Vem passarinhar Manaus: aprendizado e bem-estar garantidos

O objetivo: observar as exuberantes aves amazônicas em seu habitat natural seja para recreação, seja para fins de estudo

É indiscutível o relevante papel das aves para o equilíbrio dos ecossistemas. Cada grupo de animais tem um propósito e uma função a desempenhar e, graças às características únicas como hábitos alimentares e agilidade no deslocamento pelo ar, as aves formam um contingente essencial para o pleno êxito da harmonia entre os diferentes ecossistemas.

As birdwatching, termo cunhado nos EUA onde a atividade se originou, como são chamadas as ações de grupos para a observação desses animais, além de uma atividade que se complementa à terapia de Banho de Floresta (matéria já publicada neste blog: https://institutosoka-amazonia.org.br/que-tal-um-banho-de-floresta/ ), é ainda uma ação muito eficaz de educação ambiental.

A professora doutora Katell Uguen, da Universidade Estadual do Amazonas, é a orientadora do projeto Vem Passarinhar Manaus, que consiste em ações de observação de pássaros, com alunos e público em geral, em Manaus.

Sensação de bem estar

“Tudo começou na pandemia, em 2020 e vem se realizando com uma periodicidade de aproximadamente 30 a 45 dias”, contou a professora. Francesa de nascimento, vive no Amazonas há 25 anos. Embora tenha se graduado em engenharia agronômica, fez o doutorado em Ecologia Ambiental. “Desde a primeira vez que fui a uma passarinhada*, no Museu da Amazônia, a sensação de bem-estar me conquistou”, contou ela.

Ela se apressa a esclarecer que a iniciativa do Vem Passarinhar Manaus foi de uma aluna de graduação. “Ela veio com o projeto que eu imediatamente abracei por enxergar grandes oportunidades de estudo e também de compartilhamento de vivências saudáveis”, contou. Basicamente, o Vem Passarinhar Manaus uniu o utilíssimo ao agradabilíssimo.

“Já fizemos, no Instituto Soka, oito ações do projeto com a equipe e uma com o público em geral e já identificamos 71 espécies, mas isso ainda é pouco”

Muitas espécies de plantas das florestas amazônicas e de áreas periodicamente alagadas produzem frutos carnosos, com cores vivas e odor forte. Tais características atraem tanto aves como mamíferos que fazem o importante trabalho de dispersar as sementes para longe da árvore-mãe, o que garante a perpetuação e a conquista de novos ambientes para muitas espécies e sua permanência no ecossistema a longo prazo.

Alterações nos habitats podem gerar desequilíbrio, por isso, devido ao bom estado de conservação da cobertura vegetal e a diversidade de ambientes ao longo de um gradiente do rio para a terra firme, as passarinhadas no ISA são tão interessantes. “Já fizemos, no Instituto Soka, três ações do projeto com a equipe e uma com o público em geral e já identificamos 71 espécies, mas ainda é pouco”, explicou. Segundo ela, a área do Encontro das Águas pode reunir facilmente, mais de 300 espécies de aves devido às condições únicas que essas águas oferecem.

Dia mundial da observação de aves

O dia 8 de outubro é o Big Global Day, para o movimento do birdwatching. No mundo todo os apaixonados pela observação de aves saem a campo para reunir dados de extrema relevância para as pesquisas e/ou simplesmente se deleitar com o prazer de estar em meio ao verde, pois é um momento da Primavera (no hemisfério Sul) e Outono (no hemisfério Norte) em que as migrações estão em plena preparação e/ou em andamento. Em outubro, a equipe do projeto fez um levantamento no Instituto Soka onde levantou 28 espécies, contribuindo para o esforço mundial de monitoramento da biodiversidade.

Arquivo de sons de pássaros

Após cada ação do Vem Passarinhar Manaus são produzidos relatórios com os dados coletados. Os espécimes podem ser atraídos por meio de arquivo de sons de pássaros, o que possibilita a observação mais objetiva. A professora explica que a observação de aves é uma atividade que existe desde que o homem começou a interessar-se pelo comportamento de outras formas de vida. Há grupos que se dedicam a essa atividade regularmente em praticamente todos os parques nacionais. Aqui no Brasil o birdwatching é recente mas já conta com muitos clubes de observadores de aves e todos os estados.

É também uma atividade que resulta em benefícios para toda a coletividade, como o desenvolvimento do turismo responsável, pois esse turista não degrada e não polui, por ter a consciência da importância de preservar para que sempre haja espécimes a serem observados. Outro benefício é a geração de renda e valores agregados às comunidades locais, além, é claro, da sensibilização para a importância da conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Outro ponto abordado pela professora é a educação ambiental. “Quem já foi a um birdwatching será naturalmente um defensor do meio ambiente”, finalizou.

