A Amazônia como ela é

As castanhas e o sucesso de um projeto-empresa que respeita usos e costumes dos povos da Amazônia

É o tipo de empreendimento que vale a pena conhecer.

Não apenas pelo seu incontestável sucesso. Por sinal ele é, a bem dizer, resultado de uma experiência malsucedida, lá atrás, nos anos 1970, quando o Governo incentivava empresários a investirem na Amazônia e o projeto pecuário então implantado não demorou muito a demonstrar uma coisa que hoje todos já sabem, a inadequação do solo amazônico para pastagens.

Estamos falando da Fazenda Aruanã, (e da Agropecuária Aruanã Ltda.) em Itacoatiara, a uns 200 e poucos quilômetros de Manaus, de onde saem as castanhas do Brasil EcoNut ali mesmo cultivadas, selecionadas, beneficiadas e embaladas a vácuo dentro de padrão exportação, vendidas basicamente a públicos do Sudeste do país sobretudo em lojas de produtos naturais. A embalagem de Econut contém atmosfera modificada. É feito o vácuo e em seguida introduzido gás da atmosfera modificada que garante 2 anos de validade para o produto.

Detalhes e mais detalhes

Mais importante do que isso, no entanto, são os muitos detalhes que envolvem a empreitada.

Nada de processos de produção e beneficiamento com muita automação e recursos de tecnologia de ponta. Em lugar disso, imenso respeito pelos usos e costumes dos povos locais; a saudável convivência com índios e povos ribeirinhos; a forma de produção manual e simples, que leva em conta a conveniência de usar intensamente mão de obra local com seus usos e costumes; a inflexível decisão de defender apenas os interesses do empreendedor, mas também dos habitantes da região, levados a plantar castanhas para negociá-las com total liberdade, sem qualquer obrigação de vender suas colheitas ao empreendedor que lhes forneceu a custo zero tanto as sementes como a forma mais adequada de fazer o plantio.

Humanismo A atuação do Instituto Soka Amazônia está intimamente ligada à pratica do Humanismo, que a  SGI (Soka Gakai Internacional) e a sua organização no Brasil, a BSGI sempre propagaram. Da mesma forma, os princípios humanísticos estão presentes, de A a Z neste projeto da Fazenda Aruanã, no momento em que fica patente seu respeito pelos povos da Amazônia, seu ambiente, seu modo de vida e os meios de seu sustento.

Pelo contrário. A Fazenda Aruanã utiliza em sua produção exclusivamente suas próprias castanhas.

Castanhas em lugar de áreas degradadas

É sabido e usual o fato de que ribeirinhos e até mesmo pequenos agricultores que têm suas roças de subsistência na floresta Amazônica normalmente abrem pequenas clareiras na floresta para seu plantio, mandioca sobretudo, além de pesca. Mais adiante, esgotado o solo, ele é abandonado e aberta nova clareira e mais adiante novo abandono de uma área devastada.

A família proprietária da Fazenda Aruanã, atenta a esse indesejável círculo vicioso, iniciou um processo de contato com ribeirinhos com uma proposta: “não deixem a área devastada; mantenham-na viva, plantando castanha, que castanha é dinheiro. Nós lhes daremos as sementes, ajudaremos na melhor forma de plantio e de cuidados”. Essa abordagem fez com que crescesse o número de áreas recuperadas e, passado o tempo, há ribeirinhos que têm hoje uma nova fonte de rendimento pois, de fato, castanha é um produto de facílima comercialização.

“O sr. me dá semente e depois sou obrigado a vender as castanhas pro senhor! ” “A castanha é sua e você a vende para quem bem entender. Nós só usamos castanha plantada por nós mesmos! ”

A desconfiança do ribeirinho

Curiosidade: desconfiados, alguns ribeirinhos ficaram esquivos: “O sr. me dá semente e depois sou obrigado a vender as castanhas pro senhor! ” A desconfiança foi água abaixo com a resposta de que isso não seria necessário. Cada um venderia as castanhas a quem bem entendesse e a Fazenda Aruanã continuaria usando exclusivamente suas próprias castanhas.

