O olhar fotográfico de quem vê além do óbvio

Valter Calheiros de Souza
O fotógrafo da natureza, Valter Calheiros de Souza vem registrando as belezas e os desafios da Amazônia desde a década de 1980

Não há dúvida de que há quem veja e não enxergue e há quem olhe e perceba muito mais do que está diante de si. Este é o olhar do fotógrafo, um ser sensível que, munido de sua câmera, consegue captar muito mais do que a simples paisagem à sua frente. Valter, desde que se mudou de Parintins-PA, para Manaus-AM, encontrou na arte fotográfica seu modo de exprimir o mundo que enxerga, tanto como meio de registrar sua riqueza como para denunciar as mazelas. É ainda um dos grandes amigos e colaboradores do Instituto Soka Amazônia.

O que significa ter “um bom olho”

O olhar fotográfico é aquele que além de ver, sente o que se passa naquele local. Dessa forma, ter ‘um bom olho” para a fotografia passa necessariamente pelo sentimento, pelo universo interno de cada um. Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’, frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio. O jovem Valter, no alto de seus 17 anos, assim que chegou a Manaus percebeu que poderia ‘comunicar muito’, por meio de suas imagens.

Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’

frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio

Mostrar uma maravilha ao mundo

Oriundo de uma prole numerosa, ele é o terceiro de 9 irmãos, chegou a um distrito na periferia de Manaus que fica em frente ao Encontro das Águas. “Naquele momento senti que tinha o dever de registrar aquela maravilha e mostra-la ao mundo! ”  Para quem ainda não teve o privilégio de ir a esse local encantado, onde as águas dos rios Negro e Solimões percorrem quilômetros lado-a-lado, como se algo mágico os unisse e os impelisse a caminhar irmanados de forma a produzir tal singularidade, não tem ideia da grandiosidade desse fenômeno.

Para o adolescente Valter, esse momento marcou profundamente sua vida. Uniu-se a outros com o objetivo de salvaguardar aquele local sagrado e vem se empenhando para garantir a sua preservação.

Educador ambiental

Valter é o responsável pela área educacional do Museu da Amazônia – MUSA. Segundo consta do site, “O mote ‘viver juntos’, mais que um imperativo de entendimento entre humanos e não humanos que aqui vivem, é, para o Musa, símbolo de um projeto de educação e solidariedade empenhado em promover o convívio dos cidadãos na diversidade cultural, biológica, social e política da grande bacia amazônica. Trata-se de um ‘museu vivo’, ou seja, os visitantes têm um acervo a céu aberto, onde podem ver as intrincadas ligações entre os seres que compõem o espaço totalmente vivo e interativo.

Valter coordena as visitações, em especial das escolas das redes públicas municipal e estadual. “Há basicamente dois tipos de visitas: a matutina e a noturna”, explica Valter. A matutina acontece muito cedo, quando as criaturas do dia iniciam sua jornada. A noturna, ainda mais fascinante, visa assistir aos seres noturnos em suas ações cotidianas.

“A Amazônia tem 2 momentos no ano: a cheia e a vazante. Durante a cheia é praticamente impossível realizar determinadas atividades, mas pode-se fazer outras, como percorrer os igarapés de barco. Na vazante, quando as águas baixam e a vida terrestre reinicia”, torna a explicar. Em cada fase o museu se reinventa e produz vivências inesquecíveis aos seus visitantes.”

Os 100 hectares do MUSA

Criado em janeiro de 2009, o Musa ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus. Uma área de floresta de terra firme, nativa, que há mais de 60 anos vem sendo estudada com paixão.

Podem ser encontrados no MUSA: exposições, viveiro de orquídeas e bromélias, lago, aquários e laboratórios experimentais de serpentes, de insetos e de borboletas. Uma torre de 42 metros permite fruir uma magnífica vista do dossel das árvores da floresta, inesquecível quando vista às seis da manhã.

