos tradicionais; morte de plantas, árvores e animais etc)

O V Seminário Águas da Amazônia foi realizado pelo Instituto Soka Amazônia e integrou a programação oficial da Semana de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia, com apoio do INPA, Universidade Federal do Paraná, Fundação Rede Amazônica, Faculdades IDAAN, All Bi Technologies e Instituto Federal do Amazonas.


[i] As palestras estão disponíveis na íntegra no YouTube:

1º dia – https://www.youtube.com/watch?v=ZFaz-tqlkaI ;

2º dia – https://www.youtube.com/watch?v=BddQRIzbEI8&t=2s

As primeiras 15 de milhares e milhares de árvores

Life Memorial

No Dia da Árvore, foi lançado o Memorial da Vida – uma árvore para cada vítima da Covid 19 no Brasil

Uma chuva suave caiu em Manaus no começo da manhã, brindando as grandes homenageadas do dia: as árvores!

“Enfrentamos contínuos ataques de pessoas que pouco conhecem esta região e que precisam se convencer de que sabemos cuidar, sim, da nossa Amazônia e aqui está um exemplo vivo disso”, foi um dos pontos abordados na fala do CEO da Rede Amazônica, sr. ‎Phelippe Daou Jr ao discursar na abertura da cerimônia do projeto Memorial da Vida, no Dia da Árvore, realização do Instituto Soka Amazônia, que aconteceu em Manaus, no Clube do Trabalhador do SESI.

Memorial da Vida:
Uma árvore para cada vítima do Covid 19 no Brasil
Na cerimônia do dia 21 de setembro foram simbolicamente plantadas as primeiras 15 das milhares e milhares de árvores em lugares escolhidos com extremo cuidado na cidade de Manaus. Plantar uma árvore em memória de entes queridos é costume milenar em muitas culturas, e num ano tão tragicamente especial com este, o projeto Memorial da Vida é justamente a forma idealizada pelo Instituto Soka Amazônia para deixar eternizada a lembrança da perda das muitas e muitas vidas ceifadas pela pandemia.

Memorial da Vida:

Uma árvore para cada vítima do Covid 19 no Brasil

Na cerimônia do dia 21 de setembro foram simbolicamente plantadas as primeiras 15 das milhares e milhares de árvores em lugares escolhidos com extremo cuidado na cidade de Manaus. Plantar uma árvore em memória de entes queridos é costume milenar em muitas culturas, e num ano tão tragicamente especial com este, o projeto Memorial da Vida é justamente a forma idealizada pelo Instituto Soka Amazônia para deixar eternizada a lembrança da perda das muitas e muitas vidas ceifadas pela pandemia.

A cerimônia

Apesar de uns pingos momentâneos de chuva, o tempo ajudou e as 10 árvores foram plantadas em clima de muito respeito por representantes de diferentes órgãos privados e públicos e por representantes de indústrias parceiras do Instituto Soka.

O evento  foi aberto pelo engenheiro ambiental Jean Dinelly Leão, gestor Ambiental do Instituto. “Soma-se à homenagem às vítimas do Covid 19, a necessidade de arborizar cada vez mais a nossa cidade de Manaus”, lembrou Jean, ao agradecer a presença de todos e dar por iniciado o projeto oficialmente.

O CEO da Rede Amazônica, dr. ‎Phelippe Daou Jr lembrou a seguir o trabalho incansável das equipes de frente que participam do atendimento às vítimas, médicos, enfermeiros, auxiliares, e tantos outros, sem esquecer de mencionar o trabalho da imprensa.

“Tivemos na Rede Amazônica uma série de profissionais atingidos, felizmente nenhuma vítima fatal”, lembrou.

FIEAM

O  orador seguinte, sr, Cláudio Barrella, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas FIEAM, mostrou-se feliz por ser a Casa do Trabalhador do SESI o local para a cerimônia do projeto e lembrou um fato ocorrido há 30 anos que tornou realidade esse momento. “Foi há 30 anos que a visão do dr. Ikeda levou-o a adquirir aquele excelente pedaço de terra aqui em Manaus, que se transformou no Instituto Soka Amazônia”, lembrou o vice-presidente do FIEAM. Ressaltou importância das árvores, de sua contribuição em muitos aspectos para a qualidade de vida de todo o país e lembrou em tom jocoso: “Deveríamos, cada um, ao levantar da cama, agradecer: obrigado, árvores!”

