Instituto Soka sedia encontro e debate sobre LGPD e ESG dentro das corporações

Num mundo que ainda tem alto consumo de papel, especialista prega: “Digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente

Na manhã da última quarta-feira (27.9.2022), mais de 200 participantes, de forma presencial e virtual, se reuniram com o objetivo de debater a sustentabilidade e a proteção de dados no ambiente corporativo. O evento, denominado “LGPD e ESG: Digitalização como caminho para a sustentabilidade”, foi realizado pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU e pelo Instituto Soka Amazônia. O Instituto é o hub das ODS no estado do Amazonas, e foi o palco presencial da conferência. O encontro reuniu especialistas nos temas abordados e representantes de empresas sediadas no Amazonas. 

Apresentação do Dr. Oscar Kenjiro Asakura

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi promulgada no Brasil em 2018, exigindo mudanças e adaptações em empresas dos mais variados setores. Ela visa tratar sobre a proteção dos dados pessoais, e a garantir o direito fundamental de liberdade e de privacidade. Engenheiro formado pela Politécnica da USP, com mestrado e doutorado nas áreas de Gestão de Dados e Vida Artificial, o Dr. Oscar Kenjiro Asakura foi um dos palestrantes.

Logo na abertura, ele deu explicações claras sobre a LGPD, ressaltando que apesar da sanção ter sido um avanço para o Brasil, a lei não é algo recente no mundo, pois já é aplicada em outros países há anos. O Dr. Oscar lembrou, ainda, que a lei não trata apenas de dados digitais, mas, também de dados físicos, como em papel. E que cada empresa precisa ter um setor de dados, para manusear da forma correta dados de funcionários, clientes, fornecedores e demais públicos com que se relaciona sem ferir os princípios estabelecidos em lei.

Por fim, fez uma conexão de como o consumo de dados também afeta o meio ambiente, pois, mesmo em um mundo tratado como digital, ainda há um alto e crescente consumo de papel. “Tratem seriamente sobre isso. LGPD tem tudo a ver com o ambiental. Façam um projeto de LGPD nas empresas, digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente” disse o Engenheiro Oscar.

Quem também palestrou sobre o tema foi a Isabella Becker, advogada formada pela FGV-SP e Data Protection Officer (DPO) do Grupo O Boticário. Isabella é especialista na área de segurança cibernética, após experiência internacional em threat intelligence e monitoramento ativo de dados vazados em ambientes de deep web e surface.

Isabella Becker – Grupo O Boticário

A facilitadora, termo usado para denominar a sua atividade, falou sobre o conceito de ESG, que é uma expressão em inglês que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo está totalmente integrado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Vai até além da preservação da natureza, tratando sobre o ambiente de convivência corporativa e social. “A digitalização invoca também a governança. Então precisamos entender onde começa o dado e onde ele termina” afirmou, Isabella.

Isabella expôs, ainda, como fazer o mapeamento e organizar o setor de tratamento de dados em uma corporação. E lembrou as políticas de respeito à dignidade de vida e não-discriminação de qualquer natureza. 

O Diretor-Presidente do Instituto Soka Amazônia, Edison Akira Sato, falou sobre a satisfação do Instituto em ser o palco do importante encontro. “Como sede do Hub ODS Amazonas, entendemos que a missão do Pacto Global é estabelecer um ambiente sustentável e saudável para a humanidade. Preservando os direitos do cidadão e da natureza”.

Edison Akira Sato – Diretor-Presidente Instituto Soka Amazônia

Já a Cecilia Galli, Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU no Brasil, lembrou a importância de discutir o tema dentro das empresas. E que elas não fiquem sem se atualizar e aprofundar a compreensão e aplicação tanto do que determina a LGPD como o conceito ESG. “Trata-se de tema que aborda questões éticas. Por isso trouxemos dois especialistas no assunto, para fazermos um rico debate”, disse Cecília.

Cecília Galli – Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU

A transmissão do encontro está disponível no canal da Rede Brasil do Pacto Global, no YouTube, e pode ser acessado pelo link

Instituto Soka sedia encontro e debate sobre LGPD e ESG dentro das corporações

Num mundo que ainda tem alto consumo de papel, especialista prega: “Digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente

Na manhã da última quarta-feira (27.9.2022), mais de 200 participantes, de forma presencial e virtual, se reuniram com o objetivo de debater a sustentabilidade e a proteção de dados no ambiente corporativo. O evento, denominado “LGPD e ESG: Digitalização como caminho para a sustentabilidade”, foi realizado pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU e pelo Instituto Soka Amazônia. O Instituto é o hub das ODS no estado do Amazonas, e foi o palco presencial da conferência. O encontro reuniu especialistas nos temas abordados e representantes de empresas sediadas no Amazonas. 

