Uma semana como tantas outras: trabalho, trabalho e mais trabalho. Do jeito que o meio ambiente precisa.

As pessoas às vezes querem saber como é o dia-a-dia do Instituto Soka Amazônia

Esta semana que está se encerrando –entre 15 e 19 de novembro– foi uma semana como tantas outras, que mostra muito bem como é o dia a dia de nossas equipes em Manaus e seu trabalho que tem como centros focais a preservação do meio ambiente e a educação ambiental.

Terça feira 16/11

Por exemplo, na terça feira foi atendido um grupo de 12 estudantes da rede pública, Escola Estadual Nelson Alves Ferreira numa daquelas típicas e enriquecedoras visitas à RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

A propósito: dá sempre gosto ver a empolgação dos jovens com tudo o que vêm e fazem nas duas ou três horas que permanecem entre nós.

Quarta feira 17/11

No dia seguinte, o público-alvo foi outro:  o departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Limpeza Pública, que desenvolve uma série de atividades voltadas para conscientização da população para os cuidados que a cidade precisa merecer de cada um. O evento também contou com a apresentação dos Garis da Alegria, um grupo muito ativo, que usa como forma de atração, recursos de música e teatro.

Recebidos no Instituto, para uma apresentação e troca de ideias, acrescentaram novos conhecimentos que vão enriquecer ainda mais o conteúdo do trabalho que realizam.

Quinta feira 18/11

Quinta feira, tempo para receber mais um grupo de 23 estudantes da Escola Municipal Edinir Telles dentro do programa Academia Ambiental, com atividades que aos poucos vão tomando seu formato tradicional, agora que as visitas presenciais estão sendo possíveis.

Sexta feira 19/11

Sexta feira, atividade externa em parceria com o Senac Cidade Nova, em um dia de trabalho dentro do tema Ações Sustentáveis e o Futuro da Humanidade.

Além de jovens aprendizes já em atividade profissional em diversas empresas, principal alvo do evento, a ideia que prevaleceu foi de incluir vários outros públicos, em especial pais e familiares dos jovens estudantes/trabalhadores.

Mais do que fazer uma palestra, como programado, os técnicos do Instituto se prepararam com o intuito de envolver cada vez mais os convidados numa causa que é de todos e que ganha cada vez maior relevância no mundo, a preservação do meio ambiente e a educação ambiental.

Sementes

Em algumas das atividades foram distribuídas sementes de Ipê Branco e Graviola, em copos de material biodegradável, que após germinar serão plantadas, georreferenciadas e incluídas num dos projetos do Instituto Soka Amazônia.

Os copos foram oferecidos por outro parceiro do Instituto, a Gaia-Eco, empresa internacional que opera em Manaus e que produz uma grande linha de produtos sustentáveis.

 Nas próximas semanas

A semana que está se encerrando foi apenas mais uma como tantas outras.
Nas seguintes, mais trabalho, trabalho, trabalho.

Já programado para Dia 26, em parceria com USBEA* e o ICBEU Manaus, o Instituto Soka Amazônia participará do USBEA Month, com palestra sobre o mesmo tema: Ações Sustentáveis e o Futuro da Humanidade e, também, a distribuição de 200 mudas de árvores nativas.

USBEA Month realizado pelo ICBEU Manaus

Segundo a equipe do ICBEU Manaus, via publicação em sua página do Facebook,

“A edição 2021 do USBEA MONTH, consiste em agradecer a natureza por tudo que ela nos proporciona e, ao mesmo tempo, colaborar para que se mantenha viva e presente em nossas vidas. Essa é a intenção dos membros do grupo Alumni Manaus na ação de distribuição de mudas para a população da cidade de Manaus, colaborando assim para que ela se torne mais verde e agradável para todos.”

*USBEA é uma organização sem fins lucrativos formada por ex-participantes e bolsistas de programas e intercâmbios patrocinados pela Missão Diplomática dos EUA no Brasil e do Departamento de Estado Americano com o foco em desenvolvimento profissional, social, educacional, e cultural. A USBEA está presente em todos os estados do Brasil, possuindo uma rede vasta de participantes e profissionais engajados em suas mais diversas áreas.

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Uma semana como tantas outras: trabalho, trabalho e mais trabalho. Do jeito que o meio ambiente precisa.

As pessoas às vezes querem saber como é o dia-a-dia do Instituto Soka Amazônia

Esta semana que está se encerrando –entre 15 e 19 de novembro– foi uma semana como tantas outras, que mostra muito bem como é o dia a dia de nossas equipes em Manaus e seu trabalho que tem como centros focais a preservação do meio ambiente e a educação ambiental.

Terça feira 16/11

Por exemplo, na terça feira foi atendido um grupo de 12 estudantes da rede pública, Escola Estadual Nelson Alves Ferreira numa daquelas típicas e enriquecedoras visitas à RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

A propósito: dá sempre gosto ver a empolgação dos jovens com tudo o que vêm e fazem nas duas ou três horas que permanecem entre nós.

