O fenômeno das cheias do Rio Amazonas

Provocadas pelo fenômeno La Niña são cada vez mais frequentes e intensas

Estamos em julho, período de inverno no Hemisfério Sul e um dos fenômenos dessa estação é a cheia do Rio Amazonas. As cheias são um fenômeno natural que ocorre nas extensas áreas de terras baixas às margens do rio Amazonas denominadas várzeas. 

Nesses períodos, dois importantes processos ocorrem: “o primeiro é a deposição sedimentar que aumenta os diques marginais, popularmente conhecido como “crescimento da terra” e o segundo corresponde ao processo natural de fertilização do solo, que fica rico em nutrientes e o torna propício a agricultura de ciclo rápido e também é muito utilizado para a criação de animais, principalmente bovinos e bubalinos.” (Souza e Almeida, 2010).

Nos últimos anos, as enchentes foram maiores, mostrando o impacto do homem na natureza.

Cheia do rio

As enchentes extremas, segundo os especialistas, são provocadas pelo fenômeno La Niña (esfriamento do Oceano Pacífico), que vem ocorrendo desde meados de 2020, além dos efeitos antrópicos. Entretanto, nos últimos anos, o fenômeno de cheias tem se tornado mais frequente, mais extremo, com menores intervalos entre um e outro. 

Por exemplo, em 2021, a cheia histórica no Amazonas afetou cerca de 450 mil pessoas e atingiu mais de 100 mil famílias, de acordo com a Defesa Civil e a de 2022 é a quarta maior cheia desde o início dos registros, em 1902.

Aqui no Instituto Soka, também podemos observar tal fenômeno. Para aqueles que estão habituados com a RPPN e conhecem a samaúma adulta. o rio sobe até ela, quase chegando no nosso viveiro de mudas. Para quem não conhece a RPPN, vocês podem apreciar o vídeo aéreo. 

Referências:

de Souza, José Camilo Ramos e Almeida, Regina Araujo de (2010). VAZANTE E ENCHENTE NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: IMPACTOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS em https://www.uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema4/jose_camilo#:~:text=Recebe%20o%20nome%20de%20rio,sempre%20de%20dezembro%20a%20junho.

https://amazoniareal.com.br/amazonas-enfrenta-segunda-cheia-extrema-em-menos-de-um-ano/#:~:text=Em%202021%2C%20a%20cheia%20hist%C3%B3rica,2021%20no%20document%C3%A1rio%20%E2%80%9CAgachados%E2%80%9D.

https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/06/16/nivel-do-rio-negro-chega-a-2970-metros-em-manaus-e-alcanca-a-4a-maior-cheia-da-historia.ghtml

Os 27 anos bem vividos da nossa RPPN

RPPN Instituto Soka Amazônia
Em 1995 a realidade dos nossos 52 hectares já era bem diferente da que imperava nos anos 1980, quando a área foi adquirida

Fez 27 anos agora que o IBAMA credenciou a área hoje pujante do Instituto Soka Amazônia como RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural, um status especial que, segundo a Lei brasileira, é uma “unidade de conservação de domínio privado e perpétuo, com objetivo de conservação da biodiversidade, sem que haja desapropriação ou alteração dos direitos de uso da propriedade

À época, 1995, a realidade dos nossos 52 hectares já era bem diferente da que imperava nos anos 1980, quando a área foi adquirida pela BSGI (Brasil Soka Gakkai). Em tempos passados tinham funcionado ali várias olarias e era lamentável o resultado dessa atividade. Pouco a pouco o espaço vinha sendo vitalizado.

Um pedaço relevante da história do local está narrado neste mesmo blog, numa matéria disponível aqui. Nessa matéria há um depoimento da sra. Ieda Vieira Carvalho, que mostrou o porquê de sua ligação emocional com este pedaço de terra onde está instalado o Instituto.

Da. Ieda é filha do sr. Petrônio Pinheiro, que era proprietário dos 52 hectares e vendeu a área nos anos 1980 para que mais adiante fosse concretizado o projeto do então presidente da Soka Gakkai, Daisaku Ikeda, que já naquela época visualizava tudo o que poderia ser feito nessas terras.

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural, ou seja, sem desapropriação de terra. No momento que decide criar uma RPPN, o proprietário assume compromisso perpétuo com a conservação da natureza

Dra Ieda Vieira de Carvalho

Ela lembra uma das falas que ouviu dos pais às vésperas da negociação:

“A gente vai vender para um projeto que tem os valores que temos, de respeito à vida, ao meio ambiente, conservação. Nossa história vai estar sempre aqui”.

