Créditos de carbono: simbiose entre as matas e o clima

Crédito de Carbono

A cada 10 mil novas árvores plantadas é possível neutralizar cerca de 1,6 milhão de toneladas de CO2 (dióxido de carbono)

Qualquer desavisado percebe que mesmo em meio ao calor intenso do verão brasileiro, a sombra de uma frondosa árvore traz um frescor revigorante. Isso porque uma única árvore é capaz de regular a temperatura na sombra de sua copa. Árvores captam a água do subsolo pelas raízes e do ambiente em toda a sua superfície e evaporam por meio de estruturas microscópicas localizadas nas folhas. O Instituto Soka Amazônia, nos 55 hectares de sua Reserva Particular do Patrimônio Natural já neutralizou dezenas de milhões de toneladas de CO2 devido as ações de recuperação ambiental. Em 2025, quando se completarão os 30 anos do credenciamento pelo Ibama serão cerca de 98 milhões de toneladas de dióxido de carbono neutralizados.

No dia 7 de novembro celebra-se o dia da Floresta e do Clima. A relação floresta e clima são simbióticas e, desde o estabelecimento do Protocolo de Quioto[i] (em vigor desde 2005), o mercado de créditos de carbono passou a ser um foco importante para a neutralização dos gases de efeito estufa e minimizar o aquecimento global.

Mas como funciona o mercado de créditos de carbono?

Uma unidade de crédito de carbono corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono emitido (tCO2e). Funciona assim: empresas e países têm uma cota de emissão de gases de efeito estufa, os que não atingem a quantidade estabelecida, podem vender essa “sobra”. Os que não superam a meta compram de empresas que possuem créditos ou de quem produz esses créditos como as Reservas neutralizadoras, um exemplo é RPPN Dr. Daisaku Ikeda do Instituto Soka.

Obviamente, a Floresta Amazônica Brasileira é um dos maiores – senão o maior – reservatório de créditos de carbono do planeta. Além de equilibrar o clima, ela protege cerca de 10% da biodiversidade do mundo. A floresta proporciona ainda, sobrevivência e renda a dezenas de povos tradicionais, junto com todo o conhecimento milenar da cultura preservada a gerações por essas populações. Tais fatos evidenciam a gravidade dos problemas ocasionados pelo desmatamento, degradação das matas, as mudanças do uso do solo devido as atividades agropecuárias. Tais ações são responsáveis por 24% de todas as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) que repercutem em todo o mundo.

Somente no Brasil, tais atividades na região ocasionaram 71% de todas as emissões em 2017 (SEEG, 2019)[ii]. Embora a taxa de desmatamento brasileira tenha diminuído de 2004 a 2012, esses valores voltaram a crescer nos últimos anos. Dessa forma, manter a floresta em pé é crucial, não apenas à nossa gente brasileira, mas também a todas as nações do globo.

Mercado de créditos de carbono

Este início de milênio trouxe novos olhares para a Economia florestal que, há muito, deixou de ser somente um campo de atuação de militantes e ambientalistas. Muitos especialistas apontam que se trata de um mercado em crescimento, mesmo diante de diversos entraves, principalmente nos últimos anos em que se colocou em dúvida algumas certezas estabelecidas quanto às questões ambientais.

Há todo um universo de títulos verdes[iii] disponíveis que, num único ano (2017), registrou um saldo de quase 900 bilhões de dólares, um crescimento de mais de 200 bilhões em relação a 2016. Deste total, 61% foi para comercialização de baixo carbono e 19% para energia limpa. Para estes que reduziram suas emissões, são emitidos créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões.

Cada vez mais as empresas vêm se conscientizando sobre a necessidade de desenvolver ações efetivas de combate às suas emissões de gases nocivos. Todo projeto passa necessariamente por uma avaliação de órgãos internacionais e, se e quando aprovado, torna-se elegível para gerar créditos verdes. Aí, a cada tonelada de CO2 não emitido estas empresas conquistam uma unidade de crédito, possível de ser negociado diretamente com empresas ou na bolsa de valores. Kenny Fonseca, professor do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), enfatiza que “os países só podem usar esses créditos para suprir uma pequena parte de suas metas”. Ou seja: cumprir o acordo estabelecido no Protocolo de Quioto tem de ser o principal objetivo dos países que firmaram o documento.

O avanço das descobertas não cessa. Sabe-se hoje que não são só os gases que provocam o efeito estufa. A fuligem da fumaça, chamada de carbono negro, tem também um papel bastante nocivo e preponderante. Esse carbono negro ocasiona um sombreamento da superfície atmosférica resultando em aquecimento desta. E também adultera significativamente a formação das nuvens, causando o desequilíbrio térmico do globo.

O pesquisador alerta ainda que, ao contrário do resto do mundo, o Brasil ainda não tem metas a cumprir, apesar de estar na lista dos 20 países que mais poluem. Segundo Kenny, 2/3 das emissões brasileiras estão ligadas à mudança drástica do uso do solo (desmatamento, queimadas e conversão de florestas em sistemas agropecuários). Fato que coloca o país num patamar delicado, que deve afetar todo o planeta.

Fontes:

https://novaescola.org.br/conteudo/1089/como-funcionam-os-creditos-de-carbono#:~:text=A%20negocia%C3%A7%C3%A3o%20dos%20cr%C3%A9ditos%20de,que%20causam%20o%20efeito%20estufa.&text=Nesse%20caso%2C%20a%20cada%20tonelada,meio%20da%20bolsa%20de%20valores

https://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/protocolo-de-quioto.html https://bluevisionbraskem.com/inteligencia/economia-florestal-como-funcionam-os-creditos-de-carbono/


[i] Acordo internacional entre os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), firmado com o objetivo de se reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e o consequente aquecimento global.

[ii] Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa

[iii] Títulos verdes são modelos de títulos de investimento nos quais os recursos são usados exclusivamente para financiar projetos verdes, sendo os créditos de carbono sua principal matriz

Parceria com Igreja Católica: Saudável manifestação da harmoniosa coexistência religiosa

O primeiro plantio simbólico aconteceu pouco antes da missa do Dia de Finados (2/11)

Alguns momentos antes de missa na Catedral de Manaus, em que foi celebrado o dia de Finados (02.11.2020), foi posta em ação a parceria da Igreja Católica com o Instituto Soka Amazônia, de fé budista, que põe em relevo a recíproca vocação para a tolerância e a saudável, harmoniosa e crescente coexistência de diferentes religiões no país.