Quarta feira 17/11

No dia seguinte, o público-alvo foi outro:  o departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Limpeza Pública, que desenvolve uma série de atividades voltadas para conscientização da população para os cuidados que a cidade precisa merecer de cada um. O evento também contou com a apresentação dos Garis da Alegria, um grupo muito ativo, que usa como forma de atração, recursos de música e teatro.

Recebidos no Instituto, para uma apresentação e troca de ideias, acrescentaram novos conhecimentos que vão enriquecer ainda mais o conteúdo do trabalho que realizam.

Quinta feira 18/11

Quinta feira, tempo para receber mais um grupo de 23 estudantes da Escola Municipal Edinir Telles dentro do programa Academia Ambiental, com atividades que aos poucos vão tomando seu formato tradicional, agora que as visitas presenciais estão sendo possíveis.

Sexta feira 19/11

Sexta feira, atividade externa em parceria com o Senac Cidade Nova, em um dia de trabalho dentro do tema Ações Sustentáveis e o Futuro da Humanidade.

Além de jovens aprendizes já em atividade profissional em diversas empresas, principal alvo do evento, a ideia que prevaleceu foi de incluir vários outros públicos, em especial pais e familiares dos jovens estudantes/trabalhadores.

Mais do que fazer uma palestra, como programado, os técnicos do Instituto se prepararam com o intuito de envolver cada vez mais os convidados numa causa que é de todos e que ganha cada vez maior relevância no mundo, a preservação do meio ambiente e a educação ambiental.

Sementes

Em algumas das atividades foram distribuídas sementes de Ipê Branco e Graviola, em copos de material biodegradável, que após germinar serão plantadas, georreferenciadas e incluídas num dos projetos do Instituto Soka Amazônia.

Os copos foram oferecidos por outro parceiro do Instituto, a Gaia-Eco, empresa internacional que opera em Manaus e que produz uma grande linha de produtos sustentáveis.

 Nas próximas semanas

A semana que está se encerrando foi apenas mais uma como tantas outras.
Nas seguintes, mais trabalho, trabalho, trabalho.

Já programado para Dia 26, em parceria com USBEA* e o ICBEU Manaus, o Instituto Soka Amazônia participará do USBEA Month, com palestra sobre o mesmo tema: Ações Sustentáveis e o Futuro da Humanidade e, também, a distribuição de 200 mudas de árvores nativas.

USBEA Month realizado pelo ICBEU Manaus

Segundo a equipe do ICBEU Manaus, via publicação em sua página do Facebook,

“A edição 2021 do USBEA MONTH, consiste em agradecer a natureza por tudo que ela nos proporciona e, ao mesmo tempo, colaborar para que se mantenha viva e presente em nossas vidas. Essa é a intenção dos membros do grupo Alumni Manaus na ação de distribuição de mudas para a população da cidade de Manaus, colaborando assim para que ela se torne mais verde e agradável para todos.”

*USBEA é uma organização sem fins lucrativos formada por ex-participantes e bolsistas de programas e intercâmbios patrocinados pela Missão Diplomática dos EUA no Brasil e do Departamento de Estado Americano com o foco em desenvolvimento profissional, social, educacional, e cultural. A USBEA está presente em todos os estados do Brasil, possuindo uma rede vasta de participantes e profissionais engajados em suas mais diversas áreas.

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O ribeirinho é antes de tudo um forte (*)

Afinal: qual a origem dos ribeirinhos que tantas vezes são mencionados tanto nos textos do Instituto Soka Amazônia como em muitas matérias que se divulgam sobre os povos da floresta?

Há quanto tempo vivem nesses tantos e tantos povoados amazônicos?

Eles são índios?

Do que vivem?

Como vivem?

De onde vieram?

Não, não são índios. Vieram de longe em busca de melhores condições de vida, talvez um sonho de fortuna ou, como acontece na maioria das vezes, em busca apenas de sobrevivência. Provavelmente foram forçados a abandonar sua terra natal pelas condições climáticas extremas que não são incomuns em algumas áreas deste país. Pouco a pouco adquiriram enorme familiaridade com aquilo que encontraram no novo ambiente.

Ali estão, ali é o seu lugar, sua terra, seu chão.

Não há como determinar com exatidão há quantas gerações vivem ali.

Não é incomum a convivência de pais, filhos, netos e até mesmo bisnetos.

Com o passar do tempo chegaram a assimilar determinados costumes e jeitos de ser dos índios.

Grupos pequenos

São grupos pequenos, 10 a 20 famílias, em alguns casos um pouco maiores, chegando até 100 famílias, com cultura tipicamente extrativista. Extraem da natureza quaisquer produtos que possam ser cultivados para garantir sua sobrevivência. Convivem em harmonia com os rios e a floresta, de uma forma que não fica distante dos costumes indígenas.

Com absoluta naturalidade.

A sobrevivência

Pescam, caçam, preparam pedaços de terra para cultivar produtos como a mandioca, frutas, grãos. Sabem, aliás muito bem (talvez uma espécie de herança dos índios com que chegaram a conviver) extrair muito da mandioca: a farinha, o pó para a tapioca, o polvilho de várias utilidades, o tucupi que é um caldo ou goma que segundo se afirma, é eficaz, até, no fortalecimento da imunidade; seu consumo ajudaria a prevenir doenças como a gripe e o resfriado. Produtos da mandioca servem para seu próprio consumo e para a prática de uma espécie de escambo.

