Instituto Soka promove, com IFAM e Universidade Soka,, Workshop para Práticas de Ciência e Educação Ambiental na Amazônia brasileira

por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia

Como parte dos esforços de fortalecer  intercâmbios culturais e acadêmicos entre universidades amazônicas e Universidade Soka,  foi realizado nos dias 27 e 28 de março, a segunda edição do Workshop de Ciências Práticas e Educação Ambiental, uma promoção cojunta do Instituto Soka Amazônia, Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade Soka do Japão.

Cerca de cem alunos de graduação dos cursos de agroecologia, medicina veterinária, engenharia em aquicultura, administração e direito participaram  da intensa e dinâmica programação com atividades na sede do Instituto Soka e em dois campi do IFAM: o da zona leste de Manaus e de Presidente Figueiredo.

 

A abertura do evento contou com a participação do reitor da Universidade Soka, professor doutor Masashi Suzuki, que, direto do Japão, apresentou palestra sobre as iniciativas e projetos da Universidade com foco o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organização das Nações Unidas.

O presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento, agradeceu ao reitor Suzuki e aos professores da Universidade Soka e IFAM pelos esforços na realização do evento.

 

Dirigindo-se aos estudantes, o presidente do Instituto Soka manifestou seu desejo que  desfrutassem a visita à sede do Instituto –  a Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda – e que levassem grandes aprendizados desse local.

Como inspiração para os futuros profissionais e pesquisadores compartilhou quatro conselhos proferidos pela diretora executiva da Carta da Terra Internacional, Dra Mirian Vilela, aos formandos da Universidade Soka: “que jamais deixem de estimular o livre pensamento; que mantenham a dignidade e modo de vida baseado na ética; que não deixem-se abalar por coisas insignificantes; e que mantenham o entusiasmo e a paixão”.

 

Representando o reitor, Dr. Jaime Cavalcante, o diretor de Pesquisa e Inovação Tecnológica do IFAM,  Prof. Dr. Paulo Aride, ressaltou a importância da parceria das instituições para os estudantes.

“A atividade que desenvolvemos com o Instituto Soka e Universidade Soka tem possibilitado aos nossos alunos, professores e  corpo acadêmico desenvolverem habilidades que vão muito além da parte acadêmica. Uma prova disso foi a atividade do primeiro workshop (no ano passado)  que, de forma prática, culminou na publicação de um artigo que foi muito importante para a vida acadêmica dos nossos discentes”, afirmou.

Nesta mesma semana, em encontro entre representantes da Universidade Soka e reitores e pró-reitores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Instituto Federal do Amazonas (IFAM) foi estabelecido acordo que dará oportunidade de alunos dessas instituições participem de programas de estudos no Japão a partir de 2025.

Palestras e Mesa Redonda

Ainda pela manhã, na sede do Instituto Soka Amazônia, foram proferidas as palestras internacionais dos professores Tatsuki Toda e Shinjiro Sato, da Universidade Soka (Japão) e palestra do professor Dr. Jean Dalmo Oliveira, do IFAM.

 

Professor Dr. Tatsuki Toda apresentou as parcerias estratégicas interdisciplinares realizadas pela Faculdade de Engenharia da Universidade Soka, entre as quais os projetos de Pesquisa Científica e Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável, com enfoque na construção de uma sociedade orientada para a reciclagem.

Professor Shinjiro Sato, que foi um dos idealizadores do Workshop, apresentou os resultados e relatórios do Primeito Workshop para Ciências Práticas na Amazônia Brasileira realizado em 2023.

O professor Jean Dalmo Oliveira, do Programa de Pós-Graduação do Ensino Tecnológico do IFAM-AM,  apresentou palestra “Utilização de Recursos Naturais Amazônicos no Ensino e Aprendizado”, exemplificando o trabalho desenvolvido por aluna do IFAM que tornou-se instrumento de educação ambiental  as trilhas interpretativas  na RPPN Dr. Daisaku Ikeda.

Visita ao IFAM Zona Leste

No período da tarde, a programação se estendeu com visita técnica ao Centro de Referência em Agroecologia no Campus Zona Leste do IFAM e plantio comemorativo com a participação dos professores e alunos das duas instituições em torno do lago.