Múltiplas alternativas e um convite

Esse projeto, em verdade,  permite múltiplas alternativas para textos e nosso propósito é fazer isso em diferentes matérias em nossas mídias sociais.

Aceite um convite que fazemos aqui e agora, com a convicção de que será uma experiência enriquecedora, uma espécie de brisa saudável e de esperança a respeito da Amazônia, que quase sempre (a bem dizer quase todos os dias) é assunto para matérias pessimistas e preocupantes.

Aceite este convite: vale a pena

O programa “O Globo Repórter” esteve na Fazenda Aruanã em 2020 e fez um relado muito bem feito desse caso de sucesso, que está agora no youtube.

São uns 13 ou 14 minutos que valem a pena.

Mais adiante voltaremos ao assunto.

Vídeo Globo Rural – Produção comercial de castanhas na Amazônia ajuda na recuperação de florestas em 19 abr 2020 Clique aqui se o vídeo não abrir em seu navegador

O que é ser um HUB do Pacto Global?

Para que se concretizem os objetivos da Agenda 2030 é necessário muito mais que boas ideias, é preciso que haja engajamento de todos os setores

A ideia do Pacto Global, desde a sua criação, sempre foi a de engajar o setor empresarial para o desenvolvimento de ações que visem a concretização da Agenda 2030 e que este setor atue de acordo com os 10 Princípios[i]. Ser um HUD ODS da Rede Brasil do Pacto Global é estar nessa linha de frente de atuação. Afinal, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS – não se materializarão sozinhos, sem uma coordenada ação conjunta, serão apenas belas palavras ao vento.

Inscrições para o evento: https://lnkd.in/gYZeJvvv

Por meio de parcerias regionais, o Programa HUB ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar o envolvimento do setor empresarial com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Trata-se de uma ação que vai acelerar a implementação dos ODS em cada Estado, atingindo a mais e mais agentes.

Existem muitas pessoas e empresas que têm a consciência sobre a relevância da Agenda 2030, mas não possuem os meios para engajar-se no processo. O Programa quer ajudar esses agentes. Em 2020, a Rede Brasil lançou o programa HUB ODS em Minas Gerais, em parceria com a Rede Desafio 2030, e no Paraná, em parceria com o Sistema FIEP. Se houver interesse em se candidatar basta enviar um e-mail para hubods@pactoglobal.org.br

Conexões das HUB ODS

A implementação de cada HUB ODS passa pela formulação de um plano de trabalho bianual, que poderá considerar, mas não se restringindo:

a) Diagnóstico sobre os ODS mais relevantes para a região

b) Diagnóstico sobre os ODS mais relevantes para as empresas envolvidas

c) Disseminação dos 10 Princípios do Pacto Global e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável entre o setor empresarial da região

d) Capacitações e iniciativas de engajamento sobre integração dos ODS na estratégia empresarial utilizando metodologias do Pacto Global

e) Projetos e ações coletivas dentro dos temas da Agenda 2030 e sua conexão com o setor empresarial

f) Desenvolvimento de atividades institucionais relacionadas ao tema de ODS e empresas, incluindo seminários, mesas redondas e eventos

Fonte:https://www.pactoglobal.org.br/pg/hub-ods


[i] [i]  https://www.pactoglobal.org.br/10-principios

O que é ser um HUB do Pacto Global?

Para que se concretizem os objetivos da Agenda 2030 é necessário muito mais que boas ideias, é preciso que haja engajamento de todos os setores

A ideia do Pacto Global, desde a sua criação, sempre foi a de engajar o setor empresarial para o desenvolvimento de ações que visem a concretização da Agenda 2030 e que este setor atue de acordo com os 10 Princípios[i]. Ser um HUD ODS da Rede Brasil do Pacto Global é estar nessa linha de frente de atuação. Afinal, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS – não se materializarão sozinhos, sem uma coordenada ação conjunta, serão apenas belas palavras ao vento.