(*) A professora dá a essa expressão (passarinhada) um sentido muito mais nobre do que tem em muitos lugares do país onde o termo se refere a uma especialidade gastronômica como a famigerada “Passarinhada de Embu”, churrascada de confraternização política numa cidade da região da grande São Paulo, em que foram mortos de 2 mil a 3 mil pássaros.

Biofilia: Amor pela vida

“Biofilia” vem do grego bios, que significa vida e philia, que significa amor, afeição, ou necessidade de satisfação

Sabe aquele sentimento único ao se deparar com aquela paisagem deslumbrante, ao vivo e em cores? Pode ser um campo florido, ou uma montanha nevada, ou simplesmente o mar com seu fluxo e refluxo interminável. Isso é parte da biofilia. Pode parecer um termo estranho, mas ele envolve os benefícios biopsicossociais decorrentes da interação humanos/natureza e, por isso, tem sido inserida nos protocolos de cuidados paliativos. A jornalista, publicitária, associada da BSGI e especialista no assunto, Dulce Ferreira de Moraes, enfatiza que essa interação biofílica é essencial para o nosso bem-estar.

Dulce Ferreira de Moraes
A popularização do termo

Foi obiólogo estadunidense Edward O. Wilson quem popularizou o termo em seu livro de mesmo nome publicado em 1984. Segundo o autor, a hipótese da biofilia sugere que os humanos possuem uma tendência inata de buscar conexões com a natureza e outras formas de vida. Ele define a biofilia como “o desejo de se afiliar a outras formas de vida”.

Dulce explicou que a Biofilia vem sendo incorporada em outras aplicações práticas, como a Arquitetura e Design. Ela própria foi tomada pela sensação biofílica ao assistir à exposição Diálogos com a Natureza, de Daisaku Ikeda. E essa experiência na adolescência a fez se envolver com paisagismo e preservação de áreas verdes urbanas, atuando em conselho consultivo de parques, como Parque Trianon, localizado na Avenida Paulista, um dos cartões postais da cidade de São Paulo. “Em uma pesquisa que realizei durante o Mestrado, sobre a percepção dos paulistanos sobre as áreas verdes em seus trajetos diários, verifiquei que boa parte das pessoas que caminhavam na Paulista não se lembraram do Parque Trianon”, contou Dulce. Essa pesquisa fez com que ampliasse suas perspectivas sobre a biofilia no contexto das cidades. Hoje é uma autoridade na área e atua fornecendo consultoria a empresas e gestores públicos.

Segundo ela, a biofilia descreve “as conexões que os seres humanos buscam subconscientemente com o resto da vida”. Não só ela como diversos teóricos propõem a possibilidade de que as profundas afiliações que os humanos têm com outras formas de vida e com a natureza como um todo estejam enraizadas em nossa biologia. Afiliações positivas e negativas (incluindo fóbicas) em relação a objetos naturais (espécies, fenômenos) em comparação com objetos artificiais são evidências de biofilia. Diversos estudos comprovam os benefícios do convívio com a natureza para a saúde humana. Recentemente publicamos uma matéria sobre o Shinrin-yoku, ou o Banho de Floresta (leia matéria aqui).

Uma atração quase irresistível

Um exemplo bastante comum de como a biofilia age em nosso cotidiano é a nossa atração (quase irresistível) como mamíferos adultos por rostos de mamíferos filhotes. Estes despertam em nós o instinto de proteção e sentimento de afeição imediata. O contorno dos olhos dentre outras características singulares faz com que os jovens mamíferos nos despertem para a meiguice de suas feições, algo necessário para garantir a sobrevivência da espécie.

Isso também explica porque certas pessoas arriscam suas vidas para salvar pets e mantém verdadeiros jardins em seus estreitos apartamentos. De alguma forma instintiva, os humanos percebem como a proximidade com a natureza lhes faz bem. Conhecimentos ancestrais inseridos talvez no código genético, como a predileção por flores. Estas são simbolicamente o prenúncio da produção de alimentos. Todo fruto precisou ser flor um dia.

A biofilia envolve também esse conhecimento ancestral que nos atrai instintivamente de forma a manter a vida.

Em termos práticos

Dulce alerta para um dado importante: somos impactados pelas experiências pessoais, sociais e culturais nas quais estamos inseridos e vivemos desde a primeira infância. Portanto, mesmo que a biofilia seja algo intrínseco ao ser, considerando que vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico e urbano, é fundamental reforçar o contato com a natureza, por meio de ações simples, como caminhar no parque, cultivar hortas domésticas, fazer seu próprio composto a partir do lixo orgânico, apreciar paisagens, entre outros. “Nós, humanos, precisamos ser constantemente expostos a estímulos naturais para garantir tanto a saúde física quanto a mental”, concluiu a especialista.

Fonte:

https://www.ecycle.com.br/biofilia/

https://www.scielosp.org/article/sdeb/2019.v43n122/949-965/pt/

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/article/view/34272

Superpopulação e complexos desafios para o planeta

Meio Ambiente

Em julho 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe a público um dado sem precedentes: no próximo dia 15 de novembro, o planeta deve atingir a marca de 8 bilhões de habitantes. Mesmo com uma redução de 1%, em média, nos índices de natalidade desde 1950, o mundo permanece em constante crescimento. Populacional e urbano.

