Em defesa das abelhas nativas

Apaixonada pelas polinizadoras brazucas, Iris Andrade da Cruz vai desenvolver estudo sobre elas no Instituto Soka Amazônia

Chegam a somar centenas de espécies e possuem particularidades únicas e preciosas. A simbiose perfeita entre as abelhas nativas sem ferrão (tribo Meliponini) e a nossa flora é crucial para a sustentabilidade da imensa e rica biodiversidade brasileira. A pesquisadora Iris Andrade da Cruz nasceu em Belém, mas ainda bebê foi para Manaus e lá fincou sólidas raízes. “Me considero manauara já”, reafirma. Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela ONU, o Instituto Soka Amazônia homenageia todas as cientistas com este breve perfil de uma jovem pesquisadora humanista.

Espécie de abelha sem ferrão. Melipona seminigra coletando nectar em flor de Antigonon leptopus. Foto do acervo do Grupo de Pesquisa em Abelhas
Carreira “mais rentável” por quê?

Budista desde o nascimento, a criança Iris interessou-se desde cedo pelas Ciências Biológicas. Na fase pré vestibular, porém, chegou a prestar Administração, influenciada pelas vozes contrárias que a aconselhavam a buscar uma carreira mais “rentável”.

Porém, acaso ou não, foi reprovada na seletiva. Voltou-se então para a paixão e prestou a prova para a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) com sucesso. “Foi a vocação!”, exclama.

Antes das abelhas, formigas

Seu primeiro interesse foram as formigas. Ao longo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, seu plano era estudar esses insetos, todavia, não teve a oportunidade. Mas ao buscar o mestrado em Entomologia no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) voltou-se para as abelhas, em especial, as nativas sem ferrão.

“Há muito queria conhecer sobre as nossas abelhas e sobre as suas propriedades únicas”, explica. Uma delas é a importância que têm na preservação de determinadas espécies da flora amazônica polinizadas somente por elas.”

Abelha sem ferrao, Melipona interrupta. Foto do acervo do Grupo de Pesquisa em Abelhas – GPA – INPA

Outras propriedades – O mel das abelhas nativas sem ferrão possui ainda uma alta atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado para combater doenças pulmonares, resfriados, gripes, fraqueza e infecção nos olhos em diversas partes do país. Os povos tradicionais conhecem e utilizam seu mel para tratar ferimentos e outras afecções cutâneas pela ação cicatrizante e antioxidante.

Além disso, o mel das abelhas sem ferrão é considerado o mais saboroso que existe. Além de ser variado, é diferenciado por sua consistência, aroma, coloração. No entanto, quase todas as características físico-químicas desse mel não atendem aos padrões exigidos pela legislação brasileira. Há necessidade de uma legislação específica para os méis dessas abelhas pois as normas são pautadas pelo mel produzido pelas abelhas africanizadas que é o que predomina no mercado nacional. Uma das principais vantagens do mel das abelhas nativas é o seu baixo teor de açúcar, que pode chegar a 70% menos que o mel produzido pelas abelhas africanizadas (Apis mellifera).

Mais adiante, o doutorado

“Foi a melhor escolha que fiz!”, conta Iris. Quanto mais estudava maior se tornava sua paixão. Tanto que pretende fazer o doutorado com o mesmo grupo de estudo, as abelhas sem ferrão, sob a orientação da profa. dra. Gislene Almeida Carvalho-Zilse, uma das grandes especialistas do assunto no país, no que se refere às abelhas nativas.

Um meliponário

Iris foi convidada pelo Instituto Soka Amazônia para montar um meliponário[i] dentro da Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda (RPPN). Além de contribuir para um maior conhecimento sobre esses animais preciosos, o projeto terá também uma importante finalidade educativa já que as abelhas sem ferrão são seguras e podem ser apresentadas sem receio aos milhares de escolares que visitam o Instituto todos os anos. “Quando as atividades normais forem retomadas, quero ajudar as novas gerações a conhecerem essas abelhas e compreenderem a sua importância para a preservação das nossas matas”, ressalta.

Há ainda muito o que se descobrir. A primeira tarefa de Iris será construir o meliponário. Para tanto vem se dedicando à captura das espécies de forma segura. Um desses métodos foi o tema de sua dissertação de mestrado que estudou a eficiência dos ninhos-isca para a obtenção de enxames de abelhas sem ferrão, feitos utilizando garrafas pet.

Desafio: as abelhas estão desaparecendo

Uma das questões mais desafiadoras deste século é o crescente desaparecimento das abelhas em escala global. Mais do que simples produtoras de mel, as abelhas são responsáveis pela polinização de uma imensa parcela de plantas utilizadas na alimentação. Os especialistas são unânimes em afirmar que, com a contínua extinção desses animais, a segurança alimentar do planeta está ameaçada. Ou seja: delas dependem a sobrevivência humana. Cerca de 70% de todo alimento produzido no mundo depende de serem polinizadas pelas abelhas.

As abelhas, as queimadas e uma peculiaridade

E as abelhas nativas têm mais um grave fator a ameaçá-las. Diferente das africanizadas, as abelhas nativas sem ferrão não abandonam suas colmeias quando ocorrem incêndios ou desmatamentos. Elas dependem da preservação da mata em que estão. Hoje são cerca de 500 espécies conhecidas, cada qual com sua caraterística e peculiaridades. O projeto que Iris vai realizar no Instituto Soka Amazônia trará grandes benefícios a todo ciclo de vida da maior floresta do planeta, além de ajudar a conscientizar novas gerações de brasileiros quanto à importância da preservação desses animais fantásticos.


Fontes:

https://ecoa.org.br/6-tipos-de-abelhas-nativas-do-brasil-para-voce-conhecer/?gclid=Cj0KCQiAjKqABhDLARIsABbJrGmjoMg7G4IdkzE1h85iOg_F-zd68DkhZcgFeCWjXZhqaGtamqZFYg8aAvxYEALw_wcB

MELO, G.A.R. Stingless Bees (Meliponini). In: STARR, C. (Ed.) Encyclopedia of Social Insects. Springer, Cham, 2020. p. 1-17. Disponível em: https://doi.org/10.1007/978-3-319-90306-4_117-1

[i] Meliponário (coleção de colmeias de abelhas nativas sem ferrão)

Seminário internacional apresenta o Instituto Soka Amazônia ao mundo!