Criação formal em 2014

O Instituto Soka Amazônia, como pessoa jurídica de direito, só seria criado formalmente bem mais adiante, em 2014, mas o resultado de anos e anos de trabalho contínuo já estavam à vista de todos bem antes.

O sonho do idealizador, anos e anos lá atrás, é hoje uma concreta realidade, seja em seus aspectos físicos –muito verde, pássaros, fauna cada vez mais variada, trilhas, viveiros de mudas, laboratórios e muito mais– seja na importante obra social que vem sendo realizada ininterruptamente, sobretudo com atividades de Educação Ambiental.

Nas visitas que o Instituto recebe constantemente, as pessoas têm muito o que ver, sendo que é particularmente impressionante a variedade de pássaros e, nesta época do ano, início do verão, os ipês roxos que dão cores incríveis à floresta.

Os pássaros

Sobre pássaros, um detalhe de significado muito especial para o Instituto, um trabalho realizado na RPPN Dr. Daisaku Ikeda por um grupo de estudiosos da Universidade do Estado do Amazonas, o “Projeto Vem Passarinhar Manaus” com o objetivo de colocar em prática os conhecimentos adquiridos sobre a observação de aves, sua relação com a conservação das espécies e geração de dados para a chamada “ciência cidadã”.

O grupo coordenado pelo professor Katell Uguen e formado por uma bióloga e estudantes de ciências biológicas e medicina veterinária, envolvendo, ainda, os birdwatchers Odette Araújo e Stefano Avila, ambos pesquisadores do meio educacional-ambiental. Também foi convidada a egressa do curso de Licenciatura em Biologia – UEA Sandra Duque dos Santos.

O grupo percorreu diversas áreas de nossa Reserva com o propósito de observar pássaros como anu-preto, carrapateiro, saíra-de-bando, bem-te-vi, sanhaços, jaçanã e o arapaçu-de-bico-branco. E registrar em áudio o arapaçu-de-bico-branco, periquito e bem-te-vi que se abrigavam nas árvores.

Grupo participante dirigindo-se ao lago.
Foto: Odette Araújo

Segundo o autor Sabino Pivatto, estudos como esse criam um novo aliado à conservação da biodiversidade nativa, bem como a constante atualização dos registros ornitológicos da cidade de Manaus, auxiliando em pesquisas da área,  promovendo a ciência cidadã e a consciência ecológica dos praticantes, pois uma vez que pessoas  observem aves em ambientes naturais, aprendem sobre o papel dos animais num determinado hábitat. No caso das aves, elas dispersam sementes, atuam no controle de pragas e populações de outros animais, e até na limpeza de matéria orgânica (no caso, aves carniceiras), proporcionando um conhecimento amplo sobre a ecologia local.

Leitura sobre RPPNs

Sobre RPPNs no Brasil, recomendamos a leitura do material contido em https://www.cooperacaobrasil-alemanha.com/APL/RPPNM.pdf. Trata-se de um estudo técnico original de José Luciano de Souza, Rosan Valter Fernandes e Mônica Fonseca que contém uma série de informações com os mais diferentes enfoques, desde experiências e boas práticas de boas gestão, até informações práticas sobre a implantação de RPPNs municipais e resumos sobre algumas das mais expressivas RPPNs do país, entre as quais a do Instituto Soka Amazônia.

Pequenas ações no dia a dia de cada um, sementes capazes de fazer enorme diferença

Aceite o nosso convite – assista à exposição. Adote uma atitude pessoal diante de problemas que são de todos.

Um convite.

Uma proposta.

O convite é para que dê um clique e mergulhe no conteúdo da exposição que está no seu celular ou no seu computador: https://sementesdaesperancaeacao.com.br/ iniciativa conjunta da Soka Gakkai Internacional (SGI), da Carta da Terra Internacional e do Instituto Soka Amazônia.

A proposta é para que ponha em prática o que está ali, ideias sobre o que cada pessoa pode fazer agora, contribuindo para proteger o planeta e transformar o mundo para as futuras gerações.

Uma grande parte das pessoas acredita que não pode fazer nada ou que assuntos como esses são responsabilidade exclusiva do Poder Público. Há, no entanto, coisas simples, pequenas ações (sementes) no dia a dia de cada um, capazes de fazer enorme diferença. 

E o melhor: no íntimo, essa forma de agir proporciona sempre muita satisfação pessoal.

A principal mensagem de “Sementes da Esperança e Ação” talvez seja a de conscientização sobre a importância de se repensar a relação entre os seres humanos para superar os conflitos decorrentes da discriminação – intolerância étnico-religiosa, social, política e econômica.

