Neste 26 de janeiro, um convite: conheça melhor o aniversariante do dia.

Intimamente ligado à Soka Gakkai Internacional, que neste 26 de janeiro completa 47 anos de sua fundação, o Instituto Soka Amazônia, tem muito orgulho de suas origens e dentro de seu campo de atividade, ligado à preservação da natureza e à educação ambiental, procura praticar de A a Z o que prega o humanismo, base filosófica da Organização em todo o mundo.

A origem da Organização remonta ao ano de 1930 com a fundação da Soka Kyoiku Gakkai – Sociedade Educacional para a Criação de Valores, que teve nos seus primeiros anos dois presidentes, primeiro o educador e grande pensador Tsunesaburo Makiguchi e mais adiante, depois seu falecimento, seu pupilo Josei Toda.

O dr. Daisaku Ikeda foi o terceiro presidente da Soka Gakkai. Assumiu quando, em 1951, estava com 32 anos de idade.

Aos 47, em 26 de janeiro de 1975, com a fundação da SGI – Soka Gakkai Internacional o dr. Ikeda assumiu a presidência da nova entidade, cerimônia que teve lugar no Centro do Comércio Internacional, na ilha de Guam, com a presença de 158 representantes de 51 países.

Nascemos na Terra. Somos inspirados pela Terra e morreremos na Terra. A Terra é nosso lar. Lidar com a Terra pode ser um importante passo em nossos preparativos para aprender sobre o mundo que nos foi dado nascer, a Terra que nos une a cada dia que vivemos. Estas afirmações são reforçadas e justificadas ao longo de um artigo em que Daisaku Ikeda oferece sua visão incomum e imprescindível sobre a importância de interagir harmonicamente com o planeta. O texto completo pode ser encontrado aqui

Num de seus pronunciamentos, o presidente Ikeda menciona que “quando me tornei o terceiro presidente da Soka Gakkai, iniciei minhas ações concretas pela paz mundial viajando aos Estados Unidos, onde visitei a sede das Nações Unidas em Nova York. Assim estava agindo como herdeiro da visão do meu mestre Josei Toda. A partir de então, o apoio à ONU tornou-se o pilar central do nosso engajamento social, fortalecendo nossas relações colaborativas com indivíduos de mesma visão e organizações civis, enquanto continuamos a desenvolver iniciativas para encontrar soluções para os desafios globais”.

Todos os anos, no dia 26 de janeiro, desde 1983, o presidente Ikeda se dedica a apresentar propostas de paz à ONU, que têm servido para gerar forte diálogo humanístico sobre importantes temas globais entre as pessoas do mundo todo.

Coincidindo com a Cúpula da Terra de 1992, a SGI criou o Instituto Soka — Centro de Pesquisas e Projetos Ambientais do Amazonas (Cepeam) [hoje, Instituto Soka Amazônia] que desde então, tem realizado atividades para restaurar a floresta tropical e proteger sua ecologia única.

Um convite do Instituto Soka Amazônia

Neste 26 de janeiro de 2022, em que se celebram os 47 anos da Soka Gakkai Internacional, o Instituto Soka Amazônia faz um convite: vá percorra os vários sites na internet que contam a história da Organização. Entre, por exemplo, no site da SGI (aqui)

Mesmo que não tenha familiaridade como inglês, a língua predominante em alguns dos textos e nos vídeos, sabe-se que é cada vez mais comum o recurso da tradução automática e além disso o próprio site oferece a alternativa do espanhol, muito familiar para todos os brasileiros.

Será fácil compreender o jeito de ser da Organização e a forma como se aplica o humanismo na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Coisas às vezes simples, mas capazes de fazer enorme diferença.

Aceite esse convite e junte-se a nós na comemoração dos 47 anos da Soka Gakkai.