As espécies plantadas foram capitari ( Tabebuia barbata ) e seringa (Hevea brasiliensis). De acordo com Rodrigo Izumi, coordenador de Divisão de Proteção da Natureza do Instituto Soka, seguiu-se o critério de serem nativas da amazônia, desenvolverem-se em áreas de várzea e terem o potencial de contribuição  para biodiversidade. Os frutos dessas espécies são  nutritivos e apreciados pela avifauna e peixes do lago.

Workshop na terra das cachoeiras

Na quinta-feira (28), a programação do evento foi desenvolvida na cidade de Presidente Figueiredo há 134 quilômetros de Manaus. As atividades foram divididas no campus do IFAM e na Reserva Particular de Patrimônio Natural Cachoeira da Onça.

 

O diretor do IFAM Campus Figueiredo, professor Dr. Jackson Lima, avaliou o reflexo da realização de evento para ampliar as perspectivas dos alunos.

“Essa ação de internacionalização do IFAM com a Universidade Soka do Japão é muito importante, pois nos permite interagir com pesquisadores renomados na área de aquicultura, ecologia, sistemas aquáticas e nossos estudantes tem a oportunidade de ver tecnologias que estão sendo desenvolvidas lá fora e que podem ser desenvolvidas aqui”.

O professor Dr. Shinjiro Sato, especialista em Ciências do Solo, apresentou os resultados do projeto de pesquisa desenvolvido na Etiópia para produção de biocarvão a partir da planta aquática Eichhornnia Crassipes, conhecida como aguapé e considerada invasora. Esse biocarvão tem aplicação na produção de energia e tratamento do solo.

A professora Railma Moraes, apresentou a gestão de pesquisa ambiental e os projetos realizados por alunos do IFAM Campus Presidente Figueiredo

 

 

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Dicas de Leitura: Cidadania Planetária – seus valores, suas crenças e suas ações podem criar um mundo sustentável

Publicado pela editora Brasil Seikyo, no ano de 2005, Cidadania Global: seus valores, suas crenças e suas ações podem criar um mundo sustentável  continua cada vez mais relevante diante dos atuais desafios globais.

Os renomados ativistas globais, Daisaku Ikeda e Hazel Henderson, abordam nesse diálogo o movimento de ascensão de cidadãos de todas as partes do mundo  que atuam diretamente em prol construção de um futuro mais pacífico, harmônico e sustentável.

Uma ampla variedade é debatidos, como desenvolvimento sustentável, justiça econômica, respeito pelos povos originário, democracia e a responsabilidade de corporações na conservação da biodiversidade e recursos naturais.

Título: Cidadania Global: seus valores, suas crenças e suas ações podem criar um mundo sustentável

Autores: Daisaku Ikeda e Hazel Henderson

Ano de Publicação:  2005

Páginas: 218

Editora: Editora Brasil Seikyo

Floresta e Água: eterna relação

por Dulce Moraes, Instituto Soka Amazônia

Sem floresta, não há água. E sem água, não há vida.

E no mes de março esses dois elementos indissociáveis e essenciais para a sobrevivência de todas as formas de vida do planeta tem datas alusivas: o Dia Internacional das Florestas (21)  e Dia Mundial da Água (22).

Proteger e preservar as florestas não é apenas uma questão de conservação da natureza,como destaca o presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento. “É fundamental para garantir o acesso a conservação da água limpa para as gerações presentes e futuras”.

Os efeitos das mudanças climáticas, com as altas temperaturas, as ondas de calor e as fortes chuvas no Brasil e no mundo, já são sentidos em várias partes do globo. E na Amazônia, que possui uma das maiores bacias hidrográficas, esses impactos já são percebidos, como a seca extrema nos principais rios da região, que teve seu auge nos período de outubro a dezembro de 2023. 

As principais vítimas de eventos extremos como esses na região são as populações ribeirinhas e a biodiversidade. “Presenciamos isso de perto nas comunidades próximas da RPPN Dr. Daisaku Ikeda, na região do Encontro das Águas, em Manaus”, afirmou  Milton Fujiyoshi, vice-presidente da entidade.

O executivo relembrou que no início de outubro de 2023, com os primeiros relatos da seca no Rio Negro, o Instituto Soka e empresas parceiras se uniram em uma ação de solidariedade, levando água potável, alimentos e filtros de água à comunidade Catalão, no município de Iranduba.