Trilhas na floresta proporcionam ao visitante passeios agradáveis e descobertas surpreendentes. No Musa são desenvolvidas pesquisas em divulgação e popularização da ciência e da educação científica e cultural.

Leia mais: https://museudaamazonia.org.br/

O olhar fotográfico de quem vê além do óbvio

Valter Calheiros de Souza
O fotógrafo da natureza, Valter Calheiros de Souza vem registrando as belezas e os desafios da Amazônia desde a década de 1980

Não há dúvida de que há quem veja e não enxergue e há quem olhe e perceba muito mais do que está diante de si. Este é o olhar do fotógrafo, um ser sensível que, munido de sua câmera, consegue captar muito mais do que a simples paisagem à sua frente. Valter, desde que se mudou de Parintins-PA, para Manaus-AM, encontrou na arte fotográfica seu modo de exprimir o mundo que enxerga, tanto como meio de registrar sua riqueza como para denunciar as mazelas. É ainda um dos grandes amigos e colaboradores do Instituto Soka Amazônia.

O que significa ter “um bom olho”

O olhar fotográfico é aquele que além de ver, sente o que se passa naquele local. Dessa forma, ter ‘um bom olho” para a fotografia passa necessariamente pelo sentimento, pelo universo interno de cada um. Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’, frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio. O jovem Valter, no alto de seus 17 anos, assim que chegou a Manaus percebeu que poderia ‘comunicar muito’, por meio de suas imagens.

Por meio do ato de fotografar proporciona-se a comunicação, daí a conhecida sentença ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’

frase atribuída ao filósofo chinês Confúcio

Mostrar uma maravilha ao mundo

Oriundo de uma prole numerosa, ele é o terceiro de 9 irmãos, chegou a um distrito na periferia de Manaus que fica em frente ao Encontro das Águas. “Naquele momento senti que tinha o dever de registrar aquela maravilha e mostra-la ao mundo! ”  Para quem ainda não teve o privilégio de ir a esse local encantado, onde as águas dos rios Negro e Solimões percorrem quilômetros lado-a-lado, como se algo mágico os unisse e os impelisse a caminhar irmanados de forma a produzir tal singularidade, não tem ideia da grandiosidade desse fenômeno.

Para o adolescente Valter, esse momento marcou profundamente sua vida. Uniu-se a outros com o objetivo de salvaguardar aquele local sagrado e vem se empenhando para garantir a sua preservação.

Educador ambiental

Valter é o responsável pela área educacional do Museu da Amazônia – MUSA. Segundo consta do site, “O mote ‘viver juntos’, mais que um imperativo de entendimento entre humanos e não humanos que aqui vivem, é, para o Musa, símbolo de um projeto de educação e solidariedade empenhado em promover o convívio dos cidadãos na diversidade cultural, biológica, social e política da grande bacia amazônica. Trata-se de um ‘museu vivo’, ou seja, os visitantes têm um acervo a céu aberto, onde podem ver as intrincadas ligações entre os seres que compõem o espaço totalmente vivo e interativo.

Valter coordena as visitações, em especial das escolas das redes públicas municipal e estadual. “Há basicamente dois tipos de visitas: a matutina e a noturna”, explica Valter. A matutina acontece muito cedo, quando as criaturas do dia iniciam sua jornada. A noturna, ainda mais fascinante, visa assistir aos seres noturnos em suas ações cotidianas.

“A Amazônia tem 2 momentos no ano: a cheia e a vazante. Durante a cheia é praticamente impossível realizar determinadas atividades, mas pode-se fazer outras, como percorrer os igarapés de barco. Na vazante, quando as águas baixam e a vida terrestre reinicia”, torna a explicar. Em cada fase o museu se reinventa e produz vivências inesquecíveis aos seus visitantes.”

Os 100 hectares do MUSA

Criado em janeiro de 2009, o Musa ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus. Uma área de floresta de terra firme, nativa, que há mais de 60 anos vem sendo estudada com paixão.