Quilômetros mata a dentro,

A riqueza dos igarapes

parte essencial da maior bacia fluvial do mundo

Meu nome é igarapé, mas pode me chamar de caminho d’água, que é como os índios me chamavam

São cursos d’água de primeira, segunda ou terceira ordem que irrigam a floresta amazônica e percorrem quilômetros mata adentro. São constituídos por longos braços de rios ou canais e são incontáveis em toda a bacia Amazônica. Pouco profundos e estreitos, portanto, somente pequenas embarcações chatas e canoas conseguem navegar por eles. No idioma tupi-guarani, igarapé = caminho d’água.

Para as comunidades ribeirinhas são fonte de água potável, proporcionam irrigação para suas pequenas plantações, peixes como alimento e vias de acesso a rios e outras comunidades. Mas o que mais importante disso tudo é sua imensa importância à biodiversidade.

Segundo ressaltam os especialistas, a Amazônia constitui a maior bacia fluvial do planeta, com 700 mil km2. Composta por rios e lagos gigantes, os igarapés abundam e são parte essencial da intrincada cadeia de cursos d’água, constituindo uma das reservas aquáticas mais densas do mundo. Excetuando-se os rios que nascem nas altas montanhas dos Andes, quase todos os rios amazônicos são resultantes da junção de pequenos igarapés. Estima-se que 80% da bacia hidrográfica é ocupada pelos igarapés, ou seja, são a morada de uma quantidade inestimável de flora e fauna, muitas das quais ainda estão por serem descobertas e catalogadas.

Estudo recente

Pesquisadores catalogaram, observaram e registraram 83 igarapés (com até três metros de largura) nos municípios de Santarém e Paragominas, no Pará, para melhor compreender a importância desses pequenos cursos d’água para a conservação da biodiversidade em regiões de expansão agropecuária. Nesse artigo os cientistas apontaram principalmente as fragilidades nas leis ambientais brasileiras na proteção dos riachos de pequeno porte, fundamentais para humanos.

O estudo foi coordenado por pesquisadores da Rede Amazônia Sustentável (RAS), que reúne mais de 30 instituições do Brasil e do exterior com o objetivo de pesquisar temas relacionados à conservação e o uso sustentável da terra na região amazônica. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico britânico Journal of Applied Ecology. A RAS é coordenada por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, Lancaster University, Manchester Metropolitan University, Stockholm Environment Institute e o Museu Paraense Emílio Goeldi.

As leis atuais protegem os cursos d’água, mas simplesmente ignoram o que ocorre mata adentro, longe das margens dos igarapés. O problema é que se trata de um sistema complexo que afeta todo o conjunto. A derrubada da mata afeta também os cursos d’água. Não há como proteger somente uma parte da cadeia.

Em 150 metros, 44 espécies de peixe

Os pesquisadores se surpreenderam com a imensa variedade de vida! Num pequeno trecho de apenas 150 metros, obtiveram o registro de 44 espécie de peixes. Mesmo igarapés próximos, com poucos quilômetros de distância um do outro, abrigam conjuntos de espécies bastante diferentes. Ou seja: cada pequeno curso d’água amazônico é inestimável e precisa ser preservado.

https://www.museu-goeldi.br/noticias/a-diversidade-dos-igarapes-e-a-urgencia-de-sua-preservacao

Quilômetros mata a dentro,

A riqueza dos igarapes

parte essencial da maior bacia fluvial do mundo

Meu nome é igarapé, mas pode me chamar de caminho d’água, que é como os índios me chamavam

São cursos d’água de primeira, segunda ou terceira ordem que irrigam a floresta amazônica e percorrem quilômetros mata adentro. São constituídos por longos braços de rios ou canais e são incontáveis em toda a bacia Amazônica. Pouco profundos e estreitos, portanto, somente pequenas embarcações chatas e canoas conseguem navegar por eles. No idioma tupi-guarani, igarapé = caminho d’água.

Para as comunidades ribeirinhas são fonte de água potável, proporcionam irrigação para suas pequenas plantações, peixes como alimento e vias de acesso a rios e outras comunidades. Mas o que mais importante disso tudo é sua imensa importância à biodiversidade.