Como chegar ao equilíbrio

Certamente quem mora em uma grande cidade já deve ter se questionado e observado novos bairros sendo construídos, para dar conta da demanda desse crescimento populacional. Pergunta-se: como equilibrar esse inevitável crescimento com um meio ambiente preservado e dignamente habitável para todos? Para a ONU, esse é um dos grandes desafios da comunidade global.

“A relação entre crescimento populacional e desenvolvimento sustentável é complexa e multidimensional”, diz o subsecretário geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin.

Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

Responsabilidade de todos

E por mais que isso possa parecer uma preocupação de nível governamental, cada um de nós tem a sua parcela de responsabilidade e contribuição para um planeta mais saudável. Um exemplo disso é um levantamento feito anualmente que mede o uso de recursos naturais que o planeta é capaz de regenerar de modo sustentável. Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

Árvores e o Dia das Árvores

Mas, como a sociedade deve então redirecionar as ações para mudar esse quadro? Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis são um guia de como governos e cidadãos devem seguir. A propósito, o dia 21 de setembro é marcado como o Dia da Árvore. Esse dia nos lembra a importância dessa riqueza natural que está presente em todos os recantos e tem um papel fundamental no equilíbrio do ecossistema.

Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

17 Objetivos Desenvolvimento Sustentável

O plantio de árvores é uma das ferramentas mais eficazes para celebrar esse dia.

O Instituto Soka Amazônia ao longo dos anos vem trabalhando junto com parceiros para contribuir cada vez mais com o plantio de árvores e na educação ambiental, utilizando como sala de aula o maior laboratório a céu aberto do mundo, que é a floresta amazônica.

Superpopulação e complexos desafios para o planeta

Meio Ambiente

Em julho 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe a público um dado sem precedentes: no próximo dia 15 de novembro, o planeta deve atingir a marca de 8 bilhões de habitantes. Mesmo com uma redução de 1%, em média, nos índices de natalidade desde 1950, o mundo permanece em constante crescimento. Populacional e urbano.

Como chegar ao equilíbrio

Certamente quem mora em uma grande cidade já deve ter se questionado e observado novos bairros sendo construídos, para dar conta da demanda desse crescimento populacional. Pergunta-se: como equilibrar esse inevitável crescimento com um meio ambiente preservado e dignamente habitável para todos? Para a ONU, esse é um dos grandes desafios da comunidade global.

“A relação entre crescimento populacional e desenvolvimento sustentável é complexa e multidimensional”, diz o subsecretário geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin.

Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

Responsabilidade de todos

E por mais que isso possa parecer uma preocupação de nível governamental, cada um de nós tem a sua parcela de responsabilidade e contribuição para um planeta mais saudável. Um exemplo disso é um levantamento feito anualmente que mede o uso de recursos naturais que o planeta é capaz de regenerar de modo sustentável. Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

Árvores e o Dia das Árvores

Mas, como a sociedade deve então redirecionar as ações para mudar esse quadro? Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis são um guia de como governos e cidadãos devem seguir. A propósito, o dia 21 de setembro é marcado como o Dia da Árvore. Esse dia nos lembra a importância dessa riqueza natural que está presente em todos os recantos e tem um papel fundamental no equilíbrio do ecossistema.

Em 2010, já no dia 8 de agosto, a humanidade havia consumido os recursos naturais necessários para aquele ano inteiro. Em 2022, em 28 de julho já havíamos feito esse consumo.

17 Objetivos Desenvolvimento Sustentável

O plantio de árvores é uma das ferramentas mais eficazes para celebrar esse dia.

O Instituto Soka Amazônia ao longo dos anos vem trabalhando junto com parceiros para contribuir cada vez mais com o plantio de árvores e na educação ambiental, utilizando como sala de aula o maior laboratório a céu aberto do mundo, que é a floresta amazônica.

Uma árvore: um ecossistema inteiro

Ecossistema de uma árvore
Quase ninguém se dá conta do quanto uma única árvore representa e como a derrubada desse único indivíduo pode impactar no meio ambiente

Quando se olha para uma árvore o que geralmente se vê é seu tronco, seus ramos e folhas. Mas para os especialistas ela é muito mais que isso. Um olhar mais acurado revela que cada árvore possui singularidades exclusivas, é o centro de um ecossistema onde muitas outras espécies que dela tiram seu sustento vivendo simbioticamente.

Para começo de conversa, segundo o biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão,

“há ecossistemas que não têm árvores, mas são de extrema necessidade, tais como os oceanos e os ambientes em elevadas altitudes. A importância relativa de uma única árvore seria pequena considerando todos os seres humanos do planeta, mas em um ecossistema natural, ou em uma praça de bairro na cidade, uma única árvore pode ser essencial para a biodiversidade e o bem-estar das pessoas”.