Sumaúma – a rainha das árvores

Considerada a “rainha das matas” e “árvore da vida”, a sumaúma foi a escolhida para inaugurar a parceria, dentro do projeto Memorial Vida, que vai plantar uma árvore amazônica para cada vítima fatal do covid-19 no Brasil.

O projeto foi concebido pelo Instituto Soka e, desde o lançamento no último dia 21 de setembro – data em que se celebra o Dia da Árvore – já recebeu diversos endossos de instituições e órgãos governamentais.

A sumaúma foi plantada no jardim na Praça da Matriz pelo Arcebispo de Manaus, Leonardo Steiner e o presidente do Instituto Soka, Akira Sato.

Arquidiocese Manaus e Instituto Soka Amazônia
Arcebispo de Manaus, Leonardo Steiner e o presidente do Instituto Soka, Akira Sato plantando a Sumaúma – projeto Memorial Vida

A campanha da Arquidiocese, Árvore da Esperança, vai plantar mil árvores até dezembro, como forma de homenagear as vidas ceifadas pela pandemia.

Sonho com um amanhã mais feliz

“O Instituto Soka Amazônia e a Associação Brasil Soka Gakkai Internacional, sentem-se honrados em participar dessa campanha em parceria com a Arquidiocese”, enfatizou Jean Dinelly Leão, gestor ambiental do Instituto. Ele também ressaltou o foco das ações da entidade: educação ambiental e a preservação e proteção das espécies nativas, principalmente as que estão em risco iminente de extinção.

“Atuamos com o objetivo de que por meio de nossas ações práticas a humanidade possa enxergar possibilidades e esperança e, assim, ter o direito universal de sonhar com um amanhã feliz”.

O Arcebispo enfatizou em suas palavras o sentimento de comunhão presente naquele gesto simbólico. E ressaltou, ainda, que a campanha de Manaus repercutiu em diversas outras arquidioceses que também plantaram árvores para celebrar a data de Finados. Segundo ele, o ato também repercutiu positivamente junto à associação das religiões de matriz africana que também irão promover o plantio de árvores em parceria com o projeto Memorial Vida.

Ketlen Nascimento Gomes e sua canção

O ato do plantio foi marcado ainda pela belíssima e emocionante apresentação da cantora e compositora amazonense Ketlen Nascimento Gomes[i] que entoou a canção de sua autoria Amazônia.

Um lugar onde o vento beija pétalas que o sol iluminando faz surgir,
A canoa navega sobre as águas com o caboclo na proa a seguir,
E o canto dos pássaros entoa sinfonia que alegra o curumim,
O uirapuru que rege a melodia com o canto perfeito de se ouvir!!
E os mistérios que adentram as florestas que, o ribeirinho conta
Com prazer, ao seu filho ensina os valores que a natureza tem a
Oferecer..
Um lugar que se chama Amazônia, paraíso tão bonito de se ver
Onde as águas um dia serão ouro desse mundo que precisa aprender!
A viver…
Amazonas de um lindo alvorecer…
Amazonas, me orgulho de você!!

Após o plantio, houve uma procissão solene, marcada pelo badalar dos sinos da Catedral, ao longo do trajeto até o interior da igreja. A missa de Finados recordou a memória dos falecidos, com menção especial às vítimas da pandemia do covid-19.


[i] Amazônia, Ketlen Nascimento – https://www.youtube.com/watch?v=kDGrJlr7XtE

As muitas águas da Amazônia

A quinta edição do Seminário Águas da Amazônia trouxe dados essenciais para a reflexão e busca de soluções para as questões atuais envolvendo a floresta

Sempre que se fala em Amazônia logo vem à mente as imagens das queimadas e o desmatamento ilegal. Mas a região é muito mais que isso. O V Seminário Águas da Amazônia, que aconteceu online nos dias 20 e 21 de outubro[i], abordou diversos aspectos extremamente relevantes para o futuro da maior floresta tropical do planeta. Cerca de uma centena de privilegiados e interessados participantes se inscreveram puderam ter acesso a informações atuais e necessárias para gerar reflexão e caminhos criativos rumo à sustentabilidade efetiva.

O primeiro dia, 20 de outubro, foi brindado com a preciosa Abertura pela Prof. Dra. Denise Gutierrez, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que discorreu sobre a importância do evento cujo objetivo principal é popularizar a ciência. E, no caso específico deste Seminário, a questão das Águas da Amazônia, fonte essencial da vida e que representa cerca de 20% de toda a água doce do planeta.

Amazônia e suas potencialidades, palestra proferida pelo Prof. Dr. Phelippe Daou Junior/CEO do Grupo Rede Amazônica, que congrega 13 emissoras de tevê da região Norte do país em cinco estados. Daou enfatizou bastante a questão das potencialidades da região, afinal são pelo menos 25 mil quilômetros de rios navegáveis o que proporciona uma infraestrutura logística invejável.

O Prof. Ms. Oscar Asakura/CBO, da All Bi Technologies, discorreu sobre a Inteligência Artificial para promover Inovações Disruptivas. O termo inovação disruptiva foi cunhado por Clayton M. Christensen, professor de Administração na Harvard Business School. Mas inovação disruptiva não é somente uma ideia criativa. Trata-se de inovação real em uma tecnologia, produto ou serviço cujas características são disruptivas e não somente evolutivas.

O exemplo usado por Asakura foi o Iphone e posteriormente o Smartphone. Embora já seja um produto de uso comum, quando de seu surgimento, provocou verdadeiro assombro, um computador que cabia na palma da mão. Dessa forma, foi uma inovação disruptiva que provocou uma verdadeira ruptura nos padrões anteriormente estabelecidos. É, portanto algo inédito, original e transformador, um feito que todos os desenvolvedores de tecnologia vêm buscando realizar e que deve ser o grande tema dos próximos anos.

Da Universidade Federal do Paraná, o Prof. Dr. Marco Tadeu Grassi, fez a palestra Qualidade da água nas cidades brasileiras. Embora abundante, a água no Brasil tem sido muito maltratada, por diversas questões ao longo das décadas. O professor abriu sua fala alertando para a vulnerabilidade hídrica (imagem ao lado). A foto em destaque é da represa do Passaúna, em abril de 2020, de Curitiba-PR, um dosprincipais reservatórios que abastecem daquela Região Metropolitana. As tabelas demonstram a crescente preocupação dos especialistas quanto a escassez de água que já ocorre. Em Curitiba, por exemplo, os reservatórios estão operando abaixo de 30% de sua capacidade.