Uma ideia vitoriosa

“O dr. Ikeda pode estar certo de que sua ideia vingou”, disse o dr. Adalberto Carim Antônio, juiz titular da Vara Especializada do Meio Ambiente ao discursar. Lembrou o papel importante do presidente da SGI, da realidade que hoje é o Instituto Soka da Amazônia e de sua importância na realização de projetos como o que acaba de ser lançado. Tornou a lembrar o que já havia sido ressaltado anteriormente pelo CEO da Rede Amazônica: “Machuca a gente perceber como no mundo deixa de lembrar dos muitos pontos positivos desta região” e assinalou por fim, da importância nem sempre lembrada das árvores para o presente e para o futuro de todos, elevando a vida e homenageando os que partiram.

Mensagens de todas as partes

De todas as partes do país as pessoas, durante a cerimônia, iam se manifestando pelas redes sociais. Ronaldo Robles, de Taubaté-SP, por exemplo mandou dizer: “Estamos plantando humanidade, respeito e dignidade à vida!”. Juliana Nishi, de Ponta Porã-MS: Parabéns pela maravilhosa iniciativa! Orgulho de pertencer a essa organização! Gratidão”. Da mesma forma, o chat registrou mensagens de norte ao sul do país e várias do exterior

O Governo do Japão

Em nome do Governo japonês compareceu o sr. Takahiro Iwato, consul geral adjunto representando o consulado japonês em Manaus, que em bom português falou sem esconder sua alegria por estar presente. Deu ênfase à importância econômica e social da Zona Franca de Manaus.

Momento de um dos plantios. Este foi realizado por Cláudia Daou, presidente da Fundação Rede Amazônica

Carta da Terra

A primeira parte da solenidade foi encerrada com a assinatura da Carta da Terra pelo sr. Cláudio Barrella, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas e, nesse momento representando o Clube do Trabalhador do SESI-AM e o diretor presidente do Instituto Soka Amazônia, Edson Akira Sato. A SGI é parceira da Carta da Terra Internacional desde a sua criação. Vem desenvolvendo diversos projetos em conjunto como as exposições documentário, “Sementes da Vida” e “Sementes da Esperança”, ambas foram exibidas diversas vezes por todo o Brasil e o mundo.

Na segunda parte se deu o plantio de 15 árvores amazônicas, dentre elas, cedro, jacarandá, peroba, mari mari rosa, ipê amarelo. Algumas delas encontram-se na lista de espécies ameaçadas de extinção.

SGI e Carta da Terra – parceiros

Recentemente a SGI, o Instituto Soka Amazônia, o Greenpeace do Japão e a Carta da Terra Internacional realizaram o concurso de fotos e vídeos “Shift to Green” (O verde transforma), com o objetivo de incentivar à reflexão – principalmente dos jovens, herdeiros do planeta – sobre a preservação do meio ambiente. O concurso se encerrou no último sábado, dia 19 de setembro, com uma transmissão ao vivo direto do Japão, com o anúncio dos vencedores. Destaque para o link especial com a Universidade da Paz das Nações Unidas, sediada na Costa Rica, para a participação da presidente da Carta da Terra Internacional, a brasileira Miriam Vilela. A íntegra do evento está disponível no Youtube do Instituto Soka Amazônia – link: https://www.youtube.com/watch?v=6WVQBn-E48o&feature=youtu.be

Nos dias de pandemia

Pandemia Amazonia

Durante o período de pandemia (Covid 19), os serviços de manutenção da Reserva, coleta, beneficiamento e repicagem continuaram sendo executados com os cuidados recomendados para essa atividade.

Pandemia Amazonia

Devido às restrições de mobilidade, todas as sementes coletadas nesse período foram coletadas na própria RPPN. Novas sementes foram catalogadas, proporcionando maior capacidade de diversidade biológica.

Pelo menos 3.000 mudas – algumas incluídas entre as que fazem parte da lista de estado de vulnerabilidade (IUCN) – foram plantadas em novo espaço com capacidade ampliada e maior diversificação de espécies. 