LEIA TAMBEM: Ação emergencial pela seca do Rio Negro: Instituto Soka Amazônia e empresas parceiras doam água potável e alimentos a comunidades ribeirinhas

O desequilíbrio climático também afetou os esforços do Instituto de preservação de espécies nativas, obrigando o adiamento de ações de plantios programadas para o final daquele ano.

Neste mês de março, em comemoração aos dias Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas (16), Internacional das Florestas (21) e Mundial da Água (22) , o Instituto Soka retomou sua programação de plantios e conscientização de preservação de espécies nativas.  

Foram plantadas  2.500 árvores na comunidade ribeirinha São José, no município de Careiro da Varzea, próximo à RPPN,  com objetivo de ajudar a recomposição da floresta com estratégias de sistema agroflorestal.

A iniciativa associou plantios, preservação de espécies nativas e conscientização sobre as possibilidades e benefícios de se manter a floresta em pé, explica o coordenador da Divisão de Proteção da Natureza, Rodrigo Izumi.

“Sabemos que a floresta é uma das grandes aliadas para revertermos os efeitos do desequilíbrio climático por isso o contato com quem mora próximo da floresta é fundamental”, avalia

A relação com as comunidades é fundamental para o trabalho de proteção da floresta, ressalta Jean Dinelli Leão, coordenador de educação socioambiental do Instituto.

“A expectativa é compartilhar conhecimento e aprender com eles, respeitando suas realidades e, principalmente, trazendo esperança para as futuras gerações. Nós do Instituto Soka Amazônia, acreditamos que a mudança da consciência de cada pessoa, faz a diferença na proteção do meio ambiente e do planeta”.

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Após seca histórica, Rio Negro sobe e reacende a esperança e alerta para as mudanças climáticas

Vista do Encontro das Águas

Colaboração: Monica Kimura

2023 foi marcado por emergências climáticas, entre as quais, a seca extrema que atingiu os principais rios amazônicos, resultando grandes prejuízos à biodiversidade e as comunidades ribeirinhas.

O Rio Negro esteve entre os mais atingidos pela seca, chegando a baixar 12 metro em seu nível. Algo histórico em mais de 121 anos!

Na região do Encontro das Águas, onde está localizado o Instituto Soka Amazônia, na cidade de Manaus, desde o início de janeiro, o nível das águas do Rio Negro vem subindo mudando completamente a paisagem.

Antes, durante e depois da seca do Rio Negro, no limite entre o Instituto Soka Amazônia e Praia das Lajes

No último dia 5 de fevereiro, o Rio Negro atingiu a marca de 21 metros e 42 centímetros, quase o dobro do nível mais baixo atingido.

Apesar da lenta recuperação os impactos dos fenômenos climáticos no ciclo hidrológico amazônico ainda são sentidos por vários municípios da região e boa parte deles ainda encontram-se em estado de emergência por conta da seca.

Em outubro de 2023, no auge da seca, o Instituto Soka Amazônia mobilizou empresas parceiras e realizaram uma ação emergencial solidária para levar água, alimentos e filtros de água para comunidades ribeirinhas no município de Iranduba, próximo ao Encontro das Águas.

Vida interligada por rios

A medida que sobe o nível dos rios, sobe também a esperança da população local.

A região Amazônica concentra a maior floresta tropical e uma das maiores bacias hidrográficas do mundo. Todo o ecossistema e a vida de quem vive por lá muda de acordo com as cheias e baixas dos rios.  

A economia local depende do transporte fluvial, assim como o turismo que, literalmente, precisa das águas para fluir. Quando ocorre uma seca extrema, todos são afetados pois dependem dos rios para se locomoverem e receber alimentos e demais itens de primeira necessidade.

Alerta às mudanças climáticas

As chuvas que precipitaram em dezembro de 2023 e janeiro de 2024 contribuíram para a elevação nos níveis de umidade no solo em grande parte do Brasil, mas, principalmente, no sul da região Norte e em áreas da região central do País, de acordo com o boletim Painel El Niño 2023-2024, divulgado pela Agência Nacional das Águas.