Brasil – cerca de 50% dos municípios têm saneamento básico. 31% lançam esgoto não tratado no meio ambiente. 10% não tem acesso a serviços de saneamento básico. E pior ainda: mesmo para aqueles que possuem tratamento de água, a mesma está contaminada por substâncias sem controle ou monitoramento. Os programas governamentais que realizam o monitoramento controlam cerca de 40 a 50 substâncias. Mas sabe-se hoje que o universo de substâncias químicas presentes na água do dia-a-dia é infinitamente superior a esses números.

No segundo dia, 21 de outubro, o Prof. Ms. Vicente Fernandes Tino, das Universidades IDAAM, falou sobre A inteligência de dados e o futuro das profissões. Em uma palestra bastante dinâmica, Tino observou que os dados são o novo petróleo (Data is the new oil), ou seja, o combustível da nova economia e quem souber fazer bom uso deles, aproveitando o seu potencial, pode sair-se muito bem num futuro bem próximo.

Isso se justifica ao se compreender que boa parte de todas as nossas atividades cotidianas tem um traço digital. Difícil encontrar um ser humano no planeta que não esteja com um celular na mão consultando um dado (número de telefone, localização de determinado endereço, fazendo um pagamento, conversando com alguém). São tarefas cotidianas às quais ninguém dá importância, mas são por meio delas que as corporações se valem para estruturar suas ações.

O professor enfatizou que há o lado “luz” e o lado “sombra” e que devido a isso é fundamental que gestores, pesquisadores, população em geral, se posicione para não ser tragado pela torrente que pode advir do lado “sombra”. As recentes eleições presidenciais deixaram claro o potencial destrutivo deste lado sombrio.

Impactos ambientais das grandes construções e hidrelétricas na Amazônia e os Serviços Ambientais da Floresta, foi o tema do Prof. Dr. Philip Fearnside, do INPA. Ele iniciou sua palestra enfatizando o impacto ambiental causado pela construção das grandes hidrelétricas na região amazônica. E que, embora se alardeie que se trata de uma opção energética mais barata que as demais, o custo ambiental a longo prazo é gigantesco. Na verdade, segundo Fearnside, o país teria como gerar muito mais energia por meio de usinas eólicas e solares – possui condição privilegiada quanto aos ventos e ao sol – do que pelas hidrelétricas. Na verdade, juntas – eólica e solar – ultrapassam em muito a energia gerada pelas tradicionais usinas hidrelétricas. E, as duas não causam o impacto ambiental nefasto causado pelo represamento das águas (deslocamento de populações humanas inteiras junto com a perda de referencial dos povos tradicionais; morte de plantas, árvores e animais etc)

O V Seminário Águas da Amazônia foi realizado pelo Instituto Soka Amazônia e integrou a programação oficial da Semana de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia, com apoio do INPA, Universidade Federal do Paraná, Fundação Rede Amazônica, Faculdades IDAAN, All Bi Technologies e Instituto Federal do Amazonas.


[i] As palestras estão disponíveis na íntegra no YouTube:

1º dia – https://www.youtube.com/watch?v=ZFaz-tqlkaI ;

2º dia – https://www.youtube.com/watch?v=BddQRIzbEI8&t=2s

Pau-rosa: rara fragrância no perfume de Marilyn Monroe

A árvore quase desapareceu das nossas matas devido a exploração desenfreada

Channel nº5. Um dos perfumes mais cobiçados da história, o preferido de Marilyn Monroe. O que pouca gente sabe é que o linalol – uma substância fixadora que potencializa a fragrância permitindo-a ser notada por horas – é extraída da árvore amazônica Pau-rosa (Aniba rosaeodora). O linalol é uma das substâncias mais cobiçadas pelas indústrias de perfume do mundo.

O pau-rosa é uma árvore de grande porte que pode chegar a 30 metros de altura por 2 metros de diâmetro, de tronco reto e cilíndrico, de casca pardo amarelada ou avermelhada que se desprende facilmente em grandes placas. A copa é estreita e ovalada, ocupando um dossel intermediário ou superior da floresta. No Brasil, ocorria desde o estado do Amapá no nordeste amazônico, seguindo as duas margens do Rio Amazonas. A espécie podia ser encontrada tanto em floresta de terra firme úmida como também em área de campinarana[i], presente nas regiões norte e central da Amazônia, com habitat preferencial em platôs e nascentes de igarapé.

Uma jovem árvore pau-rosa (centro), sementes (à esq.) e frutos (dir.)

Estima-se que de 1930 para cá, mais de dois milhões de pau-rosa foram ceifadas da natureza. O óleo é extraído do tronco e, devido à exploração desenfreada, o Ibama colocou a árvore na lista de espécies ameaçadas de extinção, em 1992. Na década de 1960, cerca de 500 toneladas de óleo de pau-rosa foram exportadas anualmente pelo estado do Amazonas, levando à quase extinção das populações naturais dessa planta. Para se extrair 200 litros de óleo, pelos métodos convencionais de destilação, é necessário processar de 16 a 30 toneladas de madeira. Por aí se vê o motivo de seu quase extermínio.

E o Amazonas segue como único estado brasileiro a exportar o óleo de pau-rosa. Há poucos anos, o litro dessa substância chegou a custar 80 dólares estadunidenses. Por isso, diversos institutos de pesquisa como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) vêm buscando alternativas para a extração sustentável do óleo.

As dificuldades são muitas. As flores do pau-rosa são muito diminutas, por volta de um milímetro e por isso somente insetos muito pequenos conseguem polinizá-las, o que reduz sua capacidade de reprodução já que são árvores muito altas, de difícil acesso a esses diminutos agentes polinizadores. É, portanto, de manejo muito difícil e delicado.

São poucas as entidades de pesquisa autorizadas a fazer o manejo dessa espécie e o Instituto Soka Amazônia é uma delas. A produção de pau-rosa para estudo e manejo por parte do Instituto, segue rigoroso critério estabelecido pelos pesquisadores da área e tem como objetivo a preservação da espécie. Para os leigos pode parecer muito simples: colher a semente, germiná-la e plantá-la. Porém, o sucesso do plantio depende de diversos fatores como cuidados específicos desde a semeadura, durante o crescimento da muda, insumos especiais e conhecimento de todo o processo para obter uma boa planta. E, além disso tudo, uma árvore de pau-rosa leva cerca de 30 a 35 para atingir a maturidade na natureza, mas com o manejo e cultivo adequados esse prazo se reduz a 25 anos.