Ribeirinhos na Fabricação de farinha de mandioca imagem Jo.Oliveira29, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Serviços públicos

Ainda que de forma precária e simples, as comunidades são objeto de atenção por parte do Poder Público. Todas têm uma escola; senão a totalidade, pelo menos a maioria, dispõe de luz elétrica; o “agente de saúde comunitário” é uma figura comum, habilitado a prestar uma assistência básica como medir a pressão e a temperatura, fornecer medicamentos comuns e direcionar os casos mais complexos para a sede do município; são eleitores; tiveram, sim, alguns casos de covid 19, felizmente poucos, e já estão vacinados.

Uma pessoa tipicamente urbana, moradora em grandes centros, cercada de todos os confortos da chamada era moderna, talvez se pergunte como essa forma de vida é possível em pleno século 21. O ribeirinho, no entanto, vê tudo como absolutamente normal, saudável e (por que não dizer?) muito satisfatório.

Fogo, um ressentimento

Não é difícil perceber um certo ressentimento por parte dos ribeirinhos, quando se fala – mesmo quando isso é apenas insinuado, sem explícita acusação a ele, ribeirinho– que “estão pondo fogo na floresta”.

Ele sente como se fosse para si tudo o que se fala sobre esse assunto.

As queimadas ocorrem, mas no que diz respeito a praticamente todos os ribeirinhos, de forma controlada, dentro de uma técnica dir-se-ia milenar, que eles procuram sempre seguir ano após ano.

Não se trata de incentivar o uso do fogo como forma de preparar a terra, mas a verdade é que outras técnicas –a mecanização do processo, por exemplo– não são facilmente viáveis seja pelo custo, como, no caso específico da mecanização, pela necessidade de abertura de estradas que, afinal, tornaria necessário abater muitas árvores.

Fala-se, ainda, de agrofloresta ou “sistemas agroflorestais”, técnicas que não se implantam da noite para o dia.

Puxirum

No dia de preparar a terra para a próxima safra, acontecem os puxiruns, nome que ali se dá aos mutirões, quando vizinhos se juntam e colaboram uns com os outros (sem remuneração, pura demonstração de amizade) para isolar a área a ser queimada, evitando a propagação do fogo. Eles aprenderam que esse recurso é valioso para preparação da terra e melhor uso dos nutrientes naturais contidos, por exemplo, nas cinzas que restam após o fogo ser extinto.


(*) A célebre expressão de Euclides da Cunha em Os Sertões –o sertanejo é antes de tudo um forte– bem que se presta para referência ao ribeirinho. Em muitos casos o ribeirinho é sertanejo, ou descendente de sertanejo. Que saiu do sertão em busca de melhores condições de vida.

Uma árvore: um ecossistema inteiro

Ecossistema de uma árvore
Quase ninguém se dá conta do quanto uma única árvore representa e como a derrubada desse único indivíduo pode impactar no meio ambiente

Quando se olha para uma árvore o que geralmente se vê é seu tronco, seus ramos e folhas. Mas para os especialistas ela é muito mais que isso. Um olhar mais acurado revela que cada árvore possui singularidades exclusivas, é o centro de um ecossistema onde muitas outras espécies que dela tiram seu sustento vivendo simbioticamente.

Para começo de conversa, segundo o biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão,

“há ecossistemas que não têm árvores, mas são de extrema necessidade, tais como os oceanos e os ambientes em elevadas altitudes. A importância relativa de uma única árvore seria pequena considerando todos os seres humanos do planeta, mas em um ecossistema natural, ou em uma praça de bairro na cidade, uma única árvore pode ser essencial para a biodiversidade e o bem-estar das pessoas”.

Isso porque árvores realizam, por exemplo, a fotossíntese crucial para a produção de alimentos. A fotossíntese nada mais é do que a capacidade que as plantas têm de usar a energia solar para unir quimicamente dióxido de carbono e água em carboidratos, proteínas e lipídios, importantes para todos os seres do planeta e para a própria subsistência humana.  

A Ciência denomina “árvore” organismos pertencentes ao reino Plantae na tipologia botânica. Há árvores de grande porte, que medem (as menores) cerca de 4 metros e maiores, que podem chegar a 122 metros! As mais altas árvores já registradas são as Sequóias (gênero Sequoiadrendro), que são encontradas no norte da Califórnia, EUA. No Brasil, as mais altas estão na Amazônia, as Sumaúmas, que podem chegar a 50 metros de altura. Recentemente, em outubro de 2020, uma expedição encontrou um angelim-vermelho no Amapá que mediu 85 metros! É a segunda maior árvore da região registrada pela ciência.

Importante ciclo de vida

Diego faz uma analogia da estrutura da árvore com o corpo humano:

“cada parte desempenha uma função importante para a árvore, assim como são os órgãos do corpo humano para os seres humanos. Exemplo: as folhas fazem as trocas de gases (respiração e transpiração) e a fotossíntese (energia e alimento); as raízes absorvem água e nutrientes do solo (seiva); o caule fornece sustentação; e as flores e frutos estão relacionados com a genética e reprodução”.