Uma longa história

A exposição tem uma longa história. 

Em 2002, durante a Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável realizada na África do Sul, a Soka Gakkai Internacional (SGI), em parceria com a Earth Charter Initiative (ECI), apresentou pela primeira vez, a montagem Sementes da Mudança – a Carta da Terra e o Potencial Humano.

De lá para cá a exposição já foi vista por quase 2 milhões de pessoas em mais de 24 países e territórios, como o Palácio de Haia, na Holanda; Centro para a Educação Ambiental da Índia; Conferência Anual da NGO do Departamento de Informações Públicas das Nações Unidas, em Bonn; Olimpíada da Juventude, em Cingapura.

No Brasil, em seu formato original, com o uso de painéis fixos, teve pelo menos 10 montagens anteriores em locais como a Rio+20 e o Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em 2021. 

Agora, pela primeira vez, a mostra é apresentada em formato digital.

Ruan Matheus Lopes Pereira, 26 anos, carioca de Madureira é um Embaixador Sementes da Esperança e Ação (ver quadro) e “descobriu” a exposição durante a leitura de uma mensagem. De pronto se interessou. “Achei fantástico. Vivemos num mundo de contrastes com pessoas conscientes e outras que não fazem a mínima ideia do impacto que estão causando ao nosso mundo. Vi a exposição e foi como se me dissessem: Você também tem oportunidade, chegou o momento de dar esse passo. Pelo simples fato de ver a exposição, comecei a fazer por assim dizer, micro revoluções”.

5 temas

São 5 temas básicos —pesquisar, aprender, refletir, empoderar, agir & liderar— que se traduzem em ações práticas para tornar realidade os 17 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que têm por objetivo acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar a paz e prosperidade para todos.

Ruan Pereira, Embaixador Sementes da Esperança e Ação

Embaixadoras e embaixadores Qualquer pessoa que percorra a exposição poderá responder a algumas perguntas bem simples (a partir de pequenos pontos pulsantes facilmente notados) e se tornar “embaixadora” ou “embaixador” da Sementes da Esperança. Esses embaixadores chamam para si uma missão muito especial: divulgar a exposição e os seus temas tanto diretamente como através de seus contatos regulares nas mídias sociais.

Já no início é lembrada a frase de Anne Frank,

“Que maravilhoso é ninguém ter que esperar um único momento para começar a melhorar o mundo”

e em seguida, através de textos e vídeos as pessoas vão se dando conta de medidas fáceis de serem adotadas e tornadas até rotineiras, mas capazes de proporcionar flagrantes resultados.

Outra embaixadora

Gabrielle Maia, (tem foto) em sua atuação na área de ensino profissional em Sergipe é outra embaixadora que não se cansa de divulgar a exposição. “Tomei conhecimento dela através de um grupo de WhatsApp e logo logo me identifiquei com o conteúdo, seus temas atuais, com os hiperlinks que levam a depoimentos e outras matérias. Abordei o assunto em aula e o interesse foi muito grande. Como participo do Programa Academia Magia da Leitura, que envolve uma gama muito ampla de pessoas, do pós letramento ao pós doutorado, ali também fiz a divulgação e por certo serão inscritos ali novos embaixadores”.

A urgência

Há um sentido de urgência que não pode ser ignorado e números que falam por si: 85% dos pântanos já foram perdidos; 25% dos mamíferos, 41% dos anfíbios e 33% dos recifes de coral estão ameaçados de extinção; 32 milhões de hectares de floresta primária ou em recuperação nas regiões tropicais foram perdidos entre 2010 e 2015. A concentração de riqueza é flagrante: em 2018, 45% da riqueza mundial pertencia a apenas 4% das pessoas. Os gastos militares, por outro lado, cresceram 76% desde 1998.

Gabrielle Maia, Embaixadora Sementes da Esperança e Ação
Reservas inexploradas de sabedoria

Fica a pergunta: o que eu posso fazer?

Em verdade, todos nós possuímos reservas inexploradas de sabedoria, coragem e esperança. Somos todos diferentes uns dos outros, mas cada um tem suas próprias ideias e soluções únicas que podem transformar uma sociedade inteira, a começar por nós mesmos, nossa família e amigos.

Aceite o nosso convite — assista à exposição.

Compreenda nossa proposta: assimile e adote uma atitude pessoal diante de problemas que são de todos.