Podem ser encontrados no MUSA: exposições, viveiro de orquídeas e bromélias, lago, aquários e laboratórios experimentais de serpentes, de insetos e de borboletas. Uma torre de 42 metros permite fruir uma magnífica vista do dossel das árvores da floresta, inesquecível quando vista às seis da manhã.

Trilhas na floresta proporcionam ao visitante passeios agradáveis e descobertas surpreendentes. No Musa são desenvolvidas pesquisas em divulgação e popularização da ciência e da educação científica e cultural.

Leia mais: https://museudaamazonia.org.br/

Neste 26 de janeiro, um convite: conheça melhor o aniversariante do dia.

Intimamente ligado à Soka Gakkai Internacional, que neste 26 de janeiro completa 47 anos de sua fundação, o Instituto Soka Amazônia, tem muito orgulho de suas origens e dentro de seu campo de atividade, ligado à preservação da natureza e à educação ambiental, procura praticar de A a Z o que prega o humanismo, base filosófica da Organização em todo o mundo.

A origem da Organização remonta ao ano de 1930 com a fundação da Soka Kyoiku Gakkai – Sociedade Educacional para a Criação de Valores, que teve nos seus primeiros anos dois presidentes, primeiro o educador e grande pensador Tsunesaburo Makiguchi e mais adiante, depois seu falecimento, seu pupilo Josei Toda.

O dr. Daisaku Ikeda foi o terceiro presidente da Soka Gakkai. Assumiu quando, em 1951, estava com 32 anos de idade.

Aos 47, em 26 de janeiro de 1975, com a fundação da SGI – Soka Gakkai Internacional o dr. Ikeda assumiu a presidência da nova entidade, cerimônia que teve lugar no Centro do Comércio Internacional, na ilha de Guam, com a presença de 158 representantes de 51 países.

Nascemos na Terra. Somos inspirados pela Terra e morreremos na Terra. A Terra é nosso lar. Lidar com a Terra pode ser um importante passo em nossos preparativos para aprender sobre o mundo que nos foi dado nascer, a Terra que nos une a cada dia que vivemos. Estas afirmações são reforçadas e justificadas ao longo de um artigo em que Daisaku Ikeda oferece sua visão incomum e imprescindível sobre a importância de interagir harmonicamente com o planeta. O texto completo pode ser encontrado aqui

Num de seus pronunciamentos, o presidente Ikeda menciona que “quando me tornei o terceiro presidente da Soka Gakkai, iniciei minhas ações concretas pela paz mundial viajando aos Estados Unidos, onde visitei a sede das Nações Unidas em Nova York. Assim estava agindo como herdeiro da visão do meu mestre Josei Toda. A partir de então, o apoio à ONU tornou-se o pilar central do nosso engajamento social, fortalecendo nossas relações colaborativas com indivíduos de mesma visão e organizações civis, enquanto continuamos a desenvolver iniciativas para encontrar soluções para os desafios globais”.

Todos os anos, no dia 26 de janeiro, desde 1983, o presidente Ikeda se dedica a apresentar propostas de paz à ONU, que têm servido para gerar forte diálogo humanístico sobre importantes temas globais entre as pessoas do mundo todo.

Coincidindo com a Cúpula da Terra de 1992, a SGI criou o Instituto Soka — Centro de Pesquisas e Projetos Ambientais do Amazonas (Cepeam) [hoje, Instituto Soka Amazônia] que desde então, tem realizado atividades para restaurar a floresta tropical e proteger sua ecologia única.