As raízes das árvores têm a função de dar base e resistência e podem se estender por muitos metros solo abaixo e para os lados. Nas raízes habitam fungos (micorriza) importantes que, em associação, potencializam a absorção de nutrientes. A fotossíntese fornece energia e carbono para a sobrevivência e multiplicação dos fungos. Em especial nas regiões de clima tropical – na Amazônia, particularmente – o solo tem baixa fertilidade e por isso a formação da micorriza é fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento das plantas.

Há todo um ciclo de vida sendo perpetuado em cada árvore. Por produzirem seiva adocicada, atraem insetos. Estes chamam pássaros que deles se alimentam e que ali vão nidificar (construir seus ninhos e colocar os ovos), e que por isso despertam o interesse de cobras e outros animais predadores. Além de animais, outras espécies vegetais são também “hóspedes”, como as pterodófitas (samambaias) e as orchidaceae (orquídeas), que convivem harmonicamente, pois suas flores atraem insetos e pássaros que vão contribuir para polinizar a hospedeira.

A árvore é também produtora de sementes de chuva, ao exalar compostos orgânicos voláteis – aromas – ou compostos químicos lançados na atmosfera. “O vapor de água, resultante da evapotranspiração, se junta ao composto volátil das árvores. O vapor de água é uma molécula pequena, enquanto o composto aromático é uma molécula grande em comparação ao vapor de água”, explica Diego.

Dados recentes do Observatório do Clima[1] revelam que a Amazônia e as geleiras do Ártico podem, sozinhas, comprometer as metas do Acordo de Paris, caso deixem de cumprir as funções que naturalmente exercem. A captura e a estocagem de dióxido de carbono – principal gás do Efeito Estufa devido sua concentração na atmosfera. – equivalente a 5 anos das emissões globais, em forma de árvore e solo (raízes). É por isso que a redução desse estoque de carbono causada pelo desmatamento põe em sério risco todo o equilíbrio do clima regional.

A importância de uma única árvore é imensa por todos esses motivos (interações ecológicas, benefícios para biodiversidade e pessoas, produção de alimentos, formação de chuvas, estoque de carbono).

Mas o que realmente representa uma árvore para a maior floresta tropical do planeta? Representa VIDA!

Da próxima vez que pensar em derrubar uma única árvore, lembre-se de tudo o que foi listado e do impacto que causará.

Diego sinaliza com importante tarefa, e que é uma das atividades do Instituto Soka Amazônia: “seria bom lembrar a importância da restauração florestal, porque somente com muitas árvores nativas sendo plantadas e sem desmatamento ilegal a Amazônia terá alguma chance de sustentabilidade”.

Fonte:

https://escola.britannica.com.br/artigo/%C3%A1rvore/482704

https://g1.globo.com/ap/amapa/natureza/amazonia/noticia/2021/10/01/expedicao-encontra-a-2a-maior-arvore-ja-mapeada-na-amazonia-de-mais-de-85-metros-video.ghtml


[1] O Observatório do Clima é uma rede de 37 entidades da sociedade civil brasileira formada com o objetivo de discutir as mudanças climáticas no contexto brasileiro, mais especificamente o aquecimento global

Agrofloresta é um bom negócio?

É, no mínimo, uma forma milenar de produzir renda sem derrubar a mata. Mas, na realidade, envolve toda uma infinidade de fatores

A resposta à pergunta é sim, embora à primeira vista pareça que não, por se tratar de uma forma ancestral de produção de alimentos a partir da manutenção da floresta em pé, por meio da exploração de insumos vegetais (sementes, seiva, flores, folhas, casca etc) e animais. No momento em que o mundo todo está com os olhos voltados para as queimadas que destroem a floresta Amazônica, o tema da agrofloresta se torna ainda mais relevante. O biólogo e mestre em Ecologia pelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Diego Oliveira Brandão, explicou que

é um método que associa o manejo de espécies nativas e exóticas diversas numa mesma área, oferecendo mais produtividade. Portanto, no Sistema Agroflorestal, as árvores, os arbustos, as palmeiras, os bambus nativos, etc. são cultivados em associação com culturas agrícolas, pastagens e animais (boi, galinha, pato e porco), em uma mesma unidade de manejo. Diferente da monocultura que derruba imensas áreas para plantar uma única espécie. Procedendo dessa forma, criam-se interações ecológicas e econômicas entre todos esses elementos, equilibrando espaços e tempos de cultivo para os pequenos produtores.

Agricultores do mundo todo se utilizam há séculos do Sistema Agroflorestal como forma de subsistência. Mas foi somente a partir da década de 1970 que se iniciaram estudos sobre o esse modelo agrícola e cientistas passaram a olhar com mais atenção como uma forma de produzir alimentos e insumos sem agressão ao meio ambiente.