A iniciativa foi do Núcleo Jovem japonês da Soka Gakkai Internacional

Como parte de uma série de iniciativas que o Núcleo Jovem da Soka Gakkai Internacional (SGI) vem realizando com vistas à conscientização de todos os associados até 2030 – data instituída pela ONU para a consolidação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) –  no último dia 28 de janeiro foi realizado um seminário online – live – para apresentar o Instituto Soka Amazônia. A iniciativa da realização contou com a participação de cerca de 500 líderes de diferentes partes do mundo.

“Com o mesmo propósito, o Núcleo de Jovens do Japão promoverá diversas atividades de mãos dadas com os participantes de hoje”,

enfatizou a responsável pelo Comitê Feminino para a Paz da Soka Gakkai, Noriko Komatsu.
Membros Instituto Soka Amazônia em conferência com SGI – Divisão Jovens
Confiança de parceiros, doadores e do fundador

O diretor presidente do Instituto Soka Amazônia, Akira Sato, abriu os trabalhos agradecendo aos promotores do evento pela iniciativa. “Todas as nossas ações, projetos e programas são desenvolvidos com o sentimento de poder contribuir com o desenvolvimento sustentável da nossa região. E um ponto importante é poder corresponder a toda a confiança depositada em nós tanto pelos nossos parceiros como pelos nossos doadores do mundo inteiro e principalmente do nosso fundador que acreditam e apoiam os nossos trabalhos”, explicou. Akira ressaltou sobre a busca constante da equipe em atuar em conjunto com a sociedade manauara para estabelecer formas concretas de atuação para o bem da floresta, dos povos que nela habitam e a todo o país.

Mudança climática, preocupação mundial

O diretor presidente enfatizou ainda que “as mudanças climáticas são amplamente discutidas e vêm preocupando o mundo todo. O Relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas de 2018 mostra os principais impactos do aquecimento global”. Segundo ele, cada projeto do Instituto, mesmo que aparentemente de proporções limitadas, vem contribuindo para a edificação de um mundo melhor e ecologicamente mais justo, com o propósito de efetivamente se somar para o objetivo de redução dos gases de efeito estufa e assim garantir que o aumento da temperatura da terra fique limitado a até 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.

A seguir, cada membro da equipe explicou aos participantes da live sua função e os projetos sob sua responsabilidade.

Interação e definições

O gestor ambiental, Jean Dinelly Leão é o responsável técnico pela Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda. É ele quem avalia o nível de interação que o Instituto pode ter com seus parceiros e define os campos de trabalho, embasamento do propósito filosófico face à legislação e/ou termo de cooperação. Faz parte de seu trabalho, também, a definição da melhor forma de comunicação para cada nível de interação que o Instituto possui com doadores, colaboradores, parceiros institucionais e demais públicos. E vai adiante, no agendamento, avaliação e participação de atividades com Universidades, empresas, profissionais liberais e demais parceiros do Instituto. Passam pela sua avaliação intervenções de caráter humano e fisiológico na RPPN, bem como o seu grau de impacto e suas formas de mitigação propostas no Plano de Manejo. Por fim, elaboração de relatórios pertinentes à gestão da RPPN junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

“As nossas ações estão alicerçadas em Educação ambiental, apoio à pesquisa, à consolidação permanente de programas e projetos socioambientais que o Instituto promove junto à sociedade”, explicou.

Em conjunto com as universidades locais e seus centros de pesquisa, Jean coordena também os estudos acadêmicos para conservação da Amazônia, recebendo e incentivando alunos de mestrado e doutorado.

Também junto com as universidades estamos consolidando o único e maior banco de sementes nativas da Amazônia”, enumera o gestor. Trata-se de uma ferramenta ímpar para auxiliar na restauração e conservação da Amazônia, garantindo que espécies em risco de extinção possam ser protegidas e devolvidas à natureza.

Programas híbridos

A futura formanda em Ciências Naturais Tais Tokusato é a responsável pela Academia Ambiental, programa iniciado em 2017 e que tem como objetivo vivenciar aulas a céu aberto em meio à floresta da RPPN. “Nosso maior objetivo com esse programa é poder mostrar a inter-relação do ser humano com o meio ambiente”, explicou Tais.

Até o ano de 2019 o programa pôde atender mais de 3 mil alunos da rede pública de Manaus, 26 escolas diferentes, principalmente da região periférica da cidade. Embora pareça paradoxal, a capital do estado que abriga uma imensa parcela da maior floresta tropical do planeta, possui uma das menores coberturas verdes dentre as cidades brasileiras de mesmo porte. A conscientização da população também é limitada, pois há uma ideia equivocada e muito disseminada, de que progresso é sinônimo de derrubada de mata.

“Para este ano, como estamos em um momento muito delicado de pandemia sobretudo aqui no Amazonas, a Academia Ambiental continuará virtual, mas já estamos prevendo que mesmo após esse momento difícil, o formato híbrido será mantido. A Academia contará com uma série de vídeos com temas preparatórios para a visita ao Instituto Soka onde poderemos atualizar vários assuntos de acordo com a realidade atual. Em 2021 temos o objetivo de alcançar mais de 30 mil alunos com esse novo formato”, contou Tais.

Banco de sementes

O engenheiro ambiental, Rodrigo Yuiti Izumi explanou sobre o processo de produção e plantio de mudas florestais, ressaltando duas etapas: produção e plantio. Cada qual requer cuidados específicos e fundamentais para o sucesso de todo o processo. Segundo ele, no processo de produção, destaca-se a etapa chamada sementes que basicamente constitui-se de coleta, beneficiamento, armazenamento e expedição.

Já no processo de plantio, cada muda está planejada para ser plantada de acordo com os projetos promovidos pelo Instituto Soka Amazônia. Portanto, antes de chegar ao “Dia de Plantio” é necessária a realização de um conjunto de procedimentos para garantir a continuidade duradoura de cada muda plantada. “Isto inclui as explicações às entidades recebedoras do plantio, os estudos prévios de local e toda especialização da própria equipe de plantio para atender às demandas extras que surgem em cada dia de plantio”, contou Rodrigo.

Então, como as sementes chegam aqui ao Instituto? Por meio de expedições com a finalidade de coletá-las, em diferentes áreas, de acordo com a época de dispersão. Algumas são coletadas dentro da própria RPPN. “Outras vezes coletamos sementes dentro da cidade de Manaus e, muitas vezes, as sementes são vêm do meio da floresta”, esclarece o engenheiro ambiental.