Atualmente a extração legal do óleo é feita a partir das folhas das árvores. Mas ainda há muita derrubada ilegal de árvores de pau-rosa devido seu alto valor de mercado. Triste história de uma espécie que já povoou quase toda a Amazônia e hoje se concentra em alguns poucos pontos do estado do Amazonas. Nesses locais, a cada seis hectares encontra-se somente um indivíduo adulto.

Plantio auspicioso

No último 19 de outubro, dia em que a organização-mãe, Associação Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI) completou 60 anos de fundação, uma muda produzida no Instituto Soka Amazônia foi plantada em comemoração à data. Uma singela homenagem do Instituto à BSGI, eternizada pela árvore que simboliza o seu grandioso objetivo: a preservação da vida da floresta.


Fontes:

https://www.inpa.gov.br/sementes/manuais/fasciculo3_aniba.pdf https://revistapesquisa.fapesp.br/pau-rosa-n5/

[i] Campinarana é um termo regionalista para um tipo de vegetação da região amazônica, com fisionomias variadas, de campestres a florestadas. Diferencia-se da Floresta Amazônica propriamente dita pela flora distinta e pelo porte menor das árvores e caules mais finos.

Pau-rosa: rara fragrância no perfume de Marilyn Monroe

A árvore quase desapareceu das nossas matas devido a exploração desenfreada

Channel nº5. Um dos perfumes mais cobiçados da história, o preferido de Marilyn Monroe. O que pouca gente sabe é que o linalol – uma substância fixadora que potencializa a fragrância permitindo-a ser notada por horas – é extraída da árvore amazônica Pau-rosa (Aniba rosaeodora). O linalol é uma das substâncias mais cobiçadas pelas indústrias de perfume do mundo.

O pau-rosa é uma árvore de grande porte que pode chegar a 30 metros de altura por 2 metros de diâmetro, de tronco reto e cilíndrico, de casca pardo amarelada ou avermelhada que se desprende facilmente em grandes placas. A copa é estreita e ovalada, ocupando um dossel intermediário ou superior da floresta. No Brasil, ocorria desde o estado do Amapá no nordeste amazônico, seguindo as duas margens do Rio Amazonas. A espécie podia ser encontrada tanto em floresta de terra firme úmida como também em área de campinarana[i], presente nas regiões norte e central da Amazônia, com habitat preferencial em platôs e nascentes de igarapé.

Uma jovem árvore pau-rosa (centro), sementes (à esq.) e frutos (dir.)

Estima-se que de 1930 para cá, mais de dois milhões de pau-rosa foram ceifadas da natureza. O óleo é extraído do tronco e, devido à exploração desenfreada, o Ibama colocou a árvore na lista de espécies ameaçadas de extinção, em 1992. Na década de 1960, cerca de 500 toneladas de óleo de pau-rosa foram exportadas anualmente pelo estado do Amazonas, levando à quase extinção das populações naturais dessa planta. Para se extrair 200 litros de óleo, pelos métodos convencionais de destilação, é necessário processar de 16 a 30 toneladas de madeira. Por aí se vê o motivo de seu quase extermínio.

E o Amazonas segue como único estado brasileiro a exportar o óleo de pau-rosa. Há poucos anos, o litro dessa substância chegou a custar 80 dólares estadunidenses. Por isso, diversos institutos de pesquisa como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) vêm buscando alternativas para a extração sustentável do óleo.

As dificuldades são muitas. As flores do pau-rosa são muito diminutas, por volta de um milímetro e por isso somente insetos muito pequenos conseguem polinizá-las, o que reduz sua capacidade de reprodução já que são árvores muito altas, de difícil acesso a esses diminutos agentes polinizadores. É, portanto, de manejo muito difícil e delicado.

São poucas as entidades de pesquisa autorizadas a fazer o manejo dessa espécie e o Instituto Soka Amazônia é uma delas. A produção de pau-rosa para estudo e manejo por parte do Instituto, segue rigoroso critério estabelecido pelos pesquisadores da área e tem como objetivo a preservação da espécie. Para os leigos pode parecer muito simples: colher a semente, germiná-la e plantá-la. Porém, o sucesso do plantio depende de diversos fatores como cuidados específicos desde a semeadura, durante o crescimento da muda, insumos especiais e conhecimento de todo o processo para obter uma boa planta. E, além disso tudo, uma árvore de pau-rosa leva cerca de 30 a 35 para atingir a maturidade na natureza, mas com o manejo e cultivo adequados esse prazo se reduz a 25 anos.

Atualmente a extração legal do óleo é feita a partir das folhas das árvores. Mas ainda há muita derrubada ilegal de árvores de pau-rosa devido seu alto valor de mercado. Triste história de uma espécie que já povoou quase toda a Amazônia e hoje se concentra em alguns poucos pontos do estado do Amazonas. Nesses locais, a cada seis hectares encontra-se somente um indivíduo adulto.

Plantio auspicioso

No último 19 de outubro, dia em que a organização-mãe, Associação Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI) completou 60 anos de fundação, uma muda produzida no Instituto Soka Amazônia foi plantada em comemoração à data. Uma singela homenagem do Instituto à BSGI, eternizada pela árvore que simboliza o seu grandioso objetivo: a preservação da vida da floresta.


Fontes:

https://www.inpa.gov.br/sementes/manuais/fasciculo3_aniba.pdf https://revistapesquisa.fapesp.br/pau-rosa-n5/

[i] Campinarana é um termo regionalista para um tipo de vegetação da região amazônica, com fisionomias variadas, de campestres a florestadas. Diferencia-se da Floresta Amazônica propriamente dita pela flora distinta e pelo porte menor das árvores e caules mais finos.

O verde que compõe a Amazônia

Árvores da Amazônia

Quanto mais se estudam as árvores, mais surpresas surgem.

Elas são a verdadeira riqueza da floresta, cada árvore traz em si um imenso manancial de potencialidades para muito além da nossa existência

Este artigo abre uma série de outras matérias que serão publicadas neste espaço, abordando peculiaridades da flora amazônica

Poucos sabem deste dado: há árvores que podem viver mais de mil anos. Essa informação recente comprovada por especialistas, nos remete a outra muito importante, que as árvores podem fornecer valiosas informações acerca de nosso passado, como verdadeiras “cáspsulas do tempo” vivas.