Semana do Meio Ambiente do Instituto Soka Amazônia

Ação e conscientização marcam os múltiplos eventos promovidos pela instituição

Mais de 10 eventos e centenas de vidas impactadas com ações e vivências ímpares. Esse foi o saldo mais positivo da Semana do Meio Ambiente 2022 do Instituto Soka Amazônia que aconteceu em diferentes locais, entre os dias 30 de maio a 6 de junho. Nos semblantes de quem esteve nesses eventos, o sorriso largo e o olhar pujante de quem se orgulha de ali estar. À equipe do Instituto fica a certeza de que cada ação é mais um tijolinho na construção de um futuro mais promissor à gigantesca e inestimável biodiversidade brasileira. 

Ao longo da Semana aconteceram palestras, oficinas, plantios, vivências. Cada evento contemplou um público; cada qual saiu da experiência tocado e emocionado de formas diferentes, mas não menos intensas. 

Palestras

No primeiro dia, 30 de maio, a programação foi aberta pela palestra sobre Sustentabilidade no Tribunal Regional do Trabalho da 11a. Região, em Manaus. No dia 3 de junho, nova palestra sobre Sustentabilidade e Carta da Terra foi realizada na empresa parceira Caloi, para funcionários. Participaram online colaboradores de todo o Brasil e mais 110 pessoas presencialmente. E, no dia 6 de junho, a pesquisadora do Instituto Soka, Iris Andrade, no Centro de Instrução de Guerra na Selva – CIGS, discorreu sobre a Importância das Abelhas Nativas Sem Ferrão para a manutenção da vida no planeta para 300 estudantes da rede pública de Manaus. Os alunos ficaram encantados com as abelhas, seus formatos, tamanhos, funções. A Secretaria Municipal de Educação – Semed, proporcionou uma contação de histórias com uma personagem chamada Abelinda e, ao final, todos puderam visitar as instalações da CIGS.

Palestra do Instituto Soka Amazônia – Jean Dinelli
Oficinas e Vivências

No segundo dia da Semana, dia 31 de maio, aconteceu a Ação Voluntária de Paisagismo, no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com a participação de 85 voluntários de empresas parceiras do Instituto, como a Ambev, Agea e outras. 

Dia 1º de junho, aconteceu o evento Portas Abertas RPPN Dr. Daisaku Ikeda, na sede do Instituto, com a participação de 160 pessoas. O público teve a oportunidade de conhecer as instalações, os viveiros de mudas, o laboratório de sementes, o sítio arqueológico da Olaria Andersen e muito mais.

No dia 2, aconteceram as Oficinas: de Observação de Pássaros com o auxílio da plataforma Ebird; e de Observação de Espécies, tanto da fauna como da fauna do Instituto. Participaram 65 pessoas. O objetivo é promover a conscientização ambiental a partir de um olhar diferenciado e mais apurado para a biodiversidade.

Também no dia 2 foi realizada a Oficina de Produção de Mudas com a equipe do Instituto. Os 45 participantes puderam conhecer tudo o que envolve o trabalho do Instituto na produção de mudas.

Plantios

A manhã do dia 3 de junho na empresa Copag, se iniciou intensa com o plantio de 20 mudas por participante na área externa da fábrica. Os 35 colaboradores se declararam orgulhosos e felizes pela oportunidade de contribuir para a melhoria da qualidade do ar no entorno da empresa em que trabalham, por meio do plantio de árvores.

No mesmo dia, à tarde, foi realizado um plantio comemorativo ao Dia do Meio Ambiente na empresa parceira Caloi. Cinquenta pessoas compareceram ao evento onde foram plantadas 81 mudas e 50 outras foram doadas. No dia seguinte pela manhã, aconteceu mais um plantio que envolveu voluntários de diversas instituições: Águas de Manaus, Ambev, Tutiplast. Cerca de 78 voluntários realizaram os plantios com grande empenho.

Conferência sobre Emergência Climática e Justiça Climática 

O evento foi uma iniciativa do Poder Judiciário de São Paulo com a participação do Instituto Soka Amazônia e foi realizado no Fórum Ruy Barbosa do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, no dia 6 de junho. Para disseminar ao público em geral sobre a importância do tema dessa 1ª Conferência, foi inaugurada a versão física da exposição “Sementes da Esperança e Ação – Transformando os ODS em Realidade, e ficará em exibição no local até o dia 23 de junho. O Instituto Soka foi representado por seu diretor-presidente, Akira Sato e o gestor da Reserva Particular do Patrimônio Natural Dr. Daisaku Ikeda, Jean Dinelly.

A chefe da seção de Gestão Socioambiental do TRT-11, Paula Sauer Dichl, enfatizou que “a sustentabilidade permeia todos os aspectos de nossas vidas, tem suas dimensões social, econômica e ambiental, e é muito importante tratarmos deste assunto em um evento que foca no papel do Poder Judiciário para o enfrentamento das questões relacionadas à Emergência Climática”. 