SGI, ODS, COP26

Toda a Soka Gakkai Internacional (SGI) vem se empenhando em projetos voltados à disseminação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com vistas a realização de iniciativas de combate às mudanças climáticas, visando a COP26, (26th UN Climate Change Conference of the Parties) prevista para ocorrer em Glasgow, Reino Unido, em novembro deste ano. Reino Unido e Itália, por exemplo, estão realizando atividades de conscientização por meio de exposições abertas para pequenos grupos.

“Ouvir sobre suas preciosas atividades se tornou uma oportunidade para aprofundar nosso interesse e compreensão em relação aos problemas ambientais. Fiquei emocionada ouvindo sobre o poder da natureza de revivescer a esperança no coração das pessoas”, finalizou a responsável pelo Comitê Feminino para a Paz da Soka Gakkai, Noriko Komatsu.

Seminário internacional apresenta o Instituto Soka Amazônia ao mundo!

A iniciativa foi do Núcleo Jovem japonês da Soka Gakkai Internacional

Como parte de uma série de iniciativas que o Núcleo Jovem da Soka Gakkai Internacional (SGI) vem realizando com vistas à conscientização de todos os associados até 2030 – data instituída pela ONU para a consolidação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) –  no último dia 28 de janeiro foi realizado um seminário online – live – para apresentar o Instituto Soka Amazônia. A iniciativa da realização contou com a participação de cerca de 500 líderes de diferentes partes do mundo.

“Com o mesmo propósito, o Núcleo de Jovens do Japão promoverá diversas atividades de mãos dadas com os participantes de hoje”,

enfatizou a responsável pelo Comitê Feminino para a Paz da Soka Gakkai, Noriko Komatsu.
Membros Instituto Soka Amazônia em conferência com SGI – Divisão Jovens
Confiança de parceiros, doadores e do fundador

O diretor presidente do Instituto Soka Amazônia, Akira Sato, abriu os trabalhos agradecendo aos promotores do evento pela iniciativa. “Todas as nossas ações, projetos e programas são desenvolvidos com o sentimento de poder contribuir com o desenvolvimento sustentável da nossa região. E um ponto importante é poder corresponder a toda a confiança depositada em nós tanto pelos nossos parceiros como pelos nossos doadores do mundo inteiro e principalmente do nosso fundador que acreditam e apoiam os nossos trabalhos”, explicou. Akira ressaltou sobre a busca constante da equipe em atuar em conjunto com a sociedade manauara para estabelecer formas concretas de atuação para o bem da floresta, dos povos que nela habitam e a todo o país.

Mudança climática, preocupação mundial

O diretor presidente enfatizou ainda que “as mudanças climáticas são amplamente discutidas e vêm preocupando o mundo todo. O Relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas de 2018 mostra os principais impactos do aquecimento global”. Segundo ele, cada projeto do Instituto, mesmo que aparentemente de proporções limitadas, vem contribuindo para a edificação de um mundo melhor e ecologicamente mais justo, com o propósito de efetivamente se somar para o objetivo de redução dos gases de efeito estufa e assim garantir que o aumento da temperatura da terra fique limitado a até 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.

A seguir, cada membro da equipe explicou aos participantes da live sua função e os projetos sob sua responsabilidade.

Interação e definições

O gestor ambiental, Jean Dinelly Leão é o responsável técnico pela Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda. É ele quem avalia o nível de interação que o Instituto pode ter com seus parceiros e define os campos de trabalho, embasamento do propósito filosófico face à legislação e/ou termo de cooperação. Faz parte de seu trabalho, também, a definição da melhor forma de comunicação para cada nível de interação que o Instituto possui com doadores, colaboradores, parceiros institucionais e demais públicos. E vai adiante, no agendamento, avaliação e participação de atividades com Universidades, empresas, profissionais liberais e demais parceiros do Instituto. Passam pela sua avaliação intervenções de caráter humano e fisiológico na RPPN, bem como o seu grau de impacto e suas formas de mitigação propostas no Plano de Manejo. Por fim, elaboração de relatórios pertinentes à gestão da RPPN junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

“As nossas ações estão alicerçadas em Educação ambiental, apoio à pesquisa, à consolidação permanente de programas e projetos socioambientais que o Instituto promove junto à sociedade”, explicou.

Em conjunto com as universidades locais e seus centros de pesquisa, Jean coordena também os estudos acadêmicos para conservação da Amazônia, recebendo e incentivando alunos de mestrado e doutorado.

Também junto com as universidades estamos consolidando o único e maior banco de sementes nativas da Amazônia”, enumera o gestor. Trata-se de uma ferramenta ímpar para auxiliar na restauração e conservação da Amazônia, garantindo que espécies em risco de extinção possam ser protegidas e devolvidas à natureza.

Programas híbridos

A futura formanda em Ciências Naturais Tais Tokusato é a responsável pela Academia Ambiental, programa iniciado em 2017 e que tem como objetivo vivenciar aulas a céu aberto em meio à floresta da RPPN. “Nosso maior objetivo com esse programa é poder mostrar a inter-relação do ser humano com o meio ambiente”, explicou Tais.

Até o ano de 2019 o programa pôde atender mais de 3 mil alunos da rede pública de Manaus, 26 escolas diferentes, principalmente da região periférica da cidade. Embora pareça paradoxal, a capital do estado que abriga uma imensa parcela da maior floresta tropical do planeta, possui uma das menores coberturas verdes dentre as cidades brasileiras de mesmo porte. A conscientização da população também é limitada, pois há uma ideia equivocada e muito disseminada, de que progresso é sinônimo de derrubada de mata.

“Para este ano, como estamos em um momento muito delicado de pandemia sobretudo aqui no Amazonas, a Academia Ambiental continuará virtual, mas já estamos prevendo que mesmo após esse momento difícil, o formato híbrido será mantido. A Academia contará com uma série de vídeos com temas preparatórios para a visita ao Instituto Soka onde poderemos atualizar vários assuntos de acordo com a realidade atual. Em 2021 temos o objetivo de alcançar mais de 30 mil alunos com esse novo formato”, contou Tais.

Banco de sementes

O engenheiro ambiental, Rodrigo Yuiti Izumi explanou sobre o processo de produção e plantio de mudas florestais, ressaltando duas etapas: produção e plantio. Cada qual requer cuidados específicos e fundamentais para o sucesso de todo o processo. Segundo ele, no processo de produção, destaca-se a etapa chamada sementes que basicamente constitui-se de coleta, beneficiamento, armazenamento e expedição.