Muitas vantagens

Média de 2 bilhões de dólares ao ano gerados a partir de produtos não madeireiros

Por se tratar do plantio de espécies nativas, as agroflorestas contribuem positivamente na restauração de áreas degradadas por extração inadequada de recursos, ocupação desordenada, incêndios etc. E, no momento em que se fala tanto em mudanças climáticas, tal restauração está intimamente ligada à redução do aquecimento global, porque as plantas absorvem dióxido de carbono da atmosfera para crescer e se reproduzir. Apenas para recordar: no Acordo de Paris, assinado em 2015 por 195 países, o Brasil se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. Agenda bastante comprometida no momento atual pelo desmatamento.

De modo bem simplificado, é possível pontuar que agrofloresta simula o que a natureza faz normalmente: mantém o solo sempre coberto pela vegetação, com diversas espécies juntas, cada qual dando seu suporte às demais. Só esse fato já minimiza danos com pragas, doenças e mudanças climáticas, o que dispensa o uso dos agrotóxicos.

Diego cita dados do IBGE que apontam uma média de 2 bilhões de dólares ao ano gerados a partir de produtos não madeireiros, ou seja, a partir da floresta em pé. Isso sem ou quase nenhum apoio governamental. “Se houvesse  mais incentivo com assistência técnica a produtividade da agroflorestal seria muito maior”, enfatiza. E esses produtos, oriundos do Sistema Agroflorestal, são praticamente todos in natura, como o açaí, a andiroba, a castanha e o cacau. Com as cooperativas de beneficiamento o valor dos produtos da agroflorestal pode ser multiplicado por, no mínimo 4, com a produção de matéria prima como óleo, gordura, polpa e sementes desidratadas e produtos industrializados como alimentos, sucos, remédios e cosméticos

Uma reportagem do Jornal Nacional sobre o projeto Amazônia 4.0, ilustrou muito bem esse fato. O quilo das sementes de cacau é comumente vendido a 12 reais em média. Se for transformado em chocolate, pode chegar a atingir 200 reais o quilo se for produzido para exportação. O cientista líder do projeto, Ismael Nobre, ressaltou que só o cacau, sem qualquer beneficiamento, é sete vezes mais lucrativo por hectare que a pecuária.

Cacaueiro

Mas há muito mais do que se beneficiar ao manter as florestas em pé. Diego cita as mais importantes: a manutenção da fertilidade dos solos e redução de erosão; conservação de água em rios, nascentes e biodiversidade; diversificação da produção de alimentos nas regiões onde se estabelece e por aí vai. Só há vantagens em sistema agroflorestal em comparação à monocultura ou pecuária tradicional na Amazônia.

Para os pequenos agricultores o Sistema Agroflorestal traz outro importante benefício: a obtenção de receitas de curto prazo com a colheita de produtos em tempos diferentes (frutos, sementes etc). Assim não ficam reféns de uma grande safra monocultora, reduzindo assim, a necessidade de insumos externos. Por empoderar os agricultores e as comunidades tradicionais, a partir da aquisição de maior autonomia com a diversificação de sua produção, a agrofloresta representa uma verdadeira tecnologia social, capaz de produzir dividendos significativos e também, bastante lucrativos.

Fontes:

http://tecnologiasocial.sites.uff.br/o-que-sao-tecnologias-sociais/

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10226794892841395&id=1322832872&sfnsn=wiwspwa

https://www.wwf.org.br/?76990/Agrofloresta-e-alternativa-de-desenvolvimento-na-Amazonia

https://www.fca.unesp.br/Home/Extensao/GrupoTimbo/RevistaSistemasAgroflorestais.pdf

https://cebds.org/o-que-e-o-acordo-de-paris/

Humanista e cidadã do mundo

Uuka Idi Urbi Ifer Umm Marwan Santos é jornalista, budista e uma apaixonada pelas causas ambientais

Dona de uma narrativa invejável, sensível e emocionante, Uuka é uma jornalista de grande talento e capacidade. Seus textos são bem conhecidos há muitos anos pelo público da BSGI que acompanha a revista Terceira Civilização. Mas o que pouca gente conhece – pois Uuka é também um ser humano de grande humildade – é o lado ambientalista. Há pouco mais de um mês, ela vive um sonho: o de se doar integralmente às causas que sempre a motivaram.

“Estou vivendo um momento de realizações fruto de um trabalho que começou há algum tempo. Vir para a Europa era um desejo antigo que a princípio estava relacionado a ter uma vida melhor, mas que se transformou em algo maior como parte do meu propósito”. iniciou. Aportou na Inglaterra em 2012 e, na época, encontrava-se casada e com planos de constituir família, estudar inglês. Porém, a vida tomou outro rumo e acabou voltando para o Brasil, onde permaneceu por um tempo. “O que foi bom pois, reorganizei meus planos, migrando para o jornalismo ambiental. Em paralelo, fiz muitas ideias virarem realidade, inclusive viajando por países europeus e africanos”, continuou Uuka.