Porém, o levantamento alerta de que a previsão climática para os meses de fevereiro, março e abril indica maior probabilidade de chuva abaixo do normal em parte da porção central e Norte do Brasil.  

Embora as previsões indiquem condições mais úmidas do que o normal entre o centro e leste do país, em grande parte das demais regiões do país – incluindo região amazônica – a previsão indica o predomínio de condições mais secas do que o normal. 

Fonte: Agência Nacional das Águas
ANA – Painel El Niño 2023-2024

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Japu ou Japó, os ecodesigners da natureza

Depois do longo período de estiagem de 2023, o  inverno amazônico traz gratas surpresas como as belas esculturas em árvores produzidas por japus ou japós  (Psarocolius decumanus) para proteger seus ovos e filhotes.

Esses ninhos em forma de gotas são comumente vistos em árvores na sede do Instituto Soka Amazônia, na Reserva de Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, na região do Encontro das Águas, em Manaus.

Além da beleza, a estrutura surpreende pela durabilidade, diante das intempéries e predadores naturais. 

No estado do Amazonas, a espécie é conhecida como japó, mas em outras regiões é popularmente chamada de fura-banana (Minas Gerais), japu-gamela (Bahia), xexéu-mufumbo (Pernambuco), japuguaçu, japu-preto, rei-congo ou recongo (Maranhão), entre outras denominações.

Pela coloração da plumagem, tambem é confundida com aves da espécie Cacicus haemorrhous, recebendo os nomes populares de japiim, japiim-tecelão, guaxe ou guaxo, em varias regiões da América do Sul.

Cores e som marcantes

A característica da espécie é a plumagem preta e cauda amarela e vermelho e o bico curto em tom amarelo claro. Mas o charme fica pelo olho azul. Os machos podem chegar até 48 centímetrosde comprimento e as fêmeas 38 centímetros. Costumam se alimentar de frutas (como banana, mamão, entre outras) e insetos alados.

Os ovos da espécie tem uma coloração verde-claro ou acinzentada com listras ou pontos escuros.  As fêmeas colocam 1 a 2 ovos, três vezes ao ano

Outra característica marcante é seu canto marcante.

Na RPPN Daisaku Ikeda mais de 100 espécies de aves foram avistadas e registradas na plataforma eBird. Caminhadas para visualização de aves são organizadas em parceria com o programa Vem Passarinhar Manaus e Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Dia Internacional de Meninas e Mulheres na Ciência e o desafio da Amazônia

*artigo foi gentilmente escrito pela autora para o Instituto Soka Amazônia, em alusão ao dia 11 de fevereiro, Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma iniciativa lançada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), com o objetivo de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, especialmente na educação. O artigo expressa a opinião da autora.

Descobertas científicas têm impulsionado o desenvolvimento da humanidade no propósito de viver mais e melhor. A busca sistemática pelo conhecimento implica acesso à escola, oportunidades, suportes para pesquisa que, durante muito tempo, foram vedados às mulheres.

Apesar disso temos, na história, exemplos como Marie Curie (1867-1934), física e química, a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, ea cientista Rachel Carson (1907-1964), bióloga americana cujo livro Primavera Silenciosa, com seu estudo científico sobre os riscos do uso de pesticida agrícola, tornou-seum marco na história da ecologia.

Mas, a Ciência ainda é uma questão de gênero. No mundo, apenas um terço dos pesquisadores é constituído por mulheres.

O desafio do acesso das meninas e mulheres à escola, às universidades, aos financiamentos de pesquisa tem sido enfrentado, tanto pelo trabalho insistente da ONU e da UNESCO, bem como por programas nacionais e locais. E, também, pelo extraordinário desempenho das mulheres quando conquistam esse acesso. No Brasil, dados do MEC, divulgados em abril de 2023, revelam que, dos 405 mil alunos de mestrado e doutorado no país, 221 mil são mulheres: 54%.

Certamente há muitos outros desafios a superar numa sociedade que ainda tem preconceitos de gênero, que passam pela ocupação de cargos, remunerações desiguais e, até, escolha de temas de pesquisa.

Por isso é importante celebrar iniciativas como o movimento Mulheres e Meninas na Ciência. E, especialmente, na Amazonia.

“Nós podemos preparar o caminho para um futuro em que a Ciência não tenha fronteiras de gênero.”