Apresentação do Dr. Oscar Kenjiro Asakura

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi promulgada no Brasil em 2018, exigindo mudanças e adaptações em empresas dos mais variados setores. Ela visa tratar sobre a proteção dos dados pessoais, e a garantir o direito fundamental de liberdade e de privacidade. Engenheiro formado pela Politécnica da USP, com mestrado e doutorado nas áreas de Gestão de Dados e Vida Artificial, o Dr. Oscar Kenjiro Asakura foi um dos palestrantes.

Logo na abertura, ele deu explicações claras sobre a LGPD, ressaltando que apesar da sanção ter sido um avanço para o Brasil, a lei não é algo recente no mundo, pois já é aplicada em outros países há anos. O Dr. Oscar lembrou, ainda, que a lei não trata apenas de dados digitais, mas, também de dados físicos, como em papel. E que cada empresa precisa ter um setor de dados, para manusear da forma correta dados de funcionários, clientes, fornecedores e demais públicos com que se relaciona sem ferir os princípios estabelecidos em lei.

Por fim, fez uma conexão de como o consumo de dados também afeta o meio ambiente, pois, mesmo em um mundo tratado como digital, ainda há um alto e crescente consumo de papel. “Tratem seriamente sobre isso. LGPD tem tudo a ver com o ambiental. Façam um projeto de LGPD nas empresas, digitalizem os documentos para preservar o meio ambiente” disse o Engenheiro Oscar.

Quem também palestrou sobre o tema foi a Isabella Becker, advogada formada pela FGV-SP e Data Protection Officer (DPO) do Grupo O Boticário. Isabella é especialista na área de segurança cibernética, após experiência internacional em threat intelligence e monitoramento ativo de dados vazados em ambientes de deep web e surface.

Isabella Becker – Grupo O Boticário

A facilitadora, termo usado para denominar a sua atividade, falou sobre o conceito de ESG, que é uma expressão em inglês que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo está totalmente integrado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Vai até além da preservação da natureza, tratando sobre o ambiente de convivência corporativa e social. “A digitalização invoca também a governança. Então precisamos entender onde começa o dado e onde ele termina” afirmou, Isabella.

Isabella expôs, ainda, como fazer o mapeamento e organizar o setor de tratamento de dados em uma corporação. E lembrou as políticas de respeito à dignidade de vida e não-discriminação de qualquer natureza. 

O Diretor-Presidente do Instituto Soka Amazônia, Edison Akira Sato, falou sobre a satisfação do Instituto em ser o palco do importante encontro. “Como sede do Hub ODS Amazonas, entendemos que a missão do Pacto Global é estabelecer um ambiente sustentável e saudável para a humanidade. Preservando os direitos do cidadão e da natureza”.

Edison Akira Sato – Diretor-Presidente Instituto Soka Amazônia

Já a Cecilia Galli, Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU no Brasil, lembrou a importância de discutir o tema dentro das empresas. E que elas não fiquem sem se atualizar e aprofundar a compreensão e aplicação tanto do que determina a LGPD como o conceito ESG. “Trata-se de tema que aborda questões éticas. Por isso trouxemos dois especialistas no assunto, para fazermos um rico debate”, disse Cecília.

Cecília Galli – Gerente de Adesão e Engajamento do Pacto Global da ONU

A transmissão do encontro está disponível no canal da Rede Brasil do Pacto Global, no YouTube, e pode ser acessado pelo link

LGPD e ESG: Digitalização como caminho para a sustentabilidade.

Nesta palestra, você saberá tudo sobre como a digitalização quando realizada de maneira responsável e garantindo a privacidade das pessoas envolvidas, pode ser uma forma de reduzir o desmatamento da região.