Uma criança bem informada

Ainda quando criança, seu pai sempre a fazia refletir sobre o que ela representava na sociedade. Era assunto sério falar sobre grandes corporações e sistemas sociais para alguém tão imaturo, mas aquilo a fez ao menos despertar para um mundo que poucas pessoas são estimuladas a ver. “Por outro lado, minha mãe e minha avó materna, me ofereceram a base da Soka Gakkai, mostrando que era possível transformar tudo e a acreditar em mim mesma”, explicou. Sobretudo, ensinaram-na sobre o princípio da unicidade de mestre e discípulo, reforçando seu vínculo com organização budista. “Muitas vezes assistia alguma reportagem na TV que me impactava e pensava: ‘Eu queria estar lá!’, eu queria fazer algo!”, exclamou.

Seu primeiro projeto de grande impacto foi uma viagem pelo sertão de Pernambuco com uma amiga, levando duas toneladas de comida para gado em Cabrobó. Com telefonemas e e-mails, obtiveram tudo por meio de doação. Explicaram a esses patrocinadores, a situação dos pequenos produtores, cujas criações de gado serviam de subsistência e que passavam por um dos mais severos períodos de estiagem. Ao chegar àquela região, conheceu famílias sobrevivendo com 1 ou 2 litros de água ao dia, e até menos. “Voltei decidida fazer algo pelo clima e pelo meio ambiente. Foi então que iniciei os cursos sobre mudanças climáticas”, enfatizou.

Projeto Jalapão

Na África – contatos

Depois disso foi duas vezes à África. Na primeira delas, para o Quênia em 2016, o impacto positivo em sua vida foi certeiro. Viajou com apoio de uma organização não-governamental (ONG) sem ter grande conhecimento do que encontraria. Levou na bagagem material de pintura, revistas da SGI e vários livros infantis do presidente Ikeda no idioma inglês, com a ideia de interagir com as crianças. Ao chegar, encontrou outras duas brasileiras que queriam organizar uma pequena biblioteca num orfanato e se uniu a elas na empreitada. “Uma semana depois inauguramos a sala Amigos do Mundo. Passados mais quinze dias, tive a chance de montar um segundo espaço, a sala Coragem, com a ajuda dos moradores locais”, exultou Uuka.

Já na segunda vez no Quênia, conseguiu patrocínio de uma empresa estadunidense e de uma marca brasileira de cosméticos orgânicos, que lhe possibilitou encorajar e auxiliar uma cooperativa feminina num protótipo para a produção desse tipo de cosmético a partir da matéria-prima local. Criou laços de amizade que perduram até hoje. O diálogo sincero e o desejo pela felicidade do outro fez com que as coisas acontecessem de forma harmônica. “A partir daí não existem mais barreiras culturais, de idioma ou de ideias. Tudo se complementa. Lembro-me com carinho do Chip, um garoto que decidiu terminar a escola e entrou na faculdade de direito a partir dos nossos incentivos e lendo os direcionamentos do presidente Ikeda, nos livros da biblioteca”, contou.

Inspiração da Nova Revolução Humana

Uma de suas inspirações, ela obteve ao ler o volume 10 da Nova Revolução Humana, no capítulo “Castelo do Debate”. Um trecho em particular a tocou profundamente: “Ir pessoalmente aos locais em dificuldade”. Uuka fez desse trecho, seu juramento. Determinou que a cada nova viagem, seja para as comunidades africanas, indígenas, vilas europeias, ou novo contato com as pessoas, um sírio ou argelino em situação de refúgio, se esforçaria para cumprir aquele juramento.

Em 2020, vivendo os desafios do início da pandemia, decidiu fazer desse momento algo de valor e participou de vários cursos e palestras. Conversou com profissionais da área ambiental, pois não é simples nem fácil ingressar numa nova área. Ainda mais quando as perspectivas para o futuro demonstram ser sempre muito pessimistas na área ambiental. Mas isso a manteve focada, principalmente, em tornar atraente esse tipo de informação. “A bagagem que a gente tem enquanto membro da Soka Gakkai, ajuda porque assuntos como ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável], Agenda 2030, COP [Conference of Parties], e outros assuntos da ONU [Organização das Nações Unidas] não são distantes. Além do que, como jornalista humanista, tenho a chance de levar um pouco de esperança para tantos relatórios caóticos que a gente vê”, explicou.

E, como todo esforço sinceramente empenhado é um dia recompensado, na próxima COP 26, em Glasgow, no Reino Unido, sua trajetória de projetos será apresentada como uma das 16 melhores iniciativas do mundo realizadas em prol do clima e pelo meio ambiente. A seleção foi feita pela renomada comissão dos cursos da ONU Mudanças Climáticas, órgão em que estudou.

Hoje: o reconhecimento de uma trajetória

Agora na Europa, Uuka encontra-se numa condição totalmente diferente. Tem novos projetos como a de organizar uma exposição de desenhos das crianças do Quênia, do Amazonas e da Inglaterra. Além disso, desenvolve também uma iniciativa com pessoas em situação de refúgio. E, obviamente, manterá a agenda de cursos sobre o clima e o meio ambiente, processo o qual iniciou na Inglaterra e, finalmente, vai ainda se dedicada a uma proposta profissional que surgiu enquanto cumpria a quarentena obrigatória devido a pandemia, em Paris, França.