Já no processo de plantio, cada muda está planejada para ser plantada de acordo com os projetos promovidos pelo Instituto Soka Amazônia. Portanto, antes de chegar ao “Dia de Plantio” é necessária a realização de um conjunto de procedimentos para garantir a continuidade duradoura de cada muda plantada. “Isto inclui as explicações às entidades recebedoras do plantio, os estudos prévios de local e toda especialização da própria equipe de plantio para atender às demandas extras que surgem em cada dia de plantio”, contou Rodrigo.

Então, como as sementes chegam aqui ao Instituto? Por meio de expedições com a finalidade de coletá-las, em diferentes áreas, de acordo com a época de dispersão. Algumas são coletadas dentro da própria RPPN. “Outras vezes coletamos sementes dentro da cidade de Manaus e, muitas vezes, as sementes são vêm do meio da floresta”, esclarece o engenheiro ambiental.

SGI, ODS, COP26

Toda a Soka Gakkai Internacional (SGI) vem se empenhando em projetos voltados à disseminação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com vistas a realização de iniciativas de combate às mudanças climáticas, visando a COP26, (26th UN Climate Change Conference of the Parties) prevista para ocorrer em Glasgow, Reino Unido, em novembro deste ano. Reino Unido e Itália, por exemplo, estão realizando atividades de conscientização por meio de exposições abertas para pequenos grupos.

“Ouvir sobre suas preciosas atividades se tornou uma oportunidade para aprofundar nosso interesse e compreensão em relação aos problemas ambientais. Fiquei emocionada ouvindo sobre o poder da natureza de revivescer a esperança no coração das pessoas”, finalizou a responsável pelo Comitê Feminino para a Paz da Soka Gakkai, Noriko Komatsu.

Uma organização global pela harmonia e simbiose social

Soka Gakkai Global
Há 46 anos nascia a Soka Gakkai Internacional para a promoção dos alicerces de um equilíbrio planetário

‘‘A Amazônia é o tesouro maior do mundo, é onde resplandece a luz da vida, onde ecoa a contínua canção da vida. Quando a Amazônia adoece, o planeta agoniza; quando a Amazônia chora, a Terra se desespera; e quando a Amazônia projetar suas asas livremente, a humanidade poderá voar altivamente.’’
Daisaku Ikeda

Consta nos objetivos da Soka Gakkai Internacional – SGI – desde a sua fundação: Promover, com base no ideal budista da simbiose, a proteção da natureza e do meio ambiente. Tem a ver com um dos mais importantes princípios da filosofia humanística do budismo de Nichiren Daishonin: a relação entre as ações humanas e o meio ambiente em que está inserido (em japonês = esho funi). Há 46 anos, a SGI é a materialização dessa relação, à medida que desde a sua fundação, é uma entidade global que promove a harmonização do ser humano com seu entorno. E o Instituto Soka Amazônia é um dos braços ativos da SGI que atua incansavelmente para edificar esse sonho de solidariedade e convivência humana com a natureza e os demais seres viventes do planeta, com ações práticas e permanentes para preservar a biodiversidade da Amazônia.

Cada ser vivo e seu ambiente são independentes, porém e ao mesmo tempo, interdependentes. Embora paradoxal, cada qual atua como um elo de uma corrente harmônica que subsistem em prol de um ciclo de coexistência.

Há quem olhe para os noticiários apocalípticos e só veja o lado sombrio da civilização humana. Esquecem-se do que a mídia não mostra, que está acontecendo neste exato momento em que leem este texto: bilhões de anônimos fora das notícias, que desafiam todos os dias suas limitações e vencem, dia após dia. E, dentre estes bilhões, 12 milhões são membros da SGI que fazem uso do esho funi para promover o bem, promovendo com base na filosofia budista a proteção do meio em que habitam, reverberando essa força e energia em todo o seu entorno.

Pois a SGI nasceu para congregar entidades locais – filiadas em países e territórios – organizando, orientando e protegendo. Sob a ótica do esho funi ninguém pode existir separadamente. A partir de sua fundação o planeta passou a contar com uma instituição mundial que atua efetivamente para compor um ambiente global a partir da transformação individual de cada um dos seus integrantes. E a arma mais poderosa dessa batalha diária pé a esperança!

É com esse sentimento que o Instituto Soka Amazônia vem empreendendo todas as suas ações em favor da convivência harmoniosa do Homem com a Natureza. Cada projeto visa preservar a maior floresta tropical do planeta, cuja importância para o futuro do planeta é reconhecida internacionalmente por toda a comunidade científica mundial.

Consta em um escrito budista: “Sem a vida, o meio ambiente não pode existir”. O dr. Daisaku Ikeda, fundador do Instituto Soka Amazônia e da SGI, proclamou: “Da guerra à paz! Do ódio à amizade! Do conflito à harmonia!”. Havia, nessas poderosas palavras, um claro clamor à uma coalisão de forças afins, dispostas a empregar seus esforços em prol de um planeta em que haja coexistência harmônica, solidária e fraterna entre todos os seres vivos. Pois a vida e seu ambiente são dois aspectos integrantes de uma mesma entidade. O ambiente, que abarca todo fenômeno universal, não pode existir exceto numa dinâmica relação com a atividade internamente gerada pela própria vida.

Parabéns SGI pelos seus 46 anos de existência!

Uma organização global pela harmonia e simbiose social

Soka Gakkai Global
Há 46 anos nascia a Soka Gakkai Internacional para a promoção dos alicerces de um equilíbrio planetário

‘‘A Amazônia é o tesouro maior do mundo, é onde resplandece a luz da vida, onde ecoa a contínua canção da vida. Quando a Amazônia adoece, o planeta agoniza; quando a Amazônia chora, a Terra se desespera; e quando a Amazônia projetar suas asas livremente, a humanidade poderá voar altivamente.’’
Daisaku Ikeda

Consta nos objetivos da Soka Gakkai Internacional – SGI – desde a sua fundação: Promover, com base no ideal budista da simbiose, a proteção da natureza e do meio ambiente. Tem a ver com um dos mais importantes princípios da filosofia humanística do budismo de Nichiren Daishonin: a relação entre as ações humanas e o meio ambiente em que está inserido (em japonês = esho funi). Há 46 anos, a SGI é a materialização dessa relação, à medida que desde a sua fundação, é uma entidade global que promove a harmonização do ser humano com seu entorno. E o Instituto Soka Amazônia é um dos braços ativos da SGI que atua incansavelmente para edificar esse sonho de solidariedade e convivência humana com a natureza e os demais seres viventes do planeta, com ações práticas e permanentes para preservar a biodiversidade da Amazônia.