A palestra será proferida pelo Dr. Oscar K. N. Asakura, especialista em LGPD e digitalização. Ele é empresário na área de inteligência de dados, com foco de atuação nas 1500 Maiores e Melhores Empresas listadas pelo Jornal Estado de São Paulo e atende, além das multinacionais que atuam no Brasil, empresas públicas. É engenheiro formado pela escola politécnica da USP, com mestrado e doutorado nas áreas de Gestão de Dados e Vida Artificial. Iniciou sua carreira atuando como Analista de Sistemas, onde se interessou pelo poder que os Dados exerciam e exercem nas organizações, projetando, desenvolvendo e implementando diversos sistemas.

Data: 27/07/22 (Quarta-Feira)
Horário: 11h:00 (10:00 de Manaus)

Para partipar do evento, confirme sua presença no link abaixo. É Online, gratuito e aberto ao público

Online: link para inscrição para assistir online – clicar aqui

Jovens empoderados com os ODS

ODS
Entrevista com Daniel Calarco

O jovem Daniel Calarco, 24, advogado e ativista de direitos humanos compartilha com o Instituto Soka Amazônia seu trabalho na disseminação dos ODS como presidente do Observatório Internacional da Juventude e embaixador da Geração 17, coordenado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e a Samsung Global.

Daniel fala sobre a importância de empoderar os jovens e como podemos colocar em prática a agenda dos ODSs rumo a 2030.

Confira a entrevista do Daniel para a Academia Ambiental Virtual do Instituto Soka Amazônia

Entrevista Daniel Calarco

Reflexões sobre os Objetivos Sustentáveis

O evento virtual Pacto Global – Todos pelos Objetivos Sustentáveis buscou levar informações e exemplos para que pessoas e organizações possam refletir sobre possibilidades reais

Desenvolver com responsabilidade e eficiência. São as palavras de ordem das Objetivos Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que são essenciais para que haja um futuro ao planeta e a todos os seres que nele habitam. O webinar Pacto Global – Todos pelos Objetivos Sustentáveis aconteceu na última quinta-feira, dia 25 de março e é uma iniciativa do Instituto Soka Amazônia e da Fundação Rede Amazônica. Cerca de 180 pessoas e organizações participaram ao vivo e muitas outras mais assistiram à gravação posteriormente pelo canal do Instituto no YouTube[1].

Victor Olszenski – mediador do Evento

Sob mediação do professor e diretor da Percepta Marketing, Victor Olszenski, o evento contou com a participação de Ana Carolina Paci, representante do Pacto Global[2] das Nações Unidas no Brasil. Também apresentaram suas iniciativas e perspectivas, Jonivaldo Miranda da empresa Tutiplast e Márcya Lira da Fundação Rede Amazônica.

“Há 36 anos a Rede Amazônica [maior grupo de comunicação da Região Norte do país], busca colorir, com suas câmeras, todas as facetas da floresta”, enfatizou Márcya. A Fundação é o braço institucional do grupo Rede Amazônica e tem como principal objetivo integrar e desenvolver a região, por meio da capacitação de seus colaboradores. Também articulando parcerias que contribuam para o desenvolvimento social, ambiental e científico-tecnológico, como a que mantém com o Instituto Soka Amazônia. “Hoje não existem mais fronteiras geográficas, só as digitais”, continuou. Tais fronteiras passam necessariamente pela constante inovação tecnológica, especialmente numa empresa voltada para a comunicação. Reafirmou ainda o compromisso de trabalhar pela proteção da floresta, incluindo as populações que precisam encontrar maneiras de viver de maneira sustentável.

A Tutiplast, empresa que atua há mais de 20 anos no mercado nacional provendo soluções em injeção plástica contou sua experiência com o tema do evento. Jonivaldo Miranda ressaltou muito sobre a preocupação da empresa quanto à questão ambiental e contou sobre a busca por parcerias que pudessem efetivamente desenvolver projetos que possibilitem a conscientização e a redução do impacto ambiental resultante das atividades da empresa. Foi assim que há 3 anos chegaram ao Instituto Soka Amazônia.

Tal parceria resultou em projetos que abrangem desde a educação ambiental até a produção de mudas para o reflorestamento. Jonivaldo conta que hoje há um consenso em toda a cadeia produtiva ligada à empresa, sobre a questão ambiental. Seus colaboradores veem como um “prêmio” serem selecionados para as constantes visitas à sede do Instituto Soka, tal o grau de envolvimento obtido a partir dos projetos de conscientização.