Inscrições para o evento: https://lnkd.in/gYZeJvvv

Por meio de parcerias regionais, o Programa HUB ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar o envolvimento do setor empresarial com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Trata-se de uma ação que vai acelerar a implementação dos ODS em cada Estado, atingindo a mais e mais agentes.

Existem muitas pessoas e empresas que têm a consciência sobre a relevância da Agenda 2030, mas não possuem os meios para engajar-se no processo. O Programa quer ajudar esses agentes. Em 2020, a Rede Brasil lançou o programa HUB ODS em Minas Gerais, em parceria com a Rede Desafio 2030, e no Paraná, em parceria com o Sistema FIEP. Se houver interesse em se candidatar basta enviar um e-mail para hubods@pactoglobal.org.br

Conexões das HUB ODS

A implementação de cada HUB ODS passa pela formulação de um plano de trabalho bianual, que poderá considerar, mas não se restringindo:

a) Diagnóstico sobre os ODS mais relevantes para a região

b) Diagnóstico sobre os ODS mais relevantes para as empresas envolvidas

c) Disseminação dos 10 Princípios do Pacto Global e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável entre o setor empresarial da região

d) Capacitações e iniciativas de engajamento sobre integração dos ODS na estratégia empresarial utilizando metodologias do Pacto Global

e) Projetos e ações coletivas dentro dos temas da Agenda 2030 e sua conexão com o setor empresarial

f) Desenvolvimento de atividades institucionais relacionadas ao tema de ODS e empresas, incluindo seminários, mesas redondas e eventos

Fonte:https://www.pactoglobal.org.br/pg/hub-ods


[i] [i]  https://www.pactoglobal.org.br/10-principios

Maratona em janeiro 2022

Plantios na Amazônia
1500 mudas plantadas debaixo de chuva ou de sol de rachar

Além de falar das 1.500 árvores que o Instituto Soka Amazônia plantou neste janeiro de 2022, o propósito em especial, é lembrar passo a passo a verdadeira maratona que é fazer plantios. Sem deixar de contar como e por que as parcerias tornam possíveis esses projetos. Falar das razões que têm levado empresas e empresários a fazerem essas parcerias. Motivar outras empresas e outros empresários a seguirem por esse caminho.

Muitas árvores, diferentes realidades

Em termos gerais, o objetivo é completar o adensamento florestal com espécies madeireiras, frutíferas ou mesmo ornamentais em áreas que por alguma razão descampadas ou em clareiras abertas em florestas densas. Andirobas-cascudas, cumarus, teutos-vermelhos, mari-maris-rosas, mogno, as espécies são muitas, plantadas em locais adequados para seu natural desenvolvimento.

Antes de começar a maratona

É preciso ter informações sobre o local onde serão os plantios. Campo aberto? Mata? Quais os trabalhos necessários no local antes de deslocar até lá a equipe e tudo o que é preciso para que o plantio possa ser feito de forma a manter as mudas em condições até a hora de serem levadas aos berços. “Berços” é o termo usado para a abertura no solo para as mudas serem plantadas. A palavra “cova” é inadequada…

Para isso, visita de técnicos ou, quando o local é mais distante, análise por imagens via satélite.

No caso de um dos locais usados em janeiro, os proprietários assumiram a responsabilidade por esse trabalho que poderia ser rápido, mas por diversas razões levou praticamente 6 semanas para ser concluído.

O dia da maratona começa às 5 da manhã

Às 5 da manhã a equipe formada normalmente por 6 pessoas já está a postos no Instituto: coordenador, motorista e pessoal operacional. E a faina começa com a coleta das mudas nos dois viveiros para sua acomodação das mudas e de toda aparafernália necessária na Kombi que irá até o local.

Em seguida, estrada. Ou, num dos casos de janeiro, longa travessia de Manaus de uma ponta a outra da cidade para atingir, nesse caso, a área do Parque Mosaico. Na outra área desse mês, viagem de hora e meia até Iranduba, onde ficam as terras da Barcelar.

Dito dessa forma, pode ficar a impressão de que daí pra frente é tudo fácil, afinal é só abrir o berço, colocar as mudas em seu berço e sair para o aplauso.