Cada ser vivo e seu ambiente são independentes, porém e ao mesmo tempo, interdependentes. Embora paradoxal, cada qual atua como um elo de uma corrente harmônica que subsistem em prol de um ciclo de coexistência.

Há quem olhe para os noticiários apocalípticos e só veja o lado sombrio da civilização humana. Esquecem-se do que a mídia não mostra, que está acontecendo neste exato momento em que leem este texto: bilhões de anônimos fora das notícias, que desafiam todos os dias suas limitações e vencem, dia após dia. E, dentre estes bilhões, 12 milhões são membros da SGI que fazem uso do esho funi para promover o bem, promovendo com base na filosofia budista a proteção do meio em que habitam, reverberando essa força e energia em todo o seu entorno.

Pois a SGI nasceu para congregar entidades locais – filiadas em países e territórios – organizando, orientando e protegendo. Sob a ótica do esho funi ninguém pode existir separadamente. A partir de sua fundação o planeta passou a contar com uma instituição mundial que atua efetivamente para compor um ambiente global a partir da transformação individual de cada um dos seus integrantes. E a arma mais poderosa dessa batalha diária pé a esperança!

É com esse sentimento que o Instituto Soka Amazônia vem empreendendo todas as suas ações em favor da convivência harmoniosa do Homem com a Natureza. Cada projeto visa preservar a maior floresta tropical do planeta, cuja importância para o futuro do planeta é reconhecida internacionalmente por toda a comunidade científica mundial.

Consta em um escrito budista: “Sem a vida, o meio ambiente não pode existir”. O dr. Daisaku Ikeda, fundador do Instituto Soka Amazônia e da SGI, proclamou: “Da guerra à paz! Do ódio à amizade! Do conflito à harmonia!”. Havia, nessas poderosas palavras, um claro clamor à uma coalisão de forças afins, dispostas a empregar seus esforços em prol de um planeta em que haja coexistência harmônica, solidária e fraterna entre todos os seres vivos. Pois a vida e seu ambiente são dois aspectos integrantes de uma mesma entidade. O ambiente, que abarca todo fenômeno universal, não pode existir exceto numa dinâmica relação com a atividade internamente gerada pela própria vida.

Parabéns SGI pelos seus 46 anos de existência!

Por uma economia que priorize o desenvolvimento humano

A doutoranda em Economia Tamy Kobashikawa fala sobre sua vida e sua atuação como acadêmica na Universidade Soka, no Japão

Aos 12 anos Tamy decidiu que iria estudar na Universidade Soka, localizada em Hachioji, em Tóquio, Japão. Órfã de pai, criada pela zelosa mãe que a supriu de amor e de cuidados, somente aos 24 anos conseguiu fazer materializar-se sua determinação de criança. Prestes a concluir o doutorado pela instituição de ensino que a acolheu, incialmente para o mestrado e agora para o doutorado, Tamy quer se dedicar à tarefa de retribuir ao seu país e aos companheiros brasileiros por toda a boa sorte de que foi alvo, dedicando-se a projetos de desenvolvimento econômico que priorizem, antes de tudo, o ser humano.

Ela graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em 2015 determinou que ingressaria no programa de mestrado da Universidade Soka. “Eu não tinha a menor ideia se conseguiria a bolsa de estudos. E muito menos de onde viria o dinheiro caso não conseguisse. Mas sabia que estaria lá”, conta. Em meio à correria de providenciar documentos para candidatar-se, foi surpreendida com uma inusitada mas providencial surpresa.

O pai de Tamy falecera em um acidente de carro em que ela própria estava envolvida, quando contava com poucos meses de vida. Em decorrência dessa tragédia, sua mãe foi seu sustentáculo, suprindo também o papel de pai de forma admirável. “Meus pais se conheceram dentro da BSGI, ambos foram atuantes do núcleo jovem. Se apaixonaram e casaram. E tiveram duas filhas”, explica. A irmã faleceu muito criança. “Como eu cresci sem pai não tinha a dimensão dessa presença. Foi somente quando estava me preparando para ingressar na Universidade Soka é que me dei conta de que a boa sorte que meu pai acumulara na juventude, atuando na BSGI iria surgir no momento crucial”, ressalta.

O pai havia comprado um terreno em Santana do Parnaíba ainda na juventude. Ficara intocado e esquecido. Uma pessoa passou por ele e se interessou, mesmo sem nem menos haver uma placa de vende-se. Buscou com afinco e chegou à mãe de Tamy. A oferta em dinheiro e à vista era a exata quantia necessária para custear o mestrado. “Foi a comprovação materializada do empenho de meu pai em vida!”, exclama.

O mestrado em Economia teve como objeto de estudo a cooperação agrícola entre três países: Moçambique, Brasil e Japão. Tamy esteve por algumas semanas em Moçambique para seu trabalho de campo que resultou em uma poderosa dissertação.

Para o doutorado decidiu voltar seu olhar sensível ao seu país e entender como a educação ambiental pode contribuir efetivamente para um desenvolvimento econômico sustentável. Para tanto, esteve em 2019 no Instituto Soka Amazônia para o trabalho de campo. “Compreender os projetos e a forma como eles impactam na comunidade foi fundamental para a minha tese”, enfatiza. Em fase de escrita da tese de doutorado, Tamy irá dedicar o ano de 2021 para esse fim.

Em 2019, Tamy integrou o grupo de quatro estudantes da Universidade Soka para participar de um curso ministrado por laureados com o Prêmio Nobel da Paz, no México. Há cerca de 17 anos é oferecido esse treinamento para estudantes de algumas universidades do mundo. Em 2019, 30 laureados estiveram presentes. “Foram 5 dias de puro encantamento e aprendizado riquíssimo e inesquecível”, rejubila-se. Segundo ela, dos quatro integrantes da Universidade Soka do Japão, dois eram brasileiros. “Sinto que com tudo isso que me aconteceu, tenho conseguido honrar meu pai que mal conheci. E o mestre e fundador tanto do Instituto Soka Amazônia como da Universidade Soka, dr. Daisaku Ikeda”.