O diretor-presidente do Instituto Soka Amazônia, Akira Sato, discorreu sobre a meta de construir mais e mais pontes de colaboração e confiança por meio de parcerias entre os diferentes setores da sociedade. Congratulou os esforços do TRT-2 e seu plano de Logística Sustentável, visando a agenda 2030. “O Instituto Soka Amazônia tem como missão contribuir com a proteção da integridade ecológica da Amazônia (…)No ato de plantar uma árvore ou apreciar esta exposição, criamos uma conscientização ambiental, no qual a mudança de uma única pessoa contribui para a transformação social do presente e do futuro”, explicou.

Serviço:

Exposição Sementes da Esperança e Ação

De 6 a 23 de junho, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 18h

Fórum Ruy Barbosa do TRT2 — Térreo

Rua Marquês de São Vicente, 235 – Barra Funda, São Paulo, SP

A versão digital da exposição, lançada em março de 2021, pode ser acessada em:

https://sementesdaesperancaeacao.com.br

Instituto Soka Amazônia promove “Semana do Meio Ambiente”, em Manaus

Há quase cinquenta anos a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 5 de junho como Dia do Meio Ambiente. Visando celebrar esta data, o Instituto Soka Amazônia em conjunto com empresas e instituições públicas estará promovendo a Semana do Meio Ambiente entre os dias 30 de maio e 06 de junho.

A programação está recheada de atividades, palestras e oficinas com o objetivo de reforçar de forma prática a preservação do meio ambiente, que é a marca do Instituto Soka desde a década de 90. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda, sede do instituto que fica localizada na Rua Colônia Antônio Aleixo, em Manaus, estará aberta para visitação do público geral no dia 1° de junho com vagas limitadas aos inscritos no link.

As pessoas terão oportunidade de conhecer de perto as ações promovidas e também ter um contato próximo e interativo com a natureza e com a própria história, através do sítio arqueológico existente no local.

Além da visitação, plantios em diferentes locais de Manaus farão parte da programação da Semana do Meio Ambiente. Como também a realização de palestras e de oficinas que abordarão diversos assuntos, entre eles, mudas de árvores e observação de pássaros. A programação completa está logo abaixo e mais informações sobre as nossas ações podem ser obtidas e nosso calendário: https://institutosoka-amazonia.org.br/semana-do-meio-ambiente/

O Instituto Soka Amazônia é o Hub ODS Amazonas do Pacto Global da ONU.

Programação da Semana do Meio Ambiente do Instituto Soka da Amazônia- 30 de maio a 06 de junho
Links para inscrições nas ações públicas estão disponíveis aqui

30/05 (segunda-feira):

  • Palestra sobre sustentabilidade – TRT-11

31/05 (terça-feira):

  • Ação voluntária de paisagismo no INPA

01/06 (quarta-feira):

  • Portas Abertas para visitação da RPPN Dr. Daisaku Ikeda/ Instituto Soka Amazônia

02/06 (quinta-feira):

  • Oficina de observação de espécies com o Prof. Katel do INPA
  • Oficina de observação de pássaros com uso da plataforma Ebird
  • Oficina de plantação de mudas- Instituto Soka Amazônia

03/06 (sexta-feira) e 04/06 (sábado):

  • Plantios e atividades a serem realizadas em empresas parceiras

06/06 (segunda-feira):

  • Palestra sobre abelhas
  • 1a. Conferência sobre Emergência Climática e Justiça Climática do Poder Judiciário – link

Plantio comemorativo celebra a vida do juiz Adalberto Carim Antonio

Instituto Soka Amazônia homenageia o grande defensor da floresta

Neste 21 de maio o Instituto Soka realizou o plantio de uma chuva-de-ouro-amazônica em homenagem ao Dr. Adalberto Carim Antonio, data que em se completam 30 dias de seu falecimento.

Ao plantar uma árvore, o Instituto deseja imortalizar e honrar essa nobre existência, cercada de imensas realizações e reconhecimentos.

O amazonense Adalberto, desde muito jovem, já tinha a consciência de que a floresta amazônica é um tesouro da humanidade. Iniciou sua trajetória em 1993, em Anamã no interior do Estado. Atuou no juizado criminal e teve grande participação na criação da primeira vara ambiental no Brasil, nos idos de 1997 – a Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias da Comarca de Manaus (Vemaqa), e foi o titular dessa unidade jurisdicional desde então.