“Iniciei essa jornada sem saber muito bem como deveria conduzi-la, mas aos poucos, percebi que o mais importante é o desejo que está contido em cada ação. Hoje, é difícil saber se meu sobrinho ou as crianças do Núcleo Infantil da BSGI vão conseguir abraçar um dia uma árvore nativa da Amazônia, ter acesso à água potável com tranquilidade ou viver as estações do ano como elas devem realmente ser. Mas meu papel como uma pessoa consciente é seguir trabalhando, informando e encorajando as pessoas a fazerem do nosso planeta um lugar melhor em todos os aspectos”, finalizou a jornalista e ativista ambiental.

Simpósio internacional discute cidadania global

Veja notícia elaborada pela equipe da Editora Brasil Seikyo (EBS) que participou desse evento internacional

Autor: REDAÇÃO Editora Seykio

Nos dias 23 e 24 de outubro, sábado e domingo no Japão, ocorreu o 11o Simpósio Internacional Acadêmico sobre a Filosofia de Daisaku Ikeda, com o tema “Coexistência da Humanidade e Educação de Cidadãos Globais”, na Universidade Soka do Japão (USJ), em Hachioji, Tóquio. Em formato híbrido (presencial e on-line), o evento uniu estudiosos de 52 universidades e instituições de dez países e territórios.

Autoridades acadêmicas se dedicaram, em mais de doze horas de reunião ao longo dos dois dias, a apresentar seus trabalhos, pesquisas e realizar um rico intercâmbio de conhecimento sobre temas como cidadania global, educação Soka e criação de valor na atualidade, tendo como base a filosofia do Dr. Ikeda.

O fundador da instituição, Dr. Daisaku Ikeda, enviou mensagem especial para a cerimônia de abertura, citando os males vividos hoje pela civilização mundial, dentre eles a desconfiança, salientando que a antítese da desconfiança é a educação — a qual nutre a inabalável crença no potencial humano e a coragem para superar quaisquer adversidades. Ele também afirmou que abraçar esse objetivo ajuda os envolvidos a despertar para sua condição iluminada e, enquanto lutam em conjunto, fazem com que sua vida floresça ao máximo. Disse ainda que, diante dos grandes desafios atuais, o momento é o de amplificar a essência original da educação e, assim, potencializar tais características humanas.

Nessa mesma ocasião, o reitor da USJ, Yoshihisa Baba, lembrou-se de que, desde o início do simpósio, um evento de apenas trinta pessoas, seria esta a primeira edição realizada no Japão. Onze anos depois, a atividade se expandiu a ponto de abranger diversos países e territórios, incluindo o Brasil.

Dentro dos painéis temáticos, uma das apresentações foi a do Instituto Soka Amazônia sobre o projeto Academia Ambiental, seu escopo e o resultado das ações mais recentes. A BSGI também foi convidada a assistir ao evento com representantes. Partindo do princípio de que a educação ambiental é um item essencial para cultivar a cidadania global, conforme defende o Dr. Ikeda, Tamy Kobashikawa e Tais Tokusato declararam que a proposta do Instituto Soka Amazônia conecta a escola à comunidade local e à vida diária, e promove sentimentos de afeto, gratidão e proteção por meio de pequenas ações que geram efeitos no ambiente como um todo.

O projeto prevê quatro passos propostos pelo fundador para aumento da conscientização dos estudantes: aprendizado, reflexão, empoderamento e liderança. Atualmente, realizado em formato virtual, é composto por videoaulas transmitidas pelo YouTube, as quais podem ser usadas pelos professores e são divididas em dois semestres. As apresentadoras mostraram que as escolas públicas locais participantes aplicaram os vídeos e as dinâmicas e que isso gerou não só um feedback positivo, mas também um envolvimento maior dos alunos — já que, na versão presencial, apenas os melhores estudantes participavam, e, na versão virtual, todos puderam se envolver. No entanto, elas pontuaram que o projeto deve continuar, principalmente porque foram identificados pela pesquisa os passos do projeto que envolvem “empoderamento” e “liderança”, os quais ainda precisam ser aprimorados junto com os estudantes, desenvolvendo ainda mais a consciência de cada um como agente ativo da mudança do seu ambiente.

*Imagem destacada: Estudantes participam atentamente de simpósio em formato híbrido. Um deles afirma: “Vou me desenvolver como uma pessoa capaz de expandir os ideais da educação humana do fundador pelo mundo”. Crédito: Seikyo Press

Fundação Rede Amazônica e Instituto Soka celebram os 352 anos de Manaus

Comemoração 352 anos de Manaus
Plantio comemorativo reúne parceiros, convidados e toda a equipe do Instituto

A capital mais populosa da região Norte, Manaus, comemora seus 352 anos com diversas atividades alusivas à data. Os parceiros Fundação Rede Amazônica e Instituto Soka Amazônia homenagearam o município, em 22 de outubro, com o plantio de 352 mudas: uma árvore para cada ano de vida da cidade! O local escolhido foi a área externa da fábrica Sodecia, empresa que produz componentes automotivos.

O objetivo da Sodecia ao acolher esse plantio, foi presentear a cidade em que está localizada há décadas, retribuindo com o verde das árvores nativas, o carinho e a consideração recebidos do povo manauara.