Pacto Global

Ana Carolina Paci iniciou sua apresentação destacando a atuação do Pacto Global no Brasil. Em 20 anos a Rede Brasil já é a terceira maior do mundo e já alcançou cerca de 1.100 membros, sendo que em 2015 eram menos de 500 participantes. Enfatizou a importância da sigla ESG (do inglês Environmental = Ambiental, Social e Governance = Governança) que tem ganhado grande visibilidade, graças a uma preocupação crescente do mercado sobre a sustentabilidade. As questões ambientais, sociais e de governança passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas tomadas de decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor empresarial.

As plataformas de ação da iniciativa em todo o mundo são: ação pelos direitos humanos, ação pelo clima, ação contra a corrupção, ação pelos ODS e ação para comunicar e engajar. Segundo Ana Carolina, há um envolvimento cada vez maior das empresas brasileiras em torno da sustentabilidade e uma maturidade crescente em relação ao tema. Há até bem pouco tempo, era quase um senso comum a ideia de que era suficiente apoiar um projeto no entorno para cumprir seu papel social.

Entretanto, hoje há mais conscientização. Tal evolução compreende o entendimento sobre os desafios da humanidade e o consequente papel das organizações dentro deste cenário. Já há departamentos nas empresas brasileiras voltados à sustentabilidade, cuja função passa pelo controle dos impactos ambientais da operação até a relação dos seus produtos e serviços com a sociedade e com o planeta. Ana Carolina ressaltou que a pandemia trouxe um ponto positivo: a quebra de paradigmas e o consequente aumento da reflexão. Já não se trata de uma voz solitária, pois muitas grandes empresas sinalizam sobre a importância de ações voltadas à sustentabilidade e que já não basta olhar somente para a maximização do lucro mas também voltar-se para o impacto de seu papel em todo o seu entorno. Grandes empresas nacionais que têm em seu DNA a perenidade e o desenvolvimento sustentável vêm, cada vez mais, implantando projetos maduros e conscientes que ultrapassam a linha da simples transferência de recursos financeiros como solução de problemas imediatos.

Sobre a Rede Brasil do Pacto Global: trata-se de uma plataforma que reúne o setor empresarial para atuar com impacto mensurável nos ODS, tanto na evolução dos modelos de negócios como na implementação de projetos em parceria. Tudo isso somado ao acesso às informações das diversas agências da ONU e ao envolvimento do poder público, instituições de ensino / pesquisa e sociedade civil. Isso significa que o engajamento na Rede é uma maneira de alavancar o potencial como agente transformador, garantindo a competitividade enquanto empresa, ao mesmo tempo que se torna parte da tomada de decisões globais de referência.


[1] https://www.youtube.com/watch?v=bIqUepsGgVA

[2] Lançado em 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade, dando uma dimensão social à globalização. É hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes locais, que abrangem 160 países (https://www.pactoglobal.org.br/a-iniciativa).

Reflexões sobre os Objetivos Sustentáveis

O evento virtual Pacto Global – Todos pelos Objetivos Sustentáveis buscou levar informações e exemplos para que pessoas e organizações possam refletir sobre possibilidades reais

Desenvolver com responsabilidade e eficiência. São as palavras de ordem das Objetivos Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que são essenciais para que haja um futuro ao planeta e a todos os seres que nele habitam. O webinar Pacto Global – Todos pelos Objetivos Sustentáveis aconteceu na última quinta-feira, dia 25 de março e é uma iniciativa do Instituto Soka Amazônia e da Fundação Rede Amazônica. Cerca de 180 pessoas e organizações participaram ao vivo e muitas outras mais assistiram à gravação posteriormente pelo canal do Instituto no YouTube[1].

Victor Olszenski – mediador do Evento

Sob mediação do professor e diretor da Percepta Marketing, Victor Olszenski, o evento contou com a participação de Ana Carolina Paci, representante do Pacto Global[2] das Nações Unidas no Brasil. Também apresentaram suas iniciativas e perspectivas, Jonivaldo Miranda da empresa Tutiplast e Márcya Lira da Fundação Rede Amazônica.