Um convite do Instituto Soka Amazônia

Neste 26 de janeiro de 2022, em que se celebram os 47 anos da Soka Gakkai Internacional, o Instituto Soka Amazônia faz um convite: vá percorra os vários sites na internet que contam a história da Organização. Entre, por exemplo, no site da SGI (aqui)

Mesmo que não tenha familiaridade como inglês, a língua predominante em alguns dos textos e nos vídeos, sabe-se que é cada vez mais comum o recurso da tradução automática e além disso o próprio site oferece a alternativa do espanhol, muito familiar para todos os brasileiros.

Será fácil compreender o jeito de ser da Organização e a forma como se aplica o humanismo na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Coisas às vezes simples, mas capazes de fazer enorme diferença.

Aceite esse convite e junte-se a nós na comemoração dos 47 anos da Soka Gakkai.

Neste 26 de janeiro, um convite: conheça melhor o aniversariante do dia.

Intimamente ligado à Soka Gakkai Internacional, que neste 26 de janeiro completa 47 anos de sua fundação, o Instituto Soka Amazônia, tem muito orgulho de suas origens e dentro de seu campo de atividade, ligado à preservação da natureza e à educação ambiental, procura praticar de A a Z o que prega o humanismo, base filosófica da Organização em todo o mundo.

A origem da Organização remonta ao ano de 1930 com a fundação da Soka Kyoiku Gakkai – Sociedade Educacional para a Criação de Valores, que teve nos seus primeiros anos dois presidentes, primeiro o educador e grande pensador Tsunesaburo Makiguchi e mais adiante, depois seu falecimento, seu pupilo Josei Toda.

O dr. Daisaku Ikeda foi o terceiro presidente da Soka Gakkai. Assumiu quando, em 1951, estava com 32 anos de idade.

Aos 47, em 26 de janeiro de 1975, com a fundação da SGI – Soka Gakkai Internacional o dr. Ikeda assumiu a presidência da nova entidade, cerimônia que teve lugar no Centro do Comércio Internacional, na ilha de Guam, com a presença de 158 representantes de 51 países.

Nascemos na Terra. Somos inspirados pela Terra e morreremos na Terra. A Terra é nosso lar. Lidar com a Terra pode ser um importante passo em nossos preparativos para aprender sobre o mundo que nos foi dado nascer, a Terra que nos une a cada dia que vivemos. Estas afirmações são reforçadas e justificadas ao longo de um artigo em que Daisaku Ikeda oferece sua visão incomum e imprescindível sobre a importância de interagir harmonicamente com o planeta. O texto completo pode ser encontrado aqui

Num de seus pronunciamentos, o presidente Ikeda menciona que “quando me tornei o terceiro presidente da Soka Gakkai, iniciei minhas ações concretas pela paz mundial viajando aos Estados Unidos, onde visitei a sede das Nações Unidas em Nova York. Assim estava agindo como herdeiro da visão do meu mestre Josei Toda. A partir de então, o apoio à ONU tornou-se o pilar central do nosso engajamento social, fortalecendo nossas relações colaborativas com indivíduos de mesma visão e organizações civis, enquanto continuamos a desenvolver iniciativas para encontrar soluções para os desafios globais”.

Todos os anos, no dia 26 de janeiro, desde 1983, o presidente Ikeda se dedica a apresentar propostas de paz à ONU, que têm servido para gerar forte diálogo humanístico sobre importantes temas globais entre as pessoas do mundo todo.

Coincidindo com a Cúpula da Terra de 1992, a SGI criou o Instituto Soka — Centro de Pesquisas e Projetos Ambientais do Amazonas (Cepeam) [hoje, Instituto Soka Amazônia] que desde então, tem realizado atividades para restaurar a floresta tropical e proteger sua ecologia única.

Um convite do Instituto Soka Amazônia

Neste 26 de janeiro de 2022, em que se celebram os 47 anos da Soka Gakkai Internacional, o Instituto Soka Amazônia faz um convite: vá percorra os vários sites na internet que contam a história da Organização. Entre, por exemplo, no site da SGI (aqui)

Mesmo que não tenha familiaridade como inglês, a língua predominante em alguns dos textos e nos vídeos, sabe-se que é cada vez mais comum o recurso da tradução automática e além disso o próprio site oferece a alternativa do espanhol, muito familiar para todos os brasileiros.