Segundo ressaltam os especialistas, a Amazônia constitui a maior bacia fluvial do planeta, com 700 mil km2. Composta por rios e lagos gigantes, os igarapés abundam e são parte essencial da intrincada cadeia de cursos d’água, constituindo uma das reservas aquáticas mais densas do mundo. Excetuando-se os rios que nascem nas altas montanhas dos Andes, quase todos os rios amazônicos são resultantes da junção de pequenos igarapés. Estima-se que 80% da bacia hidrográfica é ocupada pelos igarapés, ou seja, são a morada de uma quantidade inestimável de flora e fauna, muitas das quais ainda estão por serem descobertas e catalogadas.

Estudo recente

Pesquisadores catalogaram, observaram e registraram 83 igarapés (com até três metros de largura) nos municípios de Santarém e Paragominas, no Pará, para melhor compreender a importância desses pequenos cursos d’água para a conservação da biodiversidade em regiões de expansão agropecuária. Nesse artigo os cientistas apontaram principalmente as fragilidades nas leis ambientais brasileiras na proteção dos riachos de pequeno porte, fundamentais para humanos.

O estudo foi coordenado por pesquisadores da Rede Amazônia Sustentável (RAS), que reúne mais de 30 instituições do Brasil e do exterior com o objetivo de pesquisar temas relacionados à conservação e o uso sustentável da terra na região amazônica. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico britânico Journal of Applied Ecology. A RAS é coordenada por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, Lancaster University, Manchester Metropolitan University, Stockholm Environment Institute e o Museu Paraense Emílio Goeldi.

As leis atuais protegem os cursos d’água, mas simplesmente ignoram o que ocorre mata adentro, longe das margens dos igarapés. O problema é que se trata de um sistema complexo que afeta todo o conjunto. A derrubada da mata afeta também os cursos d’água. Não há como proteger somente uma parte da cadeia.

Em 150 metros, 44 espécies de peixe

Os pesquisadores se surpreenderam com a imensa variedade de vida! Num pequeno trecho de apenas 150 metros, obtiveram o registro de 44 espécie de peixes. Mesmo igarapés próximos, com poucos quilômetros de distância um do outro, abrigam conjuntos de espécies bastante diferentes. Ou seja: cada pequeno curso d’água amazônico é inestimável e precisa ser preservado.

https://www.museu-goeldi.br/noticias/a-diversidade-dos-igarapes-e-a-urgencia-de-sua-preservacao

Família de Sauim-de-coleira tem novo endereço

Sauim de Manaus
O Instituto Soka Amazônia recebeu seus novos moradores em novembro de 2021

A cidade de Manaus é lar de muitas espécies de flora e fauna. Uma das que fazem a alegria e é a paixão dos moradores é o Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), também conhecido por sauim-de-Manaus, sagui-de-duas-cores, sagui-de-cara-nua. Uma família dessa espécie de primatas foi toda alocada no Instituto Soka Amazônia em novembro último e está se adaptando bem, para alegria de toda equipe.

Manaus é uma cidade que segue crescendo e essa expansão acaba por deixar fragmentos de mata nativa no meio urbano. Sempre que se cogita derrubar algum pedaço desses fragmentos, todo um estudo envolvendo captura, soltura e adaptação da fauna, é feito. O biólogo, mestre em Ecologia e doutor em Zoologia e pesquisador pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Gordo, ressaltou que muito antes da soltura dessa família de Sauim, ela já vinha sendo monitorada para conhecer seus hábitos ao mesmo tempo em que se buscavam locais que poderiam servir de lar.

“É sempre um risco. Minha preocupação inicial com a reserva do Instituto Soka era a grande quantidade de macacos-de-cheiro que predominam ali. Poderia haver disputa por território”, completou. “Mas era fundamental manter essa família de sauim próxima da área a que já estava acostumada, ou a adaptação poderia ser traumática. E a área do Instituto era a ideal”.

Fêmea alfa

Uma singularidade dessa espécie é a presença da fêmea alfa.