60 milhões de anos

Sua longevidade remonta a 60 milhões de anos. A seleção natural precisou operar por todo esse tempo para que os diversos grupos de plantas amazônicas atingissem a sua incrível diversidade atual. Quanto mais se estudam as árvores, mais surpresas surgem. Para se ter uma ideia do muito que ainda há para se descobrir: um levantamento datado de 2006 registrou 1.119 espécie de árvores na Amazônia, porém hoje se sabe que este número é pelo menos três vezes maior. São cerca de 3.615 espécies arbóreas segundo levantamento feito por ecólogos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 2019. E ainda há grandes porções de floresta intocada pelo ser humana, portanto, existe espaço para muitas surpresas.

São 7 milhões de km2, distribuídos por nove países e o Brasil detém a maior parte desse patrimônio natural, 60% da floresta. Os 40% restantes estão espalhados pelo Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa. Para a obtenção do levantamento, os pesquisadores analisaram dados de inventários florestais e coleções biológicas de todos esses países da bacia amazônica.

3615 espécies

As 3.615 espécies arbóreas de áreas úmidas da Amazônia estão compreendidas em 104 famílias botânicas, por sua vez distribuídas em 689 gêneros. As famílias arbóreas mais diversificadas são as leguminosas (578 espécies), seguidas pelas rubiáceas (220), anonáceas (182), lauráceas (175) e mirtáceas (155 espécies arbóreas). As dez famílias com maior diversidade são responsáveis por 53% do conjunto de espécies arbóreas das zonas úmidas da Amazônia.

Há cerca de 20 milhões de anos o oeste da Amazônia era um imenso alagadiço que deu origem à bacia amazônica devido à elevação progressiva do derretimento dos Andes.

Há muitas teorias quanto aos fatores que possibilitaram a grande diversificação de árvores nas áreas úmidas da Amazônia. Para tanto é preciso lembrar que se trata de um tempo geológico bastante grande, que remonta ao Mioceno (entre 23,5 milhões de anos atrás). Há cerca de 20 milhões de anos o oeste da Amazônia era um imenso alagadiço que deu origem à bacia amazônica devido à elevação progressiva do derretimento dos Andes. As espécies arbóreas que ali existiam tiveram que se adaptar para sobreviver.

O tempo de vida de cada espécie

Outro dado importante: o tempo de vida de cada espécie. Há árvores que podem chegar aos mil anos de vida o que as torna monumentos vivos da história natural. A partir de uma única árvore dessas é possível estabelecer relações com os locais em que seus pais cresceram, sua herança genética, sua capacidade de adaptação aos diferentes climas e mudanças. São dados essenciais para estabelecer novas possibilidades de sobrevivência não só da floresta como um todo, mas para toda a espécie humana também, uma vez que dependemos de cada pedaço de verde do planeta para a nossa continuidade.

Há quem denomine as árvores da Amazônia como “cápsulas do tempo” da história humana, pois a análise dos ecossistemas é essencial para compreendermos o passado e assim, traçarmos o futuro da espécie.

À medida que as árvores crescem, absorvem detalhes sobre o ambiente em sua madeira, criando registros do ambiente ao longo do tempo.

Em um artigo publicado recentemente no Trends in Plant Science[i], cientistas brasileiros que estudaram espécies da Amazônia explicaram como algumas plantas podem contribuir para o entendimento da história da humanidade.

Segundo o pesquisador líder do estudo que deu origem ao artigo, Victor Caetano Andrade, à medida que as árvores crescem, absorvem detalhes sobre o ambiente em sua madeira, criando registros do ambiente ao longo do tempo. “Ao combinar técnicas como dendrocronologia (o estudo de anéis das árvores), análise de isótopos de carbono e oxigênio, e genética, podemos obter informações sobre o clima e os eventos mediados por humanos na floresta tropical”, esclareceu o pesquisador.

Embora pareça óbvio dada a quantidade de fatos inquestionáveis sobre o assunto, há ainda correntes céticas e negacionistas que clamam pela derrubada das florestas justificando que estas são um empecilho ao desenvolvimento econômico. A comprovação do potencial das matas milenares para o mapeamento da história da humanidade é um dado a se juntar aos demais para sustentar a manutenção da floresta em pé.

Outro pesquisador da equipe, Caetano Andrade, ressaltou que “surpreendentemente, a história negligenciou algumas das maiores e mais antigas testemunhas que as florestas tropicais têm a oferecer: suas árvores”. Ainda segundo ele, escavações arqueológicas e análises arque botânicas levaram a grandes avanços em nosso reconhecimento de vidas humanas passadas nos trópicos, mas as árvores que ainda estão de pé também têm muito a contribuir para o entendimento da história natural.


Fontes:

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2019/09/arvore-mais-alta-da-amazonia-esta-50-maior-e-cientistas-nao-sabem-por-que.html

https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=ad&id=507431&biblioteca=vazio&busca=autoria:%22%C3%81VILA,%20F.%20(Ed.).%22&qFacets=autoria:%22%C3%81VILA,%20F.%20(Ed.).%22&sort=&paginacao=t&paginaAtual=1

[i] Trends in Plant Science é o periódico de revisão mensal original e líder em ciência de plantas (Journal metrics: IF 5-year 14.017 | IF 2018 14.006 | Citescore2018 9.62), apresentando ampla cobertura da ciência básica de plantas, da biologia molecular à ecologia. Críticas e opiniões sucintas e legíveis sobre tópicos de pesquisa básica fornecem visões gerais instantâneas do pensamento atual e novos desenvolvimentos em biologia vegetal. Direcionados a pesquisadores, estudantes e professores, nossos artigos são sempre confiáveis ​​e são escritos por líderes na área e estrelas em ascensão:

BSGI: pujante como o Amazonas

Ambientalista dá seu depoimento sobre o significado dos 60 anos da organização que dá suporte e respaldo ao Instituto Soka Amazônia

A simbologia de completar seis décadas, na cultura oriental, tem a ver com um recomeçar, reinventar-se, renascer. A Associação Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI) é a organização que, além do suporte e respaldo, apoia e incentiva todas as ações do Instituto Soka Amazônia. É o braço forte que ampara e protege. Como o tronco forte de uma frondosa árvore, enraizada em firme solo. O Instituto Soka Amazônia é parte ativa dessa celebração pois sua atuação é totalmente baseada nos ideais da organização-mãe: a BSGI.