Isso porque árvores realizam, por exemplo, a fotossíntese crucial para a produção de alimentos. A fotossíntese nada mais é do que a capacidade que as plantas têm de usar a energia solar para unir quimicamente dióxido de carbono e água em carboidratos, proteínas e lipídios, importantes para todos os seres do planeta e para a própria subsistência humana.  

A Ciência denomina “árvore” organismos pertencentes ao reino Plantae na tipologia botânica. Há árvores de grande porte, que medem (as menores) cerca de 4 metros e maiores, que podem chegar a 122 metros! As mais altas árvores já registradas são as Sequóias (gênero Sequoiadrendro), que são encontradas no norte da Califórnia, EUA. No Brasil, as mais altas estão na Amazônia, as Sumaúmas, que podem chegar a 50 metros de altura. Recentemente, em outubro de 2020, uma expedição encontrou um angelim-vermelho no Amapá que mediu 85 metros! É a segunda maior árvore da região registrada pela ciência.

Importante ciclo de vida

Diego faz uma analogia da estrutura da árvore com o corpo humano:

“cada parte desempenha uma função importante para a árvore, assim como são os órgãos do corpo humano para os seres humanos. Exemplo: as folhas fazem as trocas de gases (respiração e transpiração) e a fotossíntese (energia e alimento); as raízes absorvem água e nutrientes do solo (seiva); o caule fornece sustentação; e as flores e frutos estão relacionados com a genética e reprodução”.

As raízes das árvores têm a função de dar base e resistência e podem se estender por muitos metros solo abaixo e para os lados. Nas raízes habitam fungos (micorriza) importantes que, em associação, potencializam a absorção de nutrientes. A fotossíntese fornece energia e carbono para a sobrevivência e multiplicação dos fungos. Em especial nas regiões de clima tropical – na Amazônia, particularmente – o solo tem baixa fertilidade e por isso a formação da micorriza é fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento das plantas.

Há todo um ciclo de vida sendo perpetuado em cada árvore. Por produzirem seiva adocicada, atraem insetos. Estes chamam pássaros que deles se alimentam e que ali vão nidificar (construir seus ninhos e colocar os ovos), e que por isso despertam o interesse de cobras e outros animais predadores. Além de animais, outras espécies vegetais são também “hóspedes”, como as pterodófitas (samambaias) e as orchidaceae (orquídeas), que convivem harmonicamente, pois suas flores atraem insetos e pássaros que vão contribuir para polinizar a hospedeira.

A árvore é também produtora de sementes de chuva, ao exalar compostos orgânicos voláteis – aromas – ou compostos químicos lançados na atmosfera. “O vapor de água, resultante da evapotranspiração, se junta ao composto volátil das árvores. O vapor de água é uma molécula pequena, enquanto o composto aromático é uma molécula grande em comparação ao vapor de água”, explica Diego.

Dados recentes do Observatório do Clima[1] revelam que a Amazônia e as geleiras do Ártico podem, sozinhas, comprometer as metas do Acordo de Paris, caso deixem de cumprir as funções que naturalmente exercem. A captura e a estocagem de dióxido de carbono – principal gás do Efeito Estufa devido sua concentração na atmosfera. – equivalente a 5 anos das emissões globais, em forma de árvore e solo (raízes). É por isso que a redução desse estoque de carbono causada pelo desmatamento põe em sério risco todo o equilíbrio do clima regional.

A importância de uma única árvore é imensa por todos esses motivos (interações ecológicas, benefícios para biodiversidade e pessoas, produção de alimentos, formação de chuvas, estoque de carbono).

Mas o que realmente representa uma árvore para a maior floresta tropical do planeta? Representa VIDA!

Da próxima vez que pensar em derrubar uma única árvore, lembre-se de tudo o que foi listado e do impacto que causará.

Diego sinaliza com importante tarefa, e que é uma das atividades do Instituto Soka Amazônia: “seria bom lembrar a importância da restauração florestal, porque somente com muitas árvores nativas sendo plantadas e sem desmatamento ilegal a Amazônia terá alguma chance de sustentabilidade”.

Fonte:

https://escola.britannica.com.br/artigo/%C3%A1rvore/482704

https://g1.globo.com/ap/amapa/natureza/amazonia/noticia/2021/10/01/expedicao-encontra-a-2a-maior-arvore-ja-mapeada-na-amazonia-de-mais-de-85-metros-video.ghtml


[1] O Observatório do Clima é uma rede de 37 entidades da sociedade civil brasileira formada com o objetivo de discutir as mudanças climáticas no contexto brasileiro, mais especificamente o aquecimento global

Tecnologias sociais voltadas à preservação ambiental

A relação do ser humano com o meio em que vive vai muito além da simples existência; envolve todo um complexo conjunto de ações e reações que impactam diretamente a vida social

A área de atuação da Psicologia Social envolve o estudo de tudo o que ocorre com o indivíduo desde a sua concepção, suas relações com o meio e as pessoas com quem convive. É o estudo das manifestações comportamentais suscitadas pela interação do indivíduo, sua integração, a interdependência, escolhas e decisões, desejos e expectativas. Tudo isso influencia no processo de socialização – interação com os grupos sociais e seus diversos papéis sociais. Denise Machado Duran Gutierrez é uma pesquisadora apaixonada por tudo relacionado à área e é uma das cientistas colaboradoras do Instituto Soka Amazônia.