Sempre preocupado com a causa ambiental e buscando novas formas de disseminar a ideia preservacionista, em 2016 idealizou, em conjunto com o Instituto Soka, o projeto Sementes da Vida, que consiste no plantio de uma espécie amazônica para cada novo bebê nascido na cidade.

Dr. Carim desenvolveu diversos projetos como a Oca do Conhecimento, a Justiça Volante Ambiental e o Espaço da Cidadania Ambiental (Ecam), todos voltados ao incentivo da cultura da preservação, da sustentabilidade e da educação ambiental, visando maior conscientização do cidadão e da chamada “ecocidadania”. Recebeu Menção Honrosa – Juiz Especial, do Prêmio Innovare, com o trabalho “A Justiça do Século XXI”, foi assessor técnico na Conferência das Partes nº 15 da Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas em Copenhague, Dinamarca, em 2009.

Dr Carim Alberto
Dr Adalberto Carim Antônio

Em uma entrevista feita pelo Instituto Soka em 2019, dr. Carim disse que a parceria firmada entre as suas instituições foi algo inusitado e inédito. “Foi uma grata surpresa encontrar pessoas com esse grau de comprometimento e formação intelectual humanística, como os membros do Instituto Soka. Essas pessoas entraram em nossa vida profissional e têm demonstrado clara intenção de somar esforços no sentido de disseminar a consciência ambiental”, explicou o magistrado. Contou ainda que, por meio do Sementes da Vida, acredita que seja um caminho íntegro e eficaz para promover a consciência na população manauara sobre a sua responsabilidade na preservação dessa inestimável floresta, patrimônio da humanidade.

Reconhecimento e recursos sempre bem-vindos

Cada contribuição é aplicada na execução de projetos que apoiam este pedaço de mundo tão especial e tão ameaçado.

É muito bom para o Instituto ter tido sempre demonstrações claras de reconhecimento da integridade com que conduz a administração e aplica os recursos que recebe, seja na forma de contribuições de Pessoas Físicas tanto do Brasil como de várias partes do mundo, seja na forma de parcerias com empresas que tornam possíveis os muitos plantios que são feitos sem parar.

A verdade é que os crescentes custos operacionais –diferentes formas de mão de obra própria ou terceirizada, manutenção de viveiros, deslocamentos de equipes tanto na coleta de sementes como nas operações de plantio e cuidados posteriores, todas as despesas, enfim, para manter vivo e operacional um espaço como a nossa RPPN Dr. Daisaku Ikeda— não param de crescer e dependem, sim, das contribuições recebidas seja de empresas como de membros da nossa Organização e de pessoas que reconhecem o valor dos trabalhos que realizamos.

Outra forma de reconhecimento não tem ligação com recursos materiais e sim com a forma como nos chegam manifestações de integração ao nosso trabalho. Tem sido cada vez mais constante, ativa e espontânea participação da alta administração e dos funcionários das várias das empresas parceiras, no apoio aos plantios e nos programas de educação ambiental que realizamos.

Plantio Instituto Soka Amazonia

Fica, de forma explícita, o nosso agradecimento a todos os nossos apoiadores.

E o incentivo para que mais pessoas venham nos conhecer ou acompanhem mesmo à distância o trabalho diuturno de realizamos e se assim se sentirem encorajados a dar sua colaboração, entrem em contato conosco, pessoalmente ou de forma remota, através dos canais disponíveis.

Fica o formal compromisso que vem sendo seguido inflexivelmente: cada contribuição terá sempre aplicação na execução de projetos que representam apoio a este pedaço de mundo tão especial e tão ameaçado.

RPPNs – movimento voluntário e crescente de conservação da natureza

Existe um movimento social, voluntário e crescente que a cada ano vem ampliando as áreas de conservação da natureza. Estamos falando do movimento de criação de reservas particulares ou, melhor dizendo, Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN´S, como são conhecidas.

As RPPN´S foram instituídas na década de 90 e passaram a ser consideradas de uso sustentável em 2000, quando incorporadas ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Esse formato de unidade de conservação se distingue das demais unidades, por serem criadas de forma espontânea por seus proprietários, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.

812 mil hectares

As RPPN`S formam hoje o maior movimento civil em prol da conservação da natureza, somando, segundo dados da Confederação Nacional das RPPN`S cerca de 812.027 hectares, protegidas por seus proprietários e mantenedores. Atualmente há 1.748 RPPN´S em todos os biomas do Brasil, proporcionando a conservação da biodiversidade (fonte: CNRPPN).