A implementação de medidas no controle dos resíduos florestais garantiu uma produção sustentável de matéria orgânica tão necessária à produção de mudas.

Nos dias de pandemia

Pandemia Amazonia

Durante o período de pandemia (Covid 19), os serviços de manutenção da Reserva, coleta, beneficiamento e repicagem continuaram sendo executados com os cuidados recomendados para essa atividade.

Pandemia Amazonia

Devido às restrições de mobilidade, todas as sementes coletadas nesse período foram coletadas na própria RPPN. Novas sementes foram catalogadas, proporcionando maior capacidade de diversidade biológica.

Pelo menos 3.000 mudas – algumas incluídas entre as que fazem parte da lista de estado de vulnerabilidade (IUCN) – foram plantadas em novo espaço com capacidade ampliada e maior diversificação de espécies. 

A implementação de medidas no controle dos resíduos florestais garantiu uma produção sustentável de matéria orgânica tão necessária à produção de mudas.

Amazônia sem antagonismos

Edison Akira Sato (*)

A Região amazônica provoca sempre sentimentos extremos.

Discussões e mais discussões em todas as partes do mundo.

Quase sempre acaloradas, cheias de paixão, às vezes com exageros, nem sempre com todo o bom senso, lucidez, equilíbrio, serenidade que seriam desejáveis.

Numa disputa entre antagônicos há, de um lado os que anteveem risco iminente de devastação incontrolável e de outro os que advogam o uso sem limites do solo e de suas riquezas em nome do suposto desenvolvimento do país. 

Opiniões expostas de forma exacerbada em que predomina mais a emoção, menos a razão.

Exageros à parte, o Instituto Soka Amazônia está convicto de que, sim, há cuidados que poderiam, mas nem sempre são tomados, da mesma forma que há pessoas, entidades, órgãos públicos e privados que se dedicam diuturnamente às causas da região. Sua atividade incansável leva à certeza de que a Amazônia, embora ameaçada, é e continuará sendo aquilo que sempre foi, cheia de vida. 

Por nos sentirmos cada vez mais integrados com esta parte tão especial do planeta, procuramos compreender os seus problemas e participar das mais diferentes campanhas que apontem para soluções de seus problemas.  

No início de fevereiro, por exemplo, recebemos aqui em nossa sede a Diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, senhora Mariana Maia Lopes que veio abordar conosco uma ação ambiental proposta pelo Ministério e que teve, de pronto, nosso apoio, uma ação que aconteceu no Encontro das Águas e na praia da RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural), onde foram coletados resíduos na beira do rio e na praia, projeto que busca ao menos minorar o sério problema do lixo urbano de Manaus.

O apoio a causas como essa está no DNA do Instituto Soka Amazônia.

Seja por opção, seja por vocação, esse sentido foi dado pelo nosso fundador, uma direção com que concordamos e nos motiva a levar nossos projetos à frente. 

(*) Presidente do Instituto Soka Amazônia

Amazônia sem antagonismos

Edison Akira Sato (*)

A Região amazônica provoca sempre sentimentos extremos.

Discussões e mais discussões em todas as partes do mundo.

Quase sempre acaloradas, cheias de paixão, às vezes com exageros, nem sempre com todo o bom senso, lucidez, equilíbrio, serenidade que seriam desejáveis.

Numa disputa entre antagônicos há, de um lado os que anteveem risco iminente de devastação incontrolável e de outro os que advogam o uso sem limites do solo e de suas riquezas em nome do suposto desenvolvimento do país. 

Opiniões expostas de forma exacerbada em que predomina mais a emoção, menos a razão.

Exageros à parte, o Instituto Soka Amazônia está convicto de que, sim, há cuidados que poderiam, mas nem sempre são tomados, da mesma forma que há pessoas, entidades, órgãos públicos e privados que se dedicam diuturnamente às causas da região. Sua atividade incansável leva à certeza de que a Amazônia, embora ameaçada, é e continuará sendo aquilo que sempre foi, cheia de vida. 

Por nos sentirmos cada vez mais integrados com esta parte tão especial do planeta, procuramos compreender os seus problemas e participar das mais diferentes campanhas que apontem para soluções de seus problemas.  