“Há 36 anos a Rede Amazônica [maior grupo de comunicação da Região Norte do país], busca colorir, com suas câmeras, todas as facetas da floresta”, enfatizou Márcya. A Fundação é o braço institucional do grupo Rede Amazônica e tem como principal objetivo integrar e desenvolver a região, por meio da capacitação de seus colaboradores. Também articulando parcerias que contribuam para o desenvolvimento social, ambiental e científico-tecnológico, como a que mantém com o Instituto Soka Amazônia. “Hoje não existem mais fronteiras geográficas, só as digitais”, continuou. Tais fronteiras passam necessariamente pela constante inovação tecnológica, especialmente numa empresa voltada para a comunicação. Reafirmou ainda o compromisso de trabalhar pela proteção da floresta, incluindo as populações que precisam encontrar maneiras de viver de maneira sustentável.

A Tutiplast, empresa que atua há mais de 20 anos no mercado nacional provendo soluções em injeção plástica contou sua experiência com o tema do evento. Jonivaldo Miranda ressaltou muito sobre a preocupação da empresa quanto à questão ambiental e contou sobre a busca por parcerias que pudessem efetivamente desenvolver projetos que possibilitem a conscientização e a redução do impacto ambiental resultante das atividades da empresa. Foi assim que há 3 anos chegaram ao Instituto Soka Amazônia.

Tal parceria resultou em projetos que abrangem desde a educação ambiental até a produção de mudas para o reflorestamento. Jonivaldo conta que hoje há um consenso em toda a cadeia produtiva ligada à empresa, sobre a questão ambiental. Seus colaboradores veem como um “prêmio” serem selecionados para as constantes visitas à sede do Instituto Soka, tal o grau de envolvimento obtido a partir dos projetos de conscientização.

Pacto Global

Ana Carolina Paci iniciou sua apresentação destacando a atuação do Pacto Global no Brasil. Em 20 anos a Rede Brasil já é a terceira maior do mundo e já alcançou cerca de 1.100 membros, sendo que em 2015 eram menos de 500 participantes. Enfatizou a importância da sigla ESG (do inglês Environmental = Ambiental, Social e Governance = Governança) que tem ganhado grande visibilidade, graças a uma preocupação crescente do mercado sobre a sustentabilidade. As questões ambientais, sociais e de governança passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas tomadas de decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor empresarial.

As plataformas de ação da iniciativa em todo o mundo são: ação pelos direitos humanos, ação pelo clima, ação contra a corrupção, ação pelos ODS e ação para comunicar e engajar. Segundo Ana Carolina, há um envolvimento cada vez maior das empresas brasileiras em torno da sustentabilidade e uma maturidade crescente em relação ao tema. Há até bem pouco tempo, era quase um senso comum a ideia de que era suficiente apoiar um projeto no entorno para cumprir seu papel social.

Entretanto, hoje há mais conscientização. Tal evolução compreende o entendimento sobre os desafios da humanidade e o consequente papel das organizações dentro deste cenário. Já há departamentos nas empresas brasileiras voltados à sustentabilidade, cuja função passa pelo controle dos impactos ambientais da operação até a relação dos seus produtos e serviços com a sociedade e com o planeta. Ana Carolina ressaltou que a pandemia trouxe um ponto positivo: a quebra de paradigmas e o consequente aumento da reflexão. Já não se trata de uma voz solitária, pois muitas grandes empresas sinalizam sobre a importância de ações voltadas à sustentabilidade e que já não basta olhar somente para a maximização do lucro mas também voltar-se para o impacto de seu papel em todo o seu entorno. Grandes empresas nacionais que têm em seu DNA a perenidade e o desenvolvimento sustentável vêm, cada vez mais, implantando projetos maduros e conscientes que ultrapassam a linha da simples transferência de recursos financeiros como solução de problemas imediatos.

Sobre a Rede Brasil do Pacto Global: trata-se de uma plataforma que reúne o setor empresarial para atuar com impacto mensurável nos ODS, tanto na evolução dos modelos de negócios como na implementação de projetos em parceria. Tudo isso somado ao acesso às informações das diversas agências da ONU e ao envolvimento do poder público, instituições de ensino / pesquisa e sociedade civil. Isso significa que o engajamento na Rede é uma maneira de alavancar o potencial como agente transformador, garantindo a competitividade enquanto empresa, ao mesmo tempo que se torna parte da tomada de decisões globais de referência.


[1] https://www.youtube.com/watch?v=bIqUepsGgVA

[2] Lançado em 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade, dando uma dimensão social à globalização. É hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes locais, que abrangem 160 países (https://www.pactoglobal.org.br/a-iniciativa).