“Fico encantada com o empenho da equipe do Instituto Soka em todas as ações que empreende”, contou a pesquisadora.

A paulistana Denise é a responsável, pela Coordenação de Tecnologia Social do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), há 10 anos. Graduada em Psicologia para Universidade de São Paulo (USP), mestre em Psicologia da Saúde na Universidade Católica de Brabant, na Holanda e doutora em Saúde da Mulher e da Criança pelo Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A Psicologia Clínica não foi minha primeira opção de carreira, mas ela foi se introduzindo naturalmente e hoje sinto que era para ser”, explicou. Desde o Ensino Médio seu forte senso de justiça social e desejo de melhor compreender as relações humanas foi um guia para a trajetória impressionante que viria a seguir.

Carreira acadêmica

Contingências da vida levaram-na ao mestrado na Holanda. Devido ao trabalho do esposo, mudaram-se para o exterior, a oportunidade surgiu e ela se sentiu agraciada pelo destino. “Mas nunca me ocorreu voltar-me à carreira acadêmica”, confessou.

De volta ao Brasil, novamente em função da carreira do cônjuge, foram viver em Manaus. “Nos primeiros dias, ainda morando em hotel, sai a passear pela cidade e me vi à porta de uma Universidade. Resolvi entrar e ver se havia algum curso na minha área para fazer”, brincou. Saiu empregada. Fora contratada para lecionar Psicologia da Personalidade. Isso aconteceu há mais de 20 anos e, desde então, não mais deixou a carreira acadêmica. É professora titular da Universidade Federal do Amazonas e uma entusiasta da pesquisa voltada às Tecnologias Sociais. E o INPA veio logo a seguir, com certeza, graças à competência e o comprometimento.

Em sua modéstia argumentou que aquele “era um momento em que havia uma grande carência de profissionais titulados”. Porém, basta observar brevemente sua trajetória e discurso para compreender que se trata de pura competência, forte senso de responsabilidade e desejo por fazer a diferença no local em que se encontra.

Embora paulista, abraçou Manaus de coração e, por consequência, a Amazônia, por entender que essa floresta encerra mais do que árvores, é o próprio futuro da humanidade que ali se encontra.

Parceria com o Instituto Soka Amazônia

Há cerca de 10 anos, por intermédio do INPA, conheceu o Instituto Soka Amazônia e suas impactantes ações. Encantou-se. “Tudo o que fazem no [Instituto] Soka é maravilhoso! Sua base humanística, focada no ser humano e na melhoria de sua qualidade de vida é encantadora. Aquele projeto de vincular o nascimento ao plantio de uma árvore, tem uma carga simbólica e didática tão poderosa”, ressaltou se referindo ao projeto Sementes da Vida, em parceria com maternidades de Manaus. Segundo ela, embora pareça simples, a ideia de ter vinculada uma espécie amazônica ao nascimento de um novo ser humano – uma árvore que talvez subsista para além da existência daquele indivíduo – produz uma sensação real de eternidade, além da identidade e do pertencimento.

III Seminário das Águas e III Seminário de Tecnologia Social (2017)

Sua área de pesquisa no doutorado voltou-se à família, essa unidade social que tanto muda conforme a época e que precisa ser constantemente estudada e atualizada. “Na verdade, nossa ideia de tempo é um sopro. O nosso tempo de vida, em termos de História, é um simples pulsar”. Ela enfatiza que se trata de mera ilusão de que o que vemos em nosso vagar pelo mundo seja uma realidade concreta. Vivemos somente um simulacro de um momento histórico que vai sendo construído geração após geração. “Há 20 anos essa realidade social e familiar era muito diferente da atual. E, daqui a 20 anos, será muito mais diferente. A família é um produto sociocultural, fundamental como produtora de cuidados de saúde e bem-estar”, explicou. E, ressalta que cada local possui suas próprias características.

O momento mais marcante, como ela própria enfatizou, foi sua participação, em 2019, na Conferência da ONU em Salt Lake City, como colaboradora do Instituto e representante do INPA. “Vi como o [Instituto] é muito bem-conceituado”, contou. Segundo ela, foi uma oportunidade riquíssima de aprendizado e compartilhamento de tecnologias sociais com pesquisadores da África e América Latina. “Depois de ter feito uma palestra na ONU, eu falo que com essa experiência, já posso me aposentar!”, brincou Denise.