No início de fevereiro, por exemplo, recebemos aqui em nossa sede a Diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, senhora Mariana Maia Lopes que veio abordar conosco uma ação ambiental proposta pelo Ministério e que teve, de pronto, nosso apoio, uma ação que aconteceu no Encontro das Águas e na praia da RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural), onde foram coletados resíduos na beira do rio e na praia, projeto que busca ao menos minorar o sério problema do lixo urbano de Manaus.

O apoio a causas como essa está no DNA do Instituto Soka Amazônia.

Seja por opção, seja por vocação, esse sentido foi dado pelo nosso fundador, uma direção com que concordamos e nos motiva a levar nossos projetos à frente. 

(*) Presidente do Instituto Soka Amazônia

Inovação no programa Academia Ambiental

Sabe uma daquelas típicas e gostosas situações de ganha/ganha?

Foi assim que aconteceu o encontro que os diretores e técnicos do Instituto Soka tiveram com representantes da Secretaria de Educação Municipal de Manaus e gestores das dez primeiras escolas públicas de ensino médio que serão atendidas no primeiro semestre de 2020 dentro do programa Academia Ambiental.

Ganhamos nós, do Instituto Soka Amazônia, pois mais um grupo de jovens viverá uma experiência prática e dinâmica de educação ambiental – essa, afinal, é uma das razões de nossa existência. Ganharão as escolas por proporcionarem essa possibilidade aos seus alunos, valorizando seu sistema de ensino. Ganharão muito os alunos, seja por terem vivido uma experiência que contribuirá para torná-los melhores cidadãos, seja pela conscientização da importância da preservação do meio ambiente e seja, claro, por terem passado um dia diferente de sua rotina diária.

A reunião foi no nosso auditório no dia 19 de fevereiro último, quando foram feitos os acertos para que o projeto ocorra sem problemas.

As principais inovações do projeto para este ano também foram expostas detalhadamente:

  1. Inclusão de uma aula sobre ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  2. Atualização dos temas
  3. Inclusão de mini projetos de baixo custo a serem desenvolvidos pelas escolas a partir das reflexões feitas durante a visita ao Instituto Soka
  4. O calendário das visitas de 2020 será equivalente ao do ano anterior. Em 2019 foram 25 grupos que estiveram no Instituto; em 2020, uma visita a mais.

Para cada escola será disponibilizado um ônibus pela manhã e pela tarde, e em cada período, 40 alunos serão recebidos no Instituto. Além disso, durante a visita, um lanche será oferecido.

Nada como um jogo em regime ganha-ganha

Sabe uma daquelas típicas e gostosas situações de ganha/ganha?

Foi assim que aconteceu o encontro que os diretores e técnicos do Instituto Soka tiveram com representantes da Secretaria de Educação Municipal de Manaus e gestores das dez primeiras escolas públicas de ensino médio que serão atendidas no primeiro semestre de 2020 dentro do programa Academia Ambiental.

Ganhamos nós, do Instituto Soka Amazônia, pois mais um grupo de jovens viverá uma experiência prática e dinâmica de educação ambiental – essa, afinal, é uma das razões de nossa existência. Ganharão as escolas por proporcionarem essa possibilidade aos seus alunos, valorizando seu sistema de ensino. Ganharão muito os alunos, seja por terem vivido uma experiência que contribuirá para torná-los melhores cidadãos, seja pela conscientização da importância da preservação do meio ambiente e seja, claro, por terem passado um dia diferente de sua rotina diária.

A reunião foi no nosso auditório no dia 19 de fevereiro último, quando foram feitos os acertos para que o projeto ocorra sem problemas.

As principais inovações do projeto para este ano também foram expostas detalhadamente:

  1. Inclusão de uma aula sobre ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  2. Atualização dos temas
  3. Inclusão de mini projetos de baixo custo a serem desenvolvidos pelas escolas a partir das reflexões feitas durante a visita ao Instituto Soka

O calendário das visitas de 2020 será equivalente ao do ano anterior. Em 2019 foram 25 grupos que estiveram no Instituto; em 2020, uma visita a mais.

Para cada escola será disponibilizado um ônibus pela manhã e pela tarde, e em cada período, 40 alunos serão recebidos no Instituto. Além disso, durante a visita, um lanche será oferecido.