Coisa nenhuma!

A Kombi é descarregada o mais perto possível do local de plantio, mas em verdade esse local “próximo” chega a estar a 1 quilômetro de onde serão cavados os berços. E as mudas têm que ser levadas “no braço”, em terreno quase sempre húmido, cheio de barro, em aclive e declive, num calor muito forte, quase sempre debaixo de chuva, já que é justamente na época das chuvas que os plantios podem ser feitos.

No caso do plantio em Manaus, uma ajuda nessa fase, dada pela empresa parceira que pôs à disposição da equipe um trator para distribuir as mudas no local certo.

Como já foi dito, há o trabalho que antecede o plantio, que é abrir o mato que sempre há no local.

Quando isso está feito, começa o plantio propriamente dito.

Demarcar o local; abrir o berço manualmente, usando apenas uma “boca de lobo” (aquela ferramenta, tipo de enxada com 2 pás)  dentro das rigorosas especificações, dar o último trato na muda (em alguns casos é preciso, por exemplo, podar as raízes) colocar a muda no berço, fechá-lo com cuidados especiais, pois é necessário evitar que haja excesso de oxigênio no berço, para, então, fazer o georreferenciamento, dando a cada nova árvore seu endereço único.

O complicado dever de se alimentar e não morrer de sede O pessoal do Instituto Soka Amazônia agora já está escolado e foi aprendendo aos poucos a tornar menos árduo o seu trabalho. Para as refeições, por exemplo. No caminho de ida a equipe vai prestando atenção em alternativas para comprar o almoço. Levar marmitas não é a melhor solução, dada a falta de recursos. Escolhido o “restaurante”, na hora certa o motorista vai até lá, compra o que tem que comprar e volta. E a sede, naquele calorão? São 6 pessoas que acabam consumindo, cada um, em dia normal de trabalho, 3 litros d’água cada um. 18 litros de água em garrafões pesados que têm que ser transportados, no braço, do local em que a Kombi estacionou até a área de plantio. Sem falar que a água, para ter condições de ser consumida em condições de temperatura minimamente aceitável, exige uma boa quantidade de gelo. Terminou? Não. Hoje cada um já chega ao local com sua caneca e seus talheres, mas no princípio era um sufoco, bebendo água no gargalo e, por falta de um simples garfo, comendo com as mãos.

São horas e horas de trabalho pesado. Quase sempre com chuva ou com um sol de rachar. Pequeno intervalo para uma refeição improvisada. Água fresca, já que as tarefas são duras e o calor amazonense só faz aumentar a sede.

No fim do dia, preparar a retirada para chegar de volta ao Instituto lá pelas 5 ou 6 da tarde.  

Dadas as condições adversas da atividade, muitas vezes as equipes só podem trabalhar três dias por semana.

As fundamentais parcerias

O Instituto Soka Amazônia tem tido demonstrações constantes de que há empresas e empresários cada vez mais conscientes da necessidade de plantar árvores. Têm recursos para isso, mas não têm condições de se ocupar dessa missão elas mesmas. Seja pela razão que for, encontram dificuldade para viabilizar os plantios através de terceiros.

O Instituto tem por norma não vender mudas e sim cria-las para executar plantios. As parcerias são a possibilidade de uma soma sinérgica em que se juntam recursos de um lado e de outro, para viabilizar de forma econômica os plantios, onde um lado entra com as mudas e a tecnologia de plantio, e de outro os recursos financeiros para permitir a concretização desses projetos.

Para cada plantio é editado um relatório minucioso, com todos os detalhes uma a uma de cada espécie plantada, sua localização, condições do terreno, equipe envolvida no projeto, documento que é entregue ao parceiro que tornou possível.

Veja abaixo nossos relatórios de plantios neste período.

Maratona em janeiro 2022

Plantios na Amazônia
1500 mudas plantadas debaixo de chuva ou de sol de rachar

Além de falar das 1.500 árvores que o Instituto Soka Amazônia plantou neste janeiro de 2022, o propósito em especial, é lembrar passo a passo a verdadeira maratona que é fazer plantios. Sem deixar de contar como e por que as parcerias tornam possíveis esses projetos. Falar das razões que têm levado empresas e empresários a fazerem essas parcerias. Motivar outras empresas e outros empresários a seguirem por esse caminho.