“A monitorização possibilitou a identificação da fêmea alfa. Com a sua captura os demais membros se mantêm próximos e isso facilita o processo”, explicou. Apreendidos todos os indivíduos, eles foram levados ao laboratório do ICMBio para coleta de material para exames, colocação de microchip, coleira rádio na fêmea alfa. Por meio desses dispositivos será possível saber com certa precisão como está toda a família.

Isso porque só a fêmea alfa reproduz e o Sauim é uma espécie em risco. Segundo a categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil, ele figura como “Criticamente em Perigo” (CR), devido especialmente à expansão urbana. Cerca de 80% de seu habitat foi perdido desde 1997 e, em consequência, 80% de sua população igualmente se reduziu. Restam somente 46.500 indivíduos segundo a última estimativa. Destes, cerca de 20 mil são adultos, mas a tendência populacional segue, infelizmente, em declínio, daí a importância de se proteger e garantir a adaptação de toda essa família em seu novo endereço.

Segue uma tabela com as características principais:

História de vida

Fonte:https://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7232-mamiferos-saguinus-bicolor-sauim-de-coleira

Família de Sauim-de-coleira tem novo endereço

Sauim de Manaus
O Instituto Soka Amazônia recebeu seus novos moradores em novembro de 2021

A cidade de Manaus é lar de muitas espécies de flora e fauna. Uma das que fazem a alegria e é a paixão dos moradores é o Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), também conhecido por sauim-de-Manaus, sagui-de-duas-cores, sagui-de-cara-nua. Uma família dessa espécie de primatas foi toda alocada no Instituto Soka Amazônia em novembro último e está se adaptando bem, para alegria de toda equipe.

Manaus é uma cidade que segue crescendo e essa expansão acaba por deixar fragmentos de mata nativa no meio urbano. Sempre que se cogita derrubar algum pedaço desses fragmentos, todo um estudo envolvendo captura, soltura e adaptação da fauna, é feito. O biólogo, mestre em Ecologia e doutor em Zoologia e pesquisador pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Gordo, ressaltou que muito antes da soltura dessa família de Sauim, ela já vinha sendo monitorada para conhecer seus hábitos ao mesmo tempo em que se buscavam locais que poderiam servir de lar.

“É sempre um risco. Minha preocupação inicial com a reserva do Instituto Soka era a grande quantidade de macacos-de-cheiro que predominam ali. Poderia haver disputa por território”, completou. “Mas era fundamental manter essa família de sauim próxima da área a que já estava acostumada, ou a adaptação poderia ser traumática. E a área do Instituto era a ideal”.

Fêmea alfa

Uma singularidade dessa espécie é a presença da fêmea alfa.

“A monitorização possibilitou a identificação da fêmea alfa. Com a sua captura os demais membros se mantêm próximos e isso facilita o processo”, explicou. Apreendidos todos os indivíduos, eles foram levados ao laboratório do ICMBio para coleta de material para exames, colocação de microchip, coleira rádio na fêmea alfa. Por meio desses dispositivos será possível saber com certa precisão como está toda a família.

Isso porque só a fêmea alfa reproduz e o Sauim é uma espécie em risco. Segundo a categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil, ele figura como “Criticamente em Perigo” (CR), devido especialmente à expansão urbana. Cerca de 80% de seu habitat foi perdido desde 1997 e, em consequência, 80% de sua população igualmente se reduziu. Restam somente 46.500 indivíduos segundo a última estimativa. Destes, cerca de 20 mil são adultos, mas a tendência populacional segue, infelizmente, em declínio, daí a importância de se proteger e garantir a adaptação de toda essa família em seu novo endereço.

Segue uma tabela com as características principais:

História de vida

Fonte:https://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7232-mamiferos-saguinus-bicolor-sauim-de-coleira

Morre Thiago de Mello, o guardião da Amazônia aos 95 anos

Poeta Thiago de Mello
— Por favor, não pense em mim como um grande literato.
— Sou filho da floresta. Sou filho do rio e do vento.