Audrey Azoulay, Diretora geral da UNESCO

A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que tem investido no protagonismo das mulheres na Ciência, lançou, em março de 2023, uma série de vídeos intitulada “Mulheres Cientistas no Amazonas”. Em uma das entrevistas, Elisabeth Gusmão, doutora em Ecologia e Recursos Naturais, lembrou que “superar a invisibilidade foi o meu maior desafio.”

Na Amazonia é preciso superar a invisibilidade das mulheres pesquisadoras e a invisibilidade dos conhecimentos tradicionais preciosos para a Ciência contemporânea, pois, como afirma a Carta da Terra, é necessário “Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.”

ROSE MARIE INOJOSA

Advisor e professora no Centro Internacional Carta da Terra de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, com sede na Universidade para a Paz, na Costa Rica. Conselheira e ex-Diretora da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ) da prefeitura do município de São Paulo.

O Instituto Soka Amazônia é filiado à Carta da Terra Internacional. Em seus programas de Educação Socioambiental e de Apoio a Pesquisas Científicas, estimula e inspira novas gerações de cientistas.

O Instituto mantém parcerias e acordos de cooperação técnicas com instituições acadêmicas e de pesquisa, como as Universidades Federais do Amazonas (UFAM) e de Rondônia (UFIR), Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Universidade do Estado Amazonas (UEA), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e Soka University (Japão).

Essas iniciativas e parcerias contribuem para alcance dos seguintes OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:

ODS 4 – Educação de Qualidade; ODS 5 – Igualdade de Gênero; ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico; ODS 17 – Parcerias para Implementação

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Instituto Soka Amazônia apresenta resultados de seus programas em 2023 e dá início às comemorações dos 10 anos

O Instituto Soka Amazônia deu início às comemorações do 10º aniversário manifestando agradecimento a sua rede de apoiadores.

Com a mensagem Gratidão Amazônia, inspirada na  benevolência das árvores amazônicas, o Instituto Soka concluiu o ciclo de atividades de 2023 convidando seus doadores, colaboradores e parceiros a conhecerem mais sobre a biodiversidade da floresta que protege a vida e clima do Planeta e que merece todo o nosso cuidado.

A instituição, que completará 10 anos no mês de julho, também compartilhou os resultados de seus programas no ano 2023, em seu Relatório Anual.

Entre as realizações estiveram expedições para comunidades ribeirinhas, exposições e eventos de difusão científica e sensibilização social, plantios e mutirões de limpeza ecológica, ação solidária em prol das vítimas da seca história na Amazônia e a ampliação do alcance das ações de educação socioambiental para um público de mais de 4000 pessoas.

Como destaca o diretor presidente do Instituto Soka Amazônia, Luciano Nascimento, o ano de 2023 foi marcado por muitos desafios, aprendizados e também conquistas.

“Para o Instituto foi um ano de fortalecimento de suas bases. Tivemos a honra de celebrar nossa filiação à Carta da Terra Internacional e novas parcerias floresceram, mostrando resultados práticos de ações de sensibilização para os desafios impostos pelas mudanças climáticas”, ressaltou.

Todos os resultados dessas realizações podem ser conferidos no Relatório Anual, disponível para download no final da página.

Celebração dos 10 anos do Instituto

As sinergias e as conexões para a proteção da Amazônia serão o enfoque das comemorações dos 10 anos do Instituto.

Uma série de encontros com empresas e instituições parceiras vem sendo realizados desde o início do ano para troca de experiências e promoção de ações conjuntas.

A comemoração de aniversário está programada para o mês de julho, mas ao longo do ano vários eventos promovidos pelo Instituto farão alusão aos 10 anos.

A programação anual será divulgada em breve.

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Dia da RPPN: Contribuição das Reservas Particulares para proteção da biodiversidade e enfrentamento da crise climática

O dia 31 de janeiro é considerado, por Lei Federal, o Dia Nacional das Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN). A data foi instituída para valorizar o modelo de proteção ambiental em unidades de conservação privadas.

Flavio Ojidos

As RPPNs dão importante contribuição para o enfrentamento da atual crise climática, na avaliação de Flavio Ojidos, Mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável.