Muitas árvores, diferentes realidades

Em termos gerais, o objetivo é completar o adensamento florestal com espécies madeireiras, frutíferas ou mesmo ornamentais em áreas que por alguma razão descampadas ou em clareiras abertas em florestas densas. Andirobas-cascudas, cumarus, teutos-vermelhos, mari-maris-rosas, mogno, as espécies são muitas, plantadas em locais adequados para seu natural desenvolvimento.

Antes de começar a maratona

É preciso ter informações sobre o local onde serão os plantios. Campo aberto? Mata? Quais os trabalhos necessários no local antes de deslocar até lá a equipe e tudo o que é preciso para que o plantio possa ser feito de forma a manter as mudas em condições até a hora de serem levadas aos berços. “Berços” é o termo usado para a abertura no solo para as mudas serem plantadas. A palavra “cova” é inadequada…

Para isso, visita de técnicos ou, quando o local é mais distante, análise por imagens via satélite.

No caso de um dos locais usados em janeiro, os proprietários assumiram a responsabilidade por esse trabalho que poderia ser rápido, mas por diversas razões levou praticamente 6 semanas para ser concluído.

O dia da maratona começa às 5 da manhã

Às 5 da manhã a equipe formada normalmente por 6 pessoas já está a postos no Instituto: coordenador, motorista e pessoal operacional. E a faina começa com a coleta das mudas nos dois viveiros para sua acomodação das mudas e de toda aparafernália necessária na Kombi que irá até o local.

Em seguida, estrada. Ou, num dos casos de janeiro, longa travessia de Manaus de uma ponta a outra da cidade para atingir, nesse caso, a área do Parque Mosaico. Na outra área desse mês, viagem de hora e meia até Iranduba, onde ficam as terras da Barcelar.

Dito dessa forma, pode ficar a impressão de que daí pra frente é tudo fácil, afinal é só abrir o berço, colocar as mudas em seu berço e sair para o aplauso.

Coisa nenhuma!

A Kombi é descarregada o mais perto possível do local de plantio, mas em verdade esse local “próximo” chega a estar a 1 quilômetro de onde serão cavados os berços. E as mudas têm que ser levadas “no braço”, em terreno quase sempre húmido, cheio de barro, em aclive e declive, num calor muito forte, quase sempre debaixo de chuva, já que é justamente na época das chuvas que os plantios podem ser feitos.

No caso do plantio em Manaus, uma ajuda nessa fase, dada pela empresa parceira que pôs à disposição da equipe um trator para distribuir as mudas no local certo.

Como já foi dito, há o trabalho que antecede o plantio, que é abrir o mato que sempre há no local.

Quando isso está feito, começa o plantio propriamente dito.

Demarcar o local; abrir o berço manualmente, usando apenas uma “boca de lobo” (aquela ferramenta, tipo de enxada com 2 pás)  dentro das rigorosas especificações, dar o último trato na muda (em alguns casos é preciso, por exemplo, podar as raízes) colocar a muda no berço, fechá-lo com cuidados especiais, pois é necessário evitar que haja excesso de oxigênio no berço, para, então, fazer o georreferenciamento, dando a cada nova árvore seu endereço único.

O complicado dever de se alimentar e não morrer de sede O pessoal do Instituto Soka Amazônia agora já está escolado e foi aprendendo aos poucos a tornar menos árduo o seu trabalho. Para as refeições, por exemplo. No caminho de ida a equipe vai prestando atenção em alternativas para comprar o almoço. Levar marmitas não é a melhor solução, dada a falta de recursos. Escolhido o “restaurante”, na hora certa o motorista vai até lá, compra o que tem que comprar e volta. E a sede, naquele calorão? São 6 pessoas que acabam consumindo, cada um, em dia normal de trabalho, 3 litros d’água cada um. 18 litros de água em garrafões pesados que têm que ser transportados, no braço, do local em que a Kombi estacionou até a área de plantio. Sem falar que a água, para ter condições de ser consumida em condições de temperatura minimamente aceitável, exige uma boa quantidade de gelo. Terminou? Não. Hoje cada um já chega ao local com sua caneca e seus talheres, mas no princípio era um sufoco, bebendo água no gargalo e, por falta de um simples garfo, comendo com as mãos.