Será fácil compreender o jeito de ser da Organização e a forma como se aplica o humanismo na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Coisas às vezes simples, mas capazes de fazer enorme diferença.

Aceite esse convite e junte-se a nós na comemoração dos 47 anos da Soka Gakkai.

Quilômetros mata a dentro,

A riqueza dos igarapes

parte essencial da maior bacia fluvial do mundo

Meu nome é igarapé, mas pode me chamar de caminho d’água, que é como os índios me chamavam

São cursos d’água de primeira, segunda ou terceira ordem que irrigam a floresta amazônica e percorrem quilômetros mata adentro. São constituídos por longos braços de rios ou canais e são incontáveis em toda a bacia Amazônica. Pouco profundos e estreitos, portanto, somente pequenas embarcações chatas e canoas conseguem navegar por eles. No idioma tupi-guarani, igarapé = caminho d’água.

Para as comunidades ribeirinhas são fonte de água potável, proporcionam irrigação para suas pequenas plantações, peixes como alimento e vias de acesso a rios e outras comunidades. Mas o que mais importante disso tudo é sua imensa importância à biodiversidade.

Segundo ressaltam os especialistas, a Amazônia constitui a maior bacia fluvial do planeta, com 700 mil km2. Composta por rios e lagos gigantes, os igarapés abundam e são parte essencial da intrincada cadeia de cursos d’água, constituindo uma das reservas aquáticas mais densas do mundo. Excetuando-se os rios que nascem nas altas montanhas dos Andes, quase todos os rios amazônicos são resultantes da junção de pequenos igarapés. Estima-se que 80% da bacia hidrográfica é ocupada pelos igarapés, ou seja, são a morada de uma quantidade inestimável de flora e fauna, muitas das quais ainda estão por serem descobertas e catalogadas.

Estudo recente

Pesquisadores catalogaram, observaram e registraram 83 igarapés (com até três metros de largura) nos municípios de Santarém e Paragominas, no Pará, para melhor compreender a importância desses pequenos cursos d’água para a conservação da biodiversidade em regiões de expansão agropecuária. Nesse artigo os cientistas apontaram principalmente as fragilidades nas leis ambientais brasileiras na proteção dos riachos de pequeno porte, fundamentais para humanos.

O estudo foi coordenado por pesquisadores da Rede Amazônia Sustentável (RAS), que reúne mais de 30 instituições do Brasil e do exterior com o objetivo de pesquisar temas relacionados à conservação e o uso sustentável da terra na região amazônica. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico britânico Journal of Applied Ecology. A RAS é coordenada por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, Lancaster University, Manchester Metropolitan University, Stockholm Environment Institute e o Museu Paraense Emílio Goeldi.

As leis atuais protegem os cursos d’água, mas simplesmente ignoram o que ocorre mata adentro, longe das margens dos igarapés. O problema é que se trata de um sistema complexo que afeta todo o conjunto. A derrubada da mata afeta também os cursos d’água. Não há como proteger somente uma parte da cadeia.

Em 150 metros, 44 espécies de peixe

Os pesquisadores se surpreenderam com a imensa variedade de vida! Num pequeno trecho de apenas 150 metros, obtiveram o registro de 44 espécie de peixes. Mesmo igarapés próximos, com poucos quilômetros de distância um do outro, abrigam conjuntos de espécies bastante diferentes. Ou seja: cada pequeno curso d’água amazônico é inestimável e precisa ser preservado.

https://www.museu-goeldi.br/noticias/a-diversidade-dos-igarapes-e-a-urgencia-de-sua-preservacao

Quilômetros mata a dentro,

A riqueza dos igarapes

parte essencial da maior bacia fluvial do mundo

Meu nome é igarapé, mas pode me chamar de caminho d’água, que é como os índios me chamavam

São cursos d’água de primeira, segunda ou terceira ordem que irrigam a floresta amazônica e percorrem quilômetros mata adentro. São constituídos por longos braços de rios ou canais e são incontáveis em toda a bacia Amazônica. Pouco profundos e estreitos, portanto, somente pequenas embarcações chatas e canoas conseguem navegar por eles. No idioma tupi-guarani, igarapé = caminho d’água.