Thiago de Mello, poeta brasileiro, nascido no estado do Amazonas em 1926, defensor dos direitos humanos e amigo da floresta morreu na manhã desta sexta-feira, 14 de janeiro.

O Poeta das Florestas, defensor da “casa da vida”, a grande Floresta Amazônica, falava sobre o humanismo, mas além da dedicação à poesia estudou medicina e com o seu conhecimento importou-se em educar os jovens e a trabalhar pelas pessoas mais pobres.

Thiago amava demais as pessoas. O Dr. Ikeda, idealizador e fundador deste Instituto disse: “As palavras de Thiago de Mello […] Elas são o som das ondas do amor pela humanidade que se agigantam, o som do bramir dos ventos das orações fervorosas de um homem unido com a natureza. ”

O Instituto Soka Amazônia presta sua homenagem ao grande amigo e Associado Honorário.

Eu vim da região mais verde do mundo carregando no coração

“o canto dos pássaros” da grande floresta amazônica.

Thiago de Mello

Amazonian poet Thiago de Mello introduces the environmental philosophy of the Soka Institute of the Amazon (formally the Amazon Ecological Conservation Center) and its founder Daisaku Ikeda, in a special feature that accompanies the film “Nurturing Seeds of Hope in the Amazon.” Source: Youtube Soka Gakkai Official

Morre Thiago de Mello, o guardião da Amazônia aos 95 anos

Poeta Thiago de Mello
— Por favor, não pense em mim como um grande literato.
— Sou filho da floresta. Sou filho do rio e do vento.

Thiago de Mello, poeta brasileiro, nascido no estado do Amazonas em 1926, defensor dos direitos humanos e amigo da floresta morreu na manhã desta sexta-feira, 14 de janeiro.

O Poeta das Florestas, defensor da “casa da vida”, a grande Floresta Amazônica, falava sobre o humanismo, mas além da dedicação à poesia estudou medicina e com o seu conhecimento importou-se em educar os jovens e a trabalhar pelas pessoas mais pobres.

Thiago amava demais as pessoas. O Dr. Ikeda, idealizador e fundador deste Instituto disse: “As palavras de Thiago de Mello […] Elas são o som das ondas do amor pela humanidade que se agigantam, o som do bramir dos ventos das orações fervorosas de um homem unido com a natureza. ”

O Instituto Soka Amazônia presta sua homenagem ao grande amigo e Associado Honorário.

Eu vim da região mais verde do mundo carregando no coração

“o canto dos pássaros” da grande floresta amazônica.

Thiago de Mello

O poeta amazônico Thiago de Mello apresenta a filosofia ambiental do Instituto Soka da Amazônia (formalmente Centro de Conservação Ecológica da Amazônia) e seu fundador Daisaku Ikeda, em um especial que acompanha o filme “Cultivando Sementes de Esperança na Amazônia”. Fonte: canal Youtube Soka Gakkai Oficial

Arborização urbana: cuidados necessários

Por meio de uma seleção criteriosa das espécies vegetais, economizam-se recursos e, principalmente, obtêm-se resultados muito mais promissores

Quem vive em cidades já deve ter se deparado com calçadas danificadas ou até mesmo ter tropeçado num desses trechos. Nem sempre isso tem a ver com a má conservação, mas com espécies arbóreas impróprias para a arborização de calçadas. O biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão, enfatiza que “sem base técnica e científica, os projetos de arborização podem gerar despesas anuais maiores que os investimentos iniciais na implantação”.

Foto de Diego Oliveira Brandão – fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Ele exemplifica: “para espécies plantadas em calçadas, o investimento com podas de galhos poderá ser constante com o crescimento natural da vegetação no espaço da fiação”. Os cuidados têm a ver ainda com considerar espécies de menor estatura para árvores que serão plantadas em calçadas onde se encontram os postes de fiação elétrica. O ideal é que sejam utilizadas plantas com porte de arbustos, ou árvores que não ultrapassem os 4 metros quando adultas.