São horas e horas de trabalho pesado. Quase sempre com chuva ou com um sol de rachar. Pequeno intervalo para uma refeição improvisada. Água fresca, já que as tarefas são duras e o calor amazonense só faz aumentar a sede.

No fim do dia, preparar a retirada para chegar de volta ao Instituto lá pelas 5 ou 6 da tarde.  

Dadas as condições adversas da atividade, muitas vezes as equipes só podem trabalhar três dias por semana.

As fundamentais parcerias

O Instituto Soka Amazônia tem tido demonstrações constantes de que há empresas e empresários cada vez mais conscientes da necessidade de plantar árvores. Têm recursos para isso, mas não têm condições de se ocupar dessa missão elas mesmas. Seja pela razão que for, encontram dificuldade para viabilizar os plantios através de terceiros.

O Instituto tem por norma não vender mudas e sim cria-las para executar plantios. As parcerias são a possibilidade de uma soma sinérgica em que se juntam recursos de um lado e de outro, para viabilizar de forma econômica os plantios, onde um lado entra com as mudas e a tecnologia de plantio, e de outro os recursos financeiros para permitir a concretização desses projetos.

Para cada plantio é editado um relatório minucioso, com todos os detalhes uma a uma de cada espécie plantada, sua localização, condições do terreno, equipe envolvida no projeto, documento que é entregue ao parceiro que tornou possível.

Veja abaixo nossos relatórios de plantios neste período.

Sauins-de-coleira se estabelecem no Instituto Soka Amazônia

Desde novembro de 2021, a família desse primata ameaçado está se adaptando ao novo espaço e parece estar totalmente ambientada

O sauim-de-coleira é um dos xodós da população de Manaus-AM, por causa de sua presença em diversos fragmentos florestais do Amazonas. Devido a isso, é muitas vezes chamado de sauim-de-manaus ou de sauim-de-duas-cores.

Desde o último mês de novembro, uma família desses primatas foi alocada na reserva do Instituto Soka Amazônia, afinal seu habitat natural está sendo cada vez mais perdido devido ao crescimento desordenado da região.

“Dos 9 animais do grupo, três se separaram, mas se juntam esporadicamente. Esse grupo menor dificilmente é avistado”, contou o professor doutor em Zoologia da Universidade Federal do Amazonas -UFAMA, Marcelo Gordo, responsável pela captura e soltura da família.

Família de Sauins se ambientando no Instituto Soka Amazônia

Segundo ele, o grupo maior, com os 6 indivíduos, tem explorado bem novas áreas dentro da Reserva, voltando sempre para se alimentar nas plataformas elevadas, abastecidas com bananas todos os dias.

Embora sejam competidores naturais por território e alimentos dos sauins, os macacos de cheiro que já eram abundantes na reserva, até o momento não têm causado problemas. “Nessa época de chuvas há muitas árvores com frutos disponíveis para ambas as espécies”, ressalta o professor.

Na última semana de janeiro, o grupo principal com 6 indivíduos foi avistado. “Estão frequentando com menos frequência as plataformas de alimentação, provavelmente pela fartura de alimentos na mata. Aparentemente estão muito bem”, detalhou, “infelizmente, o grupo menor com 3 animais não foi mais avistado”.

Uma espécie em constante ameaça

Desde 1997 a redução de seu habitat natural fez com que a população desse simpático primata fosse diminuída em 80%. Hoje restam 7,5 mil km² (nos) em partes dos municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara.

Tanto a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) quanto o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), colocam a espécie no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. A estimativa atual é de que ainda existam mais de 45 mil sauins-de-coleira na natureza, com mais de 20 mil adultos entre eles. A cada ano, no entanto, eles perdem mais de 250 km² de habitat: 80% para o desmatamento e 20% pela ocupação do seu principal concorrente: o sagui-de-mãos-douradas.