Para as comunidades ribeirinhas são fonte de água potável, proporcionam irrigação para suas pequenas plantações, peixes como alimento e vias de acesso a rios e outras comunidades. Mas o que mais importante disso tudo é sua imensa importância à biodiversidade.

Segundo ressaltam os especialistas, a Amazônia constitui a maior bacia fluvial do planeta, com 700 mil km2. Composta por rios e lagos gigantes, os igarapés abundam e são parte essencial da intrincada cadeia de cursos d’água, constituindo uma das reservas aquáticas mais densas do mundo. Excetuando-se os rios que nascem nas altas montanhas dos Andes, quase todos os rios amazônicos são resultantes da junção de pequenos igarapés. Estima-se que 80% da bacia hidrográfica é ocupada pelos igarapés, ou seja, são a morada de uma quantidade inestimável de flora e fauna, muitas das quais ainda estão por serem descobertas e catalogadas.

Estudo recente

Pesquisadores catalogaram, observaram e registraram 83 igarapés (com até três metros de largura) nos municípios de Santarém e Paragominas, no Pará, para melhor compreender a importância desses pequenos cursos d’água para a conservação da biodiversidade em regiões de expansão agropecuária. Nesse artigo os cientistas apontaram principalmente as fragilidades nas leis ambientais brasileiras na proteção dos riachos de pequeno porte, fundamentais para humanos.

O estudo foi coordenado por pesquisadores da Rede Amazônia Sustentável (RAS), que reúne mais de 30 instituições do Brasil e do exterior com o objetivo de pesquisar temas relacionados à conservação e o uso sustentável da terra na região amazônica. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico britânico Journal of Applied Ecology. A RAS é coordenada por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, Lancaster University, Manchester Metropolitan University, Stockholm Environment Institute e o Museu Paraense Emílio Goeldi.

As leis atuais protegem os cursos d’água, mas simplesmente ignoram o que ocorre mata adentro, longe das margens dos igarapés. O problema é que se trata de um sistema complexo que afeta todo o conjunto. A derrubada da mata afeta também os cursos d’água. Não há como proteger somente uma parte da cadeia.

Em 150 metros, 44 espécies de peixe

Os pesquisadores se surpreenderam com a imensa variedade de vida! Num pequeno trecho de apenas 150 metros, obtiveram o registro de 44 espécie de peixes. Mesmo igarapés próximos, com poucos quilômetros de distância um do outro, abrigam conjuntos de espécies bastante diferentes. Ou seja: cada pequeno curso d’água amazônico é inestimável e precisa ser preservado.

https://www.museu-goeldi.br/noticias/a-diversidade-dos-igarapes-e-a-urgencia-de-sua-preservacao

Família de Sauim-de-coleira tem novo endereço

Sauim de Manaus
O Instituto Soka Amazônia recebeu seus novos moradores em novembro de 2021

A cidade de Manaus é lar de muitas espécies de flora e fauna. Uma das que fazem a alegria e é a paixão dos moradores é o Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), também conhecido por sauim-de-Manaus, sagui-de-duas-cores, sagui-de-cara-nua. Uma família dessa espécie de primatas foi toda alocada no Instituto Soka Amazônia em novembro último e está se adaptando bem, para alegria de toda equipe.