“Creio que por serem fruto de um ato voluntário e possuírem caráter perpetuo, as RPPNs são essenciais para o momento atual que exige ações concretas para a conservação e a restauração da natureza”, afirma.

Atualmente, as RPPNs , no Brasil, protegem mais de 800 mil hectares em todos os biomas brasileiros, segundo o especialista.

A região Norte, que contempla a floresta amazônica, concentra a menor quantidade de RPPNs em relação ao resto do país. No âmbito nacional, o bioma mais protegido por RPPNs é a Mata Atlântica, seguido pelo Cerrado e pela Caatinga.

Ojidos elogia a iniciativa do Dr. Daisaku Ikeda e da Soka Gakkai que, por meio da Brasil SGI, criou uma RPPN na Amazônia e em um lugar tão significativo na cidade de Manaus.

“O trabalho de conservação ambiental exercido na RPPN Dr. Daisaku IKeda, somado aos esforços do Instituto Soka Amazônia na área de educação ambiental,  são determinantes para legar um futuro melhor para as próximas gerações e, ao mesmo tempo, forjá-las para os desafios climáticos que já se apresentam”, destaca.

O que torna a RPPN Dr. Daisaku Ikeda tão especial?

RPPN Instituto Soka Amazônia

A Reserva recebeu do ICMBio, em 1996, a denominação de RPPN Daisaku Ikeda, em homenagem aos esforços do pacifista e fundador do Instituto Soka Amazônia em prol do meio ambiente.

Os 52 hectares de área protegida são um exemplo de restauração ambiental em área urbana na cidade de Manaus, fruto de um contínuo trabalho de conservação e  recomposição florestal, iniciado há 30 anos atrás.

Na  área da RPPN se encontra o Sítio Arqueológico Daisaku Ikeda, rodeado de outros três sítios com achados milenares.

Além de cerâmicas pré-coloniais foram encontrados na Reserva ruínas de uma olaria histórica e nichos de solo terra-preta-de-índio.

Alem da importância como sítio geológico, aRPPN está localizada em frente a uma paisagem icônica: o Encontro das Águas, dos Rios Negros e Solimões.

A RPPN abriga uma grande variedade de espécies da fauna e flora nativa da Amazônia.

O uso sustentável da Reserva é direcionado a atividades de preservação de espécies nativas, estudos e pesquisas científicas sobre a Amazônia  e programas de educação ambiental.

O Instituto Soka Amazônia com essa iniciativa apoia o alcance dos OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:

ODS 4 – Educação de Qualidade;

ODS 14 – Vida na Água;

ODS 15 – Vida Terrestre

ODS 13 Ação Contra Mudança Global do Clima

ODS 17 – Parcerias para Implementação

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Dia da Educação Ambiental: futuros educadores participam de aula no Instituto Soka Amazônia

No último dia 20 de janeiro,  24 estudantes do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA)  estiveram na Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda (RPPN), sede do Instituto Soka Amazônia, para participar de uma aula muito especial.

A  visita, organizada pela professora de Geografia, Vilma Terezinha de Araujo Lima, teve intuito de apresentar aos futuros educadores uma vivência educativa dentro de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável.

A iniciativa antecedeu duas datas importantíssimas para alunos e educadores: o Dia Mundial da Educação (24/01) e o Dia Mundial da Educação Ambiental (26/01), instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Profesora Vilma Terezinha, da UEA, levam alunos para aula na RPPN Daisaku Ikeda e Sitio Ponta das Lajes. Foto: Dulce Moraes

De acordo professora Vilma, que pesquisa Unidades de Conservação há mais de 20 anos.a escolha da RPPN Daisaku Ikeda como local de trabalho permitiu aos alunos conhecer as práticas de educação ambiental adotadas no Instituto e que são voltadas para escolas e sociedade. “Para um educador ambiental, os espaços conservados representam um tesouro inestimável, uma vez que podemos compará-los com áreas não protegidas que necessitam de cuidado“, ressalta professora Vilma.

Estudantes da UEA participam de aula de campo na sede do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes

De acordo com a especialista, a RPPN Daisaku Ikeda, tem  grande valor para a cidade de Manaus, principalmente porque a metrópole oferece poucas áreas verdes aos seus habitantes. “O trabalho de educação ambiental desenvolvido pelos funcionários, o atendimento às escolas e universidades são motivadores para as práticas de ensino; e, além disso, o local está estrategicamente localizado em frente ao Encontro das Águas, um ponto turístico icônico de Manaus, e vizinho a um sítio arqueológico Ponta das Lajes”, afirma.