Fonte:https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/mamiferos/saium-de-coleira

Sauins-de-coleira se estabelecem no Instituto Soka Amazônia

Desde novembro de 2021, a família desse primata ameaçado está se adaptando ao novo espaço e parece estar totalmente ambientada

O sauim-de-coleira é um dos xodós da população de Manaus-AM, por causa de sua presença em diversos fragmentos florestais do Amazonas. Devido a isso, é muitas vezes chamado de sauim-de-manaus ou de sauim-de-duas-cores.

Desde o último mês de novembro, uma família desses primatas foi alocada na reserva do Instituto Soka Amazônia, afinal seu habitat natural está sendo cada vez mais perdido devido ao crescimento desordenado da região.

“Dos 9 animais do grupo, três se separaram, mas se juntam esporadicamente. Esse grupo menor dificilmente é avistado”, contou o professor doutor em Zoologia da Universidade Federal do Amazonas -UFAMA, Marcelo Gordo, responsável pela captura e soltura da família.

Família de Sauins se ambientando no Instituto Soka Amazônia

Segundo ele, o grupo maior, com os 6 indivíduos, tem explorado bem novas áreas dentro da Reserva, voltando sempre para se alimentar nas plataformas elevadas, abastecidas com bananas todos os dias.

Competidores naturais

Embora sejam competidores naturais por território e alimentos dos sauins, os macacos de cheiro que já eram abundantes na reserva, até o momento não têm causado problemas. “Nessa época de chuvas há muitas árvores com frutos disponíveis para ambas as espécies”, ressalta o professor.

Na última semana de janeiro, o grupo principal com 6 indivíduos foi avistado. “Estão frequentando com menos frequência as plataformas de alimentação, provavelmente pela fartura de alimentos na mata. Aparentemente estão muito bem”, detalhou, “infelizmente, o grupo menor com 3 animais não foi mais avistado”.

Uma espécie em constante ameaça

Desde 1997 a redução de seu habitat natural fez com que a população desse simpático primata fosse diminuída em 80%. Hoje restam 7,5 mil km² (nos) em partes dos municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara.

Tanto a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) quanto o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), colocam a espécie no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. A estimativa atual é de que ainda existam mais de 45 mil sauins-de-coleira na natureza, com mais de 20 mil adultos entre eles. A cada ano, no entanto, eles perdem mais de 250 km² de habitat: 80% para o desmatamento e 20% pela ocupação do seu principal concorrente: o sagui-de-mãos-douradas.

Fonte:https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/mamiferos/saium-de-coleira

Lançamento HUB ODS Amazonas

Quando: dia 17 de fevereiro de 2022

Horário: 14h às 15h30 (horário de Brasília)

Link para inscrição: https://us02web.zoom.us/webinar/register/WN_C5b6lGP0RByha6GMR_Sf9w?d=205009682&utm_source=leadlovers&utm_medium=email&utm_campaign=&utm_content=Reserve%20a%20sua%20agenda%20%20Eventos%20Fevereiro

De forma inédita, convidamos empresas e instituições do Amazonas para participar do lançamento do Programa HUB ODS da Rede Brasil do Pacto Global. O HUB ODS tem como objetivo acelerar, por meio de parcerias regionais, o envolvimento do setor empresarial com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Faça parte deste movimento!

Inscrições online!

Liderada em Manaus pelo Instituto Soka Amazônia, o Programa HUB ODS da Rede Brasil do Pacto Global tem como objetivo acelerar, por meio de parcerias regionais, o envolvimento do setor empresarial com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

É um mecanismo criado para aumentar o impacto regional nos ODS dentro da vocação de cada Estado, alcançando atores em mais capitais e grandes cidades brasileiras.

As iniciativas no Amazonas serão conduzidas em parceria com o Instituto Soka Amazônia, que contribui no âmbito operacional e estratégico, criando conjuntamente um plano de ação com as instituições.