Manaus é uma cidade que segue crescendo e essa expansão acaba por deixar fragmentos de mata nativa no meio urbano. Sempre que se cogita derrubar algum pedaço desses fragmentos, todo um estudo envolvendo captura, soltura e adaptação da fauna, é feito. O biólogo, mestre em Ecologia e doutor em Zoologia e pesquisador pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Gordo, ressaltou que muito antes da soltura dessa família de Sauim, ela já vinha sendo monitorada para conhecer seus hábitos ao mesmo tempo em que se buscavam locais que poderiam servir de lar.

“É sempre um risco. Minha preocupação inicial com a reserva do Instituto Soka era a grande quantidade de macacos-de-cheiro que predominam ali. Poderia haver disputa por território”, completou. “Mas era fundamental manter essa família de sauim próxima da área a que já estava acostumada, ou a adaptação poderia ser traumática. E a área do Instituto era a ideal”.

Fêmea alfa

Uma singularidade dessa espécie é a presença da fêmea alfa.

“A monitorização possibilitou a identificação da fêmea alfa. Com a sua captura os demais membros se mantêm próximos e isso facilita o processo”, explicou. Apreendidos todos os indivíduos, eles foram levados ao laboratório do ICMBio para coleta de material para exames, colocação de microchip, coleira rádio na fêmea alfa. Por meio desses dispositivos será possível saber com certa precisão como está toda a família.

Isso porque só a fêmea alfa reproduz e o Sauim é uma espécie em risco. Segundo a categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil, ele figura como “Criticamente em Perigo” (CR), devido especialmente à expansão urbana. Cerca de 80% de seu habitat foi perdido desde 1997 e, em consequência, 80% de sua população igualmente se reduziu. Restam somente 46.500 indivíduos segundo a última estimativa. Destes, cerca de 20 mil são adultos, mas a tendência populacional segue, infelizmente, em declínio, daí a importância de se proteger e garantir a adaptação de toda essa família em seu novo endereço.

Segue uma tabela com as características principais:

História de vida

Fonte:https://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7232-mamiferos-saguinus-bicolor-sauim-de-coleira

Família de Sauim-de-coleira tem novo endereço

Sauim de Manaus
O Instituto Soka Amazônia recebeu seus novos moradores em novembro de 2021

A cidade de Manaus é lar de muitas espécies de flora e fauna. Uma das que fazem a alegria e é a paixão dos moradores é o Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), também conhecido por sauim-de-Manaus, sagui-de-duas-cores, sagui-de-cara-nua. Uma família dessa espécie de primatas foi toda alocada no Instituto Soka Amazônia em novembro último e está se adaptando bem, para alegria de toda equipe.

Manaus é uma cidade que segue crescendo e essa expansão acaba por deixar fragmentos de mata nativa no meio urbano. Sempre que se cogita derrubar algum pedaço desses fragmentos, todo um estudo envolvendo captura, soltura e adaptação da fauna, é feito. O biólogo, mestre em Ecologia e doutor em Zoologia e pesquisador pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Gordo, ressaltou que muito antes da soltura dessa família de Sauim, ela já vinha sendo monitorada para conhecer seus hábitos ao mesmo tempo em que se buscavam locais que poderiam servir de lar.

“É sempre um risco. Minha preocupação inicial com a reserva do Instituto Soka era a grande quantidade de macacos-de-cheiro que predominam ali. Poderia haver disputa por território”, completou. “Mas era fundamental manter essa família de sauim próxima da área a que já estava acostumada, ou a adaptação poderia ser traumática. E a área do Instituto era a ideal”.

Fêmea alfa

Uma singularidade dessa espécie é a presença da fêmea alfa.

“A monitorização possibilitou a identificação da fêmea alfa. Com a sua captura os demais membros se mantêm próximos e isso facilita o processo”, explicou. Apreendidos todos os indivíduos, eles foram levados ao laboratório do ICMBio para coleta de material para exames, colocação de microchip, coleira rádio na fêmea alfa. Por meio desses dispositivos será possível saber com certa precisão como está toda a família.