A ambientalista – socióloga, educadora ambiental e coordenadora do Projeto de Comunicação e Cultura de Risco da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) – Cintia Okamura, exclama: “nesta ocasião em que celebramos os 60 anos de fundação da BSGI, gostaria de expressar a minha imensa e eterna gratidão a esta organização fundada pelo Dr. Daisaku Ikeda”. É membro da BSGI e atua como voluntária em eventos representando o Instituto Soka.

Seu encontro com a BSGI aconteceu ainda na adolescência e, consequentemente, a filosofia humanística do budismo de Nichiren Daishonin. Compreendeu muito jovem acerca dos princípios fundamentais como o respeito à dignidade de todas as formas de vida, a inseparabilidade da pessoa e seu ambiente e a importância de considerar o potencial de todos os seres humanos independente da etnia, classe social e gênero. Esses princípios foram fundamentais para sua formação enquanto ser humano e para a formação profissional, inseparáveis.

“Assim trilhei minha vida, tendo dois campos de atuação conjuntos, o meio acadêmico como pesquisadora e, em paralelo, como profissional que implementa políticas públicas ambientais. Como pesquisadora, profissional e militante da área ambiental e, sobretudo, como ser humano, a filosofia humanística que venho aprendendo, me forneceu as bases para agir com o intuito de transformar a realidade, pois apreendi, ao longo desses anos, que uma concepção ampla do ambiente que integre o ser humano é necessária para compreender, interagir e transformar fazendo face à degradação ao nosso planeta”, ressalta.

Cintia Okamura

Em tempo: para marcar a data, nesta segunda-feira, 19 de outubro de 2020, Dia em que completa 60 anos, o Instituto Soka Amazônia fará o plantio especial de uma árvore em homenagem à BSGI.

Como profissional da área ambiental que vem acompanhando o caminhar da BSGI desde a adolescência, é uma testemunha sempre presente dessa jornada de crescente desenvolvimento de ações na área ambiental com a consciência da necessidade de contribuir para o bem-estar do nosso planeta, como o Instituto Soka Amazônia.

“A Amazônia tem uma simbologia muito forte para o mundo e o Instituto está localizado no coração do Amazonas, em frente ao encontro das águas dos rios Solimões e Negro. Assim, acredito que o objetivo da criação dessa entidade, além do ideal de contribuir para a proteção, manejo e conservação dos ecossistemas amazônicos, é também uma inestimável contribuição para o patrimônio natural da humanidade”, esclarece Cíntia.  

A ambientalista ressalta que tal afirmação tem razão de ser pois com quase trinta anos de existência, o Instituto Soka vem realizando ações de profunda relevância, com base em três principais frentes: educação ambiental, banco de sementes e pesquisa científica, alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), e abarcado diferentes segmentos que vem auxiliando na adaptação e mitigação face às mudanças climáticas e face à degradação ambiental que preocupa os vários cantos deste planeta.

Ela salientou ainda que um dos principais focos do Instituto Soka Amazônia é a relação ser humano-ambiente, princípio este que norteia as ações da entidade e é de fundamental importância para a construção de um ambiente equilibrado de coexistência do ser humano com a natureza. Ações totalmente em consonância com os ideais da BSGI.

“Sou imensamente feliz por trilhar esse caminho com o Instituto Soka em conjunto com a BSGI, pois por maiores que sejam os desafios aprendi que é preciso perseverar e que é possível promover iniciativas dinâmicas e criativas baseadas na transformação humana, pois como expôs o fundador tanto do Instituto Soka como da BSGI, o dr. Daisaku Ikeda, os problemas ambientais foram produzidos pela ação humana no planeta Terra, portanto, está em nossas mãos, seres humanos, a possibilidade de transformar o rumo dos acontecimentos”, finaliza.

Parabéns BSGI! Vamos todos juntos continuar trilhando para a construção de uma sociedade pacifista e sustentável. Nossa eterna gratidão!

Em tempo: para marcar a data, nesta segunda-feira, 19 de outubro de 2020, Dia em que completa 60 anos, o Instituto Soka Amazônia fará o plantio especial de uma árvore em homenagem à BSGI.

BSGI: pujante como o Amazonas

Ambientalista dá seu depoimento sobre o significado dos 60 anos da organização que dá suporte e respaldo ao Instituto Soka Amazônia

A simbologia de completar seis décadas, na cultura oriental, tem a ver com um recomeçar, reinventar-se, renascer. A Associação Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI) é a organização que, além do suporte e respaldo, apoia e incentiva todas as ações do Instituto Soka Amazônia. É o braço forte que ampara e protege. Como o tronco forte de uma frondosa árvore, enraizada em firme solo. O Instituto Soka Amazônia é parte ativa dessa celebração pois sua atuação é totalmente baseada nos ideais da organização-mãe: a BSGI.

A ambientalista – socióloga, educadora ambiental e coordenadora do Projeto de Comunicação e Cultura de Risco da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) – Cintia Okamura, exclama: “nesta ocasião em que celebramos os 60 anos de fundação da BSGI, gostaria de expressar a minha imensa e eterna gratidão a esta organização fundada pelo Dr. Daisaku Ikeda”. É membro da BSGI e atua como voluntária em eventos representando o Instituto Soka.

Seu encontro com a BSGI aconteceu ainda na adolescência e, consequentemente, a filosofia humanística do budismo de Nichiren Daishonin. Compreendeu muito jovem acerca dos princípios fundamentais como o respeito à dignidade de todas as formas de vida, a inseparabilidade da pessoa e seu ambiente e a importância de considerar o potencial de todos os seres humanos independente da etnia, classe social e gênero. Esses princípios foram fundamentais para sua formação enquanto ser humano e para a formação profissional, inseparáveis.

“Assim trilhei minha vida, tendo dois campos de atuação conjuntos, o meio acadêmico como pesquisadora e, em paralelo, como profissional que implementa políticas públicas ambientais. Como pesquisadora, profissional e militante da área ambiental e, sobretudo, como ser humano, a filosofia humanística que venho aprendendo, me forneceu as bases para agir com o intuito de transformar a realidade, pois apreendi, ao longo desses anos, que uma concepção ampla do ambiente que integre o ser humano é necessária para compreender, interagir e transformar fazendo face à degradação ao nosso planeta”, ressalta.