Ela fez questão de ressaltar ainda, a profícua parceria do Instituto no acolhimento dos alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado. A Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda é um local bastante utilizado pelos alunos, tanto do INPA como da UFAM, pela grande biodiversidade existente e pela proximidade com estas instituições.

Livro sobre o Seminário das Águas

Há 6 anos, sob sua estreita coordenação, INPA e Instituto Soka Amazônia, vêm realizando o Seminário das Águas da Amazônia e, em outubro deste ano está previsto o lançamento do livro sobre esse importante evento que já faz parte do calendário oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI). “Foi um longo percurso até chegarmos a esse produto cultural que, tenho certeza, será uma importante ferramenta de atualização e pesquisa para o setor!”, exclamou a professora doutora.

“Nosso desejo é de realizar o lançamento do livro na próxima Semana [de Ciência e Tecnologia] em outubro”, enfatizou.

Outro motivo de grande júbilo por parte da pesquisadora é o convite do MCTI para a construção da Rede Amazônica de Tecnologia Social, que consistirá no mapeamento de todas as iniciativas de instituições voltadas à área. O MCTI pretende construir uma plataforma contendo todas as informações sobre esses agentes promotores, inclusive com sua geolocalização, abrangência de atuação, métodos, processos e populações atendidas. “Penso que será mais uma importante ferramenta para aprendizado e transformação social e o [Instituto] Soka estará nesse projeto que será disponibilizado para todo o planeta”, finaliza a pesquisadora.

Tecnologias sociais voltadas à preservação ambiental

A relação do ser humano com o meio em que vive vai muito além da simples existência; envolve todo um complexo conjunto de ações e reações que impactam diretamente a vida social

A área de atuação da Psicologia Social envolve o estudo de tudo o que ocorre com o indivíduo desde a sua concepção, suas relações com o meio e as pessoas com quem convive. É o estudo das manifestações comportamentais suscitadas pela interação do indivíduo, sua integração, a interdependência, escolhas e decisões, desejos e expectativas. Tudo isso influencia no processo de socialização – interação com os grupos sociais e seus diversos papéis sociais. Denise Machado Duran Gutierrez é uma pesquisadora apaixonada por tudo relacionado à área e é uma das cientistas colaboradoras do Instituto Soka Amazônia.

“Fico encantada com o empenho da equipe do Instituto Soka em todas as ações que empreende”, contou a pesquisadora.

A paulistana Denise é a responsável, pela Coordenação de Tecnologia Social do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), há 10 anos. Graduada em Psicologia para Universidade de São Paulo (USP), mestre em Psicologia da Saúde na Universidade Católica de Brabant, na Holanda e doutora em Saúde da Mulher e da Criança pelo Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A Psicologia Clínica não foi minha primeira opção de carreira, mas ela foi se introduzindo naturalmente e hoje sinto que era para ser”, explicou. Desde o Ensino Médio seu forte senso de justiça social e desejo de melhor compreender as relações humanas foi um guia para a trajetória impressionante que viria a seguir.

Carreira acadêmica

Contingências da vida levaram-na ao mestrado na Holanda. Devido ao trabalho do esposo, mudaram-se para o exterior, a oportunidade surgiu e ela se sentiu agraciada pelo destino. “Mas nunca me ocorreu voltar-me à carreira acadêmica”, confessou.

De volta ao Brasil, novamente em função da carreira do cônjuge, foram viver em Manaus. “Nos primeiros dias, ainda morando em hotel, sai a passear pela cidade e me vi à porta de uma Universidade. Resolvi entrar e ver se havia algum curso na minha área para fazer”, brincou. Saiu empregada. Fora contratada para lecionar Psicologia da Personalidade. Isso aconteceu há mais de 20 anos e, desde então, não mais deixou a carreira acadêmica. É professora titular da Universidade Federal do Amazonas e uma entusiasta da pesquisa voltada às Tecnologias Sociais. E o INPA veio logo a seguir, com certeza, graças à competência e o comprometimento.

Em sua modéstia argumentou que aquele “era um momento em que havia uma grande carência de profissionais titulados”. Porém, basta observar brevemente sua trajetória e discurso para compreender que se trata de pura competência, forte senso de responsabilidade e desejo por fazer a diferença no local em que se encontra.

Embora paulista, abraçou Manaus de coração e, por consequência, a Amazônia, por entender que essa floresta encerra mais do que árvores, é o próprio futuro da humanidade que ali se encontra.

Parceria com o Instituto Soka Amazônia

Há cerca de 10 anos, por intermédio do INPA, conheceu o Instituto Soka Amazônia e suas impactantes ações. Encantou-se. “Tudo o que fazem no [Instituto] Soka é maravilhoso! Sua base humanística, focada no ser humano e na melhoria de sua qualidade de vida é encantadora. Aquele projeto de vincular o nascimento ao plantio de uma árvore, tem uma carga simbólica e didática tão poderosa”, ressaltou se referindo ao projeto Sementes da Vida, em parceria com maternidades de Manaus. Segundo ela, embora pareça simples, a ideia de ter vinculada uma espécie amazônica ao nascimento de um novo ser humano – uma árvore que talvez subsista para além da existência daquele indivíduo – produz uma sensação real de eternidade, além da identidade e do pertencimento.