Não há dúvida de que ruas com mais árvores e plantas são mais frescas, mais belas e mais acolhedoras, do que a paisagem monótona e cinzenta do concreto. Há pesquisadores que consideram como “florestas urbanas”, levando em consideração todo o conjunto de espaços do tecido urbano passiveis de receberem algum tipo de vegetação, como parques, praças, jardins, quintais, canteiros centrais de ruas e avenidas etc.

Para que um projeto de arborização urbana possa ser considerado como excelente, deve se caracterizar por baixo investimento em manutenção a médio e longo prazo. E, caso contrário, o resultado invariavelmente é o alto custo com a constante necessidade de poda de galhos que podem prejudicar a rede elétrica, causando não apenas problemas com o abastecimento, mas riscos à vida humana.

Outros custos: remoção de plantas e/ou substituição de árvores, manutenção de calçadas, derrubada de postes que sustentam a fiação elétrica e de internet, rachadura em paredes, produção volumosa de resíduos orgânicos como folhas e frutos, entupimento de calhas, exposição de raízes que reduzem a mobilidade urbana, problema com vizinhos e órgãos ambientais. “Por isso, pessoas e empresas que precisam de arborização urbana deveriam consultar profissionais com conhecimentos empíricos e científicos na fase de seleção de espécies”, explicou Diego.

Além de todos esses problemas de infraestrutura pública e urbana, há ainda o risco de acidentes fatais, pois queda de árvores podem por em risco a vida humana. As espécies selecionadas para a arborização urbana podem cair em cima de pessoas e danificar casas, carros, bicicletas e outras coisas importantes quando são plantadas sem critérios técnicos e científicos. Diego ressalta que “a leitura de estudos científicos pode ajudar a selecionar as espécies vegetais, porque há características importantes da botânica e ecologia das espécies vegetais a serem levadas em conta, como a altura, a distância das copas das árvores à fiação, o tamanho da copa e o tamanho das rachaduras causadas no passeio”.

Uma seleção de espécies tem que ser feita no sentido de reduzir o custo de manutenção e o risco de acidentes em longo prazo, além de prover bem-estar para os cidadãos. Diego conclui alertando para o fato de que a arborização urbana ainda é pouco estruturada na legislação brasileira. O Estatuto das Cidades carece de diretrizes para a arborização urbana (Lei 10.257/2001). Em 2008, o Projeto de Lei 199 foi apresentado para alterar o Estatuto das Cidades ao incluir o Plano de Arborização Urbana, porém ainda não foi aprovado. Isso talvez explique o fato de pessoas e empresas entenderem pouco sobre a importância da seleção de espécies vegetais. “Para alguns projetos de arborização urbana, por errar na seleção de espécies, a única solução sustentável é a substituição completa da vegetação”, finalizou o biólogo.

Fontes:

https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/a_arborizacao_urbana2.html

https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Arborização urbana: cuidados necessários

Por meio de uma seleção criteriosa das espécies vegetais, economizam-se recursos e, principalmente, obtêm-se resultados muito mais promissores

Quem vive em cidades já deve ter se deparado com calçadas danificadas ou até mesmo ter tropeçado num desses trechos. Nem sempre isso tem a ver com a má conservação, mas com espécies arbóreas impróprias para a arborização de calçadas. O biólogo e mestre em Ecologia, Diego Oliveira Brandão, enfatiza que “sem base técnica e científica, os projetos de arborização podem gerar despesas anuais maiores que os investimentos iniciais na implantação”.

Foto de Diego Oliveira Brandão – fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Ele exemplifica: “para espécies plantadas em calçadas, o investimento com podas de galhos poderá ser constante com o crescimento natural da vegetação no espaço da fiação”. Os cuidados têm a ver ainda com considerar espécies de menor estatura para árvores que serão plantadas em calçadas onde se encontram os postes de fiação elétrica. O ideal é que sejam utilizadas plantas com porte de arbustos, ou árvores que não ultrapassem os 4 metros quando adultas.