Ikeda delegou aos estudantes estrangeiros das duas Universidades Soka (Japão e EUA): “vocês são os embaixadores dos ideais Soka de paz, cultura e educação em seus respectivos países. Tornem-se verdadeiros valores fundamentais na sociedade em cada ramo de atuação”. Sem dúvida alguma, a jovem doutoranda Tamy Yukie Kobashikawa já é um grande valor que concretizará relevantes projetos para um real desenvolvimento que se volte para o ser humano.

Por uma economia que priorize o desenvolvimento humano

A doutoranda em Economia Tamy Kobashikawa fala sobre sua vida e sua atuação como acadêmica na Universidade Soka, no Japão

Aos 12 anos Tamy decidiu que iria estudar na Universidade Soka, localizada em Hachioji, em Tóquio, Japão. Órfã de pai, criada pela zelosa mãe que a supriu de amor e de cuidados, somente aos 24 anos conseguiu fazer materializar-se sua determinação de criança. Prestes a concluir o doutorado pela instituição de ensino que a acolheu, incialmente para o mestrado e agora para o doutorado, Tamy quer se dedicar à tarefa de retribuir ao seu país e aos companheiros brasileiros por toda a boa sorte de que foi alvo, dedicando-se a projetos de desenvolvimento econômico que priorizem, antes de tudo, o ser humano.

Ela graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em 2015 determinou que ingressaria no programa de mestrado da Universidade Soka. “Eu não tinha a menor ideia se conseguiria a bolsa de estudos. E muito menos de onde viria o dinheiro caso não conseguisse. Mas sabia que estaria lá”, conta. Em meio à correria de providenciar documentos para candidatar-se, foi surpreendida com uma inusitada mas providencial surpresa.

O pai de Tamy falecera em um acidente de carro em que ela própria estava envolvida, quando contava com poucos meses de vida. Em decorrência dessa tragédia, sua mãe foi seu sustentáculo, suprindo também o papel de pai de forma admirável. “Meus pais se conheceram dentro da BSGI, ambos foram atuantes do núcleo jovem. Se apaixonaram e casaram. E tiveram duas filhas”, explica. A irmã faleceu muito criança. “Como eu cresci sem pai não tinha a dimensão dessa presença. Foi somente quando estava me preparando para ingressar na Universidade Soka é que me dei conta de que a boa sorte que meu pai acumulara na juventude, atuando na BSGI iria surgir no momento crucial”, ressalta.

O pai havia comprado um terreno em Santana do Parnaíba ainda na juventude. Ficara intocado e esquecido. Uma pessoa passou por ele e se interessou, mesmo sem nem menos haver uma placa de vende-se. Buscou com afinco e chegou à mãe de Tamy. A oferta em dinheiro e à vista era a exata quantia necessária para custear o mestrado. “Foi a comprovação materializada do empenho de meu pai em vida!”, exclama.

O mestrado em Economia teve como objeto de estudo a cooperação agrícola entre três países: Moçambique, Brasil e Japão. Tamy esteve por algumas semanas em Moçambique para seu trabalho de campo que resultou em uma poderosa dissertação.

Para o doutorado decidiu voltar seu olhar sensível ao seu país e entender como a educação ambiental pode contribuir efetivamente para um desenvolvimento econômico sustentável. Para tanto, esteve em 2019 no Instituto Soka Amazônia para o trabalho de campo. “Compreender os projetos e a forma como eles impactam na comunidade foi fundamental para a minha tese”, enfatiza. Em fase de escrita da tese de doutorado, Tamy irá dedicar o ano de 2021 para esse fim.

Em 2019, Tamy integrou o grupo de quatro estudantes da Universidade Soka para participar de um curso ministrado por laureados com o Prêmio Nobel da Paz, no México. Há cerca de 17 anos é oferecido esse treinamento para estudantes de algumas universidades do mundo. Em 2019, 30 laureados estiveram presentes. “Foram 5 dias de puro encantamento e aprendizado riquíssimo e inesquecível”, rejubila-se. Segundo ela, dos quatro integrantes da Universidade Soka do Japão, dois eram brasileiros. “Sinto que com tudo isso que me aconteceu, tenho conseguido honrar meu pai que mal conheci. E o mestre e fundador tanto do Instituto Soka Amazônia como da Universidade Soka, dr. Daisaku Ikeda”.

Ikeda delegou aos estudantes estrangeiros das duas Universidades Soka (Japão e EUA): “vocês são os embaixadores dos ideais Soka de paz, cultura e educação em seus respectivos países. Tornem-se verdadeiros valores fundamentais na sociedade em cada ramo de atuação”. Sem dúvida alguma, a jovem doutoranda Tamy Yukie Kobashikawa já é um grande valor que concretizará relevantes projetos para um real desenvolvimento que se volte para o ser humano.

Cumaru: Uma árvore medicinal

Cumaru

Os benefícios da árvore são impressionantes!

Ameaça: cobiça por sua madeira de altíssima qualidade

Todo habitante da floresta conhece suas propriedades medicinais. Há séculos a árvore Cumaru é usada em preparados que, todo mundo garante, são muito eficazes na cura de diferentes males. Desde a casca até os frutos, as folhas, todas as partes da Cumaru (Dipteryx odorata) são valiosas e muito apreciadas.

Monster46, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons https://commons.wikimedia.org/wiki/File:La-Sarrapia.JPG

Com indicação para enfermidades das vias respiratórias, são preparados xaropes e infusões produzidos a partir da extração da casca da árvore. Assegura-se que a semente tem propriedades analgésicas no tratamento de dor de ouvido com um preparado à base de álcool. O chá das folhas é um potente coadjuvante no tratamento de arritmias cardíacas. Já o óleo extraído também da semente é um potente anti-inflamatório, muito utilizado nos casos de reumatismo.

A partir do fruto, que possui uma fragrância inconfundível, produz-se um personalíssimo e muito agradável perfume. Como dizem os coletores extrativistas: “A gente colhe, seca e abre. O cheiro da semente pega e o perfume fica o dia todo nas mãos!”.

Tanto essas propriedades são reconhecidamente válidas, que grandes empresas vêm fomentando o plantio da árvore em enormes áreas na Amazônia. Esse plantio contribui para o reflorestamento e ao mesmo tempo incentiva a fixação do trabalhador rural na região. A semente do cumaru é conhecida como fava-tonka ou fava-tonca, e vem sendo utilizada pela perfumaria desde o século XIX. O princípio ativo responsável pelo seu perfume é a cumarina e a fragrância remete a uma fusão de aromas de baunilha e amêndoa.