ESG: essa ideia “pegou na veia”

Não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”.

Dê uma espiada no Google.

Selecione ESG – de Environmental, Social, Governance

Você encontrará uma enorme quantidade de alternativas de sites e textos sobre o assunto, pois ESG deixou de ser uma daquelas tendências passageiras que são comuns no mundo empresarial, para se tornar uma realidade palpável que faz grande diferença para empresas, seus executivos e funcionários e, o que mais chama a atenção, para consumidores finais, pessoas como você e cada um de nós.

A verdade é que, como se diz, a ideia “pegou na veia”.

Mais do que isso: não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”, para que prefiram esta ou aquela marca na hora de comprar uma barra de chocolate, uma raquete de tênis ou um chiclete de bola.

Diferencial de marketing cada vez mais valioso

Algumas das mais importantes consultorias de ESG têm clientes das áreas de construção naval, petróleo, siderurgia, papel e celulose, seguradoras e por aí vai. Empresas que se conscientizaram da necessidade de adotar práticas que representam, no fim, uma visão de mundo futuro, decisão tomada não apenas por idealismo ou consciência social, mas também pela certeza de que essa atitude representa um diferencial mercadológico cada vez mais valioso.

Projetos de ESG podem passar por aspectos tão díspares como carro elétrico, logística e manufatura reversa, gestão de resíduos, economia circular, biocompostagem e tantos outros que estão longe do dia a dia de pessoa s comuns. Isso não impede, no entanto, que uma consultoria como a Ambipar exiba em seu site, ao lado de outros complexos projetos, a criação de um sabonete sustentável rico em colágeno, desenvolvido a partir de resíduos de cápsulas de medicamentos, resíduos que antes iam parar num aterro sanitário.

Numa outra ponta, financeiras de grande prestígio perceberam o valor desse diferencial e têm tido grande aderência de aplicadores a fundos com papéis de empresas sustentáveis.

Em mensagem de página dupla na Imprensa e em outras mídias sobre um seminário com foco em ESG, o fundador e CEO da XP (Guilherme Benchimol) destaca que “As empresas do passado eram valorizadas apenas pela capacidade de gerar lucro. Isso acabou”.

Valor paralelo

O site da Fundação Estudar, criada em 1991 pelo empresário Jorge Paulo Lemann (Ambev) registra que “segundo uma pesquisa de 2016 da Cone Communications, 75% dos millennials estão dispostos a ter um corte no salário para trabalhar em uma empresa socialmente responsável. De acordo com outro estudo, da Nielsen, 73% dos millennials pagariam mais por produtos ou soluções sustentáveis.” Vale a pena lembrar, ainda, a pesquisa em que é apontado que 7 entre 9 novos profissionais contratados por grandes empresas foram preferidos justamente pela sua familiaridade e pela real adoção das práticas do ESG.

Uma organização “que planta árvores”

O Instituto Soka Amazônia, dito de uma forma simples, é uma organização “que planta árvores”.

Entenda-se plantar árvores, no entanto, num sentido muito mais amplo, compreendido desde a coleta de sementes, até a produção de mudas e a realização de projetos 100% alinhados com os propósitos de preservação do meio ambiente e de educação ambiental.

Tudo muito em linha com o E de enviroment, ambiente em inglês, com o S de social e o G de governance.

ESG: essa ideia “pegou na veia”

Não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”.

Dê uma espiada no Google.

Selecione ESG – de Environmental, Social, Governance

Você encontrará uma enorme quantidade de alternativas de sites e textos sobre o assunto, pois ESG deixou de ser uma daquelas tendências passageiras que são comuns no mundo empresarial, para se tornar uma realidade palpável que faz grande diferença para empresas, seus executivos e funcionários e, o que mais chama a atenção, para consumidores finais, pessoas como você e cada um de nós.

A verdade é que, como se diz, a ideia “pegou na veia”.

Mais do que isso: não se trata, apenas, de ter conquistado a preferência de jovens embalados pela ideia de “produtos amigos da natureza”, para que prefiram esta ou aquela marca na hora de comprar uma barra de chocolate, uma raquete de tênis ou um chiclete de bola.