Nós do Instituto Soka Amazônia, temos a grata missão de gerir uma dessas unidades de conservação no Amazonas, a RPPN Dr. Daisaku Ikeda, uma unidade com 52 hectares que leva o nome do fundador da Organização. A RPPN Dr. Daisaku Ikeda está situada na zona leste de Manaus com vista para o magnifico Encontro das Águas do Rio Negro e Solimões. Nosso trabalho consiste em promover o acesso de alunos, acadêmicos e pesquisadores à rica diversidade de fauna, flora e sítios arqueológico e histórico.

Aproximação com outras organizações

Esse trabalho consistente teve como ponto de partida seu plano de manejo, aprovado em 2017 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, e também permitiu que nos aproximássemos de outras instituições que promovem a conservação da natureza e que atuam no mesmo segmento socioambiental. Fruto desses riquíssimos encontros, hoje o Instituto Soka e a Fundação Rede Amazônica, promovem ações socioambientais e de conservação na Amazônia através de suas unidades de defesa do meio ambiente.

De um lado o Instituto Soka, com a RPPN Dr. Daisaku Ikeda (Manaus/Am) e de outro a Fundação Rede Amazônica com a RPPN Cachoeira da Onça (Presidente Figueiredo/Am). A história de nossas RPPN´S se confundem pela trajetória de seus fundadores, Dr. Daisaku Ikeda e Dr. Phelippe Daou. Suas ações em prol da conservação têm impactado inúmeras pessoas em nossa região. As duas instituições promovem juntas a conservação de mais de 119 hectares no Bioma Amazônico.

A parceria avançou bastante e nos próximos anos irá beneficiar milhares de pessoas nos dois municípios onde as unidades de conservação se encontram.

Acreditamos que as atividades realizadas influenciarão positivamente pessoas e instituições para aumentar ainda mais as áreas de conservação, constituindo novas RPPN´S e indo além, dando a essas áreas o sentido real da conservação, permitindo o acesso responsável que a educação ambiental e pesquisa podem oferecer.

Texto originalmente publicado em: https://portalamazonia.com/echos-da-amazonia/mais-que-um-lugar-bonito-uma-rppn

Participação do Instituto Soka Amazônia na coluna Echos da Fundação Rede Amazônia

Numa região particularmente visada pela mídia de todas as partes do mundo, um longo caminho a ser percorrido

O Portal da Amazônia da Fundação Rede Amazônica reúne notícias, fatos, histórias de lugares e pessoas de toda a Região e inclui agora uma nova coluna, Echos da Amazônia, assinada pela diretora na Fundação Rede Amazônica (FRAM) e pedagoga Marcya Lira. Na sua primeira inserção a coluna aborda a presença da Organização ODS em Manaus e registra palavras do engenheiro ambiental Jean Dinelly Leão, gestor da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda, do Instituto Soka Amazônia.

Os textos adiante são transcritos da Coluna Echo – para ver na íntegra clique aqui.

Marcia:

A região mais verde do planeta é o centro das atenções para o mundo. É daqui que parecem sair todas as “soluções” para salvar o globo. Quantos olhares estão marcados para este lado. Mas será que quem vive aqui, está realmente valorizando o que se tem aqui? Será que as empresas que estão estabelecidas nessa região sabem quais as suas responsabilidades no quesito preservação?

Esta coluna pretende trazer reflexões sobre a pauta ambiental através de grandes vozes da Amazônia que falam, vivem e respiram responsabilidade sócio ambiental.

Hoje, meu convidado especial divide a coluna comigo e traz suas contribuições sobre um tema conhecido de muitos, mas desconhecido de multidões. Estou falando dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Eu conheci há quatro anos o Instituto Soka Amazônia, um instituto seríssimo que atua na região há muitos anos e que vive da simplicidade da boa prática de plantar árvores, mas que agora é o responsável também pela gestão do HUB ODS’s Amazônia.

Aqui vamos falar sobre essas três letrinhas que podem revolucionar o planeta e que está a um passo de distância daqueles que querem contribuir com esta revolução.

Jean Dinelly Leão do Instituto Soka Amazônia:

Com muita alegria recebemos o convite da Marcya Lira para estrear esta coluna que certamente será tão importante na perspectiva de falar sobre o que o planeta precisa de nós como ação. 

Quando ouvimos as expressões: “Ouro sobre o azul”, “Unha e carne”, “A corda e a caçamba”, o que lhe vem à mente?

Há expressões na língua portuguesa que parecem descrever, de maneira bem informal, mas muito fiel, a relação do Instituto Soka com o Pacto Global e seus ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Perfeita unidade na forma de pensar, perfeita unidade na forma de agir. 