Mas e a madeira?

Todos os benefícios listados são salutares tanto para floresta como para as comunidades, já que a extração dos insumos mantém a árvore em pé e proporciona renda aos povos que habitam a floresta. Porém, uma das características que assombram a manutenção dessa harmonia é a altíssima qualidade da madeira dessa árvore muito resistente ao ataque de cupins e de fungos que provocam apodrecimento. A indústria moveleira de luxo é a grande consumidora dessa matéria prima, o que acaba por ameaçar a continuidade de sua existência nos ambientes naturais.

Características físicas

Árvore de copa globosa, tronco ereto e cilíndrico, de 50-70 cm de diâmetro. Sua casca é lisa e amarela, pouco espessa, rugosa e descamante em placas irregulares. Suas flores pequenas em tons brancos com as pontas rosas; a fruta é carnosa (drupa) de cor amarela esverdeada com gosto meio amargo, e suas sementes são de coloração vinho, mas quando maduras escurecem e ficam pretas.

É uma árvore de porte grande que pode atingir 30 metros de altura em ambiente natural, mas quando cultivada não chega a esse patamar. Daí a indústria madeireira buscar seus insumos na floresta. Embora seja abundante na região amazônica, pode ser encontrada também desde o estado do Acre até o Maranhão.

O fruto da Cumaru é uma noz ovoide, de casca verde-amarelada, que envolve uma semente que possui uma amêndoa oleosa, de forma alongada. Essa amêndoa é rija e envolta por uma película fina de cor pardo-clara, com uma semente verde. Quando a amêndoa está seca, a semente adquire uma tonalidade vermelho-escura.

A floração árvore ocorre entre os meses de dezembro e abril e o amadurecimento dos frutos acontece, principalmente, entre maio e setembro.

Propriedades medicinais

Cardiotônica: atua como tonificante do coração

Antiespasmódica: melhora quadros de cólica uterina

Antiasmático: alivia os sintomas da asma

Emenagoga: facilita o fluxo da menstruação diminuindo a cólica menstrual

Diaforética: estimula a transpiração, contribuindo para a desintoxicação do organismo

Anti-inflamatória: trata e combate estados inflamatórios como feridas, aftas e úlceras e em caso de sinusite

Analgésica: minimiza estados de dor, como a do reumatismo e da cefaleia

Broncodilatadora: alivia congestionamento pulmonar, em casos de gripe, asmas e bronquites

Alerta: A cumarina (Cumaricanhydride), principal princípio ativo desta planta, é uma substância branca de sabor acre no começo e depois agradável, solúvel em água fervente, é responsável por grande parte das propriedades da árvore Cumaru. O extrato da cumarina tem efeito anestésico sobre o sistema nervoso central e, em altas doses pode resultar em morte.

Fonte:

https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-ecologica/especies/cumaru

https://www.youtube.com/watch?v=8RZnUTl9fqwhttps://www.greenmebrasil.com/usos-beneficios/6617-cumaru-beneficios-como-usar/

Décadas de vida dedicadas à Amazônia

Equipe Instituto Soka Amazônia

Jomber Chota Inuma é talvez uma das pessoas no mundo que mais compreendem a floresta e sua biodiversidade.

Cidade Tamshiyacu

Ele nasceu na vila Tamshiyacu, povoado que tem hoje uma população de cerca de 8 mil habitantes e se dedica à pesca e à pequena agricultura familiar. Situa-se às margem direita do rio Amazonas, 30 km acima da cidade de Iquitos, na região Loreto-Peru. O turista que vai à Tamshiyacu busca conhecer a beleza e o encanto da floresta, ainda pouco explorada pelo agronegócio. Foi nesse lugar paradisíaco e quase intocado que surgiu o hoje pesquisador residente do Instituto Soka Amazônia, Jomber Chota Inuma.

Indigena da Amazônia peruana

Como um descendente dos povos tradicionais da floresta, indígena da Amazônia peruana, filho de pais humildes que lidavam com extrativismo, caça de subsistência e agricultura, chegou a se doutorar no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia? Ele próprio se faz essa pergunta e sua resposta não deixa dúvida de que suas raízes ancestrais de amor à floresta são o principal componente dessa equação inimaginavelmente possível.

Jomber nasceu em lar humilde e pobre, mas não pobre de herança genética, algo que ciência alguma é capaz de explicar, embora seja ele próprio um cientista. Aluno aplicado e brilhante, sua postura não passou despercebida pelos professores que enxergaram um promissor talento e, assim que terminou a graduação, foi convidado a lecionar. Foram 11 anos na docência superior, na mesma instituição em que se graduou: a Universidade Nacional de la Amazonía Peruana-UNAP, Iquitos.

A engenharia florestal era pouco

A engenharia florestal ainda era pouco para esse homem com sede de saber.

Ao longo dos anos vividos na docência, estabeleceu muitos contatos importantes, dentre os quais pesquisadores da Universidade de Colúmbia de Nova York e do Jardím Botânico de Nova Iorque (EUA). Daí o convite: fazer parte da equipe de implantação da primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, reserva Mamirauá, em Tefé, situada a 523 km de Manaus. Foi assim que Jomber, em 2 de janeiro de 1994, desembarcou em solo brasileiro. Acostumado à mata, destacou-se e sua paixão pela floresta aprofundou-se. Aí veio o desejo de mergulhar ainda mais no universo acadêmico e optou pelo mestrado.

Uma fala foi decisiva em sua decisão.

Em 1995 uma pesquisadora do INPA chegou à reserva e lhe disse: “você tem que fazer mestrado, ou não passará de um mero coletor de dados”. Assim, munido da paixão e da decisão de ir além, tornou-se mestre em Ciências de Florestas Tropicais, na sétima turma desse curso que formou pelo menos 11 grandes mestres. Entre estes estava um jovem japonês recém graduado em Economia pela Universidade Soka do Japão, Akira Tanaka.

Chegada ao Instituto Soka

Outro apaixonado pela floresta, Tanaka veio ao Brasil especificamente para contribuir com o Instituto Soka Amazônia. Assim que conheceu Jomber, ambos se tornaram grandes amigos. Foi Akira quem levou o colega de mestrado ao Instituto, onde permaneceu até agora. Tornou-se um voluntário, conheceu a filosofia humanística do budismo Nichiren que norteia todas as ações da instituição e igualmente encantou-se. Tornou-se budista também. E, pouco tempo depois, se tornou o pesquisador residente do Instituto Soka.