Não há dúvida de que ruas com mais árvores e plantas são mais frescas, mais belas e mais acolhedoras, do que a paisagem monótona e cinzenta do concreto. Há pesquisadores que consideram como “florestas urbanas”, levando em consideração todo o conjunto de espaços do tecido urbano passiveis de receberem algum tipo de vegetação, como parques, praças, jardins, quintais, canteiros centrais de ruas e avenidas etc.

Para que um projeto de arborização urbana possa ser considerado como excelente, deve se caracterizar por baixo investimento em manutenção a médio e longo prazo. E, caso contrário, o resultado invariavelmente é o alto custo com a constante necessidade de poda de galhos que podem prejudicar a rede elétrica, causando não apenas problemas com o abastecimento, mas riscos à vida humana.

Outros custos: remoção de plantas e/ou substituição de árvores, manutenção de calçadas, derrubada de postes que sustentam a fiação elétrica e de internet, rachadura em paredes, produção volumosa de resíduos orgânicos como folhas e frutos, entupimento de calhas, exposição de raízes que reduzem a mobilidade urbana, problema com vizinhos e órgãos ambientais. “Por isso, pessoas e empresas que precisam de arborização urbana deveriam consultar profissionais com conhecimentos empíricos e científicos na fase de seleção de espécies”, explicou Diego.

Além de todos esses problemas de infraestrutura pública e urbana, há ainda o risco de acidentes fatais, pois queda de árvores podem por em risco a vida humana. As espécies selecionadas para a arborização urbana podem cair em cima de pessoas e danificar casas, carros, bicicletas e outras coisas importantes quando são plantadas sem critérios técnicos e científicos. Diego ressalta que “a leitura de estudos científicos pode ajudar a selecionar as espécies vegetais, porque há características importantes da botânica e ecologia das espécies vegetais a serem levadas em conta, como a altura, a distância das copas das árvores à fiação, o tamanho da copa e o tamanho das rachaduras causadas no passeio”.

Uma seleção de espécies tem que ser feita no sentido de reduzir o custo de manutenção e o risco de acidentes em longo prazo, além de prover bem-estar para os cidadãos. Diego conclui alertando para o fato de que a arborização urbana ainda é pouco estruturada na legislação brasileira. O Estatuto das Cidades carece de diretrizes para a arborização urbana (Lei 10.257/2001). Em 2008, o Projeto de Lei 199 foi apresentado para alterar o Estatuto das Cidades ao incluir o Plano de Arborização Urbana, porém ainda não foi aprovado. Isso talvez explique o fato de pessoas e empresas entenderem pouco sobre a importância da seleção de espécies vegetais. “Para alguns projetos de arborização urbana, por errar na seleção de espécies, a única solução sustentável é a substituição completa da vegetação”, finalizou o biólogo.

Fontes:

https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/a_arborizacao_urbana2.html

https://www.linkedin.com/pulse/sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-esp%25C3%25A9cies-vegetais-para-projetos-urbana-oliveira-brand%25C3%25A3o/?trackingId=Ihu31KzUlXmLve%2FSh1pQig%3D%3D

Instituto Soka Amazônia: a preservação da floresta em primeiro lugar

A instituição seguirá com todos os seus compromissos, com possibilidades de parcerias em diversas frentes e boas notícias para 2022.

No início de 2021, embora a esperança da vacina se vislumbrasse no horizonte mundial, havia ainda muita incerteza e desconfiança quanto aos rumos que haveriam de se desdobrar. Em especial, Manaus vivia em meio a uma crise ainda mais desafiadora. O Instituto Soka Amazônia buscou enfrentar tal cenário com cautela, mas jamais deixando de lado a disposição de promover ações em prol da floresta.