III Seminário das Águas e III Seminário de Tecnologia Social (2017)

Sua área de pesquisa no doutorado voltou-se à família, essa unidade social que tanto muda conforme a época e que precisa ser constantemente estudada e atualizada. “Na verdade, nossa ideia de tempo é um sopro. O nosso tempo de vida, em termos de História, é um simples pulsar”. Ela enfatiza que se trata de mera ilusão de que o que vemos em nosso vagar pelo mundo seja uma realidade concreta. Vivemos somente um simulacro de um momento histórico que vai sendo construído geração após geração. “Há 20 anos essa realidade social e familiar era muito diferente da atual. E, daqui a 20 anos, será muito mais diferente. A família é um produto sociocultural, fundamental como produtora de cuidados de saúde e bem-estar”, explicou. E, ressalta que cada local possui suas próprias características.

O momento mais marcante, como ela própria enfatizou, foi sua participação, em 2019, na Conferência da ONU em Salt Lake City, como colaboradora do Instituto e representante do INPA. “Vi como o [Instituto] é muito bem-conceituado”, contou. Segundo ela, foi uma oportunidade riquíssima de aprendizado e compartilhamento de tecnologias sociais com pesquisadores da África e América Latina. “Depois de ter feito uma palestra na ONU, eu falo que com essa experiência, já posso me aposentar!”, brincou Denise.

Ela fez questão de ressaltar ainda, a profícua parceria do Instituto no acolhimento dos alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado. A Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda é um local bastante utilizado pelos alunos, tanto do INPA como da UFAM, pela grande biodiversidade existente e pela proximidade com estas instituições.

Livro sobre o Seminário das Águas

Há 6 anos, sob sua estreita coordenação, INPA e Instituto Soka Amazônia, vêm realizando o Seminário das Águas da Amazônia e, em outubro deste ano está previsto o lançamento do livro sobre esse importante evento que já faz parte do calendário oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI). “Foi um longo percurso até chegarmos a esse produto cultural que, tenho certeza, será uma importante ferramenta de atualização e pesquisa para o setor!”, exclamou a professora doutora.

“Nosso desejo é de realizar o lançamento do livro na próxima Semana [de Ciência e Tecnologia] em outubro”, enfatizou.

Outro motivo de grande júbilo por parte da pesquisadora é o convite do MCTI para a construção da Rede Amazônica de Tecnologia Social, que consistirá no mapeamento de todas as iniciativas de instituições voltadas à área. O MCTI pretende construir uma plataforma contendo todas as informações sobre esses agentes promotores, inclusive com sua geolocalização, abrangência de atuação, métodos, processos e populações atendidas. “Penso que será mais uma importante ferramenta para aprendizado e transformação social e o [Instituto] Soka estará nesse projeto que será disponibilizado para todo o planeta”, finaliza a pesquisadora.

Academia Ambiental

2 horas e uma lição para toda a vida

Embora profundamente alteradas durante o período da pandemia do Covid 19, as visitas de estudantes ao Instituto sempre foram motivo de muita empolgação para os grupos de visitantes.

Quando forem superadas as peculiaridades destes tempos tão anormais, provavelmente haverá novas alterações no roteiro, mas vale a pena fazer um registro de como se desenrolaram os programas que ornam evidente o jeito de ser do Instituto Soka.

Quando os grupos de estudantes chegavam ao Instituto (normalmente grupos de 40 jovens do ensino fundamental de escolas públicas de Manaus) havia sempre uma explosão de alegria. Ruidosos, descontraídos, chegavam preparados para o que ia acontecer nas próximas duas a três horas.

No começo, ainda em estilo sala de aula, quando o pessoal já começava a ficar mais à vontade, havia uma explicação sobre o que é uma RPPN Reserva Particular de Proteção Natural e o que eles aprenderiam naquele dia. Eram lembrados fatos específicos sobre a RPPN Dr. Daisaku Ikeda, seu tamanho, tipos de trabalhos desenvolvidos, árvores, programas de plantio, banco de sementes, a praia, o sítio arqueológico com objetos e ruinas de muitos e muitos anos atrás.

Em verdade, era uma ótima forma de esquentar a moçada para as caminhadas que começariam dali a pouco.

Seres humanos e grandes rios

Como bons manauenses, manauaras ou barés (como são chamados os naturais de Manaus) todos já eram familiarizados com o fenômeno do Encontro das Águas, mas isso não significava que deixassem de se interessar, fazer perguntas, comentários, fazer anotações sobre essa peculiaridade que está ali à vista, já que o Instituto fica justamente em frente ao local em que as águas dos rios Negro e Solimões teimam em não se misturar.