O doutorado também pelo INPA se deu em 2005. “Queria e quero mostrar a Amazônia para os amazonenses e ao mundo. A verdadeira Amazônia, suas espécies, sua gente, sua fauna”, conta. A RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) Dr. Daisaku Ikeda é um dos muitos legados que ajudou a edificar. Quem caminha pela densa mata da reserva não imagina que há 30 anos toda aquela área não passava de uma área devastada. Jomber conhece cada árvore ali plantada, suas características e seus benefícios. Dezenas de milhares de árvores vicejam altivas e esplendorosas graças aos esforços desse filho da floresta, caçula de 7 filhos, 2ª geração de indígenas da etnia Jeberos que fala o idioma Shiwilo, natural da pequena Tamshiyacu, pai de 7 filhos, dois dos quais são também engenheiros florestais.

Aposentado, sim. Inativo, não

Este texto tem como propósito: prestar uma justa homenagem a esse grandioso ser HUMANO que se aposenta em 2021, mas vai continuar em Manaus, ajudando o Instituto Soka, dando consultorias tanto no Brasil como em outros países a empresas e instituições e, principalmente, vai continuar a zelar pela floresta que o concebeu e a quem dedicou toda a sua vida!

Equipe Insituto Soka Amazônia e Jomber
Equipe Instituto Soka Amazônia com Jomber

Décadas de vida dedicadas à Amazônia

Equipe Instituto Soka Amazônia

Jomber Chota Inuma é talvez uma das pessoas no mundo que mais compreendem a floresta e sua biodiversidade.

Cidade Tamshiyacu

Ele nasceu na vila Tamshiyacu, povoado que tem hoje uma população de cerca de 8 mil habitantes e se dedica à pesca e à pequena agricultura familiar. Situa-se às margem direita do rio Amazonas, 30 km acima da cidade de Iquitos, na região Loreto-Peru. O turista que vai à Tamshiyacu busca conhecer a beleza e o encanto da floresta, ainda pouco explorada pelo agronegócio. Foi nesse lugar paradisíaco e quase intocado que surgiu o hoje pesquisador residente do Instituto Soka Amazônia, Jomber Chota Inuma.

Indigena da Amazônia peruana

Como um descendente dos povos tradicionais da floresta, indígena da Amazônia peruana, filho de pais humildes que lidavam com extrativismo, caça de subsistência e agricultura, chegou a se doutorar no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia? Ele próprio se faz essa pergunta e sua resposta não deixa dúvida de que suas raízes ancestrais de amor à floresta são o principal componente dessa equação inimaginavelmente possível.

Jomber nasceu em lar humilde e pobre, mas não pobre de herança genética, algo que ciência alguma é capaz de explicar, embora seja ele próprio um cientista. Aluno aplicado e brilhante, sua postura não passou despercebida pelos professores que enxergaram um promissor talento e, assim que terminou a graduação, foi convidado a lecionar. Foram 11 anos na docência superior, na mesma instituição em que se graduou: a Universidade Nacional de la Amazonía Peruana-UNAP, Iquitos.

A engenharia florestal era pouco

A engenharia florestal ainda era pouco para esse homem com sede de saber.

Ao longo dos anos vividos na docência, estabeleceu muitos contatos importantes, dentre os quais pesquisadores da Universidade de Colúmbia de Nova York e do Jardím Botânico de Nova Iorque (EUA). Daí o convite: fazer parte da equipe de implantação da primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, reserva Mamirauá, em Tefé, situada a 523 km de Manaus. Foi assim que Jomber, em 2 de janeiro de 1994, desembarcou em solo brasileiro. Acostumado à mata, destacou-se e sua paixão pela floresta aprofundou-se. Aí veio o desejo de mergulhar ainda mais no universo acadêmico e optou pelo mestrado.

Uma fala foi decisiva em sua decisão.

Em 1995 uma pesquisadora do INPA chegou à reserva e lhe disse: “você tem que fazer mestrado, ou não passará de um mero coletor de dados”. Assim, munido da paixão e da decisão de ir além, tornou-se mestre em Ciências de Florestas Tropicais, na sétima turma desse curso que formou pelo menos 11 grandes mestres. Entre estes estava um jovem japonês recém graduado em Economia pela Universidade Soka do Japão, Akira Tanaka.

Chegada ao Instituto Soka

Outro apaixonado pela floresta, Tanaka veio ao Brasil especificamente para contribuir com o Instituto Soka Amazônia. Assim que conheceu Jomber, ambos se tornaram grandes amigos. Foi Akira quem levou o colega de mestrado ao Instituto, onde permaneceu até agora. Tornou-se um voluntário, conheceu a filosofia humanística do budismo Nichiren que norteia todas as ações da instituição e igualmente encantou-se. Tornou-se budista também. E, pouco tempo depois, se tornou o pesquisador residente do Instituto Soka.

O doutorado também pelo INPA se deu em 2005. “Queria e quero mostrar a Amazônia para os amazonenses e ao mundo. A verdadeira Amazônia, suas espécies, sua gente, sua fauna”, conta. A RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) Dr. Daisaku Ikeda é um dos muitos legados que ajudou a edificar. Quem caminha pela densa mata da reserva não imagina que há 30 anos toda aquela área não passava de uma área devastada. Jomber conhece cada árvore ali plantada, suas características e seus benefícios. Dezenas de milhares de árvores vicejam altivas e esplendorosas graças aos esforços desse filho da floresta, caçula de 7 filhos, 2ª geração de indígenas da etnia Jeberos que fala o idioma Shiwilo, natural da pequena Tamshiyacu, pai de 7 filhos, dois dos quais são também engenheiros florestais.

Aposentado, sim. Inativo, não

Este texto tem como propósito: prestar uma justa homenagem a esse grandioso ser HUMANO que se aposenta em 2021, mas vai continuar em Manaus, ajudando o Instituto Soka, dando consultorias tanto no Brasil como em outros países a empresas e instituições e, principalmente, vai continuar a zelar pela floresta que o concebeu e a quem dedicou toda a sua vida!

Equipe Insituto Soka Amazônia e Jomber
Equipe Instituto Soka Amazônia com Jomber