Cintia Okamura

Em tempo: para marcar a data, nesta segunda-feira, 19 de outubro de 2020, Dia em que completa 60 anos, o Instituto Soka Amazônia fará o plantio especial de uma árvore em homenagem à BSGI.

Como profissional da área ambiental que vem acompanhando o caminhar da BSGI desde a adolescência, é uma testemunha sempre presente dessa jornada de crescente desenvolvimento de ações na área ambiental com a consciência da necessidade de contribuir para o bem-estar do nosso planeta, como o Instituto Soka Amazônia.

“A Amazônia tem uma simbologia muito forte para o mundo e o Instituto está localizado no coração do Amazonas, em frente ao encontro das águas dos rios Solimões e Negro. Assim, acredito que o objetivo da criação dessa entidade, além do ideal de contribuir para a proteção, manejo e conservação dos ecossistemas amazônicos, é também uma inestimável contribuição para o patrimônio natural da humanidade”, esclarece Cíntia.  

A ambientalista ressalta que tal afirmação tem razão de ser pois com quase trinta anos de existência, o Instituto Soka vem realizando ações de profunda relevância, com base em três principais frentes: educação ambiental, banco de sementes e pesquisa científica, alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), e abarcado diferentes segmentos que vem auxiliando na adaptação e mitigação face às mudanças climáticas e face à degradação ambiental que preocupa os vários cantos deste planeta.

Ela salientou ainda que um dos principais focos do Instituto Soka Amazônia é a relação ser humano-ambiente, princípio este que norteia as ações da entidade e é de fundamental importância para a construção de um ambiente equilibrado de coexistência do ser humano com a natureza. Ações totalmente em consonância com os ideais da BSGI.

“Sou imensamente feliz por trilhar esse caminho com o Instituto Soka em conjunto com a BSGI, pois por maiores que sejam os desafios aprendi que é preciso perseverar e que é possível promover iniciativas dinâmicas e criativas baseadas na transformação humana, pois como expôs o fundador tanto do Instituto Soka como da BSGI, o dr. Daisaku Ikeda, os problemas ambientais foram produzidos pela ação humana no planeta Terra, portanto, está em nossas mãos, seres humanos, a possibilidade de transformar o rumo dos acontecimentos”, finaliza.

Parabéns BSGI! Vamos todos juntos continuar trilhando para a construção de uma sociedade pacifista e sustentável. Nossa eterna gratidão!

Em tempo: para marcar a data, nesta segunda-feira, 19 de outubro de 2020, Dia em que completa 60 anos, o Instituto Soka Amazônia fará o plantio especial de uma árvore em homenagem à BSGI.

Três vitoriosas das Américas entre os premiados em concurso mundial

Shift to Green

No concurso Shift to Green, sucesso de norte americana, mexicana e uruguaia

Erica Lotus é a grande vencedora do concurso “Shift to Green” (O Verde Transforma), com a obra Medicina da Terra (Earth Medicine, no original em inglês). Segundo a própria, sua motivação foi, por meio da arte, valorizar o meio ambiente e todos aqueles que se dedicam à sua proteção, além disso é ainda uma obra criada com inspiração nas “lições” apreendidas da Carta da Terra sobre os temas liderança, sustentabilidade e ética.

Shift to Green

O momento delicado pelo qual passa o planeta inspirou-a a produzir uma peça compreendendo a sustentabilidade a partir dos conceitos da ideologia de Liderança do Pensamento Sistêmico. “É uma obra de arte que ilustra a conexão de nossas ações, a importância da adaptação com base no ecossistema, que olha para a natureza e aprecia o que pode ser aprendido a partir desse olhar, pois nela estão contidas todas as respostas às mudanças climáticas”, enfatizou a artista.

Shift to Green

Erica pontuou ainda que o animal retratado na sua obra é uma tartaruga por ser um dos símbolos mais antigos representativos da questão preservacionista. Além disso, utilizou nuances de verde para conectar-se à terra e à floresta, e fez uso do azul para representar o céu e os oceanos.

“Eu realmente acredito que a arte pode ser uma voz poderosa para comunicar e conectar pessoas em todo o mundo e espalhar uma mensagem de esperança, cura, empatia e compaixão”, ressaltou. Seu grande desejo é que a obra sirva de inspiração, reflexão e difusão dos objetivos do concurso e assim, promova mudanças reais na sociedade. Ser, portanto, uma plataforma de “O Verde Transforma” alinhada à voz da mudança para o planeta e pessoas.

Sobre a árvore com seu nome no Instituto Soka, Erica disse sentir-se ainda mais integrada à floresta Amazônica e que essa e as demais árvores darão vida ao ideal e representam os esforços contínuos de todos os envolvidos com a preservação do verde.

Erica Lotus (EUA) vencedora concurso Shift to Green, e recebeu o Prêmio Excelência (Excellent Award Recipient): Prêmio Especial “O Verde Transforma” (Shift to Green Special Award)

Do México: Midori Campos

“Com muita gratidão, alegria e determinação participei desse concurso, tendo na mente e no coração o que escreveu o dr. Daisaku Ikeda em sua proposta de paz de 2014: ‘os jovens representam a quarta parte da população mundial, é a geração que se verá mais afetada pelos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e a que moldará de forma mais notória, os esforços implementados para a obtenção das referidas metas’”, essa foi a motivação principal de Midori Campos para participar do concurso. Como integrante ativa do núcleo Jovem da Soka Gakkai Internacional (SGI) do México, Midori buscou, em sua obra, expressar seu sentimento em relação aos objetivos do pleito.

Ela expressou, ainda, sua imensa alegria por ter uma árvore em seu nome que permanecerá para além de sua existência, fazendo parte da maior floresta tropical do mundo. “Desejo seguir contribuindo e retribuindo o muito que a natureza me concede, por meio de muitas outras ações”, finalizou.

Shift to Green
Midori Campos em parceria com Santiago Muñoz (México), foram os vencedores de um dos Prêmios Especiais (Special Award Recipients): Prêmio Buscando a Alma (Seeking Spirit Award)

Giannina, uruguaia que vive na Espanha

“Eu vi o anúncio do concurso, no dia em que publicaram”, conta a uruguaia Giannina. E, logo nesse mesmo dia, 9 de julho, enviou sua obra. Foi produzida em meio à pandemia e sua inspiração foi a de levar à reflexão. Giannina também é integrante do núcleo de Jovens da SGI e, como tal, atua com o sincero desejo de levar a felicidade de todas as pessoas, e sua obra tem esse objetivo.