Diferencial de marketing cada vez mais valioso

Algumas das mais importantes consultorias de ESG têm clientes das áreas de construção naval, petróleo, siderurgia, papel e celulose, seguradoras e por aí vai. Empresas que se conscientizaram da necessidade de adotar práticas que representam, no fim, uma visão de mundo futuro, decisão tomada não apenas por idealismo ou consciência social, mas também pela certeza de que essa atitude representa um diferencial mercadológico cada vez mais valioso.

Projetos de ESG podem passar por aspectos tão díspares como carro elétrico, logística e manufatura reversa, gestão de resíduos, economia circular, biocompostagem e tantos outros que estão longe do dia a dia de pessoa s comuns. Isso não impede, no entanto, que uma consultoria como a Ambipar exiba em seu site, ao lado de outros complexos projetos, a criação de um sabonete sustentável rico em colágeno, desenvolvido a partir de resíduos de cápsulas de medicamentos, resíduos que antes iam parar num aterro sanitário.

Numa outra ponta, financeiras de grande prestígio perceberam o valor desse diferencial e têm tido grande aderência de aplicadores a fundos com papéis de empresas sustentáveis.

Em mensagem de página dupla na Imprensa e em outras mídias sobre um seminário com foco em ESG, o fundador e CEO da XP (Guilherme Benchimol) destaca que “As empresas do passado eram valorizadas apenas pela capacidade de gerar lucro. Isso acabou”.

Valor paralelo

O site da Fundação Estudar, criada em 1991 pelo empresário Jorge Paulo Lemann (Ambev) registra que “segundo uma pesquisa de 2016 da Cone Communications, 75% dos millennials estão dispostos a ter um corte no salário para trabalhar em uma empresa socialmente responsável. De acordo com outro estudo, da Nielsen, 73% dos millennials pagariam mais por produtos ou soluções sustentáveis.” Vale a pena lembrar, ainda, a pesquisa em que é apontado que 7 entre 9 novos profissionais contratados por grandes empresas foram preferidos justamente pela sua familiaridade e pela real adoção das práticas do ESG.

Uma organização “que planta árvores”

O Instituto Soka Amazônia, dito de uma forma simples, é uma organização “que planta árvores”.

Entenda-se plantar árvores, no entanto, num sentido muito mais amplo, compreendido desde a coleta de sementes, até a produção de mudas e a realização de projetos 100% alinhados com os propósitos de preservação do meio ambiente e de educação ambiental.

Tudo muito em linha com o E de enviroment, ambiente em inglês, com o S de social e o G de governance.

Empresas e RPPNs num jogo de flagrante ganha-ganha

Já não basta fazer discursos e dizer em anúncios que a empresa é verde: o mercado exige ações práticas e responde com preferência pela marca

“O Decreto Federal 1992/1996 definiu a RPPN como ‘uma área privada gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica’”

Flavio Ojidos em seu livro “Conservação em Ciclo Contínuo”

Este artigo é sobre RPPNs – Reservas Particulares do Patrimônio Natural, mas é preciso lembrar o momento atual em que as empresas e as pessoas vivem.

Simples assim: foi-se o tempo em que uma empresa podia ignorar os riscos do aquecimento global, a importância da responsabilidade de todos pelo equilíbrio ecológico, a preservação do meio ambiente e o valor, para seus negócios, da sigla ESG, (em inglês).

E de Environment

S de Social

G de Governance

Esse assunto ganha cada vez mais relevância.

É crescente a pressão exercida por consumidores (não apenas consumidores finais, mas também os compradores institucionais no chamado mercado business-to-business) para que as empresas assumam atitudes práticas e ativas nas questões ambientais e não se limitem a fazer discursos vazios e falar em seus anúncios que são verdes ou zelam pela sustentabilidade do planeta, mas façam, no entanto, muito pouco de prático e efetivo.

Cresce, por isso mesmo, o número de empresas de todas as áreas, que demonstram real atuação e usem, como devem ser usados, os preceitos do ESG para ganhar pontos efetivos na preferência por suas marcas.

Dentro desse quadro há um papel de relevo que as RPPNs passaram a desempenhar.

De certa forma é uma conta muito simples de soma e subtração.

Todas as ações do homem acabam por gerar dióxido de carbono, o CO2, que é responsável pelo aquecimento global, sendo a queima de combustíveis fósseis a grande vilã. Queima não apenas por parte de veículos nas ruas e estradas, mas sobretudo pela fumaça que sai de chaminés e de complexos processos industriais.