“O ano de 2021 nos afetou muito aqui em Manaus. Começamos janeiro sob os efeitos da pandemia que concentrou todas as atenções da sociedade e, naquele momento, a prioridade era a vida para todos”, colocou Edison Akira Sato, diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

Segundo ele, cada ação realizada, principalmente nas aulas presenciais da Academia Ambiental que retornaram em setembro, foram tomadas todas as medidas sanitárias de prevenção ao contágio. Dessa forma, a equipe deu continuidade às atividades cotidianas, como a coleta de sementes que, muitas vezes, é um trabalho quase solitário, continuou e foi possível dar passos importantes nessa frente tão importante para a realização dos objetivos do Instituto.

E os plantios de espécies nativas prosseguiram com ainda mais empenho, já que o país passava por um momento tão delicado, era preciso motivar e oferecer esperança por meio do verde tão precioso. A chegada de novos parceiros trouxe ainda mais força aos propósitos . “Ainda que estivéssemos nesse ambiente mais adverso, pudemos contar com a chegada de novas empresas parceiras que compreenderam a relevância do trabalho que desenvolvemos aqui”, prosseguiu Akira.

Empresas, entidades e órgãos governamentais buscaram o Instituto para estabelecer muitos projetos de importância local e regional e que apesar da situação sanitária, seguiram em frente e dão frutos para a sociedade.

“Uma ação que merece destaque foi a apresentação do aplicativo Tree Earth, desenvolvido em parceria com a Rede Amazônica; IDAAM e VS Academy que será importante no georreferenciamento das mudas plantadas, e seu acompanhamento. Com isso, damos aos nossos parceiros, maior segurança em relação à execução dos projetos”, explicou o diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia.

E o trabalho não para nunca pois “é urgente conscientizar a sociedade de que a integração com a natureza é fonte de sua vida é missão para toda uma geração”. Akira ressaltou também sobre a importância do trabalho de coleta de sementes, especialmente as de espécies ameaçadas: “transformá-las em mudas viáveis para, de modo planejado, deitá-las em seus berços na terra e ver surgir dali todo um miniecossistema, garantindo assim, sua continuidade.

E, para 2022, tal como as sementes, assegura Akira, “alguns projetos que foram estabelecidos ainda em 2021 irão brotar e trarão benefícios para novas áreas, hoje carentes dessas novas árvores”.

Enfatizou também que a equipe está ansiosa para o retorno das aulas educação ambiental, “recebendo crianças das escolas públicas de Manaus e região porque acreditamos que está nesses jovens a semente da consciência mais ampla da necessidade da preservação da natureza e da viabilidade de vida humana em meio a ela”.

Este ano tivemos a chegada de novos parceiros que muito nos horaram com sua confiança. Nosso Instituto não é grande, mas desenvolve um trabalho contínuo e bastante consistente nas áreas de educação ambiental e preservação da natureza a partir da coleta, preparo e plantio de mudas da flora da Amazônia. Essa consistência tem atraído empresas e organizações que, ao tomarem conhecimento do nosso trabalho e sentirem de perto a dedicação e empenho de todo o time, entendem a necessidade e urgência da preservação ambiental.

A divulgação mais intensa dos ODS da ONU, dos esforços do Pacto Global, da Carta da Terra e das discussões em torno da COP26 colaboram para a ampliação dessas parcerias que tendem a se intensificar nesse novo ano.

Pacto Global
Fonte ONU – https://www.pactoglobal.org.br/

Prova disso é o acordo recém firmado entre o Instituto e o Pacto Global que elegeu o Instituto Soka-Amazônia como Hub de suas ações na região. Isso para nós, mais do que motivo de orgulho, é prova inequívoca do reconhecimento ao trabalho árduo que vimos desenvolvendo ao longo dos anos.

Há várias possibilidades de novos projetos para 2022 que vão desde a aproximação com Universidades e Centros de Pesquisa no Brasil e no exterior, passando pela chegada de novas empresas parceiras, até a ampliação das ações em conjunto com as diferentes instâncias de governo.

Tenho certeza de que quem acompanha os trabalhos do Instituto terá boas notícias em 2022.