Alunos da UEA conhecem detalhes da criação da RPPN Daisaku Ikeda em Auditório do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes

Para maioria dos alunos foi a primeira visita à unidade de Conservação em Manaus. Na RPPN Daisaku Ikeda, eles tiveram a oportunidade de percorrer o mesmo roteiro de aulas do programa Academia Ambiental praticado com estudantes da rede pública de ensino e absorver e discutir participativamente dos conhecimentos sobre a flora e fauna da Amazônia e sua inter-relação com a geologia, história, biologia, arqueologia, nutrição, geografia, linguagem, artes, entre outros.

A singularidade da natureza engloba humanos, fauna, flora e o meio físico-natural em toda a sua rica biodiversidade e geodiversidade. Depender dela é incontestável, tornando crucial que a tratemos com maior cuidado e responsabilidade.

Vilma Terezinha de Araújo Lima, Professora do Curso de Geografia/PPGED/UEA

Para Lara Figueiredo de Oliveira, Marcela Coutinho Mendonça, Silmara Mendonça dos Santos e Tiago Henrique Azevedo Rodrigues – alunos da disciplina Geografia na Educacão Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, que participaram de aula de campo na RPPN Daisaku Ikeda, em 2023, – a visualização de paisagens diversas permite refletir sobre a riqueza de conceitos que podem ser construídos na experiência individual de cada sujeito. “Essas experiências nos ajudam a ‘romper com as práticas tradicionais’ no ensino da Geografia nos dando autonomia para ler as paisagens e ressignificá-las”, concluem.

Estudantes da UEA em aula no Laboratorio do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes

Shelda Helena Batista Ferreira, aluna do 6º período de Pedagogia,comentou que conhecer o Instituto Soka  a fez pensar em como trabalhar a educação ambiental com crianças e como despertar o interesse em atividades em prol da preservação do meio ambiente.

Um dos pontos da visitação mais marcantes para ela foi a trilha da Terra Preta de Índio (TPI), que a fez lembrar de sua irmã que participou de um curso sobre o tema: ela chegava em casa e falava sobre as experiências dela; também me lembrou o sítio do meu tio que ficava no meio do mato e que tinha trilhas assim”.

Mathias Bernard Lira de Almeida,  também aluno do 6° período de Pedagogia, descreve a experiência educativa na RPPN como um revigorante momento de contemplação. “A beleza do rio e ouvir os banzeiros que se chocam com as pedras me trouxe um importantíssimo momento de paz. Observar as paisagens, conhecer a história do local e conhecer os pedacinhos daquela vastidão de biodiversidade renovou as minhas forças e me inspirou para momentos futuros trabalhando como pedagogo”, ressaltou.

Trilhas Educativas da Academia Ambiental

O roteiro educativo desenvolvido para essa aula de campo iniciou-se com a contemplação de um exemplar de Sumaúma e do monumento dedicado à nascente do Rio Amazonas.

Estudantes da UEA em trilha educativa da Academia Ambiental do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes

Conduzidos pelas explicações do coordenador de Educação Ambiental, Jean Dinelli Leão, os alunos visitaram o Mirante – por onde puderam contemplar o Encontro das Águas e e saber mais sobre os rios – o Laboratório do Instituto – onde puderam conhecer o trabalho desenvolvido para preservação de árvores nativas amazônicas e a amostra do acervo arqueológico da região.

Estudantes da UEA em aula no Laboratorio do Instituto Soka Amazônia. Foto: Dulce Moraes

Finalizaram a experiência percorrendo a trilha da Terra Preta e acessando parte do Sítio Arqueológico Ponta das Lages, hoje quase totalmente coberto pelas águas do Rio Negro,  após meses de seca extrema.

O Instituto Soka Amazônia com essa iniciativa apoia o alcance dos OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) DA ONU:

ODS 4 – Educação de Qualidade;

ODS 14 – Vida na Água;

ODS 15 – Vida Terrestre;

ODS 17 – Parcerias para Implementação


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