A importância das árvores e da água

Mais adiante os jovens eram despertados para a importância das árvores, seu papel no consumo de carbono, a fotossíntese, bem como no ciclo da água, a importância da floresta na produção de alimentos, na qualidade de vida e, como assunto puxa assunto, a ainda deficiente arborização da cidade de Manaus.

Empolgação no Sítio Arqueológico

Depois de um intervalo para um lanchinho, uma das partes que mais empolgam sempre foi a visita ao sítio arqueológico, sala das cerâmicas de índios. Várias cerâmicas são expostas e ao lado delas há códigos QR, para os jovens apontarem seus celulares e encontrarem textos explicativos, sendo que em cada um há uma palavra destacada que, juntas no final, acabam formando uma frase para a reflexão:

“Quais são as pegadas que deixamos para o futuro?”

Plantas que precisam crescer, herbívoros que precisam se alimentar

Sempre houve dois momentos nas visitas em que a sumaúma ganhava destaque como artista principal.

Na primeira parte era visitada uma sumaúma nenê, aproximadamente 2 anos; na segunda, uma sumaúma adulta, com 30 anos, imponente, enorme, uma das mais altas árvores da Amazônia.

Hora ideal para lembrar a sabedoria da mãe-natureza.

Para que a sumaúma nenê se defenda de insetos e outros animais herbívoros, ela é cheia de espinhos que vão desaparecendo ao longo do tempo.

Há plantas, ervas, gramas, árvores. E há animais herbívoros, a formiga e a cotia, para ficar num exemplo de extremos.

As plantas têm que crescer; os animais têm que se alimentar. É uma lei natural que não tem jeito: precisa ser cumprida.

No caso da sumaúma, a mãe-natureza coloca muitos espinhos na árvore nenê, já que seu caule tem um sabor adocicado e precisa ser preservado para que ela cresça saudável, espinhos que vão desaparecendo ao longo do tempo. Ou seja, devidamente protegida, a sumaúma cresce e, crescendo, transforme-se numa árvore adulta cheia de saúde.

Era quando os monitores faziam uma analogia com a vida dos seres humanos que precisam se preparar desde os primeiros tempos para ter força e enfrentar os obstáculos que, lá adiante, podem dificultar o caminho em direção à realização de sonhos e projetos pessoais. Hora de pensar em estratégias para garantir que os sonhos naturais que cada pessoa tem, se materializem. Importância de contar com pessoas que deem segurança no crescimento – família, amigos, escola. Em outras palavras e ao mesmo tempo, formação de cidadãos mais conscientes sobre seus direitos e deveres.

O aprendizado e o dia a dia de cada um

Já perto do encerramento da visita, em torno de uma sumaúma, os estudantes eram lembrados do que cada um pode fazer de prático, em sua vida normal, com tudo aquilo que lhes foi mostrado durante a permanência no Instituto.

É curioso notar (e isso sempre ficou flagrante) o antes e o depois daquelas duas ou três horas na Academia Ambiental no ânimo, no interesse dos jovens. Uma constatação que provoca um sentimento de dever cumprido, seja em termos pessoais dos técnicos, seja em termos institucionais do Instituto Soka, reforçando a determinação de ampliar, cada vez mais, essas atividades.

Nos dias de pandemia

Pandemia Amazonia

Durante o período de pandemia (Covid 19), os serviços de manutenção da Reserva, coleta, beneficiamento e repicagem continuaram sendo executados com os cuidados recomendados para essa atividade.

Pandemia Amazonia

Devido às restrições de mobilidade, todas as sementes coletadas nesse período foram coletadas na própria RPPN. Novas sementes foram catalogadas, proporcionando maior capacidade de diversidade biológica.

Pelo menos 3.000 mudas – algumas incluídas entre as que fazem parte da lista de estado de vulnerabilidade (IUCN) – foram plantadas em novo espaço com capacidade ampliada e maior diversificação de espécies. 

A implementação de medidas no controle dos resíduos florestais garantiu uma produção sustentável de matéria orgânica tão necessária à produção de mudas.

Nos dias de pandemia

Pandemia Amazonia

Durante o período de pandemia (Covid 19), os serviços de manutenção da Reserva, coleta, beneficiamento e repicagem continuaram sendo executados com os cuidados recomendados para essa atividade.

Pandemia Amazonia

Devido às restrições de mobilidade, todas as sementes coletadas nesse período foram coletadas na própria RPPN. Novas sementes foram catalogadas, proporcionando maior capacidade de diversidade biológica.

Pelo menos 3.000 mudas – algumas incluídas entre as que fazem parte da lista de estado de vulnerabilidade (IUCN) – foram plantadas em novo espaço com capacidade ampliada e maior diversificação de espécies. 

A implementação de medidas no controle dos resíduos florestais garantiu uma produção sustentável de matéria orgânica tão necessária à produção de mudas.