Com o objetivo de ensinar as futuras gerações sobre a importância da floresta, foram convidados os filhos dos funcionários para realizarem o plantio.

Nesta ocasião a Sodecia da Amazônia se integra ao Projeto Memorial da Vida lançado em setembro de 2020 pelo Instituto Soka Amazônia e validada pelo selo ‘Consciência Limpa’ da Fundação Rede Amazônica – FRAM. O plantio também é parte do projeto “Manaus, Te Quero Verde” da Secretaria de Educação – SEMED, que tem como objetivo o plantio de espécies amazônicas em unidades de ensino e em demais áreas da capital. São parceiros nestes projetos: Editora Brasil Seikyo, CS2, Tutiplast, Musashi, Gaia Eco, Honda Lock, JF Refeições, IDAAM, Amazoncert, Programa Semear da Panasonic, Senac Amazonas, Sesc, IFAM, UFAM, INPA e Arpenam.

Fundação Rede Amazônica e Instituto Soka celebram os 352 anos de Manaus

Comemoração 352 anos de Manaus
Plantio comemorativo reúne parceiros, convidados e toda a equipe do Instituto

A capital mais populosa da região Norte, Manaus, comemora seus 352 anos com diversas atividades alusivas à data. Os parceiros Fundação Rede Amazônica e Instituto Soka Amazônia homenagearam o município, em 22 de outubro, com o plantio de 352 mudas: uma árvore para cada ano de vida da cidade! O local escolhido foi a área externa da fábrica Sodecia, empresa que produz componentes automotivos.

O objetivo da Sodecia ao acolher esse plantio, foi presentear a cidade em que está localizada há décadas, retribuindo com o verde das árvores nativas, o carinho e a consideração recebidos do povo manauara.

Com o objetivo de ensinar as futuras gerações sobre a importância da floresta, foram convidados os filhos dos funcionários para realizarem o plantio.

Nesta ocasião a Sodecia da Amazônia se integra ao Projeto Memorial da Vida lançado em setembro de 2020 pelo Instituto Soka Amazônia e validada pelo selo ‘Consciência Limpa’ da Fundação Rede Amazônica – FRAM. O plantio também é parte do projeto “Manaus, Te Quero Verde” da Secretaria de Educação – SEMED, que tem como objetivo o plantio de espécies amazônicas em unidades de ensino e em demais áreas da capital. São parceiros nestes projetos: Editora Brasil Seikyo, CS2, Tutiplast, Musashi, Gaia Eco, Honda Lock, JF Refeições, IDAAM, Amazoncert, Programa Semear da Panasonic, Senac Amazonas, Sesc, IFAM, UFAM, INPA e Arpenam.

A Educação é a grande chave para transformar o mundo!

O conhecimento sozinho não pode dar origem ao valor. É apenas quando o conhecimento é guiado pela sabedoria que o valor é criado. A fonte de sabedoria é encontrada nos seguintes elementos: um senso abrangente de propósito, um poderoso senso de responsabilidade e, finalmente, o desejo compassivo de contribuir para o bem-estar da humanidade. (Daisaku Ikeda)

A base de todas as ações do Instituto Soka Amazônia é a Educação. Em conjunto com seus parceiros – empresas e instituições de ensino e pesquisa – vem aprimorando seus projetos com o objetivo de ampliar o entendimento do meio em que habitamos e sua interconexão com todos os seres vivos do planeta. As aulas da Academia Ambiental, mesmo em meio à pandemia, têm cumprido um importante papel junto ao público escolar de Manaus. Mesmo online, centenas de estudantes da rede pública puderam acompanhar importantes conceitos abordados com grande interesse.

E, em setembro, foram retomadas as aulas presenciais na sede do Instituto, para grande alegria de alunos e professores que há muito aguardavam com ansiedade este momento. A equipe se esmerou em elaborar um conteúdo interessante e intuitivo para que todos pudessem vivenciar todo o potencial existente na Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, local em que se situa o Instituto.

Foram criados protocolos, pontos de controle sanitário e um novo modelo de fornecimento de lanche a fim de garantir a segurança de todos os envolvidos nos eventos.

Mesmo com o retorno das aulas presenciais, o formato online será mantido pois o alcance obtido durante o período de isolamento precisa manter-se, já que agora o público ampliou-se exponencialmente.

A frase acima é um resumo do que encoraja e motiva a equipe. Com base no livro do fundador do Instituto, dr. Daisaku Ikeda, Educação Soka, o propósito de cada ação é a Educação, seja nos projetos de plantio, seja nas aulas da Academia Ambiental, seja na rotina cotidiana de manejo da coleta de sementes, cultivo e cuidado com a mata da Reserva. Em cada ato de cada colaborados está implícito o desejo de impulsionar a difusão do humanismo em toda a sociedade, abrindo caminhos que possibilitem ultrapassar os enormes desafios que se avizinham.

Sobre isso o dr. Ikeda enfatiza ainda que:

Nada é mais crucialmente importante hoje do que o tipo de educação humanística que permite às pessoas sentir a realidade da interconexão, apreciar o potencial infinito na vida de cada pessoa e cultivar esse potencial humano adormecido ao máximo.

Daisaku Ikeda