A soma é isso: as ações humanas gerando quantidade enorme de CO2.

A subtração de que falamos, em significativa parte, vem das árvores, que eliminam da atmosfera grandes quantidades de CO2 e contribuem, com isso, para redução do efeito estufa.

Há, em decorrência dessa conta simples, um ponto em que se casam os interesses das empresas poluidoras e das RPPNs.

As empresas não têm vocação ou competência para executar projetos de reflorestamento, mas as RPPNs, ao contrário, têm nisso — plantar, manter vivas as florestas, gerenciá-las– sua razão de existir.

Dentro de normas legais estabelecidas (que pretendemos abordar neste espaço em novos textos) é válido em muitos casos um casamento de interesses, tipicamente ganha/ganha, em que ganham o meio ambiente, as empresas, as florestas, as populações, e podem ganhar as RPPNs.

Vale lembrar que, por Lei, uma RPPN é caracterizada como “área privada, gravada com perpetuidade, com objetivo de conservar a diversidade biológica”. Para quem acompanha assuntos relacionados ao meio ambiente e à economia do meio ambiente, há muito o que ser analisado e discutido.

Voltaremos ao assunto.

Empresas e RPPNs num jogo de flagrante ganha-ganha

Já não basta fazer discursos e dizer em anúncios que a empresa é verde: o mercado exige ações práticas e responde com preferência pela marca

“O Decreto Federal 1992/1996 definiu a RPPN como ‘uma área privada gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica’”

Flavio Ojidos em seu livro “Conservação em Ciclo Contínuo”

Este artigo é sobre RPPNs – Reservas Particulares do Patrimônio Natural, mas é preciso lembrar o momento atual em que as empresas e as pessoas vivem.

Simples assim: foi-se o tempo em que uma empresa podia ignorar os riscos do aquecimento global, a importância da responsabilidade de todos pelo equilíbrio ecológico, a preservação do meio ambiente e o valor, para seus negócios, da sigla ESG, (em inglês).

E de Environment

S de Social

G de Governance

Esse assunto ganha cada vez mais relevância.

É crescente a pressão exercida por consumidores (não apenas consumidores finais, mas também os compradores institucionais no chamado mercado business-to-business) para que as empresas assumam atitudes práticas e ativas nas questões ambientais e não se limitem a fazer discursos vazios e falar em seus anúncios que são verdes ou zelam pela sustentabilidade do planeta, mas façam, no entanto, muito pouco de prático e efetivo.

Cresce, por isso mesmo, o número de empresas de todas as áreas, que demonstram real atuação e usem, como devem ser usados, os preceitos do ESG para ganhar pontos efetivos na preferência por suas marcas.

Dentro desse quadro há um papel de relevo que as RPPNs passaram a desempenhar.

De certa forma é uma conta muito simples de soma e subtração.

Todas as ações do homem acabam por gerar dióxido de carbono, o CO2, que é responsável pelo aquecimento global, sendo a queima de combustíveis fósseis a grande vilã. Queima não apenas por parte de veículos nas ruas e estradas, mas sobretudo pela fumaça que sai de chaminés e de complexos processos industriais.

A soma é isso: as ações humanas gerando quantidade enorme de CO2.

A subtração de que falamos, em significativa parte, vem das árvores, que eliminam da atmosfera grandes quantidades de CO2 e contribuem, com isso, para redução do efeito estufa.

Há, em decorrência dessa conta simples, um ponto em que se casam os interesses das empresas poluidoras e das RPPNs.

As empresas não têm vocação ou competência para executar projetos de reflorestamento, mas as RPPNs, ao contrário, têm nisso — plantar, manter vivas as florestas, gerenciá-las– sua razão de existir.

Dentro de normas legais estabelecidas (que pretendemos abordar neste espaço em novos textos) é válido em muitos casos um casamento de interesses, tipicamente ganha/ganha, em que ganham o meio ambiente, as empresas, as florestas, as populações, e podem ganhar as RPPNs.

Vale lembrar que, por Lei, uma RPPN é caracterizada como “área privada, gravada com perpetuidade, com objetivo de conservar a diversidade biológica”. Para quem acompanha assuntos relacionados ao meio ambiente e à economia do meio ambiente, há muito o que ser analisado e discutido.

Voltaremos ao assunto.