Isso porque só a fêmea alfa reproduz e o Sauim é uma espécie em risco. Segundo a categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil, ele figura como “Criticamente em Perigo” (CR), devido especialmente à expansão urbana. Cerca de 80% de seu habitat foi perdido desde 1997 e, em consequência, 80% de sua população igualmente se reduziu. Restam somente 46.500 indivíduos segundo a última estimativa. Destes, cerca de 20 mil são adultos, mas a tendência populacional segue, infelizmente, em declínio, daí a importância de se proteger e garantir a adaptação de toda essa família em seu novo endereço.

Segue uma tabela com as características principais:

História de vida

Fonte:https://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7232-mamiferos-saguinus-bicolor-sauim-de-coleira

Morre Thiago de Mello, o guardião da Amazônia aos 95 anos

Poeta Thiago de Mello
— Por favor, não pense em mim como um grande literato.
— Sou filho da floresta. Sou filho do rio e do vento.

Thiago de Mello, poeta brasileiro, nascido no estado do Amazonas em 1926, defensor dos direitos humanos e amigo da floresta morreu na manhã desta sexta-feira, 14 de janeiro.

O Poeta das Florestas, defensor da “casa da vida”, a grande Floresta Amazônica, falava sobre o humanismo, mas além da dedicação à poesia estudou medicina e com o seu conhecimento importou-se em educar os jovens e a trabalhar pelas pessoas mais pobres.

Thiago amava demais as pessoas. O Dr. Ikeda, idealizador e fundador deste Instituto disse: “As palavras de Thiago de Mello […] Elas são o som das ondas do amor pela humanidade que se agigantam, o som do bramir dos ventos das orações fervorosas de um homem unido com a natureza. ”

O Instituto Soka Amazônia presta sua homenagem ao grande amigo e Associado Honorário.

Eu vim da região mais verde do mundo carregando no coração

“o canto dos pássaros” da grande floresta amazônica.

Thiago de Mello

Amazonian poet Thiago de Mello introduces the environmental philosophy of the Soka Institute of the Amazon (formally the Amazon Ecological Conservation Center) and its founder Daisaku Ikeda, in a special feature that accompanies the film “Nurturing Seeds of Hope in the Amazon.” Source: Youtube Soka Gakkai Official

Morre Thiago de Mello, o guardião da Amazônia aos 95 anos

Poeta Thiago de Mello
— Por favor, não pense em mim como um grande literato.
— Sou filho da floresta. Sou filho do rio e do vento.

Thiago de Mello, poeta brasileiro, nascido no estado do Amazonas em 1926, defensor dos direitos humanos e amigo da floresta morreu na manhã desta sexta-feira, 14 de janeiro.

O Poeta das Florestas, defensor da “casa da vida”, a grande Floresta Amazônica, falava sobre o humanismo, mas além da dedicação à poesia estudou medicina e com o seu conhecimento importou-se em educar os jovens e a trabalhar pelas pessoas mais pobres.

Thiago amava demais as pessoas. O Dr. Ikeda, idealizador e fundador deste Instituto disse: “As palavras de Thiago de Mello […] Elas são o som das ondas do amor pela humanidade que se agigantam, o som do bramir dos ventos das orações fervorosas de um homem unido com a natureza. ”

O Instituto Soka Amazônia presta sua homenagem ao grande amigo e Associado Honorário.

Eu vim da região mais verde do mundo carregando no coração

“o canto dos pássaros” da grande floresta amazônica.

Thiago de Mello

O poeta amazônico Thiago de Mello apresenta a filosofia ambiental do Instituto Soka da Amazônia (formalmente Centro de Conservação Ecológica da Amazônia) e seu fundador Daisaku Ikeda, em um especial que acompanha o filme “Cultivando Sementes de Esperança na Amazônia”. Fonte: canal Youtube Soka Gakkai Oficial