A chegada da mensagem anunciando que estava entre os premiados lhe trouxe uma emoção muito forte. E, o anúncio de que uma árvore seria plantada com seu nome e de seu país natal no Instituto Soka Amazônia, foi uma grande conquista pessoal. “Moro hoje na Espanha e aqui muita gente nem conhece o meu país”. Ela disse que essa conquista é uma forma de mostrar o Uruguai para o mundo.

Shift to Green
Giannina Caprio Durê (Uruguai) foi uma das vencedoras do Prêmio “O Verde Transforma” (Shift to Green Award)

O concurso

O Concurso “Shift to Green” (O verde transforma) teve o apoio da Carta da Terra Internacional, Greenpeace Japão, Plataforma da Juventude pela Sustentabilidade do Japão e o Instituto Soka Amazônia em Manaus-AM, Brasil.

A Soka Gakkai Internacional – SGI – em parceria com o Instituto Soka Amazônia, Greenpeace Japão e Carta da Terra Internacional, realizaram esse pleito com o objetivo de sensibilizar o mundo para o mote da competição: o verde transforma.

Três vitoriosas das Américas entre os premiados em concurso mundial

Shift to Green

No concurso Shift to Green, sucesso de norte americana, mexicana e uruguaia

Erica Lotus é a grande vencedora do concurso “Shift to Green” (O Verde Transforma), com a obra Medicina da Terra (Earth Medicine, no original em inglês). Segundo a própria, sua motivação foi, por meio da arte, valorizar o meio ambiente e todos aqueles que se dedicam à sua proteção, além disso é ainda uma obra criada com inspiração nas “lições” apreendidas da Carta da Terra sobre os temas liderança, sustentabilidade e ética.

Shift to Green

O momento delicado pelo qual passa o planeta inspirou-a a produzir uma peça compreendendo a sustentabilidade a partir dos conceitos da ideologia de Liderança do Pensamento Sistêmico. “É uma obra de arte que ilustra a conexão de nossas ações, a importância da adaptação com base no ecossistema, que olha para a natureza e aprecia o que pode ser aprendido a partir desse olhar, pois nela estão contidas todas as respostas às mudanças climáticas”, enfatizou a artista.

Shift to Green

Erica pontuou ainda que o animal retratado na sua obra é uma tartaruga por ser um dos símbolos mais antigos representativos da questão preservacionista. Além disso, utilizou nuances de verde para conectar-se à terra e à floresta, e fez uso do azul para representar o céu e os oceanos.

“Eu realmente acredito que a arte pode ser uma voz poderosa para comunicar e conectar pessoas em todo o mundo e espalhar uma mensagem de esperança, cura, empatia e compaixão”, ressaltou. Seu grande desejo é que a obra sirva de inspiração, reflexão e difusão dos objetivos do concurso e assim, promova mudanças reais na sociedade. Ser, portanto, uma plataforma de “O Verde Transforma” alinhada à voz da mudança para o planeta e pessoas.

Sobre a árvore com seu nome no Instituto Soka, Erica disse sentir-se ainda mais integrada à floresta Amazônica e que essa e as demais árvores darão vida ao ideal e representam os esforços contínuos de todos os envolvidos com a preservação do verde.

Erica Lotus (EUA) vencedora concurso Shift to Green, e recebeu o Prêmio Excelência (Excellent Award Recipient): Prêmio Especial “O Verde Transforma” (Shift to Green Special Award)

Do México: Midori Campos

“Com muita gratidão, alegria e determinação participei desse concurso, tendo na mente e no coração o que escreveu o dr. Daisaku Ikeda em sua proposta de paz de 2014: ‘os jovens representam a quarta parte da população mundial, é a geração que se verá mais afetada pelos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e a que moldará de forma mais notória, os esforços implementados para a obtenção das referidas metas’”, essa foi a motivação principal de Midori Campos para participar do concurso. Como integrante ativa do núcleo Jovem da Soka Gakkai Internacional (SGI) do México, Midori buscou, em sua obra, expressar seu sentimento em relação aos objetivos do pleito.

Ela expressou, ainda, sua imensa alegria por ter uma árvore em seu nome que permanecerá para além de sua existência, fazendo parte da maior floresta tropical do mundo. “Desejo seguir contribuindo e retribuindo o muito que a natureza me concede, por meio de muitas outras ações”, finalizou.

Shift to Green
Midori Campos em parceria com Santiago Muñoz (México), foram os vencedores de um dos Prêmios Especiais (Special Award Recipients): Prêmio Buscando a Alma (Seeking Spirit Award)

Giannina, uruguaia que vive na Espanha

“Eu vi o anúncio do concurso, no dia em que publicaram”, conta a uruguaia Giannina. E, logo nesse mesmo dia, 9 de julho, enviou sua obra. Foi produzida em meio à pandemia e sua inspiração foi a de levar à reflexão. Giannina também é integrante do núcleo de Jovens da SGI e, como tal, atua com o sincero desejo de levar a felicidade de todas as pessoas, e sua obra tem esse objetivo.

A chegada da mensagem anunciando que estava entre os premiados lhe trouxe uma emoção muito forte. E, o anúncio de que uma árvore seria plantada com seu nome e de seu país natal no Instituto Soka Amazônia, foi uma grande conquista pessoal. “Moro hoje na Espanha e aqui muita gente nem conhece o meu país”. Ela disse que essa conquista é uma forma de mostrar o Uruguai para o mundo.

Shift to Green
Giannina Caprio Durê (Uruguai) foi uma das vencedoras do Prêmio “O Verde Transforma” (Shift to Green Award)

O concurso

O Concurso “Shift to Green” (O verde transforma) teve o apoio da Carta da Terra Internacional, Greenpeace Japão, Plataforma da Juventude pela Sustentabilidade do Japão e o Instituto Soka Amazônia em Manaus-AM, Brasil.

A Soka Gakkai Internacional – SGI – em parceria com o Instituto Soka Amazônia, Greenpeace Japão e Carta da Terra Internacional, realizaram esse pleito com o objetivo de sensibilizar o mundo para o mote da competição: o verde transforma.