Unidade ainda mais intensa agora (e isso nos dá muita satisfação) quando passamos a participar diretamente dos trabalhos de divulgação desse movimento criado pela ONU e a contribuir para que mais portas de empresas da Amazônia se abram para adesões ao HUB e ao Pacto, já que o Instituto Soka passa a integrar ativamente o Comitê Gestor do Hub Amazonas da Organização.

Ficamos particularmente gratos pela confiança depositada e com orgulho nos juntamos à Rede Amazônica, Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), Bemol, Águas de Manaus e Honda para perseguir as metas de crescimento do Pacto Global em nossa Região.

Os ODS são 17, alguns mais flagrantemente associados à atividade específica do Instituto Soka Amazônia, mas todos presentes, de uma forma ou de outra, sobretudo na execução de nossos programas de Educação Ambiental.

O Pacto Global é a inciativa da ONU para o mundo empresarial, já que as empresas estão presentes com muita intensidade em quase todas as discussões — positivas ou negativas — sobre seu papel em relação ao desenvolvimento sustentável, ou em outras palavras, àquilo que é a base do que pregam os ODS e à sua forma colaborativa de atuação.

Os gestores nacionais do movimento têm plena consciência das peculiaridades de cada região e daí a implantação dos hubs em várias partes do país. Há claras diferenças de hábitos, valores, costumes que devem ser respeitados. Nem tudo que é válido e normalmente aceito, digamos, num Estado da região Sul, tem o mesmo significado no Nordeste do país, ou aqui no Norte.

Numa região como a nossa, particularmente visada pela mídia de todas as partes do mundo, na maior parte das vezes da forma negativa, há um longo caminho a ser percorrido e uma das vantagens que têm as empresas, é o seu poder de impactar positivamente a sociedade como um todo, começando pela adoção interna de certas práticas, e atingindo, degrau por degrau os mais diferentes níveis e segmentos da sociedade — colaboradores, suas famílias, seus fornecedores, e por aí vai.

De mangas arregaçadas e com enorme otimismo, estamos prontos para os passos seguintes dessa caminhada. A Amazônia e, em especial as suas populações, merecem esse esforço conjunto.

Agir para transformar!

Inspirar
A exposição virtual Sementes da Esperança e Ação, transformando os ODS em realidade foi lançada ontem, 17 de fevereiro

Trata-se de uma iniciativa que contempla vários propósitos, mas todos convergem para um objetivo claro: ideias sobre o que se pode fazer de efetivo – neste momento – para proteger o planeta Terra da destruição que parece cada vez mais iminente e irreversível. A Soka Gakkai Internacional, em parceria com a organização Carta da Terra Internacional com o apoio do Instituto Soka Amazônia produziram essa versão digital da exposição que, em sua primeira versão física, atingiu mais de 260 mil visitantes em 45 locais de exibição.

A ideia da versão digital tem a ver com o momento que nos encontramos: em meio à maior pandemia da história. Por meio de uma linguagem simples e acolhedora, somada a imagens que refletem o desejo de seus idealizadores, a mostra quer oferecer meios para que pessoas e empresas atinjam os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). A versão física dessa nova edição atualizada foi apresentada na COP 26.

A navegação pela mostra virtual convida o visitante a tornar-se um embaixador Sementes da Esperança e Ação, ou um multiplicador do rico conteúdo da exposição. Baseada no pensamento e propostas de paz do Dr. Daisaku Ikeda – Fundador do Instituto Soka Amazônia a exposição Sementes da Esperança e Ação perpassa por cinco temas ou alas:

  • INSPIRAR – para incentivar as interrelações e conexões;
  • APRENDER – para entendermos as múltiplas causas da crise global, entre elas o egoísmo e a cobiça do homem;
  • REFLETIR – um momento para parar, pensar e combater o sentimento de impotência que muitas vezes nos paralisa;
  • EMPODERAR – com retratos e histórias de diversas pessoas “comuns”, em diversas partes do mundo (inclusive no Brasil) que fazem a diferença no local em que vivem, mostrando o poder de uma única pessoa;
  • E finalizando AGIR E LIDERAR – um conteúdo sobre o que podemos fazer e o apelo sobre o importante papel dos jovens como protagonista da ação para as mudanças necessárias.

Para escolas, é um excelente instrumento de educação na busca por um novo florescimento da civilização humana de consciência planetária. O acesso pode ser feito a partir do site do Instituto Soka Amazonia (https://institutosoka-amazonia.org.br). São sementes de amor, esperança, respeito e compaixão aberto a todas as pessoas, também disponível em inglês e espanhol.

Localização do link da Exposição na página principal do Site do Instituto Soka Amazônia